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1: Introdução
A relação entre música e arquitetura vai ao encontro de elementos,
teorias e curiosidades. Através da comparação entre obras conhecidas de
arquitetura e paradigmas musicais, perceberemos momentos racionais destas
relações e outros que precisam ser buscados, descoberto/s, pois parecem
abstratos, mas estão lá, fazendo com que as pessoas ao observá-los sintam a
perfeita composição e entrelaçamentos destas duas áreas do conhecimento.
Música e arquitetura têm um encontro tão forte que em ambas não é
possível simplesmente pegar uma teoria, estudá-la e ser um expert na área.
Para ser músico, além da teoria é necessário apanhar um instrumento e
estudar a prática, depois se manter ativo, pois sem prática o conhecimento vai
se perdendo. Da mesma forma, para ser arquiteto é necessário projetar,
desenhar, conhecer arquiteturas. Não é possível ficar dez anos estudando toda
teoria e história da arquitetura e por fim se tornar um arquiteto, mas se trata de
pegar um papel, um lápis e esboçar arquitetura até conseguir desenvolver um
projeto.
João Sacramento Neto, compositor musical Brasileiro, definiu música
como sendo a arte de manifestar os diversos afetos da nossa alma mediante o
som. Grande parte das pessoas que se dedicam a aprender música de forma
teórica, aprendem, como primeira teoria, a definição de música do Neto. Em
contraponto, se perguntarmos para iniciantes do curso de arquitetura o que é
3: A música na arquitetura
Assim como a música, arquitetura também é arte e o Dicionário
Michaelis define arquitetura como sendo a arte de projetar e construir prédios,
edifícios ou outras estruturas; arquitetônicas.
Arquitetura e música têm diversos pontos de relação, em termos ou por
suas formas de composição. Na obra do arquiteto Kengo Kuma (figura 1), é
possível observar na fachada linhas, cheios e vazios que seguem um ritmo
alternado, mas que para o observador é agradável e de fácil leitura. Este
Em uma pauta musical (figura 4), as linhas são marcantes, entre elas
existe um espaço vazio em branco e tanto nas linhas quanto nos espaços é
possível inserir notas musicais, estas representadas pelos pontos pretos ou
circunferências.
Figura 4 Partituras
6: Conclusão
O arquiteto e o músico necessitam se dedicar nas suas profissões, das
horas de estudo até desenvolver capacidade criativa, isto é um dos motivos
que faz estas áreas do conhecimento serem tão próximas. Os termos musicais
são fortemente utilizados na arquitetura e somente são percebidos quando
entendemos um pouco das relações propostas por eles. Nem todo músico
estudou arquitetura, mas diversos músicos que produzem música de qualidade
estudaram arquitetura, logo a proximidade destas áreas do conhecimento é
muito forte e assim como vem sendo pesquisada desde a antiguidade ela deve
permanecer nos artigos, dissertações, teses e todas formas de conhecimento
que a vida nos oferece.
7: Referências
a)ARCHDAILY. Conservatório de música em Aix en Provence / Kengo Kuma
and Associates. Archdaily, 2014. Disponível em:
<http://www.archdaily.com.br/br/624020/conservatorio-de-musica-em-aix-en-
provence-kengo-kuma-and-associates>. Acesso em: 10 jun. 2015.
http://www.archdaily.com.br/br/765809/personalidades-brasileiras-que-
deixaram-a-arquitetura-para-fazer-sucesso. Acesso em: 14/06/2015
g)MELLO, Cristina Homem de. Villa Savoye: Casa projetada por Le Corbusier
na cidade de Poissy. Cristina de Mello, 2012. Disponível em:
<http://www.cristinamello.com.br/?p=6109>. Acesso em: 10 jun. 2015.
i)NORONHA, Rodrigo da Cruz. O arquiteto não foi homem suficiente para ser
engenheiro nem flor o bastante para cursar design. In: VASCONCELLOS,
Juliano Caldas de; BALEM, Tiago. Bloco 9: Arquiteturas de Trabalhar. Novo
Hamburgo: Feevale, 2013. p. 164-171.