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São Paulo
2017
Teresa Cristina de Freitas Alves
São Paulo
2017
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................4
2 HUMANIDADE X IDENTIDADE CIBERNÉTICA.....................................................5
3 CONCLUSÃO..........................................................................................................8
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................9
1 INTRODUÇÃO
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Experienciamos em um mundo novo que em muitos sentidos nos engole, visto estarmos
em constante bombardeio de informações e conhecimentos. Tudo muda muito rápido e
precisamos acompanhar essas mudanças. Isso nos dá a sensação de estarmos sempre correndo
contra o tempo.
O contexto ideal ainda está longe de ser criado, mas pensar primeiramente no quanto as
pessoas têm evoluído e se transformado nesse mundo globalizado e tecnológico já é um grande
passo para uma solução adequada.
Namastê
Esse foi um dos temas abordados por BAUMAN (2004, p. 4) que investiga como nossas
relações tornam-se cada vez mais "flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maiores.
Uma vez que damos prioridade a relacionamentos em "redes", aos quais podem ser tecidos ou
desmanchados com igual facilidade — e frequentemente sem que isso envolva nenhum contato
além do virtual —, não sabemos mais manter laços a longo prazo.
seu íntimo e que através desse “sentir” encenado por outros, o faz vivenciar essa realidade
através de um mundo de faz de conta.
Para Chauí (1994, p.338-339) “a tragédia tem uma finalidade educativa e formadora do
caráter e das virtudes, por isso deve suscitar no espectador paixões que imitem as que ele sentiria
se, de fato, os acontecimentos trágicos acontecessem e devem, a seguir, oferecer remédios para
essas paixões, fazendo o espectador sair do teatro emocionalmente liberado ou capaz de liberar-
se do peso de suas emoções. O espectador deve aprender, pela imitação (pelo espetáculo
oferecido), o bem e o mal das paixões, o que podem fazer de terrível ou benéfico para os
humanos.” A tragédia, então, é o meio de alcançar a catarse e a catarse é essencial ao ser
humano.
Exemplos de filmes que simulam essa realidade são Matrix, Vida de Truman, os próprios
episódios de TV de casos reais como Casos de família, Big Brother, entre outros. As pessoas
buscam esse tipo de entretenimento, por uma identificação pessoal e que se transforma em
expurgação daquilo que no seu dia a dia não seria possível. O ser humano necessita
essencialmente de vivenciar/experienciar uma realidade que nem sempre é real, é imitação da
realidade.
O meio midiático soube aproveitar dessa característica intrínseca ao ser humano com fins
de manipulação de massa. MCLUHAN (1964) cita que cada novo meio nos modifica. Diz em
seu estudo “Nossa resposta convencional a todos os meios, ou seja, que é a forma de utilizá-los
que importa, representa a postura entorpecida do idiota tecnológico”. É uma referência direta
sobre como o cinema projeta e reflete sensações e sensibilidades sobre nós, meros espectadores
de tal forma absorvidos que nos transformamos em seres anestesiados e complacentes.
Vemos também nas citações de CARR (2011, p.15) que a referência de McLuhan possui
um grau de importância muito maior ao pensarmos na net, no quanto ela nos torna refém de uma
tecnologia. CARR (2011) ressalta que “Com suas gratificações e conveniências, a tela do
computador passa como um trator sobre as nossas dúvidas. É nossa serva a um tal grau que seria
grosseiro notar que também é nossa mestra”.
Estamos vivendo um grande processo de mudança cultural e comportamental. Com o
advento da internet se perde cada vez mais os vínculos com outro ser humano, nos tornando
seres digitais e isso nos distancia cada vez mais do contato com a realidade.
Atualmente somos massacrados por informações e conhecimentos muito além de nossa
capacidade intelectual de entende-los em sua totalidade. Com isso nos adaptamos a buscar o
superficial de cada informação recebida para podermos conseguir adquirir em um processo
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vertiginoso mais e mais conhecimento. Não conseguimos nos aprofundar em nenhum processo,
seja ele na relação com o outro, seja ele na busca do conhecimento. O que nos remete a um
futuro de seres superficiais e fragmentados buscando a completude interior.
MORIN (2013) em uma entrevista para a Fronteiras do Pensamento abordou esse assunto
com maestria “a multiplicidade das crises que vivemos, e que não são somente econômicas,
demográficas, de civilização, de crença, é a crise da humanidade que não consegue se constituir
como humanidade. Sem dúvida. Então, vivemos uma crise extremamente grave, extremamente
importante, de onde pode sair tanto o melhor quanto o pior, como acontece frequentemente em
crises. Mas, digo ainda, que, do ponto de vista do conhecimento e do pensamento, a gravidade
vem do fato de que fomos educados por um sistema de conhecimento e do pensamento que
fragmenta e separa as coisas umas das outras em disciplinas fechadas que criam especialistas
muito competentes em uma área fechada, mas incompetentes a partir do momento que o
problema se torna global.”
Esse foi um dos temas abordados por BAUMAN (2004, p. 4) que investiga como nossas
relações tornam-se cada vez mais "flexíveis", gerando níveis de insegurança sempre maiores.
Uma vez que damos prioridade a relacionamentos em "redes", aos quais podem ser tecidos ou
desmanchados com igual facilidade — e frequentemente sem que isso envolva nenhum contato
além do virtual —, não sabemos mais manter laços a longo prazo.
3 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CARR, N. A geração superficial: o que a Internet está fazendo com nossos cérebros. Trad.
M.G.F. Friaça. Rio de Janeiro: Agir, 2011.
ARISTÓTELES. Arte Retórica e Arte Poética. Trad. Antônio Pinto de Carvalho. Rio de Janeiro:
Edições de Ouro, Editora Tecnoprint S.A., 1970
BAUMAN, Z. Amor líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar Ed., 2004.
ARISTÓTELES. Poética. Trad. Ana Maria Valente. 3. Ed. São Paulo. Fundacao Calouste
Gulbenkian. 2008.
MORIN, E - A crise da humanidade. Produção Telos Cultural. Edição Alfredo Barros. Trad.
Mathias Eidelwein, Marina Waquil e Francesco Settineri. 2013. FRONTEIRAS DO
PENSAMENTO. Acesso em 15 ago 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=TS5ytEbpWg8