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Apostila Sistemas de Energia - Capitulo 1 e 2 PDF
Apostila Sistemas de Energia - Capitulo 1 e 2 PDF
Departamento de Eletroeletrônica
SISTEMA DE ENERGIA
1.1 INTRODUÇÃO
1.2.1 GERAÇÃO
A energia elétrica produzida nas centrais geradoras, segue um longo caminho até
chegar ao seu consumidor final. Esta geração ocorre geralmente em locais distantes dos
centros consumidores. No caso predominante no Brasil (geração hídrica) a natureza
impõe os locais onde sejam viáveis as construções das barragens. É comum usinas
geradoras distantes centenas ou milhares de quilômetros dos grandes centros. A geração
de energia elétrica pode ser realizada por meio do uso da energia potencial da água
(hidrelétricas), energia potencial dos combustíveis (termelétricas e termonucleares), a
partir da energia dos ventos (eólica) e solar (células fotovoltaicas). A tensão de geração
é característica do tipo de equipamento e está relacionada com a tecnologia do gerador e
agregados. Ela é limitada pela capacidade dielétrica e de troca térmica dos materiais de
isolamento, confinados pelos requisitos de compacidade inerentes destes equipamentos,
e pela tensão de trabalho dos outros componentes ligados ao gerador. Situa-se
normalmente entre 2,3 e 13,8 kV, podendo excepcionalmente atingir 22 kV, selecionada
entre valores padronizados pela tecnologia de máquina e normas técnicas internacionais.
A potência de uma central é eletricamente o produto da tensão de geração pela corrente
entregue ao sistema elétrico. Em sistemas de geração trifásicos, obedece a fórmula P =
V.I (MW), se a tensão for em kV e a corrente em kA. Esta relação indica que uma dada
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1.2.2 TRANSMISSÃO
1.2.3 DISTRIBUIÇÃO
1.2.4 UTILIZAÇÃO
GERAÇÃO DE ENERGIA
2.1 INTRODUÇÃO
2.2 GERAÇÃO
pode ser entendida como uma térmica que usa caldeira, sendo a fonte de calor um
reator nuclear em vez da queima de combustível. Por algum tempo foi considerada a
solução do futuro para a geração de energia elétrica. Mas os vários acidentes ocorridos
ao longo do tempo revelaram um enorme potencial de risco. Os resíduos (lixo atômico)
são outro grave problema. Em vários países, não é mais permitida a construção de novas
usinas nucleares. Existe duas formas de conseguir energia trabalhando com o núcleo :
fusão nuclear e fissão nuclear.
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esta é uma regra básica ou seja, primeiro a segurança e depois qualquer outro aspecto
relativo ao processo produtivo, mesmo assim os acidentes são potenciais e infelizmente
ocorrem. Como a maior parte dos problemas se dá nos sistemas de controle, estes são
projetados com elevado grau de redundância, procedimento essencial para a operação
razoavelmente segura dos reatores. Deve ficar claro que os riscos de vazamentos de
radioatividade e de acidentes como os de Chernobill nunca estarão totalmente afastados,
isto fica evidente simplesmente pela análise da modalidade do combustível utilizado na
geração e do potencial de energia envolvido. Energia nuclear, deve ser um assunto
comum em todos os níveis da sociedade, envolvendo, cientistas, políticos e toda a
sociedade sem diferenciação. Pois, diante de um problema como o de Chernobill e
tantos outros, todas as pessoas sem diferença de classe social ou hierarquia são,
geneticamente afetadas. Geração de energia por processos que envolvam processos
nucleares é, em primeira instância, um assunto de cidadania.
A energia potencial de uma queda d'água é usada para acionar turbinas que, por
sua vez, acionam geradores elétricos. Em geral as quedas d'água são artificialmente
construídas (barragens), formando extensos reservatórios, necessários para garantir o
suprimento em períodos de pouca chuva. Não é um método totalmente inofensivo para o
ambiente. Afinal, os reservatórios ocupam áreas enormes, mas é um problema
consideravelmente menor que os anteriores. Evidente que a disponibilidade é totalmente
dependente dos recursos hídricos de cada região. No Brasil representa a maior parcela
da energia gerada.
As principais partes de uma usina hidroelétrica são citadas abaixo, sendo que
algumas delas podem ser identificadas nas Figuras 2.1, 2.2 e 2.3:
Se, por outro lado, introduzem-se átomos com apenas três elétrons de ligação,
como é o caso do boro, haverá uma falta de um elétron para satisfazer as ligações com
os átomos de silício da rede. Esta falta de elétron é denominada buraco ou lacuna e
ocorre que, com pouca energia térmica, um elétron de um sítio vizinho pode passar a
esta posição, fazendo com que o buraco se desloque. Diz-se portanto, que o boro é um
aceitador de elétrons ou um dopante p.
Se uma junção pn for exposta a raios solares com energia suficiente para superar a
barreira elétrica criada pelo campo elétrico maior que o gap, ocorrerá a geração de pares
elétron-lacuna; se isto acontecer na região onde o campo elétrico é diferente de zero, as
cargas serão aceleradas, gerando assim, uma corrente através da junção; este
deslocamento de cargas dá origem a uma diferença de potencial ao qual chamamos de
Efeito Fotovoltaico. Se as duas extremidades do "pedaço" de silício forem conectadas
por um fio, haverá uma circulação de elétrons. Esta é a base do funcionamento das
células fotovoltaicas.
A energia eólica, como energia cinética contida nas massas de ar, é proporcional
ao quadrado da velocidade de vento. Logo a potência eólica disponível em uma
determinada área disponível em uma determinada área varrida por turbina é
proporcional ao cubo da velocidade de vento incidente. Assim pequenas diferenças em
valores de velocidade de vento de um local para outro representam grandes diferenças
na produção e custo da energia gerada. Uma turbina eólica é formada essencialmente
por um conjunto de pás (2 ou 3 pás em turbinas modernas), que sob a ação do vento são
sujeitas a forças aerodinâmicas que as impulsionam em movimento rotativo. Duas
componentes de forças caracterizam o funcionamento de uma turbina eólica: a força de
arrasto, que ocorre na direção do vento, e a força de sustentação, perpendicular à ação
do vento.
2.3.1 GERADOR
2.3.2 TURBINA
Todos os tipos de turbina podem ter uma rotação fixa ou variável, dentro de uma
determinada faixa. Contudo, quando são usadas para geração de energia elétrica, a
rotação costuma ser mantida num valor fixo para manter a freqüência da rede constante.
A principal diferença entre os diversos tipos de turbina é o fluido de trabalho. Em
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Todos os tipos possuem aplicação em uma ampla faixa de potência, que pode
variar de 300 kW, para acionamento de ventiladores, até 1200 MW, estas últimas em
instalações nucleares. As turbinas têm dois aspectos principais que as caracterizam:
potência e eficiência.
2.3.2.1.1 De condensação
Nestas, o vapor sai da turbina a uma temperatura pouco maior que a ambiente e a
uma pressão um pouco menor. Ao deixar a turbina passa por um condensador para
voltar ao estado líquido, e ser reaproveitado no ciclo. É o tipo mais comum em usinas
termelétricas e nucleares.
2.3.2.1.2 De Contra-Pressão
O vapor não passa por um condensador ao sair da turbina. Ele deixa a turbina
ainda com certa pressão e temperatura e pode ser aproveitado em outras etapas de uma
planta de processo químico, seja em aquecedores, destiladores, estufas, ou simplesmente
é lançado na atmosfera. Este tipo é muito usado em processos de cogeração de energia,
em usinas petroquímicas, navios, plataformas de petróleo, etc.
O ciclo básico das turbinas a gás foi idealizado por George Brayton em 1870.
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Uma desvantagem é que uma queda súbita na demanda de carga elétrica pode
elevar descontroladamente a velocidade da segunda turbina (um sistema de controle
deve ser previsto). Uma turbina a gás é um único equipamento que inclui três funções:
compressor, câmara de combustão e turbina de potência.
palhetas guias móveis, que controlam a vazão volumétrica fornecida à turbina. Para se
aumentar a potência as palhetas se abrem, para diminuir a potência elas se fecham. Após
passar por este mecanismo a água chega ao rotor da turbina. Nas turbinas Pelton, não há
um sistema de palhetas móveis, e sim um bocal com uma agulha móvel, semelhante a
uma válvula. O controle da vazão é feito por este dispositivo.
Após passar pelo rotor, um duto chamado tubo de sucção, conduz a água até a
parte de jusante do rio, no nível mais baixo. As turbinas Pelton, têm um princípio um
pouco diferente (impulsão) pois a pressão primeiro é transformada em energia cinética,
em um bocal, onde o fluxo de água é acelerado até uma alta velocidade, e em seguida
choca-se com as pás da turbina imprimindo-lhe rotação e torque.
As turbinas hidráulicas, ao contrário dos outros tipos, são montadas com o eixo no
sentido vertical. Um mancal de escora suporta todo o peso das partes girantes da turbina
e do gerador que é montado logo acima dela.
Tipicamente turbinas modernas têm uma eficiência entre 85% e 95%, que varia
conforme a vazão de água e a potência gerada.
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Uma turbina é constituída basicamente por cinco partes: caixa espiral, pré-
distribuidor, distribuidor, rotor e eixo, tubo de sucção.
É uma tubulação de forma toroidal que envolve a região do rotor. Esta parte fica
integrada à estrutura civil da usina, não sendo possível ser removida ou modificada. O
objetivo é distribuir a água igualmente na entrada da turbina.
2.3.2..3.1.3 Distribuidor
O acionamento é feito por um ou dois pistões hidráulicos que operam numa faixa
de pressão de 20 bar nas mais antigas, até 140 bar nos modelos mais novos.
Duto de saída da água, geralmente com diâmetro final maior que o inicial,
desacelera o fluxo da água após esta ter passado pela turbina, devolvendo-a ao rio parte
jusante da casa de força.
2.3.2..3.2.1 Pelton
São adequadas para operar entre quedas de 350 m até 1100 m, sendo por isto
muito mais comuns em países montanhosos. Este modelo de turbina opera com
velocidades de rotação maiores que os outros, e tem o rotor de característica bastante
distintas. O que se vê na foto, é o rotor ao centro, cercado por cinco bocais. Cada um
desses bocais é controlado por um servo motor e tem uma válvula na forma de agulha
para o controle da vazão. Os jatos de água ao se chocarem com as "conchas" do rotor
geram o impulso. Dependendo da potência que se queira gerar podem ser acionados os
6 bocais simultaneamente, ou apenas cinco, quatro, etc... O número normal de bocais
varia de dois a seis, igualmente espeçados angularmente para garantir um
balanceamento dinâmico do rotor. Um dos maiores problemas destas turbinas, devido à
alta velocidade com que a água se choca com o rotor, é a erosão provocada pelo efeito
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2.3.2..3.2.2 Francis
2.3.2..3.2.3 Kaplan
São adequadas para operar entre quedas de 20 m até 50 m. A única diferença entre
as turbinas Kaplan e a Francis é o rotor. Este se assemelha a um propulsor de navio
(similar a uma hélice) com duas a seis as pás móveis. Um sistema de embolo e
manivelas montado dentro do cubo do rotor, é responsável pela variação do angulo de
inclinação das pás. O óleo é injetado por um sistema de bombeamento localizado fora
da turbina, e conduzido até o rotor por um conjunto de tubulações rotativas que passam
por dentro do eixo.
2.3.2..3.2.4 Bulbo