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Monopoli10011680 PDF
Monopoli10011680 PDF
Engenheiro Eletricista.
Rio de Janeiro
Agosto de 2014
DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À
Aprovada por:
__________________________________________
(Orientador)
__________________________________________
__________________________________________
Agosto de 2014
ii
Figueira, Fabio Fernandes.
Dimensionamento de um Sistema Fotovoltaico
Conectado à Rede para Alimentar a Sala de Computação
da Escola Municipal Tenente Antônio João / Fabio
Fernandes Figueira – Rio de Janeiro: UFRJ/ESCOLA
POLITÉCNICA, 2014.
XIV, 52 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Robson Francisco da Silva Dias.
Projeto de Graduação – UFRJ/ POLI/ Engenharia
Elétrica, 2014.
Referências Bibliográficas: p. 51.
1. Conceitos Básicos e Conexão. 2. Dimensionamento
do Sistema Fotovoltaico. 3. Análise Econômica. I. Dias,
Robson Francisco da Silva. II. Universidade Federal do
Rio de Janeiro, UFRJ, Engenharia Elétrica. III. Título.
iii
Agradecimentos
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus, pois Ele tornou possível mais uma
conquista em minha vida, Ele me supriu até aqui e continuará até a eternidade.
Aos meus pais, Rui e Rosana, pelo apoio em todas as situações, pela confiança no
meu potencial, pelos seus exemplos de vida. Eles foram fundamentais em todas as minhas
Aos meus tios Cláudio e Carmen, por toda dedicação diária, pelo enorme exemplo
Á minha esposa Luiza, por contribuir decisivamente para todas as escolhas que fiz
e por ter dividido os momentos mais felizes e mais difíceis nesses últimos 10 anos, sempre
Aos meus sogros Luiz e Cristiane, pelo carinho e motivação para que eu pudesse
terminar mais uma etapa da minha trajetória. Ao meu grande amigo Leonardo, por dividir
Ao meu avô Eduardo, em especial, por ter me inspirado e financiado por toda minha
vida acadêmica, por seu exemplo de engenheiro, de ética, por seus ensinamentos que
orientação.
iv
Aos vários amigos que fiz durante a faculdade, em especial aos amigos Pedro Altoé,
noites de estudo.
v
Resumo do Projeto de Graduação apresentado a Escola Politécnica/UFRJ como
Agosto 2014
fotovoltaico para fornecer energia para a sala de informática da Escola Municipal Tenente
através do uso desse sistema projetado também será exposto neste trabalho.
Eficiência Energética.
vi
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fu lfillment
August 2014
This graduation project presents the electrical project for the implementation of a
photovoltaic system to meet the needs of the computer classroom of the Municipal School
Tenente Antônio João, located at Ilha do Fundão. In addition, a summary of the legislation
applied in the Brazilian electric system for small generators based on renewable energies
vii
SUMÁRIO
Lista de Figuras .......................................................................................................... x
Lista de Tabelas ......................................................................................................... xi
1 Introdução ............................................................................................................. 1
1.1 Motivação ....................................................................................................... 1
1.2 Objetivos ........................................................................................................ 1
1.3 Identificação do Problema ............................................................................... 2
1.4 Estrutura do Trabalho ...................................................................................... 3
2 Conceitos Básicos e Conexão ................................................................................ 5
2.1 Principal fonte de energia ................................................................................ 5
2.2 Células fotovoltaicas ....................................................................................... 5
2.3 Arranjos Fotovoltaicos .................................................................................... 6
2.4 Tipos de sistema FV ........................................................................................ 7
2.4.1 Sistemas isolados (Off-Grid) ..................................................................... 8
2.4.2 Sistemas conectados à rede elétrica (Grid-Tie) .......................................... 8
2.5 Componentes de um sistema fotovoltaico ......................................................... 9
2.6 Esquema de ligação com a rede elétrica ........................................................... 9
2.7 Proteção ........................................................................................................ 11
2.7.1 Caixa de Junção Geral............................................................................. 11
2.7.2 Diodo de Bloqueio .................................................................................. 12
2.7.3 Fusíveis .................................................................................................. 13
2.7.4 Disjuntores ............................................................................................. 13
2.7.5 Dispositivos de Seccionamento Visível (DSV) ......................................... 13
2.8 Diodos de Bypass .......................................................................................... 13
2.9 Inversores ..................................................................................................... 14
2.10 Seguidor de Ponto de Máxima Potência (MPPT) ......................................... 16
2.11 Medidor de energia .................................................................................... 16
2.12 Normas da ANEEL ..................................................................................... 17
2.13 Proteção anti-ilhamento .............................................................................. 18
3 Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico .......................................................... 19
3.1 Estrutura do local .......................................................................................... 20
3.1.1 Caso A .................................................................................................... 20
3.1.2 Caso B .................................................................................................... 21
3.1.3 Caso C .................................................................................................... 21
3.2 Pontos de iluminação ..................................................................................... 22
3.2.1 Fator determinante da iluminância adequada ........................................... 22
3.2.2 Classe de tarefa visual............................................................................. 22
viii
3.2.3 Cálculo do índice do local (K) ................................................................. 22
3.2.4 Cálculo dos índices de reflexão do teto, parede e piso .............................. 23
3.2.5 Fator de utilização .................................................................................. 24
3.2.6 Fator de depreciação ............................................................................... 24
3.2.7 Fluxo luminoso ....................................................................................... 25
3.2.8 Quantidade de lâmpadas.......................................................................... 25
3.3 Pontos de Tomadas ........................................................................................ 26
3.3.1 Tomada de uso geral (TUG) .................................................................... 26
3.3.2 Tomada de uso específico (TUE) ............................................................. 26
3.4 Carga total instalada ...................................................................................... 27
3.5 Estimativa da curva de carga.......................................................................... 28
3.6 Dimensionamento dos painéis fotovoltaicos ................................................... 30
3.7 Inversor Grid-Tie........................................................................................... 34
3.8 Disposição do sistema fotovoltaico ................................................................ 37
3.9 Período de recesso ......................................................................................... 37
4 Análise Econômica .............................................................................................. 40
4.1 Avaliação Econômica e Financeira ................................................................. 40
4.2 Orçamento da Instalação ................................................................................ 40
4.3 Tempo de Retorno de Capital ......................................................................... 42
4.4 Viabilidade de Projeto ................................................................................... 43
4.4.1 Curvas de Carga...................................................................................... 44
4.4.2 Dimensionamento e Disposição dos Painéis............................................. 45
4.4.3 Orçamento .............................................................................................. 47
4.4.4 Tempo de Retorno (Pay Back) ................................................................. 48
5 Conclusões e trabalhos futuros ............................................................................ 50
Referências..................................................................................................................51
ix
Lista de Figuras
Figura 1 - Telhado da sala de informática da Escola Municipal. Fonte: Google Maps .... 3
Figura 12 - Radiação diária média mensal para cada localidade para uma inclinação
x
Lista de Tabelas
.................................................................................................................................. 24
.................................................................................................................................. 29
.................................................................................................................................. 29
.................................................................................................................................. 30
xi
1 Introdução
Neste projeto serão apresentados cálculos de dimensionamento de sistemas
Como ainda existem dúvidas sobre mudança de local da sala e expansão da mesma,
esse projeto coloca em pauta três configurações possíveis, ou seja, todas as configurações
trabalho.
1.1 Motivação
que se utiliza de uma fonte renovável abundande em nosso planeta, o sol. Através desse
energética.
1.2 Objetivos
1
localizada na Avenida Brigadeiro Trompowski, S/n° - Ilha do Fundão, para alimentar a
sala de informática de maneira que tenha balanço energético zero, ou seja, tudo que se
consome é produzido. Para garantir que não haja perda de energia produzida pelo sistema
nem falte energia para o mesmo, será feito um projeto conectado à rede de distribuição
elétrica.
Existem algumas dúvidas e divergências de ideias sobre o que será feito com a parte
de informática da escola. A escola já possui uma sala ativa no momento, porém há uma
necessidade de expandi-la e aproveitar uma outra sala de aula que está ociosa. Outro
espaço propício para tal fim, seria uma grande área que, no momento, está sendo
subutilizado como brinquedoteca, ou seja, uma sala com uma coleção de brinquedos e
Dito isto, serão abordados 3 casos diferentes, um deles abordará a sala vazia que
seria usada para informática, o outro será uma sala que já está sendo usada para os mesmos
fins e o último caso seria a junção das duas salas em um outro local que comporta a
brinquedoteca.
O caso A é a abordagem da sala que não está sendo aproveitada, ou seja, é o projeto
para seus objetivos. Existe espaço suficiente para a implementação de uma sala do
2
Na Figura 1, obtida do Google Maps, é mostrada uma vista superior do telhado da
módulos fotovoltaicos.
Este local, além de não ser sombreado em nenhum horário do dia, possui uma área
3
O capítulo 2 apresenta conceitos básicos sobre radiação solar, efeito fotovoltaico,
os seus elementos.
4
2 Conceitos Básicos e Conexão
energia, o sol.
O sol fornece energia na forma de radiação e de calor e ambas as formas podem ser
A radiação solar recebida anualmente pela Terra é de 1 × 1018 𝑘𝑊ℎ. Para noção desse
valor, ele seria equivalente a centenas de milhões de vezes maior que a geração da usina
chamada junção pn, onde em um lado ficam concentradas as cargas positivas, e no outro,
as cargas negativas, assim gerando um campo elétr ico permanente que dificulta a
passagem de elétrons de um lado para o outro. No caso de um fóton incidir com energia
suficiente para excitar um elétron, surgirá uma corrente elétrica, gerando energia em
corrente contínua. Esse processo para geração de energia em corrente contínua é chamado
de Efeito Fotoelétrico.
5
Existem muitos tipos de células fotovoltaicas, dentre elas estão as células de silício
Cada célula solar produz aproximadamente 0,4 volts no seu ponto de máxima
Figura 2.
são cobertas por um material transparente para garantir o isolamento elétrico entre as
células e para proteger contra agentes atmosféricos e tensões mecânicas. Através disso
forma-se um módulo fotovoltaico que pode ser conectado com outros módulos para fo rmar
corrente contínua. Devido à baixa tensão e corrente dos módulos, os mesmos podem ser
agrupados formando um arranjo fotovoltaico. Esse agrupamento pode ser feito colocando-
6
Ao se conectar as células em paralelo, como apresentado na Figura 3, a corrente de
cada módulo é somada e sua tensão é a de apenas um módulo. Esse tipo de arranjo não é
Fonte: CRESESB.
agrupamento soma as tensões das células como mostrado na Figura 4. Quanto maior for a
tensão, menor serão as perdas, ou seja, maior será a eficiência do arranjo fotovoltaico.
Fonte: CRESESB.
principais são: isolados, conectados à rede e híbridos. A utilização de cada uma dessas
7
Sistemas autônomos, não conectados à rede elétrica, em alguns casos apresentam fontes
complementares de energia. Quando isso ocorre o sistema é chamado de híbrido, já quando ele
Não será aprofundado o conhecimento em sistemas híbridos e isolados, pois não serão
utilizados na conclusão desse projeto. O foco será dado aos sistemas conectados à rede.
custo de se conectar à rede elétrica é demasiado alto. São utilizados em casas de campo,
funcionar o tempo inteiro, também necessitam de baterias, tornando os custos maiores [2].
sistemas nos quais o arranjo FV é uma fonte que complementa o sistema elétrico ao qual está
conectado. Geralmente esses sistemas não necessitam de armazenamento, pois toda energia
8
2.5 Componentes de um sistema fotovoltaico
Baterias: Armazenam energia para que o sistema funcione mesmo sem a presença
de sol.
O projeto em questão trata de um sistema conectado à rede, com foco principal nos
carga, etc.
A operação de um sistema que utilize uma fonte renovável para geração de energia
elétrica não possuía normas devidamente estabelecidas, e um sistema como esse, não tinha
permissão para acessar a rede de distribuição local. Porém, em Abril de 2012 a Aneel criou
a Resolução Normativa Nº 482, que estabelece as condições para a conexão dessas centrais
9
através do Despacho Nº 720, a obrigatoriedade do uso de um dispositivo de seccionamento
10
Figura 6 – Esquema de ligação Grid-Tie atualizado.
2.7 Proteção
Na caixa de junção geral do gerador são ligadas as fileiras individuais entre si, além
desses cabos são ligados ainda o cabo principal CC e, caso necessário, o condutor de
11
ligação equipotencial. A caixa de junção geral do gerador contém terminais, dispositivos de
Esta é a principal razão pela qual a ligação equipotencial ou o condutor de terra são ligados à
caixa de junção geral. Por vezes, também é alojado o interruptor principal DC. Esta caixa deve
ser de proteção classe II, e ter os terminais positivo e negativo claramente separados no interior
da caixa. No caso de ser instalada no exterior, deverá estar protegida, no mínimo, com proteção
IP 54 [3].
negativa fluindo pelas células, ou seja, ao invés de gerar corrente, o módulo passa a
receber mais do que está produzindo. Essa corrente negativa pode causar queda na
eficiência das células e, em casos mais complicados, a célula pode ser desconectada do
arranjo causando assim a perda total do fluxo de energia do módulo. Para evitar esses
transtornos, usa-se um diodo de bloqueio impedindo assim correntes reversas que podem
12
2.7.3 Fusíveis
para proteger os módulos e os cabos das fileiras contra sobrecargas ou curtos. Se não se
utilizarem fusíveis de fileira, os condutores de fio devem estar dimensionados para a máxima
2.7.4 Disjuntores
São dispositivos que atuam na proteção contra sobrecorrentes. Quando ocorre um curto-
entre um fusível e um disjuntor é que, após serem acionados, apenas o disjuntor pode ser
manutenção no sistema.
O DSV, como o próprio nome já diz, deve estar em um lugar de fácil acesso e notável a
todos para assegurar a proteção do técnico que irá mexer na rede elétrica.
Este dispositivo, como já citado anteriormente, não será necessário neste projeto, pois
de saída do módulo cairá drasticamente que, por estar ligada em série, comprometerá todo
o funcionamento das demais células no módulo. Para que toda a corrente de um módulo
13
não seja limitada por uma célula sombreada, usa-se um diodo de passo ou de "bypass".
Este diodo serve como um caminho alternativo para a corrente e limita a dissipação de
células, tornando muito mais barato comparado ao custo de se conectar um diodo em cada
célula.
As células mais modernas já são equipadas com diodos de bypass, tendo em vista
2.9 Inversores
conversão de energia solar em elétrica, é do tipo contínua. Devido a este fato, na maioria
dos casos, o consumo de energia e seus usos finais são extremamente limitados, pois o
14
O inversor solar é o responsável, basicamente, por estabelecer a ligaç ão entre o
gerador fotovoltaico e a rede ou a carga. Seu papel mais importante consiste em converter
funcionamento do SF.
chamados de inversores grid-tie. Dar-se-á mais importância ao inversor grid-tie, pois este
distribuição de força do local para ser utilizada pela carga. Na presença de luz solar a
energia produzida será injetada e utilizada, caso essa energia não seja suficiente para
alimentar toda a carga será retirada energia da rede. Caso sobre energia dos painéis
fotovoltaicos, essa energia excedente será injetada na rede. Durante a noite, o sistema
necessitará da rede para se alimentar, pois os painéis não produzirão energia. Todo esse
Conversão CC/CA;
15
MPPT (maximum power point tracker);
sobretensão, etc).
máxima. A corrente no MPP varia proporcionalmente com a radiação solar e sofre pouca
sendo produzida pelo sistema fotovoltaico, do quanto a escola está demandando e o quanto
de energia está sendo injetada na rede. O medidor utilizado é o de quatro quadrantes, pois
ele mede a energia ativa e reativa de forma bidirecional e através da memória de massa
armazena dados.
16
2.12 Normas da ANEEL
Os projetos de geração de energia elétrica por meio de fontes alternativas devem atender
aos requisitos impostos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), para assegurar a
Existem algumas normas que são responsáveis pelo relacionamento entre a ANEEL e as
é dada a seguir.
instalada menor ou igual a 100 kW e que utilize fontes com base em energia hidráulica, solar,
17
Tabela 1 - Requisitos mínimos em função do tipo de geração.
Basicamente, quando ocorre alguma falta de tensão na rede, que pode ser intencional para
trabalhos de manutenção pelos técnicos da distribuidora ou não intencional, que pode acontecer
devido a qualquer anomalia na rede, é feita a abertura automática do circuito, ou seja, a ligação
18
3 Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico
Neste arquivo será feito o projeto total da reforma da sala de informática, englobando
tais como:
A estimativa da energia gerada pelo arranjo pode ser calculada de acordo com a
𝑉𝑠 (𝑉 ) = ∑∞
𝑖=1 𝑉𝑠𝑖 (2)
Onde:
19
𝐻𝑆𝑃 – horas de sol pleno [h];
𝑁 – números de painéis;
diferentes.
3.1.1 Caso A
A sala do caso A não está sendo utilizada no momento, está apenas servindo de
computadores.
20
3.1.2 Caso B
3.1.3 Caso C
Como é de interesse da Escola Municipal Tenente Antônio João expandir sua área
de informática, está sendo pesquisado qual seria o melhor local para a permanência dos
computadores. O caso C indica uma configuração de sistema fotovoltaico para o caso das
Existe a possibilidade das duas salas se juntarem em uma. Essa junção seria feita em
uma parte da brinquedoteca, já que a mesma possui uma área muito grande, há
possibilidade de dividi-la. Este assunto será tratado mais ao final deste trabalho, porém
21
3.2 Pontos de iluminação
Velocidade e precisão: 0
Ambas as salas não requerem muito esforço visual, logo a iluminância usada será
de 300 lux.
𝐶0 × 𝐿
𝐾=
(𝐶0 + 𝐿) × 𝐴
Onde:
22
𝐿 = largura do local [m];
3,6 × 2,4
𝐾𝐴 = = 0,8
(3,6 + 2,4) × 1,8
4,0 × 3,2
𝐾𝐵 = = 0,99
(4,0 + 3,2) × 1,8
Os valores dos índices de reflexão abaixo são definidos e tabelados pela NBR
5413:1992.
Caso A:
Caso B:
23
3.2.5 Fator de utilização
80 70 50 30 0
Índice do Local (K)
50 50 50 50 50 30 30 10 30 10 0
30 10 30 20 10 10 10 10 10 10 0
0,60 0,31 0,29 0,30 0,30 0,30 0,29 0,24 0,20 0,23 0,20 0,19
0,80 0,39 0,37 0,38 0,37 0,36 0,31 0,31 0,27 0,30 0,27 0,26
1,00 0,46 0,42 0,45 0,43 0,42 0,37 0,36 0,33 0,36 0,33 0,31
1,25 0,52 47,00 0,51 0,49 0,47 0,42 0,42 0,38 0,41 0,38 0,37
início de seu funcionamento. Esse valores de FD são tabelados para os diferentes tipos de
luminárias, através dessas tabelas foram formadas médias padronizadas pelo método da
Philips. O ambiente desse projeto é classificado como “normal” e não necessitará de muita
24
3.2.7 Fluxo luminoso
TLDRS32WS85-25:
Potência: 32 W
Comprimento: 1213,6 mm
𝐸×𝑆
𝑁=
𝜑 × 𝐹𝑈 × 𝐹𝐷
Onde:
N = quantidade de lâmpadas;
FU = fator de utilização;
FD = fator de depreciação.
Caso A:
300 × 8,64
𝑁𝐴 = = 3,19
2600 × 0,39 × 0,8
25
Serão necessárias 2 luminárias com 2 lâmpadas cada uma.
Caso B:
300 × 12,8
𝑁𝐵 = = 9,02
2600 × 0,39 × 0,42
Para o caso A foi feita uma aproximação para o primeiro inteiro maior que o número
seja, mesmo tendo encontrado um valor de 9 lâmpadas, foram usadas apenas 8 para manter
o projeto inicial.
local por aproximação e atentando a norma NBR5410:2004. Tal norma determina que deve
Logo, as salas terão 5 pontos de tomadas de 127 V cada uma para futura ligação de um
A potência das tomadas de uso específico deve ser igual à potência nominal do
equipamento a ser alimentado por ela e superior á 100 VA. Para as salas em questão, foi
26
Cada pessoa adicional soma-se 600 BTU (a primeira pessoa não é
contabilizada);
Onde:
S = Área [m²];
Consequentemente, teremos 18600 BTU para o caso A e 22200 BTU para o caso B.
O caso C não foi calculado anteriormente pois ele será a soma das especificações
dos casos A e B.
27
Foi adotado o fator de potência 𝑓𝑝 = 0,8 para a estimativa da potência ativa e para
TUG's 100
Local Dimensão Iluminação TUE's Total
VA
O período em que cada carga é utilizada ao longo do dia será estimado nesta etapa.
Assim como já citado, os valores adotados para o cálculo das TUG’s de fator de
potência e perdas serão 𝑓𝑝 = 0,8 e 𝑓𝑝𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 = 1,2, respectivamente. Ou seja, para o cálculo
total de kWh diário das tomadas de uso geral foi descontada uma perda de 20%.
28
Caso A:
Descrição das cargas Quantidade Potência (W) Tempo (h) kWh/dia Total kWh/dia
Total 32,90
Caso B:
Descrição das cargas Quantidade Potência (W) Tempo (h) kWh/dia Total kWh/dia
Total 45,29
29
Caso C:
Descrição das cargas Quantidade Potência (W) Tempo (h) kWh/dia Total kWh/dia
Total 78,19
buscar a quantidade de radiação solar global incidente sobre o painel fotovoltaico para
do número de horas de Sol Pleno (HSP). Esta medida mostra o número de horas
equivalentes por dia em que a radiação solar permanece constante e igual a 1 𝑘𝑊/𝑚2 , de
forma que a energia resultante seja igual à energia acumulada para o dia e local em
questão.
gráficos das radiações solares diárias médias nesses locais como mostra a Figura 12
abaixo.
Coordenadas encontradas:
30
Latitude: 22,859826° Sul
Figura 12 - Radiação diária média mensal para cada localidade para uma inclinação aproximada de 23 °S.
menor incidência solar, ou seja, será considerado o pior caso possível para garantir que o
31
Tabela 7 - Dados das proximidades do local em questão.
Como não foi medida a radição solar exata do lugar, será feita a média dos piores
meses das 3 localidades para obter-se as horas de sol pleno da Escola Municipal Tenente
Antônio João:
Caso A:
𝑃𝑐 32,9
𝑃𝐴 = = = 10,48 𝑘𝑊
𝐻𝑆𝑃 3,14
Caso B:
𝑃𝑐 45,29
𝑃𝐵 = = = 14,42 𝑘𝑊
𝐻𝑆𝑃 3,14
32
Caso C:
𝑃𝑐 78,19
𝑃𝐶 = = = 24,90 𝑘𝑊
𝐻𝑆𝑃 3,14
com as especificações elétricas em STC (Standard Test Conditions), esse módulo possui
as seguintes características:
Cada módulo é composto por 80 células, ocupando uma área de 2,27 m². Logo, para
Caso A:
10480
𝑁= = 32,25
325
A área de captação solar será de 72,64 m² e será necessário dispor de uma área maior
Caso B:
14420
𝑁= = 44,37
325
33
A área de captação solar será de 102,15 m² e será necesário dispor de uma área maior
Caso C:
24900
𝑁= = 76,61
325
A área de captação solar será de 174,79 m² e será necesário dispor de uma área maior
qual está conectado. A potência máxima do inversor deve ser igual ou superior à potência
a existência de motores no sistema, pois na maioria das vezes os motores apresentam uma
Onde:
34
𝑃𝑆𝐹 = Potência do sistema fotovoltaico
Logo,
Para o caso A:
Para o caso B:
Para o caso C:
Além dos fatores matemáticos, outros pontos foram levados em conta para a seleção do
inversor:
Possuir MPPT;
arranjo fotovoltaico;
A temperatura de operação.
de 600 V, a temperatura de operação na faixa de -25°C a 50°C, possuem MPPT com tensão de
O inversor selecionado para o caso C foi de 20 kW, com tensão máxima de 1000 V, a
temperatura de operação na faixa de -25°C a 55°C, possui MPPT com tensão de operação no
frequência da rede, possui proteção anti-ilhamento e possui proteção galvânica. Tendo essas
35
características em vista, não será necessária a instalação de relé de proteção para ilhamento,
Zhejiang Tress
Technology
Potência 5 10 12 13 20
Corrente de entrada
22 30 55,6 3x30 41
max (A)
Tensão de entrada
600 620 600 550 1000
max (V)
Tensão de operação
[235 550] [200 660] [230 500] [180 480] [480 850]
do MPPT (V)
Temperatura de
[-25 65] [-10 50] [-25 55] [-20 60] [-25 55]
operação (°C)
36
3.8 Disposição do sistema fotovoltaico
Caso A:
Caso B:
Caso C:
O sistema fotovoltaico foi projetado para suprir o funcionamento total durante todo
configurações.
Embora as salas de informática não sejam usadas durante todo o tempo de operação
da escola, não existe problema em superestimar o SF, pois o mesmo estará conectado à
rede, consequentemente quando não estiverem sendo usadas as salas, a energia produzida
será injetada na rede, gerando créditos para a escola. Esses créditos poderão ser usados
para abater uma parcela do montante de sua conta de luz, proveniente do restante da
escola.
37
Ainda devemos considerar os períodos de recesso, ou seja, aqueles dias nos quais a
escola não irá abrir. Nesses dias teremos apenas geração de energia, pois praticame nte
nada estará sendo consumido. Esse período irá proporcionar uma grande diminuição da
O custo do projeto poderia ser barateado, para funcionar durante um período muito
menor, porém a longo prazo não seria tão proveitoso quanto um SF superestimado.
seria abatido da conta de luz no período de recesso [12]. Considerando que essa escola
não funcione durante 3 meses ao ano e que o mês tem 30 dias, então:
Caso A:
Caso B:
Caso C:
instituição. Esse valores ainda não consideram os finais de semana que a escola não
Caso A:
Caso B:
38
Caso C:
quanto será produzido em cada caso durante 1 ano, com isso ter-se-á:
Caso A:
Caso B:
Caso C:
39
4 Análise Econômica
Um projeto de eficiência energética deve ser analisado por duas porções: a primeira
ou seja, uma boa avaliação das necessidades estruturais, energéticas e espaciais. A segunda
de ultrapassagem.
utilizados são o valor presente líquido e o tempo de retorno de capital (Pay Back).
Neste projeto será utilizado apenas o índice do tempo de retorno de capital, pois é
considerado o mais utilizado nos projetos de instalações fotovoltaicos nos dias de hoje.
empresas de sistemas fotovoltaicos que é de 10% do valor total dos painéis somados com
acessórios e estruturas que venham a ser utilizados na obra. Logo, o valor da mão de obra
encontrado nas tabelas seguintes é igual a 12% do valor total (painéis + inversor).
40
Caso A:
Custo Unidade
Equipamento Quantidade
[R$]
Painel Solar
Kyocera KD325GX- 32 1.000
LFB
Inversor Fronius IG
1 7.325,71
Plus 150 V
Mão de Obra +
- 4.719,08
Estrutura
Total 44.044,79
Caso B:
Custo Unidade
Equipamento Quantidade
[R$]
Painel Solar
Kyocera KD325GX- 45 1.000
LFB
Inversor Fronius IG
1 7.325,71
Plus 150 V
Mão de Obra +
- 6.279,08
Estrutura
Total 58.604,79
Caso C:
Custo Unidade
Equipamento Quantidade
[R$]
Painel Solar
Kyocera KD325GX- 77 1.000
LFB
Inversor SINVERT
1 11.909,5
PVM20
Mão de Obra +
- 10.669,14
Estrutura
Total 99.578,64
41
4.3 Tempo de Retorno de Capital
Como já citado na sessão 4.1 desse projeto, o critério do tempo de retorno de capital,
ou “payback”, é, sem dúvida o mais conhecido e difundido no meio técnico para uma
Onde:
A – Benefício [R$]
O custo de implantação para esse projeto está calculado no item 4.2, assim como o
valor do benefício anual pode ser calculado da mesma maneira do item 3.9 desse projeto.
Tempo de
Custo de Custo de
Retorno
Casos Implantação Benefício
Simples
[I] Anual [A]
[anos]
Caso A R$ 44.044,79 R$ 3.865,19 11,39
Caso B R$ 58.604,79 R$ 5.343,47 10,97
Caso C R$ 99.578,64 R$ 9.299,66 10,7
Um sistema fotovoltaico conectado à rede tem uma vida útil de 30 a 40 anos, sendo
que a maioria dos painéis fotovoltaicos tem garantia de 25 anos para produção de pelo
útil esperada de 10 a 15 anos, podendo ser trocados. Alguns microinversores têm vida útil
dois anos e vida útil de 5 a 10 anos, mas a principal diferença (especialmente em custo) fica por
42
conta das baterias que são caras e devem ser substituídas com maior frequência. As baterias
mais usuais tem vida útil de 4 anos e baterias especiais podem chegar a 10 a 15 anos de duração,
Com isso, é perceptível que esse sistema fotovoltaico é viável para esse projeto, porém
devido ao alto custo de investimento e falta de necessidade de um arranjo tão grande, será
Nesta seção do trabalho será feito um sistema que não suprirá totalmente a carga da
da realidade, já que a sala não será usada por todo o período de funcionamento da escola.
Agora, a energia em excesso, que produzirá créditos, não será mais usada para abater
a conta total da escola, e sim apenas para manter a sala funcionando quando necessitar
ultrapassar as 4 horas diárias adotadas, sem que haja um custo financeiro extra para a
escola.
43
4.4.1 Curvas de Carga
Caso A:
Caso B:
Caso C:
44
4.4.2 Dimensionamento e Disposição dos Painéis
será:
Caso A:
𝑃𝑐 19,12
𝑃𝐴 = = = 6,09 𝑘𝑊
𝐻𝑆𝑃 3,14
6090
𝑁𝐴 = = 18,74
325
A área de captação solar será de 40,86 m² e será necessário dispor de uma área maior
Caso B:
𝑃𝑐 26,19
𝑃𝐵 = = = 8,34 𝑘𝑊
𝐻𝑆𝑃 3,14
9340
𝑁𝐵 = = 28,74
325
A área de captação solar será de 63,56 m² e será necessário dispor de uma área maior
45
Produção de energia diária aproximada = 28,57 kWh
Caso C:
𝑃𝑐 45,31
𝑃𝐶 = = = 14,43 𝑘𝑊
𝐻𝑆𝑃 3,14
14430
𝑁𝐶 = = 44,40
325
A área de captação solar será de 96,8 m² e será necesário dispor de uma área maior
46
4.4.3 Orçamento
O cálculo do orçamento será feito da mesma maneira que no item 4.2 deste capítulo
Caso A:
Custo Unidade
Equipamento Quantidade
[R$]
Painel Solar
Kyocera KD325GX- 18 1000
LFB
Inversor Fronius IG
1 7.325,71
Plus 150 V
Mão de Obra +
- 3.039,08
Estrutura
Total 28.364,79
Caso B:
Custo Unidade
Equipamento Quantidade
[R$]
Painel Solar
Kyocera KD325GX- 28 1.000
LFB
Inversor Fronius IG
1 7.325,71
Plus 150 V
Mão de Obra +
- 4.239,08
Estrutura
Total 39.564,79
47
Caso C:
Custo Unidade
Equipamento Quantidade
[R$]
Painel Solar
Kyocera KD325GX- 44 1.000
LFB
Inversor SINVERT
1 11.909,5
PVM20
Mão de Obra +
- 6.709,14
Estrutura
Total 62.619,00
escola será 225 dias anuais, considerando férias, finais de semana e feriados. Então
Caso A:
Caso B:
Caso C:
Esse excesso garantirá o balanço zero caso a sala seja usada por mais de 4 horas
em alguns dias.
Caso A:
Caso C:
A tabela com o tempo de retorno foi montada de acordo com o item 4.3 deste projeto.
Tempo de
Custo de Custo de
Retorno
Casos Implantação Benefício
Simples
[I] Anual [A]
[anos]
Caso A R$ 26.348,79 R$ 2.174,02 12,12
Caso B R$ 36.428,79 R$ 3.381,16 10,77
Caso C R$ 57.690,64 R$ 5.313,75 10,86
decorrer desse trabalho, o melhor caso a ser feit o seria o caso B. A sala de computação já
existência desse espaço que já está reformado e instalar os painéis para fornecer energia .
A aplicação da energia solar, com o menor custo pode chamar mais atenção de
o caso A ou C.
49
5 Conclusões e trabalhos futuros
Atualmente, essa área que se utiliza de fontes renováveis de energia necessita de
grande investimento incial, porém mostra-se efetiva a longo prazo, diminuindo bastante o
gasto com energia elétrica ou até mesmo anulando os mesmos. Há um avanço grande dos
inversores grid-tie que já possuem grande parte da proteção necessária para o sistema
conforme visto no capítulo 3 deste documento. É notável que com o avanço da tecnologia
e suas aplicações ocorre uma adaptação e mudança de normas para esses sistemas. Como
exemplo, no começo deste trabalho era necessário o uso de DSV’s para microgeradores,
porém já em Março deste ano não era mais necessário seu uso nesses sistemas geradores.
Este projeto é essencial para futuros projetos, como estudos mais aprofundados da
influência dessa microgeração de energia na rede, além disso, validará os estudo s de custo
x benefício. Ou seja, poderá ser calculado com exatidão em quanto tempo será recuperado
mostrando-se uma solução para a oferta de energia “limpa”, além de promover uma maior
aquecimento de água.
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Referências
[4] CRESESB – Centro de referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito em:
instalação.[S.1.].2004.
[8] Instalações Elétricas, quinta edição, Editora GEN, Rio de Janeiro, 2008.
em: 01/2014
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Anexo I – Folha de dados do módulo solar KD325GX-LFB
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