Você está na página 1de 76

Faculdade de Medicina

INSTRUMENTAIS E TEMPOS
CIRÚRGICOS

Professora Mírian Diená Pastorini Jurgilas


OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Diérese

Hemostasia

Preensão

Afastamento

Síntese

Especiais
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Diérese Toda manobra que visa criar


descontinuidade de tecidos, ou
seja, uma via de acesso.
Hemostasia
Pode ser na forma de:
Preensão • Incisão
• Punção
Afastamento • Divulsão
• Serração
Síntese • Secção
• Dilatação
Especiais
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Diérese
Toda manobra destinada a
Hemostasia evitar ou estancar hemorragias.

Preensão Benefícios também


pós-operatório: favorece
Afastamento evolução normal da ferida,
evita infecções e deiscência.
Síntese

Especiais
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Diérese Classificada em :

Hemostasia Temporária, corretiva ou preventiva


Que engloba ações como
pinçamento, garroteamento, ação
Preensão farmacológica, etc.

Afastamento Definitiva, corretiva ou preventiva


Que engloba: ligadura, cauterização,
Síntese sutura, tamponamento, etc.

Especiais
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

AFASTADORES
Diérese
AUTO-ESTÁTICOS:
Hemostasia
mantêm-se abertos em posição
Preensão por si sós.

Afastamento DINÂMICOS:
manuseados pelos auxiliares,
Síntese com possibilidade de mudarem
de posição sempre que
Especiais necessário.
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
Ligadura vascular
OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS

Diérese

Hemostasia
FECHAMENTO POR PLANOS
Preensão
PORTA-AGULHAS: MANUSEIO DE
Afastamento AGULHAS E FIOS

Síntese

Especiais
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
TIPOS DE INSTRUMENTOS

Especiais:

• Usados apenas em determinados procedimentos


cirúrgicos

Comuns:

• Instrumentos básicos a qualquer tipo de intervenção


cirúrgica em seus tempos fundamentais (diérese,
Hemostasia e síntese)

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


DIÉRESE
Incisão

Cabo de bisturi Lâminas de bisturi


PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
CABO 3: LÂMINAS 10 a 15
(PRINCIPAL 11)

CABO 4: LÂMINAS 20 a 25
(PRINCIPAL 24)

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


DIÉRESE
Punção

Uso de instrumentos perfurantes, como o trocater,


agulha de Veres.

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


Trocater

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


Agulha de Veres

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


DIÉRESE
Divulsão

Separação de tecidos com pinça, tesoura, etc.

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


DIÉRESE
Serração

Serras Elétrica e Manual

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


DIÉRESE
Secção

Corte utilizando tesoura, serra, bisturi, etc.

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


vela de hegar

Mayo
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
Metzenbaum
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
Tesoura Reta
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
Tesoura de Potts-
Smith
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
Sacabocados
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
Cisalha de Liston
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
Costótomo
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
DIÉRESE
Dilatação

Aumentar diâmetro de canais, orifícios - Vela de Hegar.

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


Vela de Hegar
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
HEMOSTASIA

Pinças hemostáticas- Pinças hemostáticas-


“Kelly”- Reta “Kelly”- Curva
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
Hemostasia
HEMOSTASIA

Pinças hemostáticas Pinças hemostáticas


“Halsted”- Reta “Halsted”- Curva
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
HEMOSTASIA

Serrilhado total, forte.

Anteriores, maior.

Pinçamento em massa

Curvo

Pinças mais fortes-


“Rochester” PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
HEMOSTASIA

Oclusão de órgãos
que serão extirpados
e prensão
aponeurótica

Reto e curvo

Pinças com dentes


na ponta-“Kocher” PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
HEMOSTASIA

Pinças com ranhadura Pinças hemostáticas


nas pontas-“Crile”- longas
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
HEMOSTASIA

Pinças vasculares Pinças vasculares


atraumáticas -“Satinsky” atraumáticas -“Bulldog”
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
PREENSÃO

Pinça anatômica Pinça dente de rato


PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
AFASTAMENTO

Afastadores mantêm-se abertos em posição


Auto-Estático por si sós.
s:
Afastadores manuseados pelos auxiliares, com
Dinâmicos: possibilidade de mudarem de
posição sempre que necessário.

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


AFASTADORES AUTOSTÁTICOS

Afastador Manual
Autoestático PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
AFASTADORES AUTOSTÁTICOS

Abertura da
cavidade
abdominal

Gosset PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


AFASTADORES AUTOSTÁTICOS

Balfour:
Gosset +
Suprapúbica

Balfour PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


AFASTADORES AUTOSTÁTICOS

Afastador Torácico
Gelpi
de Finochietto
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
AFASTADORES DINÂMICOS

Operações
superficiais

Farabeuf PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


AFASTADORES DINÂMICOS

Válvulas supra-
Sapatas, espátulas
púbicas
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
AFASTADORES DINÂMICOS

Deaver Volkmann
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
AFASTADORES DINÂMICOS

Afastador Manual
Doyen
de Langenbeck
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
SÍNTESE

Pinça com anéis


e cremalheira
com ramos
preensores curtos
e cabo longo,
grande potência
de ponta
(princípio de
alavanca). Porta Agulha de
Hegar PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
SÍNTESE

Sutura de
estruturas que
oferecem
pouca
resistência à
passagem da
agulha. Porta Agulha de
Mathieu PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
ESPECIAIS

Preensão
constante,
seguram e
tracionam órgãos
móveis como
intestino e pulmão.

Allis PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


ESPECIAIS

Fixar os panos de
campo, fenestrados
ou não, à pele do
paciente, para
impedir que a sua
posição seja alterada
durante o trabalho.

Backhaus PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


ESPECIAIS

Babcock Duval
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
ESPECIAIS

Cheron Foerster
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
ESPECIAIS

Cheron Foerster
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
ESPECIAIS

Clamps intestinais
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
ESPECIAIS
LAPAROSCOPIA

Dissector Laparoscópico
de Maryland
PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
ESPECIAIS
LAPAROSCOPIA

Tesoura
Laparoscópica PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
ESPECIAIS
LAPAROSCOPIA

Grampeador
Laparoscópico PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
MONTAGEM DA MESA

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS
COLOCAÇÃO DE CAMPOS

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


PADRONIZAÇÃO DE SINALIZAÇÃO
MANUAL

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


Exercícios

Para reduzir a possibilidade de contaminação do instrumental cirúrgico, durante a


montagem da mesa operatória, o instrumentador coloca um campo com as seguintes
características:
(A) tecido de algodão maleável e com poros
(B) impermeável, estéril e descartável
(C) plástico ondulado, com face externa porosa
(D) papel crepado prensado pelo calor
(E) polímero estéril à base de meltblown
Exercícios

Os instrumentais cirúrgicos como as pinças Adson, Collin, Babcock, Allis são usados em
que tempo cirúrgico?
(A) Exérese
(B) Diérese
(C) Hemostasia
(D) Síntese
(E) Separação
Exercícios

Constitui recomendação para o posicionamento no período intraoperatório essencial


para a segurança do paciente:

(A) proceder as manobras de posicionamento por um único membro da equipe,


evitando manuseio em excesso.
(B) colocar o paciente em posição cirúrgica correta após devidamente anestesiado.
(C) realizar rotação lateral do pescoço e da cabeça a cada duas horas, evitando
torcicolos e outras lesões.
(D) proporcionar conforto ao paciente, elevando a cabeceira da mesa operatória.
Exercícios

Os vários instrumentais cirúrgicos


são classificados de acordo
com as fases e tempos
cirúrgicos. A pinça ilustrada
acima e a fase cirúrgica em que
é utilizada são,
respectivamente, denominadas:
(A) Bulldog - hemostasia
(B) Kelly - síntese
(C) Finochietto - diérese
(D) Hegar - preensão
(E) Farabeuf - exérese
CASO CLÍNICO 1

Homem obeso, tabagista, etilista, portador de Ca gástrico, foi submetido a gastrectomia


parcial.
Exames laboratoriais evidenciaram no pós operatório discreta anemia , associado com
hipoproteinemia.
No 5º dia pós operatório iniciou com secreção sero hemática abundante na ferida
operatória.
R1 ao descobrir o curativo de parou com essa imagem.
CASO CLÍNICO 1
Caso clínico 1

Qual diagnóstico mais provável?


Qual a melhor conduta a ser feita?(clínica ou cirúrgica?
Caso clínico 1
Caso clínico 1

Como vc sabe o nosso abdome precisa ser fechado por camadas quais são elas e quais
fios vcs usariam?
Caso clínico 2

Paciente de sexo feminino, 28 anos, procura o serviço de


emergência por sentir dor abdominal. O quadro havia
iniciado há 36 horas com o aparecimento de dor difusa
em cólica e náuseas.
Nas últimas 12 horas, a dor passa a ser constante e
localizada no quadrante inferior direito, acompanhada de
um episódio de vômito e de temperatura axilar de 37,8°C.
Você estava de plantou e solicitou RX de abdômen.
Caso clínico 2
Qual diagnóstico mais provável?
Caso clínico 2

Após a realização de assepsia e antissepsia com


colocação dos campos estéreis.
Qual a próxima etapa?
Caso clínico 2
Quais instrumentais cirúrgicos são mostrados na figura
Caso clínico 2
CONCLUSÃO

“Faça a operação servir ao doente.


Não tente fazer o doente servir à operação.”

John Miller Turpin Finney (1863-1942),


Cirurgião americano, autor de “A Surgeons’ life” (1940).

PROFESSORA: MÍRIAN JURGILAS


Dúvidas? Perguntas?
Professora Mirian Jurgilas
• mirianjurgilas@gmail.com

Você também pode gostar