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INSTITUTO CAMILLO FILHO – ICF

CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO

DISCIPLINA: TÉCNICAS RETROSPECTICAS II

PROFª: NEUZA BRITO DE ARÊA LEÃO MELO

PROJETO DE INTERVENÇÃO EM EDIFICAÇÃO SITUADA À RUA LISANDRO NOGUEIRA,


Nº 1986 EM TERESINA – PI
ETAPA 3- DIAGNÓSTICO E LEVANTAMENTO DE PATOLOGIAS E PROPOSTA

Jesuan de Andrade
Raimunda Lacerda

Teresina, Junho de 2013

1
SUMÁRIO

1 Localização.............................................................................................4

2 Entorno..................................................................................................5

2.1 Macro entorno............................................................................5

2.2 Micro Entorno.............................................................................6

3 História e contexto.................................................................................8

4 Estudo das Modificações.........................................................................9

5 Análise dos sistemas construtivos e materiais........................................14

6 Análise Tipológica...................................................................................17

6.1 Funcional.....................................................................................17

6.2 Estilística.....................................................................................17

7 Legislação...............................................................................................20

8 Análise dos valores culturais e sócio-econômicos atuais.........................21

9 Mapeamento de danos...........................................................................21

9.1 Paredes........................................................................................21

9.2 Piso .............................................................................................23

9.3 Cobertura....................................................................................24

9.4 Esquadrias...................................................................................25

9.5 Fachada.......................................................................................26

Apêdices............................................................................................................27

Memorial............................................................................................................28

Bibliografia.........................................................................................................37

2
Dossiê

3
1. LOCALIZAÇÃO

O imóvel em estudo localiza-se no cruzamento das Ruas Lisandro Nogueira


com a Rua , nº 1556, no centro da cidade de Teresina, como mostra a figura 01.

Figura 01: Localização do edifício no mapa de Teresina.


RUA LISANDRO NOGUEIRA
N

RUA ANISIO DE ABREU

Fonte: https://maps.google.com.br/maps - manipulado por Jesuan de Andrade em 06 maio de


2013

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2. ENTORNO

2.2 MACRO ENTORNO

A edificação situa-se no centro-norte próximo a clinicas (como a clinica UDI)


ao 25º Batalhão do Exército, ao colégio CPI, e próximo à praça do Fripisa, dentre
outros edifícios residenciais e comerciais (fig. 02). No inicio do séc. XIX a região do
centro da cidade foi inicialmente preparada para uso residencial, mas com o
desenvolvimento e expansão da cidade, a população foi se locomovendo para
outras regiões da cidade. Portanto, o bairro Centro foi aos poucos ganhando um
novo uso, comercial, serviços e residencial modificando cada vez mais as fachadas
dos prédios e descaracterizando os estilos desses edifícios.

Figura 02: Macro entorno 25º BATALHÃO DO


EXÉCITO

IMOVEL EM
ESTUDO

COLÉGIO CPI

CLINICA UDI
PÇA. DO FRIPISA

Fonte: https://maps.google.com.br/maps - manipulado por Jesuan de Andrade em 06 maio de 2013

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2.2 MICRO ENTORNO

A edificação localiza-se próximo à edifícios residenciais e comerciais (fig. 03).


Atualmente o edifício estudado é uma das poucas construções que ainda mantém
a originalidade de sua antiga fachada, devido ao grau de conservação em que esta
se encontra (fig. 04). Algumas outras poucas edificações no entorno também
trazem elementos estilísticos conservados que denunciam sua época de
construção e seu estilo arquitetônico.

Figura 03: Micro entorno MEDICARCI


CONSULTÓRIO
GINECOLÓGICO RUA LISANDRO NOGUEIRA

N
PONTO
COMERCIAL

RESIDÊNCIA

KHRYS-TEC

SINSEP-PI

IMÓVEL EM RESIDÊNCIAS
ESTUDO

Fonte: https://maps.google.com.br/maps - manipulado por Jesuan de Andrade em 06 maio de 2013

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Figura 04: Perfil do quarteirão

CLÍNICA RESIDÊNCIA RESIDÊNCIA RESIDÊNCIA RESIDÊNCIA


D. ALDA

Fonte: Manipulado por Jesuan de Andrade em 06 maio de 2013.

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3. HISTÓRIA E CONTEXTO

A história do edifício em estudo é baseada em informações obtidas


atraves de uma entrevista concedida por uma de suas proprietárias, a Sr. Alda de
Sales. A edificação localizada no cruzamento das ruas Lisandro Nogueira com
Anísio de Abreu possui um estilo eclético, que teve seu auge nos anos 30 do século
XX. Caracteriza-se pelo equilíbrio entre cheios e vazios e a presença de linhas
paralelas marcando a fachada do prédio, construído entre 1931 e 1932.
Segundo D. Alda o seu pai, Sr. Antônio Vieira de Sales, foi o responsável
pela sua construção. Mas somente no ano de 1932 eles se mudaram para a atual
morada.
Os primeiros edifícios construídos em Teresina, no final do século XIX,
tiveram a marca do ecletismo, estilo bem difundido na época. Depois de decênios
onde o neoclassicismo e o art-decó predominaram nos edifícios em geral, houve o
florescimento do ecletismo na primeira metade do século XX, onde na região da
Av. Frei Serafim é mais notória, por conta da burguesia formada principalmente
por imigrantes árabes bem sucedidos , vindos em anos anteriores.

O edifício mais antigo de Teresina que se tem registro é a Igreja Matriz


de Nossa Senhora do Amparo, onde foi construída antes mesmo de Teresina surgir
como capital do estado. Hoje a atual igreja é bastante diferente da original por
conta das intervenções sofridas durantes seus 150 anos de idade.

Outro casarão de arquitetura eclética do século XIX que resistiu ao tempo


foi a antiga residência do Barão de Gurguéia atual Casa da Cultura de Teresina
localizado na Praça Saraiva. Construído entre 1880 e 1890, possui em sua fachada
portas e janelas em arcos ogivais, bastante característicos do ecletismo piauiense
da época, com colunas retas e cornijas pouco salientes e uma escadaria central
com corrimão em madeira (fig. 05 e 06).

8
Figura 05: Residência do Barão de Gurguéia em 1940

Fonte: http://val-noticiasdacorte.blogspot.com.br/2010/04/fotos-antigas-de-teresina
Figura 06: Casa da Cultura. Antiga residência de Barão de Gurguéia. Acesso em: 06 maio de 2013.

Fonte: http://blogs.cultura.gov.br/culturaepensamento/files/2010/08/agenda_casadacultura.jpg .Acesso


em: 06 maio de 2013.

As escolas católicas de Teresina também adotaram o estilo eclético no início do


século XX. O Colégio São Francisco de Sales, conhecido por Colégio Diocesano,
localizado na Pça. Saraiva, foi fundado em 1906. Sofrendo reformas e ampliações ao
longo das décadas, hoje o colégio ocupa um quarteirão inteiro.

O Colégio Sagrado Coração de Jesus, conhecido por Colégio das Irmãs


(fig. 07), também foi fundado em 1906. É um edifício eclético com inspiração
neoclássica e renascentista, localizado à Av. Frei Serafim, e reformado e ampliado em
1931.

9
Figura 07: Colégio Sagrado Coração de Jesus em 1956

Fonte: www.google.com.br. Acesso em: 06 maio de 2013.


As elegantes escadarias em arco em sua fachada chamam a atenção.
Circundando uma estátua de Cristo de braços abertos, e a capela da escola, em estilo
neogótico. (fig. 08)

Figura 08: Colégio Sagrado Coração de Jesus atualmente

Fonte: http://i597.photobucket.com/albums/tt51/pdernesto/DSC06284.jpg. Acesso em: 07 maio de


2013.

10
Segundo Amanda Moreira e Juliana Lopes (2011, p. 3)

[...] A transformação do Centro da cidade em uma área comercial desencadeou


uma busca excessiva por espaço, seja ele destinado a comércios, carros ou
pessoas, e as edificações ecléticas, principalmente as residências, mais
numerosas, tiveram que ceder espaço a novas edificações. Muitas foram
demolidas, outras descaracterizadas e hoje se observa uma situação de descaso
e omissão na preservação dos edifícios históricos no centro da cidade de
Teresina, principalmente por parte de seus proprietários. Nesse sentido,
constata-se um grande número de edifícios, históricos ou não, que são
sacrificados diariamente, dando lugar a estacionamentos na cidade.

4. ESTUDO DAS MODIFICAÇÕES

A edificação foi construída nos anos de 1930 a 1931, na antiga rua da


Glória, Nº 70, hoje rua Lisandro Nogueira, porém a mudança só ocorreu em 1932.
Ela foi construída pelo seu falecido proprietário Sr. Antonio Vieira de Sales, pai da
Sra. Alda de Sales, atual proprietária. Em 1938 o piso foi revestido com cerâmica
hidráulica em todos os compartimentos exceto nos quartos da frente que foram
revestidos com tacos de madeira.

Segundo relatos da Sra. Alda, houve um grande incêndio nas


proximidades de sua casa em 1942, destruindo muitas casas cujas coberturas
eram de palhas, porém seu imóvel sobreviveu por ter uma cobertura cerâmica, o
que impossibilitou de o fogo se alastrar de forma mais descontrolada. Em 1980 a
numeração da casa passou a ser Nº 1986, atual endereço. A fachada original era
na cor amarelo com os detalhes em branco (fig.09).

Figura 09: Fachada em 1932

Fonte: Foto reprodução . Acervo pessoal Sra. Alda de Sales. Acesso em: 01 maio de 2013.

11
A edificação sofreu uma intervenção em 1980, com mudanças na
fachada para cor rosa (fig. 10). Nessa mesma época toda a casa foi reformada,
mudando toda sua concepção original de revestimento e pintura nas paredes
internas. Ainda na década de 1980 foi construído um anexo nos fundos da casa
com uma copa e quarto de empregada (verificar anexo 01). A dispensa passou a
ser o banheiro social e a área de serviço foi transferida para os fundos da casa.

Figura 10: Fachada em 1980

Fonte: Foto reprodução . Acervo pessoal Sra. Alda de Sales. Acesso em: 01 maio de 2013.

Em 2008 O piso, que antes era de taco foi substituído pelo piso cerâmico
de cor branco com rajadas leves de cinza (fig. 13).

A sua intervenção mais recente foi em 2010 com a mudança na pintura


da fachada para azul com os detalhes em branco (fig. 11).

12
Figura 11: Fachada em 2010

Fonte: Foto reprodução . Acervo pessoal Sra. Alda de Sales. Acesso em: 01 maio de 2013.

Figura 12: Atual fachada. Sentido rua Lisandro Nogueira

Fonte: Fonte: Foto - Jesuan de Andrade. Acesso em: 01 maio de 2013.

13
Figura 13: Atual piso cerâmico.

Fonte: Foto - Raimunda Lacerda. 01 maio de 2013.

5. ANÁLISE DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS E MATERIAIS

Traço marcante da edificação são suas paredes estruturais de tijolo


cozido espessas (30cm), seus alicerces em tijolo e pilares de alvenaria que
funcionam como estruturas autônomas. As paredes são revestidas em reboco liso
(fig.14) e somente no banheiro, circulação e cozinha apresentam revestimento
cerâmico até a uma altura de 1,60m (fig. 15). Seu telhado é em estrutura de
madeira, caibro corrido, telha de barro, com presença de calha metálica (fig. 16).

14
Figura 14: Reboco liso sobre parede. Figura 15: Revestimento cerâmico nas paredes.

Fonte: Foto - Raimunda Lacerda. 01 maio de 2013. Fonte: Foto - Raimunda Lacerda
01 maio de 2013.

15
Somente um quarto encontra-se forrado com madeira em pinturas azuis
e brancas (fig. 17). O piso é em ladrilho hidráulico (sala [fig. 18] ), cerâmico
(quartos, cozinha e banheiros [fig. 19] ), em tijolo cozido (antiga quitanda [fig. 20] )
e cimentado (anexo posterior da casa [fig. 21] ).

Figura 16: Cobertura. Figura 17 : Forro de madeira.

:
Fonte: Foto - Raimunda Lacerda. 01 maio de 2013. Fonte: Foto - Jesuan de Andrade. 01 maio de
2013.

A cobertura, não sofreu muitas modificações desde a sua construção,


com as águas da cobertura convergindo para dentro do lote, com beiral aparente
e para o lado da rua onde há presença de platibanda escondendo o telhado com
ajuda de rufos de concreto e calhas (fig. 22).

A maioria das suas esquadrias é de madeira maciça com grades de


metal, as janelas são de peitoril com verga reta e as portas são de abrir (fig. 23).
Na área anexada posteriormente, as esquadrias também são de madeira. Há
presença de cobogós ao longo do corredor que dá acesso à cozinha e na copa
(fig. 24).

Figura 18: Piso hidráulico (sala). Figura 19: Piso cerâmico (quartos).

Fonte: Foto - Raimunda Lacerda. 01 maio de 2013. Fonte: Foto - Raimunda Lacerda: 01 maio
de 2013.

16
Figura 20: Piso de tijolo cozido
(antiga quitanda). Figura 21: Piso de cimento queimado (copa).

Fonte: Foto - Raimunda Lacerda. 01 maio de 2013. Fonte: Foto - Raimunda Lacerda.
01 maio de 2013.

Figura 22: Platibanda da fachada (sentido rua Lisandro Nogueira).

Fonte: Foto - Jesuan de Andrade. 01 maio de 2013.

Figura 23: Porta e Janela


(sentido rua Lisandro Nogueira). Figura 24: Cobogó (copa).

Fonte: Foto - Jesuan de Andrade. 07 maio de 2013. Fonte: Foto - Raimunda Lacerda. 01 maio de
2013.

OBS.: Verificar anexo 02

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6. ANÁLISE TIPOLÓGICA (funcional e estilística)

6.1 FUNCIONAL

Esta edificação sempre assumiu função residencial desde quando foi


construída, em 1931. De acordo com D. Alda, ao longo dos anos surgiram
propostas de compra para intervenção a fim de destiná-la a outra função. Ela
assegura que não venderá mas que deixará a cargo dos herdeiros as novas
destinações à casa.

6.2 ESTILÍSTICA

A predominância do ecletismo é bastante evidente, seguindo uma linha


de mistura de estilos arquitetônicos do passado para a criação de uma nova
linguagem arquitetônica que são observadas a partir dos elementos compõem sua
fachada.

Nas fachadas observa-se as platibandas com um certo escalonamento


(fig. 25). Nas duas fachadas segue uma espécie de cornija circundando o edifício,
lembrando um pouco a arquitetura grega (fig. 26).

Figura 25: Escalonamento da platibanda

Fonte: Foto - Jesuan de Andrade - Manipulado por Jesuan de Andrade.


Data: 07 maio de 2013.

18
Figura 26: Cornija

Fonte: Foto - Jesuan de Andrade - Manipulado por Jesuan de Andrade.


Data: 07 maio de 2013.

Também é possível observar pilastras retas características do estilo


Neoclássico. Além das linhas paralelas e repetitivas que remetem o Art-decó
(fig. 27).

19
Figura 27: Pilastras e linhas repetitivas

Fonte: Foto - Jesuan de Andrade - Manipulado por Jesuan de Andrade


Data: 07 maio de 2013.

Também é bastante evidente os elementos decorativos retos,


principalmente nas molduras das janelas, remetendo o Art-decó (fig. 28).

Figura 28: Elementos decorativos

Fonte: Foto - Jesuan de Andrade - Manipulado por Jesuan de Andrade. Data: 07 maio de 2013.

20
7. LEGISLAÇÃO

Foi feita uma analise sobre as seguintes leis para o estudo do imóvel em
questão:

• Lei complementar nº 3560, de 20 de outubro de 2006.


• Lei complementar nº 3562, de 20 de outubro de 2006.
• Lei complementar nº 3563, de 20 de outubro de 2006.

De acordo com a lei complementar nº 3560, de 20 de outubro de 2006, o


imóvel se localiza na Zona de Comércio 4, onde as atividades permitidas pode ser
habitacional, institucional, comercial, de serviço e especial.
Analisando a lei complementar nº 3562, de 20 de outubro de 2006, verifica-se
que o uso do solo, com relação aos recuos, não corresponde ao que está sendo usado,
porém como a lei entrou em vigência em 2006, o imóvel permanece como está, desde
que não haja intervenção estrutural no mesmo. Já que se encontra em uma ZP3, fica
vedado a transferência de potencial construtivo.
Conforme a lei complementar nº 3563 , de 20 de outubro de 2006, a residência
se localiza na zona de Preservação Ambiental – ZP3 – que compreendem imóveis
individualizados, situados no território do município, relação dos imóveis cujas
fachadas devem ser preservadas. De acordo com o Art. 9º devem ser mantidas as
características estéticas e estruturais da das fachadas da edificação voltadas pra rua
bem com a sua volumetria, incluindo a cobertura. Quanto às reformas e ampliações,
deve-se seguir os criterios do Art. 11 cujos requisitos são relacionadas à edificações
situadas na zona ZC4.
Fica proibido o uso de "Outdoors" e publicidades nessas fachadas que as
possam descaracterizar.

Tabela 01 : Uso e ocupação do solo na Zona Comercial 4


Zona Z C 4
USOS IA Recuos Mínimos TO
Frente Laterais Fundos
HABITACIONAL H
COMERCIAL C1 C2
SERVIÇOS S1 S2 3,00 2,50 1,50 e ZERO 2,50 60%
INDUSTRIAL I1 I2
INSTITUCIONAL E1 E
2
Fonte:Lei complementar 3.562, de 20 de outubro de 2006, Teresina-PI

21
8. ANÁLISE DOS VALORES CULTURAIS E SÓCIO-ECONÔMICOS ATUAIS

O edifício em estudo apresenta Valor histórico pois a construção é testemunho


da capacidade de evolução humana, quando a região em que está localizada
remete à uma das épocas mais importantes da história do cidade que transmite
sua história; valor de identidade pois os primeiros donos e os atuais, que
utilizavam a edificação como residência têm laços afetivos com a construção. além
do reconhecendo social por suas características e a família tradicional que vive ali;
e o valor técnico ou artístico relativo por ter relevância no seu desenho e
concepção técnica, estrutural e funcional.

9. MAPEAMENTO DE DANOS

Neste imóvel foram encontradas muitas patologias, tais como:


descascamento de paredes, umidade, fissuras, ataque de insetos, podridão em
madeiras, deformação na cobertura, danos na esquadria e calçada e pisos externos
quebrados (ver anexo 03).

9.1 PAREDES

Figura 29: reboco danificado Figura 30: Cupins e umidade excessiva

Fonte: Foto - Raimunda Lacerda. Data: 07 maio de 2013. Fonte: Foto - Raimunda Lacerda
Data: 07 maio de 2013.

22
Figura 31: Deslocamento de placas e fissuras Figura 32: Reboco danificado

Fonte: Foto - Raimunda Lacerda Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

Figura 33: Deslocamento de placas Figura 34: Fissuras

Fonte: Foto - Raimunda Lacerda Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

23
9.2 PISOS

Figura 35: Desgaste físico Figura 36: Desgaste físico

Foto - Raimunda Lacerda Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

Figura 37: Fissuras Figura 38: Umidade excessiva

Foto - Raimunda Lacerda Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

Figura 39: Desprendimento das placas Figura 40: Manchas no piso

24
Foto - Raimunda Lacerda Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

9.3 COBERTURA

Figura 41: Cupins Figura 42: Cupins/ fungos

Foto - Raimunda Lacerda Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

Figura 43: Cupins/ umidade Figura 44: Fungos/ umidade

Foto - Raimunda Lacerda Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

25
9.4 ESQUADRIAS

Figura 45: Apodrecimento Figura 46: Ferrugem

Foto - Raimunda Lacerda Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

Figura 47: Falta de manutenção Figura 48: Descascamento da pintura

Foto - Raimunda Lacerda Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

26
9.4 FACHADA

Figura 49: Lôdo/ Bolor


Figura 50: Depredação

Fonte: Foto - Jesuan de Andrade Fonte: Foto - Jesuan de Andrade

Figura 51: Danos físicos - ausência de vidros

Fonte: Foto - Raimunda Lacerda

27
ANEXOS

28
MEMORIAL JUSTIFICATIVO

PROPOSTA

Proposta de uma intervenção de reforma de um edifício histórico situado no centro-


norte de Teresina-PI.

OBJETIVOS

O projeto tem o objetivo de fazer uma intervenção em um edifício residencial de valor


histórico dando-o um novo uso.

LOCALIZAÇÃO

Situa-se no centro-norte da cidade de Teresina-PI, nos cruzamentos das Ruas Lisandro


Nogueira, ao norte, e Anísio de Abreu, à oeste. A localização é favorecida com sistema de
distribuição de água, luz e telefone e sistema de transporte coletivo e coleta de lixo. A área da
edificação é de 243,71m2.

29
JUSTIFICATIVA

O projeto foi elaborado com o intuito de dar um novo uso ao edifício residencial de
valor histórico. A proposta se dá em transformar a casa em uma escola de música com
instruções de violão, violino, violoncelo e piano durante o período diurno e durante a noite
dar-lhe uma nova função de Café-bar. Portanto lhe caberá novos usos de ensino e lazer.

30
Memorial Descritivo

ASPECTOS PAISAGÍSTICOS EXISTENTES

O terreno não possui vegetação característica com apenas algumas arvores de grande
porte.

PARTIDO ADOTADO

Toda a obra foi trabalhada de modo a minimizar o impacto da intervenção na


edificação com o intuito de preservar o Maximo possível de todas as características físicas e
estéticas do imóvel. Na arte interna algumas paredes foram retiradas de modo a ampliar os
espaços e acomodar os alunos. O anexo construído na década de 1980 foi demolido para dar
lugar a um Café com cozinha industrial e atendimento de balcão. No corredor que dá acesso à
área de serviço, foi demolida a parede que divide o espaço com o pátio interno ficando o local
aberto para as pessoas que utilizam o espaço durante à noite utilizarem os banheiros
acessíveis. Nessa nova circulação a cobertura deu lugar a uma laje impermeabilizada que
serviu de área técnica para os ar-condicionados. O pátio interno cedeu o lugar para o espaço
de mesas e um pequeno palco para apresentações musicais. O quintal deu lugar a um
estacionamento e jardins. A parede que divide com a rua foi demolida para da lugar ao acesso
para o café. As cores da fachada estarão de acordo com a fachada original de 1932.

CONFORTO AMBIENTAL

Por ser uma escola de música, as paredes receberam um tratamento acústico especial
com revestimento em carpete espessura 3mm a fim de isolar o ambiente do exterior e vice-
versa. O forro que ainda resta será preservado,e os demais ambientes receberam forração em
madeira com tratamento acústico. As janelas de madeira que são voltadas para a rua
receberam mais duas folhas de vidro na parte interior a fim de reduzir a reverberação do som
para o exterior e vice-versa. Todas as salas são climatizadas com refrigeradores de ar.

31
PARÂMETROS URBANÍSTICOS /LEGISLAÇÃO URBANA PARA A ZONA

De acordo com a lei complementar nº 3560, de 20 de outubro de 2006, o imóvel


se localiza na Zona de Comércio 6, onde as atividades permitidas pode ser
habitacional, institucional, comercial, de serviço e especial.
Analisando a lei complementar nº 3562, de 20 de outubro de 2006, verifica-se
que o uso do solo, com relação aos recuos, não corresponde ao que está sendo usado,
porém como a lei entrou em vigência em 2006, o imóvel permanece como está, desde
que não haja intervenção estrutural no mesmo. Já que se encontra em uma ZP3, fica
vedado a transferência de potencial construtivo.
Conforme a lei complementar nº 3563 , de 20 de outubro de 2006, a residência
se localiza na zona de Preservação Ambiental – ZP3 – que compreendem imóveis
individualizados, situados no território do município, relação dos imóveis cujas
fachadas devem ser preservadas. De acordo com o Art. 9º devem ser mantidas as
características estéticas e estruturais da das fachadas da edificação voltadas pra rua
bem com a sua volumetria, incluindo a cobertura. Quanto às reformas e ampliações,
deve-se seguir os criterios do Art. 11 cujos requisitos são relacionadas à edificações
situadas na zona ZC4.
Fica proibido o uso de "Outdoors" e publicidades nessas fachadas que as
possam descaracterizar.

ZonaZC6

USOS I.A Recuos Mínimos T.O

Frente Laterais Fundos

HABITACIONAL H

COMERCIAL C1 C2 C3

SERVIÇOS S1 S2 3,00 5,00 1,50 ZERO 2,50 60%

INDUSTRIAL 11 I2

INSTITUCIONAL E1 E2 E3

Terreno de esquina o recuo lateral é de 70% do recuo de frente.

32
DEFINIÇÃO DO PROGRAMA DE NECESSIDADES

Pesquisa bibliográfica, estudo de casos semelhantes, apresentação de seminários.

PROGRAMA DE NECESSIDADES

Espaços Dimensionados

• Escola de Música
Áreas
Recepção/ Espera.....................................................................27,52 m2
Direção/Coordenação.............................................................. 16,18 m2
Hall..........................................................................................13,18 m2
Sala de Piano........................................................................... 12,70 m2
Sala de Violino..........................................................................22,87 m2
Sala de Violoncelo......................................................................29,86m2
WC PcD masculino...................................................................... 3,18 m2
WC PcD feminino....................................................................... 3,18 m2
WC funcionário Masculino............................................................ 3,15 m2
WC funcionário Feminino............................................................3,15 m2
Área de Serviço..........................................................................10,73 m2
Depósito de material de limpeza (DML)........................................ 2,28 m2

• Café bar

Atendimento/ balcão............................................................5,71 m2

Cozinha...............................................................................13,94 m2

Depósito.......... ...................................................................3,75 m2

33
FLUXOGRAMA

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ESPECIFICAÇÕES DOS DIVERSOS COMPARTIMENTOS

COMPARTIMENTOS MATERIAL
PISO ALVENARIA TETO RODAPÉ SOLEIRA PEITORIL
RECEPÇÃO P1 A1 T1 R1 - -
DIREÇÃO P2 A1 T1 R1 - -
HALL P1 A1 T1 R1 - -
SALA DE PIANO P3 A2 T1 R1 - -
SALA DE VIOLINO P3 A2 T1 R1 - -
SALA DE P3 A2 T1 R1 - -
VIOLONCELO
SALA DE VIOLÃO P3 A2 T1 R1 - -
SANITÁRIOS P1 A3 T1 - - -
ÁREA DE MESAS P4 - T1 - - -
CAFÉ P1 A1 T1 R1 - -

PISO: (P)

• P1 - Porcelanato com rejunte na cor cinza-platina 2mm, na cor areia. Dim.: 50x50cm
• P2 - Piso cerâmico PEI 5,na cor creme com rejunte na cor cinza-platina 2mm, semi-
brilho. Dim.: 40 x 40cm
• P3- Piso hidráulico semelhante ao original
• P4- Piso em bloquetes de concreto intertravados na cor natural.

ALVENARIA: (A)

• A1- Alvenaria rebocada, emassada com massa corrida e pintada com tinta PVA látex
branco neve.
• A2- Alvenaria rebocada e revestida com material isolante tipo carpete 3mm.
• A3- Alvenaria rebocada e revestida com cerâmica, 10x10cm, na cor branca ate a altura
de 2,10 m. O restante da parede é alvenaria rebocada, emassada com massa corrida e
pintada com tinta PVA látex azul claro.

TETO: (T)

• T1- Forro de madeira

RODAPÉ: (R)

• R1 – Rodapé de mesmo material do piso, com altura de 7cm.

35
DIVERSOS

BANHEIROS

Louça – linha DECA.

Metais – linha DECA.

COZINHA/ÁREA DE SERVIÇO

Bancada – Granito cinza andorinha com cubas de inox grande.

Metais – linha DECA.

36
BIBLIOGRAFIA

• MELO, Alcília Afonso de Albuquerque e. Arquitetura em Teresina: 150 anos. Da


origem à contemporaneidade. Teresina: Halley, S/A Gráfica e Editora, 2002.

• AFONSO, Alcília; MORAES, Michele de. Arquitetura piauiense. Teresina: Edufpi,


2009.

• ARQUITETURA CONTA A HISTÓRIA: A IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DA


ARQUITETURA ECLÉTICA DE TERESINA PARA A MEMÓRIA DA CIDADE. em:
<http://gthistoriacultural.com.br/VIsimposio/anais/Amanda%20Cavalcante%20
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IMAGENS

• Em <http://val-noticiasdacorte.blogspot.com.br/2010/04/fotos-antigas-de-
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• Em <http://i597.photobucket.com/albums/tt51/pdernesto/DSC06284.jpg>.
Acesso em: 08 maio. 2013
• Em < http://blogs.cultura.gov.br/culturaepensamento/files/2010/08/ agenda_
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