Você está na página 1de 71

FACULDADE FACI WYDEN

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

CAMILA SOUSA DE ARAÚJO

REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DOM PEDRO II EM BELÉM DO PARÁ

BELÉM – PA
2022
CAMILA SOUSA DE ARAÚJO

REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DOM PEDRO II EM BELÉM DO PARÁ

Monografia apresentada ao curso de Arquitetura e


Urbanismo, da Faculdade Faci Wyden, como requisito
parcial para a obtenção do grau de Bacharel em
Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Anna Cristina Resque Meirelles

BELÉM – PA
2022
CAMILA SOUSA DE ARAÚJO

REQUALIFICAÇÃO DA PRAÇA DOM PEDRO II EM BELÉM DO PARÁ

Monografia apresentada ao curso de Arquitetura e


Urbanismo, da Faculdade Faci Wyden, como requisito
parcial para a obtenção do grau de Bacharel em
Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Prof.ª Dr.ª Anna Cristina Resque Meirelles

Aprovado em:______/______/__________

BANCA EXAMINADORA

Prof.ª Dr.ª Anna Cristina Resque Meirelles


(Orientadora)

Prof. MSc. Simone de Nazaré Dias Pena Lima


(Membro)

Prof. MSc. Jose Andrade Raiol


(Membro)
Para minha vó, minha eterna gratidão.
AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus me ter me permitido chegar até aqui, e por me


proporcionar tantas coisas boas ao longo deste curso.

A minha vó por ser minha maior incentivadora para eu estar nesse caminho, a minha
filha ela e o motivo de eu nunca pensar em desistir, a minha mãe que sempre esteve disposta a
me ajudar em qualquer situação e ao meu marido por esta sempre ao meu lado me mostrando o
caminho certo a seguir.

Aos professores/orientadores que compartilharam de seus conhecimentos e


aprendizados comigo ao longo do curso, serei eternamente grata por ter vivido todos esses
momentos com vocês.
RESUMO
O presente trabalho apresentará uma proposta de requalificação Dom Pedro II no bairro da
Cidade Velha em Belém. Inicialmente será apresentado de forma breve sobre as praças ao longo
da história, bem como suas definições, dando início na Ágora Grega. Em seguida irá adentrar
especificamente nas praças belenenses, que tiveram influência direta da urbanização
portuguesa, e que desde o período da Colônia apresentaram características próprias e muitas
vezes definidoras do traçado urbano que nasceria em volta delas, além da estreita relação das
praças com os locais religiosos. A seguir, se verá o estudo do entorno e o histórico do objeto de
estudo deste trabalho, a praça Dom Pedro II, bem como do bairro em que a mesma se encontra,
e por fim, apresentar a proposta de requalificação do local, que irá propor novos usos que
atendam prioritariamente a comunidade do entorno imediato, mas também atraia novos
públicos de outras partes da cidade.

Palavras -Chaves: Praças Públicas; Requalificação; Praças de Belém.


ABSTRACT
The present work will present a proposal for Dom Pedro II requalification in the Cidade Velha
neighborhood in Belém. Initially, it will be briefly presented about the squares throughout
history, as well as their definitions, starting with the Greek Agora. Then it will specifically enter
the squares of Belenenses, which were directly influenced by Portuguese urbanization, and
which since the Colony period had their own characteristics and often defining the urban layout
that would be born around them, in addition to the close relationship of the squares with the
religious sites. Next, we will see the study of the surroundings and the history of the object of
study of this work, the Dom Pedro II square, as well as the neighborhood in which it is located,
and finally, present the proposal for requalification of the place, which will propose new uses
that primarily serve the immediate surrounding community, but also attract new audiences from
other parts of the city.

Keywords: Public Squares; requalification; Belém squares.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Ágora de Atenas ..................................................................................................................... 7


Figura 2. Planta da Ágora de Atenas ...................................................................................................... 8
Figura 3. Vista Aérea da Praça da República ....................................................................................... 12
Figura 4. Praça Batista Campos ........................................................................................................... 13
Figura 5. Praça da Sé em Belém – PA ................................................................................................. 14
Figura 6. Vista do Monumento ao Índio - Praça Santos Dumont (Praça Brasil) ................................. 15
Figura 7. Mapa do bairro da Cidade Velha .......................................................................................... 16
Figura 8. Vista panorâmica da cidade de Belém .................................................................................. 18
Figura 9. Localização da praça Dom Pedro II ...................................................................................... 21
Figura 10. Zoneamento Plano Diretor .................................................................................................. 23
Figura 11. ZAU - Praça Dom Pedro II ................................................................................................. 24
Figura 12. Praça Dom Pedro II reformada ........................................................................................... 25
Figura 13. Pesquisa de atrativos procurados nas praças....................................................................... 26
Figura 14. Planta baixa da proposta de reforma da Praça Dom Pedro II ............................................. 28
Figura 15. Corte da planta proposta para requalificação da Praça Dom Pedro II ................................ 29
Figura 16. Corte do playground na planta do projeto de requalificação da Praça Dom Pedro II......... 29
Figura 17. Lago da Praça Dom Pedro II............................................................................................... 30
Figura 18. Espaço destinado aos quiosques comerciais ....................................................................... 31
Figura 19. Ciclovia - Praça Dom Pedro II............................................................................................ 32
Figura 20. Monumento histórico .......................................................................................................... 32
Figura 21. Academia ao ar livre ........................................................................................................... 33
Figura 22. Academia ao ar livre + espaço de circulação ...................................................................... 33
Figura 23. Quiosques comerciais ......................................................................................................... 34
Figura 24. Estacionamento lateral ........................................................................................................ 35
Figura 25. Playground .......................................................................................................................... 35
Figura 26. Ponte sobre o lago ............................................................................................................... 36
Figura 27. Vista frontal da ponte sobre o lago ..................................................................................... 36
Figura 28. Vista aérea da praça após requalificação ............................................................................ 37
Figura 29. Perfil Viário Rua Portugal e Rua Coronel Fontoura ........................................................... 38
Figura 30. Perfil Viário Rua Tomazia e Rua Padre Champagnat ........................................................ 39
Figura 31. Ruas do entorno da praça .................................................................................................... 40
Figura 32. Vagas para estacionamento................................................................................................. 41
Figura 33. Arborização da Praça Dom Pedro II ................................................................................... 42
Figura 34. Calçadas na Praça Dom Pedro II ........................................................................................ 42
Figura 35. Ciclovia ............................................................................................................................... 43
Figura 36. Área Verde .......................................................................................................................... 43
Figura 37. Espelho d'água .................................................................................................................... 44
Figura 38. Espaço de socialização ....................................................................................................... 44
Figura 39. Academia ao ar-livre........................................................................................................... 45
Figura 40. Parquinho infantil ............................................................................................................... 45
Figura 41. Anfiteatro ............................................................................................................................ 45
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 4
2. OBJETIVOS ................................................................................................................................... 5
2.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................................... 5
2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................................. 5
3. METODOLOGIA ......................................................................................................................... 6
4. PRAÇAS – DEFINIÇÕES DA ANTIGUIDADE À ATUALIDADE ........................................ 7
5. PRAÇAS DE BELÉM DO PARÁ.............................................................................................. 10
6. BAIRRO CIDADE VELHA ....................................................................................................... 15
7. OBJETO DE ESTUDO – PRAÇA DOM PEDRO II ............................................................... 17
8. REQUALIFICAÇÃO DE PRAÇAS .......................................................................................... 19
9. CONDICIONANTES PROJETUAIS ....................................................................................... 20
9.1. ANÁLSE DO ENTORNO DO OBJETO DE ESTUDO........................................................... 20
9.2. LEIS DE EDIFICAÇÕES ......................................................................................................... 21
9.2.1. Plano Diretor Municipal de Belém .................................................................................... 21
9.2.2. Lei do Patrimônio Histórico de Belém .............................................................................. 24
9.3. DIAGNÓSTICO DA PRAÇA DOM PEDRO II ...................................................................... 25
10. ETAPA INFORMACIONAL PRÉ-REFORMA .................................................................. 26
11. PROPOSTA PROJETUAL .................................................................................................... 27
11.1. PERFIL VIÁRIO DAS VIAS PRINCIPAIS ......................................................................... 38
11.2. ESQUEMAS DA PROPOSTA PROJETUAL ...................................................................... 39
11.3. LISTA DE MATERIAL........................................................................................................ 46
12. CONCLUSÃO ......................................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 55
ANEXOS .............................................................................................................................................. 58
4

1. INTRODUÇÃO

As praças são a base do desenvolvimento urbano. Desde os primórdios da


humanidade, as pessoas podem se reunir em locais públicos por qualquer motivo. A história da
cidade estará sempre ligada à história da praça, e é responsabilidade de toda a sociedade
valorizar esses espaços.

De diversos fatores como o comércio de produtos excedentes; devido aos recursos


naturais como água, florestas e condições climáticas favoráveis, posse de terras para ampliação
do poder governamental e posicionamento estratégico; as cidades surgiram para facilitar e
viabilizar a comunicação entre as pessoas, de modo que cada pessoa contribui fornecendo
serviços entre si, formando assim o território urbano. Dessa forma, a delimitação espacial nasce
de acordo com sua função, que pode ser residencial, comercial, religiosa, industrial e liberal,
esta última assumindo diferentes funções.

Dessa maneira, as praças são elementos de extrema importância para compor os


espaços públicos, pois elas garantem as trocas de experiências entre os indivíduos que a
frequentam, ajudando no desenvolvimento de relações sociais e com a natureza, onde
desenrolam-se variados papéis culturais, políticos, comerciais e recreativos.

Diante deste contexto, o presente trabalho visa contribuir projetualmente para a


reforma da Praça Dom Pedro II, localizada no bairro da Cidade Velha em Belém – PA. A
reforma intenta valorizar o espaço onde a praça está localizada a fim de atrair a população a
usufruir de um espaço voltado para o bem-estar populacional.
5

2. OBJETIVOS
2.1. OBJETIVO GERAL

Requalificação da Praça Dom Pedro II localizada no município de Belém – PA ,


propondo projetualmente a recuperação do espaço, resgatando a memória histórica e atrativa
do ambiente.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Desenvolver projeto de requalificação da Praça Dom Pedro II, localizada no bairro da


Cidade Velha em Belém – PA.
• Propor a instalação de uma academia ao ar livre, playground, anfiteatro e quiosques nos
espaços disponíveis na praça.
6

3. METODOLOGIA

A metodologia utilizada para a elaboração da parte teórica deste trabalho foi a


pesquisa bibliográfica do tipo exploratória, realizada de forma sistemática por meio de consulta
e análise de contribuições científicas já existentes, sendo feito o levantamento da literatura
publicada, documentos eletrônicos e manuais disponibilizados pelo governo federal, estadual e
municipal a fim de montar o acervo de condicionantes legais que embasam o projeto
arquitetônico.

Foi realizada consultas em bases de conteúdos científicos como SciELO, Elsevier,


Hindawi, Google Acadêmico, Portal de Periódicos CAPES e Repositórios Institucionais de
Universidades Nacionais, principalmente o Riu.UFPA – Repositório Institucional de teses e
dissertações da Universidade Federal do Pará. A pesquisa foi direcionada com utilização de
palavras-chaves como “requalificação de praças”, “patrimônio histórico de Belém” e “Praça
Dom Pedro II” bem como junção e variações destes termos.

Como critérios de inclusão foram utilizados artigos, monografias, teses,


dissertações e documentos oficiais escritos em português os quais tenham disponibilidade de
textos completos em plataformas eletrônicas, notícias em veículos de notícias confiáveis e
textos disponíveis em homepages de empresas especializadas em projetos arquitetônicos. O
critério de exclusão foi textos de sítios, blogs e textos divulgados em redes sociais não
especializadas no assunto. Não houve delimitação temporal visto que intentou-se também
realizar um levantamento histórico do local onde o objeto de estudo está ambientado.
7

4. PRAÇAS – DEFINIÇÕES DA ANTIGUIDADE À ATUALIDADE

Por definição praça é qualquer espaço de acesso público urbano que forneça
divertimento, interação e convivência entre as pessoas e que este seja livre de edificações.
(VIERO; FILHO, 2009). Para Mendonça (2007) praças são lugares de encontros pretendidos,
permanência, eventos, práticas sociais, manifestações e prestígio da vida urbana e comunitária
com funções estruturadas e de importante arquitetura.

As praças podem ser diretamente relacionadas ao surgimento de cidades sendo um


espaço presente em todas elas. Sempre que surgir uma nova cidade, surge também uma praça,
dessa forma a praça está situada histórica e socialmente no contexto da cidade, seus conceitos,
usos e funções variam de acordo com as condições econômicas, sociais e políticas. Com a
evolução das cidades o papel da praça sofreu alterações significativas, entretanto o seu caráter
social mantém-se ao longo do tempo (NOVAES, 2011).

O espaço urbano que é visto como antecessor da praça é a Ágora grega. A Ágora
grega era um espaço aberto, geralmente demarcado pelo mercado, no qual se praticava a
democracia direta e livre, era um local de discussão e debate entre os intelectuais e cidadãos em
geral habitantes da região (MENDONÇA, 2007) e pode ser vista na Figura 1, abaixo.

Figura 1. Ágora de Atenas

Fonte: Wikipedia
8

A antiga Ágora de Atenas era o centro da vida social, política e comercial da cidade
antiga. Como centro da cidade, no antigo bazar, realizavam-se reuniões e debates políticos, bem
como eleições, celebrações religiosas, eventos comerciais, representações teatrais ou
competições desportivas. Constituído por um espaço aberto cercado por vários edifícios
públicos com funções distintas como centro de governo, o bazar é um local onde os cidadãos
se reúnem para discutir o futuro jurídico e político da cidade. O Santuário, a Ágora, é um
santuário aos deuses olímpicos e um santuário do mercado, e o centro da cidade é também o
principal local onde os cidadãos de Atenas trocam mercadorias (JUNIOR, 2020). A planta da
Ágora de Atenas pode ser observada na Figura 2, abaixo.

Figura 2. Planta da Ágora de Atenas

Fonte: Junior (2020)


9

Até meados do século XVIII, o conceito de praça limitava-se ao entorno dos


palácios europeus e nem sempre integrava o ambiente urbano. As praças em cidades marcadas
por encontros humanos eram frequentemente associadas à presença de mercados populares
(comerciais) ou ao redor de igrejas e catedrais, até o século XIX, onde o conceito de praça
mudou e começou a ser projetada como é hoje, defendida por profissionais como o arquiteto
paisagista do Central Park de Nova York, Frederick Law Olmsted. Há décadas esse espaço é
amplamente utilizado pela sociedade, mas nunca deixou de cumprir sua função mais
importante: integração e socialização (MENDONÇA, 2007).

Considerando que as praças são espaços abertos, públicos e urbanos destinados ao


lazer e convívio das pessoas, sua principal função é aproximar as pessoas, seja por motivos
culturais, econômicos (comerciais), políticos ou sociais. A praça é também um espaço dotado
de símbolos, que carregam a imaginação e a realidade, marco arquitetônico e local de eventos,
palco de mudanças históricas e socioculturais, fundação da cidade e de seus cidadãos. Este é
um excelente lugar para interação social. É um espaço de encontro, construído para a sociedade,
cheio de significado, um marco central na composição de estradas, pontos de chegada e partida,
concentração e dispersão. Consiste em um espaço pedestre que é palco representativo para as
dimensões culturais e históricas da cidade, além de receber regularmente eventos comerciais
formais e informais, como feiras pop, coloniais e de artesanato (RUVIERI, 2018).

De acordo com Del Ré (2018), a praça é ao mesmo tempo construção e vazio. Sua
própria palavra inglesa “place”, derivada do latim “platea”, significa espaço amplo ou rua larga.
Não é apenas um espaço livre e aberto, mas também um centro social integrado ao tecido
urbano. Portanto, o espaço público deve ser visto como um conjunto inseparável de formas que
a prática social assume. Para tanto, a dimensão idealizada de engajamento dos usuários nesses
espaços deve ser fortalecida para garantir seu uso e ocupação.

Zucker (1959) afirma que as primeiras documentações efetivas de praças datam do


século XVI e início do século XVII, admitindo que os conceitos relativos às praças inseridos
do contexto urbano datam dos primeiros anos deste século. Segundo o autor a praça é
responsável por gerar trajetórias de vida pública em dimensões além de seus limites físicos e se
estendendo até o entorno onde a rua se funde com seus limites. Segundo os autores, quando
avaliada como elemento central do loteamento, a praça é responsável pela construção da
comunidade.
10

Ao se falara em praças, a história é imediatamente direcionada a Itália, o país tem


"piazzas" lindas e bem proporcionadas, cada uma delas um produto da história. Além de
provocar esse fascínio, essas praças ainda são admiráveis porque ainda hoje têm um impacto
positivo na cidade. Essas praças desenvolveram importantes papéis na Itália Renascentista a
partir do final do século XVIII e a partir daí tornaram-se elementos obrigatórios do tecido
urbano (RIBEIRO, 2019).

Levando em consideração todas estas definições Bondarenko (2019) aborda sobre


como as praças têm enfrentado descaso e entrado em desuso pela população. O autor ressalta
que o desuso das praças culmina em perda de oportunidades de socialização e de fortalecimento
da cidadania, favorecendo o aumento da dependência de espaços privados para a prática da vida
pública, e consequentemente, das desigualdades sociais e da exclusão.

No Brasil, as primeiras praças surgiram no período colonial, relacionadas à Igreja


Católica. Elas eram construídas nos terrenos arredores das igrejas, constituindo os primeiros
espaços livres, públicos e urbanos. Atraíam as residências mais luxuosas, os prédios públicos
mais importantes e o principal comércio, além disso, serviam como local de convivência da
comunidade e como elo entre os residentes e a paróquia. Como espaço público de destaque, a
praça deve a sua existência sobretudo ao adro das igrejas. A própria praça, usada para conhecer
pessoas e realizar diversas atividades, aparece de forma marcante e típica, em frente a capelas
ou igrejas, mosteiros ou fraternidades religiosas (MARX, 1980).

É possível observar que as igrejas assumiram ao longo do tempo um papel


importante na formação das praças brasileiras, ainda hoje as praças mais antigas têm em seu
entorno uma igreja. Em Belém, entre muitas, é possível citar a Praça Frei Caetano Brandão, no
bairro da Cidade Velha, a qual em sua frente encontra-se a Igreja da Sé – Catedral Metropolitana
de Belém, a Praça do Carmo, onde se localiza a Igreja do Carmo, obra de Antônio José Landi
de 1627. Da mesma forma, a Praça Olavo Bilac cuja frente está a Igreja de São Domingos
Gusmão, no bairro da Terra Firme (NOVAES, 2011).

5. PRAÇAS DE BELÉM DO PARÁ


11

Na cidade de Belém, localizada no estado do Pará, as praças também tiveram


grandes significados através dos séculos, seja em questão defensiva, ocupando pontos
estratégicos como é o caso da Praça da República que era um depósito de pólvora o qual
abastecia o Forte do Castelo. Além disso, as igrejas trazidas pelos Carmelitas em 1626, foram
instaladas em locais que tinham alargamentos ao longo da cidade, e assim foram sendo
arrodeadas de praças (SOARES, 2009).

Algumas das praças mais famosas de Belém são a Praça da República, Praça Batista
Campos, Praça Dom Pedro II, sendo estas protegidas como patrimônio histórico de Belém, a
Praça Brasil e Praça da Sé. A Praça Dom Pedro II é a mais antiga de Belém e foi finalizada em
1772, porém foi inaugurada apenas em 1882. Seu objetivo inicial era ligar as duas primeiras
áreas em desenvolvimento de Belém no século XVII, a área do Forte do Presépio em direção à
Praça do Carmo e a área do Mercado Ver-o-Peso rumo à Avenida Presidente Vargas. Na Praça
estão localizados o Monumento ao General Gurjão, monumentos menores em homenagem aos
marinheiros e soldados brasileiros, medalhões em homenagem ao Almirante Tamandaré e ao
Duque de Caxias e o Palácio Antônio Lemos, com o Museu de Arte de Belém (MABE)
instalado em seu interior (IBGE, 2017).

A Praça da República, observada na Figura 3 a seguir, recebeu este nome em 1897,


anteriormente era apenas um alargamento descampado no meio da cidade de Belém o qual
anteriormente serviu como cemitério de escravos e posteriormente, após a construção de um
galpão no local, foi chamada de Largo da Pólvora, pois mantinha a munição que abastecia o
Forte do Presépio. Após a Proclamação da República, foi erguido o monumento à República
passando a se chamar por seu nome definitivo como Praça da República (CRUZ, 1992).
12

Figura 3. Vista Aérea da Praça da República

Fonte: Fagundes (2019).

A Praça Batista Campos vista na Figura 4, a seguir, era conhecida como Largo da
Salvaterra no século XIX, em homenagem à proprietária do terreno, Maria Manoela de Figueira
e Salvaterra. Com sua morte, a praça passou a fazer parte da cidade de Belém, conhecida como
Praça Sergipe, em homenagem à nova província do Brasil. Em 1897, durante a administração
de Antônio Lemos, a praça foi renomeada novamente, em homenagem a uma das principais
figuras da Cabanagem, Batista Campos, falecido em 1834. Na época, era um simples pedaço
de terra com algumas mangueiras e um canal central. Quando reabriu em 1904, já era
considerada uma das mais belas praças de Belém. Em 1986, recebeu novos equipamentos e foi
restaurado para encontrar características que foram perdidas durante sua primeira reforma no
início do século XX (PARÁ, 2021).
13

Figura 4. Praça Batista Campos

Fonte: Tripadvisor (2016).

A Praça Frei Caetano Brandão (Praça da Sé), Figura 5 a seguir, está localizada no
centro Histórico da cidade de Belém e remota as origens da capital paraense, surgindo
inicialmente como Largo da Matriz, onde foi erguida a Igreja Matriz Nossa Senhora da Graça,
e depois Largo da Sé. A decisão de erguer a Praça veio por meio da Resolução número 54, de
24 de março de 1899. Pela proximidade com o Forte do Presépio, a Praça foi primeiramente
denominada como Praça das Armas, pois abrigava os soldados de Francisco Caldeira Castelo
Branco, o fundador da cidade. Na Praça está localizado o Monumento a Dom Frei Caetano da
Anunciação Brandão, localizado na área marco do nascimento da cidade de Belém. O contrato
para a realização da escultura foi assinado com o artista italiano Domênico de Angelis, que
faleceu antes de concluir a sua obra. O trabalho foi finalizado por Enrico Quattrini, em 1899, a
escultura foi fundida em uma liga de alumínio e bronze. Em 3 de maio de 1900, no quarto
centenário do descobrimento do Brasil, o intendente Antônio José Lemos lançou a pedra
fundamental do Monumento, a inauguração aconteceu no dia 15 de agosto do mesmo ano
(PARÁ, 2017).
14

Figura 5. Praça da Sé em Belém – PA

Fonte: Magno (2020).

A Praça Santos Dumont, vista na Figura 6, a seguir, antes da atual denominação foi
chamada de Praça Brasil, homenagem da Prefeitura de Belém à Pátria brasileira. Tanto a estátua
do índio, que ornamentava o logradouro, como a praça foram inauguradas na administração do
Prefeito Abelardo Conduru, no dia 1º de maio de 1935. Antes teve as denominações de Largo
Chefe da Esquadra Pedro da Cunha e do Esquadrão de cavalaria da Polícia Militar do Estado
(CRUZ, 1992).
15

Figura 6. Vista do Monumento ao Índio - Praça Santos Dumont (Praça Brasil)

Fonte: G1 – Pará (2019).

Sobre um pedestal de granito de aproximadamente quatro metros de altura, está a


estátua de um índio guarani em bronze, tamanho natural, que constitui o “Monumento ao
Índio”. O Monumento foi inaugurado em 1º de maio de 1933, na época do governo do
Interventor Federal Major Magalhães Barata (CRUZ, 1992).

6. BAIRRO CIDADE VELHA

A partir do século XVII, devido à abertura do rio Amazonas, Belém foi ocupada
por uma grande população. Os rios Tocantins, Tapajós, Madeira e Negro, foram navegados por
navios mercantes de vários países, dando origem à estrutura urbana da população e ocupação
de Belém. No início do século XX, a cidade de Belém deu grandes passos em relação a
edificações arquitetônicas, mas a crise do ciclo da borracha e a Primeira Guerra Mundial
influenciaram para a decadência desse desenvolvimento. A construção de edificações avançou,
principalmente durante o período do ciclo da borracha, nos bairros do centro histórico de Belém
16

(CHB) composto por Cidade Velha, Campina, Reduto, Nazaré, Batista Campos e Umarizal
(MERCES; TOURINHO; LOBO, 2014; IBGE, 2017).

O bairro da Cidade Velha possui área de aproximadamente 132.000 metros


quadrados e é delimitada pela Lei nº 7.806 do Município de Belém de 30 de julho de 1996.
Com uma área delimitada do bairro da Cidade Velha com início na interseção da margem
oriental da Baía do Guajará com a avenida Portugal segue por esta até a Rua João Diogo, a
partir da qual passa a se chamar Rua Desembargador Inácio Guilhon, segue por esta até a
avenida Almirante Tamandaré, onde passa a Avenida 16 de Novembro, segue por esta até sua
interseção com a Rua Cesário Alvin segue por esta e por seu prolongamento até encontrar a
margem direita do Rio Guamá (BELÉM, 1996). O mapa observado na Figura 7 abaixo, mostra
a localização do bairro Cidade Velha, abrangendo o centro histórico e o patrimônio, com as
comunidades vizinhas como Reduto, Nazaré, Batista Campos e Umarizal.

Figura 7. Mapa do bairro da Cidade Velha

Fonte: Costa (2021)


17

Ao longo dos anos, é possível observar que o bairro da Cidade Velha veio ganhando
importância, estratégica, econômica, política e patrimonial. Desse modo, pode-se dizer que o
bairro é um resumo das principais características do município de Belém ao longo dos séculos,
contendo instituições públicas, museus, espaços para eventos e entretenimentos, além de ser o
bairro com maior número de patrimônios tombados do município. Devido as estas
particularidades e a carga histórica presente no bairro da Cidade Velha que o poder municipal
deve primar pela preservação do local, seja por meio de investimento em segurança,
fiscalização ou em reformas e preservação de patrimônios históricos (CRAVEIRO, 2019).

7. OBJETO DE ESTUDO – PRAÇA DOM PEDRO II

Com 140 anos de existência a Praça Dom Pedro II contempla uma área de 18.917m2
e foi construída sobre o espaço aterrado do antigo Rio Piri. No passado, esta área correspondia
ao principal meio de entrada para a cidade de Belém no qual desembarcavam os navios
advindos da Baía do Guajará. Atualmente é caracterizado como um local de tradição e com
bastante bagagem histórica rodeado de prédios institucionais e casarões coloniais. A Rua Padre
Champagnat separa a Praça Dom Pedro II da Praça do Relógio garantindo dessa forma, um
amplo espaço ajardinado no local conforme destacado em vermelho na Figura 8, a seguir
(SOBRAL, 2006).
18

Figura 8. Vista panorâmica da cidade de Belém

Fonte: Sobral (2006)

Segundo Lobo, Tourinho e Coelho (2019) a Praça Dom Pedro II qualifica-se como
excelente em relação ao conforto ambiental, apresentando boa arborização e circulação de
ventos, caracterizando-se como um ambiente de temperatura amena mesmo em dias mais
quentes. Entretanto, no que tange ao lazer contemplativo e lazer ativo a praça possui poucos
atrativos, bancos depredados e falta de ambiente destinado a alguma atividade. O local
apresenta um piso adequado a caminhadas ou corridas, porém é a única atividade a ser
desenvolvida no espaço. Em relação a isso Koosari, Badland e Giles-Corti (2013) ressaltam

Essa limitação ao lazer ativo pode ser apontada como algo prejudicial ao grau
de atratividade das praças e aos potenciais benefícios à saúde que esses espaços
poderiam oferecer aos moradores da vizinhança. O aumento da prática de
atividades físicas em espaços públicos é uma forma de conectar o desenho
urbano com a saúde pública (KOOSARI; BADLAND; GILES-CORTI, 2013).

Diante disso, Lobo, Tourinho e Coelho (2019) destacam que é de extrema


importância a implantação de academias ao ar livre ou outros espaços esportivos nas praças, os
quais influenciam positivamente para a multifuncionalidade do local e dessa forma atraiam o
público local. Entretanto, estas orientações acabam por entrar em conflito com as restrições e
condicionantes legais que preservam o patrimônio histórico e ambiental da praça.
19

8. REQUALIFICAÇÃO DE PRAÇAS

A regeneração urbana visa reforçar as múltiplas intervenções nas áreas social,


econômica e funcional, visando melhorar a qualidade de vida urbana da população local. Para
tal, foram feitas intervenções físicas na área de forma a inserir equipamentos e infraestruturas
no espaço público, mantendo a identidade e o caráter da área. A ideia de reinventar a praça é
promover mudanças no espaço, provocando mudanças sociais, econômicas e principalmente
culturais. Além disso, buscou-se uma fusão com a história local para resgatar a memória dos
habitantes mais antigos da cidade (RIBEIRO, 2019).

Os espaços públicos são patrimônios coletivos e, portanto, têm acesso irrestrito à


multidão. Deste ponto de vista, a propriedade utilizada pelas pessoas em comum inclui estradas,
lagos, praças, praias e parques reconhecidos pelo poder público como justificativa para sua
obrigação de proteger, manter e prestar serviços urbanos indispensáveis. Nesta lógica, o espaço
público é o espaço que ajusta o tecido da cidade, é a permanência e recreação da população em
consonância com a localização e distribuição dos equipamentos que suportam os serviços da
cidade (DEL RÉ, 2018).

As praças caracterizam-se como espaço público devido a sua localização na cidade,


sua facilidade de acesso, sendo de entrada e transição livre, sua influência nos usuários e o
ambiente ao seu redor que convidam o indivíduo a adentrá-la. Outra característica é a
multiplicidade de usos urbanos que ela pode admitir: o comércio, os serviços, o encontro, o
lazer, o descanso ou simplesmente o bem-estar concedido ao frequentador da praça. Por este
motivo as políticas de revitalização de praças têm estados presentes em diversos projetos
governamentais. No decorrer do procedimento de revitalização, o maior destaque é dado aos
espaços verdes de recreação que constituem ambientes encantadores a todos que ali se
instalaram ou que os rodeiam (DEL RÉ, 2018).

Segundo Leitão (2002) a requalificação de espaços públicos como as praças,


servem não só para preservar a história contada pelo local, mas para gerar a interação do seu
público com o ambiente, bem como gerar a sensação de pertencimento a quem frequenta. O
principal objetivo de uma praça é gerar entretenimento e bem-estar social, o que não acontece
quando o local está depredado e abandonado pelas políticas públicas. Neste sentido é de
obrigação legal manter o local frequentável e que ao mesmo tempo acompanhe as demandas da
20

comunidade local, visto que um ambiente aconchegante e que atenda às necessidades de seu
público gera identificação, o que por sua vez, alcança a sensação de pertencimento e uma
relação de pertencimento favorece a valorização da praça, pois os utilizadores tomam posse do
ambiente e exigem melhorias e manutenção.

É importante lembrar que não basta apenas projetar uma praça ou parque. É preciso
compreender a dinâmica de uma cidade e a vida das pessoas em seu cotidiano, para que os
espaços públicos projetados possam refletir as necessidades e desejos dos usuários e só assim
serem verdadeiramente utilizados. Um bom projeto de espaço público não depende apenas de
uma boa execução técnica; deve ser também o espaço certo, o lugar certo e as pessoas certas.
As cidades precisam ser vistas de múltiplas perspectivas, sejam elas físicas, sociais, econômicas
ou culturais. São essas múltiplas facetas que devem ser absorvidas pela política pública,
juntamente com a política social para controlar o processo especulativo de melhoria urbana para
que a população local, especialmente a de baixa renda, possa usufruir da transformação ao invés
de serem tirados de seu local de origem

9. CONDICIONANTES PROJETUAIS

9.1. ANÁLSE DO ENTORNO DO OBJETO DE ESTUDO

A Praça Dom Pedro II situa-se no bairro da Cidade Velha em frente a Prefeitura


Municipal de Belém conforme observado na Figura 9, a seguir. Esta praça foi a primeira praça
construída na cidade e é protegida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(IPHAN), além disso, por pertencer ao bairro da Cidade Velha, o qual é considerado um bairro
histórico e é protegido como patrimônio histórico, possui restrições legais quanto às suas
modificações. Em geral as praças protegidas pelo IPHAN ou que pertencem à locais
considerados patrimônio histórico não pode receber modificação sendo passíveis apenas de
reformas que garantam a preservação do local e dos monumentos, porém não gerem alteração
paisagística.
21

Figura 9. Localização da praça Dom Pedro II

Fonte: Google Maps

Diante dos entraves, é necessário que a proposta projetual solucione a problemática


de forma a atender os requisitos de preservação do patrimônio histórico. Conforme observado
na Figura 7 acima, no entorno da praça a predominância é de prédios do poder público e alguns
poucos pontos comerciais. No ponto onde está localizado o “Quiosque was gêmeas” de esquina
com a Rua Treze de Maio apresenta-se um espaço arborizado, o qual pode ser reaproveitado
para instalação de algo que ligue esse espaço à praça. As exigências requeridas pela preservação
do patrimônio histórico serão solucionadas de forma projetual.

9.2. LEIS DE EDIFICAÇÕES


9.2.1. Plano Diretor Municipal de Belém

Depois da promulgação da Constituição Federal de 1988 houve a elaboração do


Plano Diretor do Município de Belém de 1993 (BELÉM, 1993) que representa o início da nova
perspectiva do Estado sobre como instituir o planejamento e gestão da cidade. A realização e
22

discussão sobre o plano ocorreu durante o mandato de Augusto Rezende (1990-1992), contudo,
a sua promulgação ocorreu somente no ano de 1993, já no mandato de Hélio Gueiros (Partido
da Frente Liberal). O Plano tinha como principais objetivos melhorar o desenvolvimento urbano
e a qualidade de vida dos habitantes e usuários da cidade. Nele, foi determinado que seria
necessário o trabalho em conjunto das três esferas do Governo (Federal, Estadual, Municipal)
para articular planejamento e gestão, sendo que há a instituição da Secretaria Municipal de
Coordenação Geral do Planejamento e Gestão para atuar como órgão central de auxílio para
formular e acompanhar as políticas públicas designadas pelo Plano. O Plano Diretor Municipal
recebeu a última atualização em 2008.

Um plano diretor é a lei municipal que organiza o desenvolvimento e o


funcionamento de uma cidade para garantir que todos os cidadãos da cidade tenham locais
adequados para se locomover, trabalhar e viver com dignidade. Acerca disso Belém (2008)
resume

Podemos definir a política de desenvolvimento municipal como a melhoria das


condições materiais e objetivas de vida na cidade e no campo, com diminuição da
desigualdade social e garantia de sustentabilidade ambiental e econômica. Ao lado da
dimensão quantitativa da infraestrutura, dos serviços e dos equipamentos públicos, o
desenvolvimento municipal envolve também uma ampliação da expressão social,
cultural e política do indivíduo e da coletividade, em contraponto aos preconceitos, a
segregação, a discriminação, ao clientelismo e a cooptação. Nesse contexto, o Plano
Diretor, deixa de ser um mero documento administrativo com pretensão de solução
de todos os problemas locais, assumindo a função de, como instrumento, interferir no
processo de desenvolvimento local, a partir da compreensão integradora dos fatores
políticos, econômicos, financeiros, culturais, ambientais, institucionais, sociais e
territoriais que condicionam a situação encontrada no Município. Desta forma, o
Plano Diretor deixa de ser o Plano de alguns, para ser de todos, construído a partir da
participação de todos os setores da sociedade, fazendo com que sua implementação
ocorra de forma coletiva, permitindo a mudança dos rumos anteriormente traçados
(BELÉM, 2008).

O Plano Diretor Municipal agrupa os bairros e distritos administrativos em


macrozonas, direcionando regras e responsabilidades acerca de edificações e saneamento na
cidade. As zonas a serem trabalhadas neste projeto estão enquadradas nas Macrozonas de
Ambiente Urbano (MZAU). São diretrizes das MZAU viabilizar atividades socioeconômicas
compatíveis com o desenvolvimento sustentável, valorizando a paisagem e a proteção do meio
físico, como elemento fundamental da paisagem urbana e garantir a mobilidade e acessibilidade
nas áreas urbanas (BELÉM, 2008). Todo e qualquer projeto de edificação e reforma deve seguir
o disposto no Plano Diretor.
23

O Plano leva em consideração os vazios urbanos para expandir a cidade, mas


também apoia o adensamento de área construída onde já houver edificações, levando em
consideração, principalmente, a infraestrutura para circulação em Belém. Além da criação de
subcentralidades, discutida anteriormente no plano, que é idealizada para descentralizar as
atividades no meio urbano, há a busca pela viabilização de moradias parcialmente subsidiadas
pelo poder público em face de prover habitação digna à população. Sobre o zoneamento
proposto pelo plano Belém (2008) informa no inciso 2º

§2º São instituídos dois zoneamentos definidores da outorga onerosa: o que estabelece
a distribuição do direito de acesso aos estoques de potencial construtivo a serem
outorgados onerosamente, e o que estabelece os próprios estoques. § 3º Haverá um
zoneamento específico que estabelece o estoque de potencial construtivo a ser
outorgado onerosamente. A distribuição do direito de acesso a esse estoque é definido
pelos demais tipos de zonas: I - zona urbana, de expansão urbana e rural; II - zonas
adensáveis até o coeficiente básico e acima do coeficiente básico; III - zonas especiais;
IV - zonas ordinárias; V - as operações urbanas (BELÉM, 2008)

Figura 10. Zoneamento Plano Diretor


24

Fonte: Belém (2008), adaptado pela autora (2022).

A praça Dom Pedro II está localizada na Zau 7, na Figura 11 abaixo. A ZAU 7 é


constituída principalmente pelas áreas centrais da cidade, sendo subdividida em três setores; a
parte que é constituída principalmente pela orla fluvial é o 60 setor III, em que há “ocupação
desordenada” e precariedade na infraestrutura, logo, por tais motivos, as principais diretrizes
são a recuperação de áreas degradadas, a ampliação da infraestrutura urbana e o incentivo de
atividades turísticas e culturas (BELÉM, 2008).

Figura 11. ZAU - Praça Dom Pedro II

Fonte: Belém (2008), adaptado pela autora (2022)

Os objetivos para esta zona culminaram em mudanças no espaço urbano da orla que
serão discutidos posteriormente nesta pesquisa, bem como os oriundos da ZAU 5, que implica
uma zona que apresenta alta densidade populacional com ocupações precárias em áreas com
risco de alagamento (BELÉM, 2008).

9.2.2. Lei do Patrimônio Histórico de Belém

A Lei de Patrimônio Histórico do município de Belém foi promulgada em 1994 e


visa proteger e valorizar o patrimônio histórico belenense. A lei estabelece a preservação de
todo e qualquer patrimônio de origem criativa, de expressão, científica, artística, tecnológica,
edificações, documentos, espaços destinados a manifestações artísticas e culturais, conjuntos
urbanos e sítios de valor histórico (BELÉM, 1994).
25

Neste âmbito o poder público deve garantir e incentivar a preservação, tombamento,


fiscalização e execução de obras que promovam a valorização do patrimônio histórico
municipal. Além disso é dever da Fundação Cultural do Município de Belém a implementação
da política de proteção e valorização do patrimônio histórico. Toda e qualquer obra de reforma
e implantação de novos projetos deve levar em consideração os artigos desta lei.

9.3. DIAGNÓSTICO DA PRAÇA DOM PEDRO II

Atualmente a Praça Dom Pedro II recebeu uma reforma entregue pela prefeitura em
setembro de 2021. A obra contou com a melhoria na iluminação, impermeabilização do fundo
do lago, implementação de novos bancos e troca do piso, sendo revitalizado em pedra
portuguesa. Além disso, a prefeitura visa ainda implementar espaços de entretenimento à
população onde possa haver manifestações artísticas e culturais, bem como espaços onde a
população possa confraternizar e se divertir (MIRANDA, 2021).

Figura 12. Praça Dom Pedro II reformada

Fonte: Miranda (2021)


26

Conforme observado na Figura 12 acima, existem espaços no gramado da praça que


podem ser aproveitados para implantação de quiosques comerciais e playground. Além disso,
o espaço também é passível de implantação de uma academia ao ar livre, sem que seja
necessário mexer na estrutura do local e preservando assim o patrimônio histórico. Uma
alternativa também seria utilizar o entorno da praça para implantação de quiosques e os espaços
do gramado para implantação dos demais ambientes, mantendo a estrutura, arborização e design
original da praça.
As implementações retomariam o significado principal da praça, o de reunir
indivíduos que queiram confraternizar entre si ou apenas ir a um local de relaxamento e
reflexão. Além dos projetos já citados, seria possível também a implementação de um
anfiteatro, sendo possível realizar neste local manifestações artísticas e culturais que pudessem
atrair ainda mais frequentadores aos locais e dessa forma gerar identificação e sensação de
pertencimento do indivíduo ao local.

10. ETAPA INFORMACIONAL PRÉ-REFORMA

Mesmo após a reforma entregue pela prefeitura, os frequentadores da praça ainda


sentem faltam de certas comodidades e atrativos. Em pesquisa realizada via plataforma
GoogleForms foi possível observar que vários dos atrativos que os frequentadores procuram
não estão presentes na Praça Dom Pedro II. Os resultados da pesquisa podem ser observados
na Figura 13, abaixo.

Figura 13. Pesquisa de atrativos procurados nas praças

Fonte: Autoria Própria (2022)


27

A proposta projetual a ser elaborada para aplicação na Praça Dom Pedro II foi
baseado nesta pesquisa. A proposta projetual visa atender às demandas populacionais,
requalificar a praça tornando-a um ambiente de confraternização e entretenimento para a
população e ainda assim manter a história do local.

11. PROPOSTA PROJETUAL

Após a análise do local e levando em consideração as leis que regem as edificações


na cidade de Belém e reformas em locais de proteção pelo IPHAN, partindo da pesquisa
informacional sobre as preferências do público atraído pelas praças foi realizada uma proposta
projetual de requalificação da Praça Dom Pedro II, localizada no bairro da Cidade Velha em
Belém – PA. Esta etapa de análise e coleta de informações foi de extrema importância para
definir as diretrizes da proposta. Ressalta-se que a intenção do projeto era recuperar o sentido
e o significado da praça por meio da reforma, sem que ela perdesse as características históricas
que a definem.

O objetivo desta proposta era fazer com que a população, ao frequentar a praça,
pudesse sentir conexão com a mesma por ser um local onde pudessem passear com a família e
ao mesmo tempo contemplar o espaço, se exercitar, ter um ambiente onde as crianças pudessem
brincar ou mesmo, apreciar uma manifestação cultural em um espaço propício, além de dispor
de bancos ao longo da praça para que pudessem se sentar e confraternizar entre si. Além disso
foi definido também que o projeto manteria o nível do plano da praça para atender às demandas
de acessibilidade.

Por se tratar de uma praça qualificada como Patrimônio Histórico de Belém, a etapa
de partido e conceito não foi realizada, pois a base projetual foi a própria praça que deve ser
conservada. A Figura 14 a seguir mostra a planta da proposta projetual para a reforma da praça
em questão.
28

Figura 14. Planta baixa da proposta de reforma da Praça Dom Pedro II

Fonte: Autoria Própria (2022)

A seguir, as figuras apresentadas são recortes da planta baixa da praça, mostrando


em mais detalhes os projetos do playground, academia ao ar livre e quiosques comerciais. Na
Figura 15 a seguir, é possível observar em detalhes azuis no centro da imagem o local onde será
implantado a academia ao ar livre, os equipamentos serão multifuncionais para serem utilizados
em variados tipos de exercícios os quais a população deseje desenvolver no local. No lado
esquerdo da Figura 13 observa-se o anfiteatro e no lado direito, uma área de convivência.
29

Figura 15. Corte da planta proposta para requalificação da Praça Dom Pedro II

Fonte: Autoria Própria (2022)

Na Figura 16 abaixo, é possível observar o recorte da planta referente ao playground


o qual é destinado para as crianças terem um ambiente para se divertirem e brincarem enquanto
aproveitam um momento familiar na praça.

Figura 16. Corte do playground na planta do projeto de requalificação da Praça Dom Pedro II

Fonte: Autoria Própria (2022)


30

Na Figura 17, abaixo, é mostrada a parte de conservação do lago que faz parte da
construção original da praça e que foi revitalizado na última reforma entregue pela Prefeitura
Municipal de Belém. No local onde fica o lago será apenas construído uma ponte com rampa
visando a acessibilidade e todo o entorno será mantido, protegendo a história da Praça Dom
Pedro II.

Figura 17. Lago da Praça Dom Pedro II

Fonte: Autoria Própria (2022)

Os entornos da praça serão destinados à construção de quiosques para vendas


alimentícias e de comércio em geral. Para que não houvesse alteração na configuração original
da praça e ainda assim houvesse um espaço dedicado ao comércio, foi escolhido as laterais da
31

praça, onde podem receber a construção dos quiosques sem alterar o paisagismo original,
conforme observado na Figura 18, abaixo.

Figura 18. Espaço destinado aos quiosques comerciais

Fonte: Autoria Própria (2022)

As Figuras a seguir mostram como a praça se apresentará após a aplicação do


projeto de requalificação. As imagens mostram o que foi descrito anteriormente nos recortes da
planta baixa elaborada para o desenvolvimento do projeto. Na Figura 19, é possível observar a
ciclovia que intenta-se alocar ao redor da praça, o projeto da ciclovia pode também ser
observado na imagem da planta da praça mostrada na Figura 14 (p.28) a qual encontra-se ao
redor de toda a praça em traçado vermelho e sinalização amarela.
32

Figura 19. Ciclovia - Praça Dom Pedro II

Fonte: Autoria Própria (2022)

A seguir, na Figura 20 é mostrado no centro da praça a representação do


monumento histórico presente na Praça Dom Pedro II, a qual será mantida em conservação,
preservando o patrimônio histórico da praça.

Figura 20. Monumento histórico

Fonte: Autoria Própria (2022)


33

Nas Figuras 21 e 22 a seguir, é mostrado uma prévia de como a área destinada à


academia ao ar livre ficará após a implantação do projeto de requalificação.

Figura 21. Academia ao ar livre

Fonte: Autoria Própria (2022)

Figura 22. Academia ao ar livre + espaço de circulação

Fonte: Autoria Própria (2022)


34

Nesta área, é importante que seja trocado o gramado por concreto, visto que o
concreto não ocasiona formação de poças d’água pós a chuva e dessa forma, não formará
enlameados no local, evitando que a praça fique suja no local da academia. Entretanto, mesmo
com a área de gramado sendo trocada, as árvores presentes no local, serão protegidas por
canteiro, conforme observado na Figura 22, acima.

A Figura 23, abaixo, mostra como ficarão dispostos os quiosques comerciais, estes
quiosques podem ser utilizados para venda de comidas típicas e lanches em geral, bem como
produtos de artesanato e bijuterias. Esses pontos também possuem cadeiras e tendas ao redor,
possibilitando que a população possa sentar e apreciar um momento em família ou entre amigos.

Figura 23. Quiosques comerciais

Fonte: Autoria Própria (2022)

A seguir, na Figura 24, é possível observar o estacionamento que estará disponível


nas laterais da praça, possibilitando aos visitantes que possuem veículo os estacionarem em
local adequado, sem que cause interferência no tráfego da região.
35

Figura 24. Estacionamento lateral

Fonte: Autoria Própria (2022)

Figura 25. Playground

Fonte: Autoria Própria

A Figura 25 acima, mostra a área destinada ao playground, esta área contará com
vários aparelhos infantis e será rodeado por bancos, onde os pais podem sentar-se para observar
seus filhos enquanto estes utilizam os brinquedos.
36

Figura 26. Ponte sobre o lago

Fonte: Autoria Própria (2022)

As Figuras 26, acima e 27 abaixo, mostram como ficará a ponte sobre o lago
preservado da arquitetura original da Praça Dom Pedro II.

Figura 27. Vista frontal da ponte sobre o lago

Fonte: Autoria própria (2022)


37

Conforme observado nas Figura 26 e 27 anteriores, a ponte será construída em


forma de rampa, esse formato foi escolhido visando a acessibilidade de pessoas com
necessidades especiais que possivelmente frequentarão a praça, além disso, este formato
acompanha com a arquitetura ao redor e com o piso que compõe a praça, sendo um piso plano
o qual possibilita a melhor locomoção no local.

Figura 28. Vista aérea da praça após requalificação

Fonte: Autoria Própria (2022)

Na vista aérea da Praça Dom Pedro II, mostrada na Figura 28 acima, observa-se que
o formato e o conceito original da praça foram mantidos, conforme as exigências das Leis de
Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural nacional e regional. Além disso, a arborização
também é mantida, assim como os pontos de iluminação os quais foram entregues pela
Prefeitura Municipal de Belém na última reforma.

Nota-se que ao observar a praça de cima, esta tornou-se um ambiente muito mais
convidativo e atrativo com a aplicação das diretrizes que compõem a proposta, ressignificando
a praça e resgatando o conceito de praça original, local aonde as pessoas iam para conversar,
passar um tempo de descanso e ainda assim podiam ser agraciados com apresentações culturais,
aproximando-a assim, das primeiras praças e até mesmo da Ágora Grega.
38

11.1. PERFIL VIÁRIO DAS VIAS PRINCIPAIS

O perfil viário corresponde ao “corte” das vias do entorno de um projeto, mostra as


dimensões de passeio, vegetação, mobiliário e equipamentos públicos. A seguir, nas Figuras 29
e 30, mostram-se o perfil viário do entorno da Praça Dom Pedro II, ressalta-se que todo o perfil
foi levado em consideração para desenvolvimento do projeto, cuja prévia foi apresentada
anteriormente nas Figuras do tópico 11.

Figura 29. Perfil Viário Rua Portugal e Rua Coronel Fontoura

Fonte: Autoria Própria (2022)


39

Figura 30. Perfil Viário Rua Tomazia e Rua Padre Champagnat

Fonte: Autoria Própria (2022)

As medidas do perfil viário, são melhor observadas nos Anexos A, B, C e D, ao


final do trabalho, em vista de ampliação.

11.2. ESQUEMAS DA PROPOSTA PROJETUAL

As imagens a seguir, mostram como foram projetadas todas as funcionalidades que


serão encontradas na praça após a aplicação do projeto de requalificação. A Figura 31, abaixo,
relaciona-se as ruas que forma o entorno da praça e que a conecta as demais vias urbanas no
bairro da Cidade Velha.
40

Figura 31. Ruas do entorno da praça

Fonte: Autoria Própria (2022)

Toda a proposta projetual foi pensada de modo a preservar as vias ao redor para que
não houvesse interferência no tráfego de veículos e no trânsito das demais vias, vale ressaltar
também que todo o trecho foi pensado de forma a manter o conceito de ruas completas sempre
que possível, as áreas públicas devem ser pensadas seguindo os princípios das ruas completas
e dos espaços compartilhados. Segundo Caccia e Azeredo (2017), o conceito de Ruas
Completas define ruas planejadas para garantir a circulação segura de todos os usuários como
pedestres, ciclistas, motoristas e usuários de transporte coletivo. Calçadas em boas condições,
infraestrutura para bicicletas, mobiliário urbano e sinalização para todos os usuários estão entre
os elementos que podem compor uma rua completa.
Pensando nestes princípios, as vagas para estacionamento foram projetadas para
abrigarem os veículos na parte lateral da praça onde encontra-se um pequeno estreitamento na
calçada da praça, conforme observado na Figura 32, abaixo.
41

Figura 32. Vagas para estacionamento

Fonte: Autoria Própria (2022)

Conforme observado nos pontos em azul da Figura 32 acima, a parte a qual foi
destinada ao estacionamento, segue o padrão das ruas apresentadas, não ocupando um espaço
que viesse interferir no trânsito veicular. A forma como foram dispostas as vagas acompanham
a sinalização e trajeto das vias, garantindo o conforto e a mobilidade urbana do entorno.

A Figura 33, a seguir, mostra a arborização da praça, a qual foi mantida do projeto
original, para que não houvesse mudança ou interferência na arquitetura original, visando
proteger o patrimônio histórico da Praça Dom Pedro II. Ainda que o espaço não contasse com
arborização, esta etapa seria de importante funcionalidade, visto que uma praça arborizada
garante amenidade climática e conforto ambiental, diminuído a sensação térmica do local.
42

Figura 33. Arborização da Praça Dom Pedro II

Fonte: Autoria Própria (2022)

A Figura 34, mostra as calçadas ao redor da praça. Em laranja, observa-se que as


calçadas seguirão formato plano, visando preservar o conceito da arquitetura original da praça
e a garantir a acessibilidade de pessoas com necessidades especiais que frequentarão o espaço.

Figura 34. Calçadas na Praça Dom Pedro II

Fonte: Autoria Própria


43

Figura 35. Ciclovia

Fonte: Autoria Própria

Figura 36. Área Verde

Fonte: Autoria Própria

A Figura 35 acima, mostra a ciclovia em vermelho, que será adicionada na praça,


enquanto a Figura 36, também vista acima, mostra a área verde do ambiente que é também
preservada da arquitetura original do local.
44

A Figura 37 abaixo, mostra o espelho d’água oriundo do projeto original da praça,


este lago também é preservado da arquitetura original, protegendo o patrimônio histórico do
local.

Figura 37. Espelho d'água

Fonte: Autoria Própria (2022)

Figura 38. Espaço de socialização

Fonte: Autoria Própria (2022)

A Figura 38, acima, mostra em rosa, o espaço destinado à convivência e


socialização dos frequentadores, neste espaço estarão disponíveis também os quiosques
comerciais.
45

Figura 39. Academia ao ar-livre

Fonte: Autoria Própria (2022)

Figura 40. Parquinho infantil

Fonte: Autoria Própria

Figura 41. Anfiteatro

Fonte: Autoria Própria (2022)


46

As Figuras, 39, 40 e 41 mostram respectivamente os espaços destinados à academia


ao ar-livre, parque de diversões infantil e anfiteatro. Ressalta-se que todos as propostas,
conforme observado nas imagens, respeitam o patrimônio histórico e a arquitetura original da
praça e ainda, a torna um local com vários atrativos, sendo dessa forma um local convidativo
aos frequentadores.

11.3. LISTA DE MATERIAL

A seguir, são apresentados os materiais necessários para aplicação da proposta


projetual.

Quadro 1. Lista de Materiais para o piso

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

Material de concreto permeável comp.:


19m/Largura:
PISO
INTERTRAVAD 0.9m/profundidade:
O
Variável/MARCA: UNISTEIN
CIRCULAÇÃO GERAL PRINCIPAL E
ANFITEATRO

Piso em concreto armado impermeável


PISO EM
CONCRETO
ARMADO ESPELHO D´ÁGUA ORNAMENTAL E
PASSEIOS PÚBLICOS

MARCA: MARINHO
AREIA MÉDIA
FINA AMARELA
CIRCULAÇÃO PLAYGROUND
47

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

PISO TÁTIL MARCA: COPAFER


DIRECIONAL E
ALERTA
CIRCULAÇÃO GERAL

PISTA DE CIMENTO ASFÁLTICO DE PETRÓLEO.


ROLAMENTO

CICLOFAIXA PINTURA E SINALIZACAO

Fonte: Autoria Própria (2022)

Quadro 2. Lista de materiais necessários para iluminação da praça

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

Com seção circular, desmontável, altura de 6 a


12mts úteis, possui braço simples projetado com
POSTE CÔNICO diâmetro nominal de 60mm na extremidade.
CONTÍNUO CURVO Fabricado em chapa de aço estrutural SAE
SIMPLES UMA 1010/1020 conforme norma NBR 14744, solda
PETALA longitudinal por processo automatizado. A fixação
se dá através de flange com chumbadores ou
engastado ao solo. Acabamento: Galvanizado a
fogo conforme norma NBR 6323, e ou pintado com
pintura eletrostática a pó. MARCA: IBILUX
48

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

Com seção circular, desmontável, altura de 6 a


12mts úteis, possui braço duplo projetado com
POSTE CÔNICO diâmetro nominal de 60mm nas extremidades.
CONTÍNUO CURVO Fabricado em chapa de aço estrutural SAE
DUPLO 1010/1020 conforme norma NBR 14744, solda
longitudinal por processo automatizado. A fixação
se dá através de flange com chumbadores ou
engastado ao solo. Acabamento: Galvanizado a
fogo conforme norma NBR 6323, e ou pintado com
pintura eletrostática a pó.

Potencia:200watts/Tensão: bivolt/Temp:6500k-luz
branca/ Fluxo luminoso: 16.000
REFLETOR LED lumens/Frequência:50-60Hz/IRC:80/Em alumínio
200W SMD LUZ na cor preta/ vida útil:20.000hs/LED: SMD.
BRANCA LN-TG- Comp.:0.42m Largura:032m Altura:0.10m.
200 MARCA: RLUX

Fonte: Autoria Própria

Quadro 3. Lista de materiais para o mobiliário da praça

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

Parque infantil colorido em madeira plástica. Área


de ocupação do brinquedo: 5,85X 8,15
PLAYGROUND EM
MADEIRA Altura: 1,35m (chão/plataforma)
PLASTICA ME-205
MARCA: BRIBRINQ

O Balanço é um Playground de tora produzido com


toras de eucalipto de reflorestamento que são
BALANCO submetidas ao processo de autoclave.
RUSTICO DUPLO
Comprimento: 2,00m, largura: 2,20m e altura:
2,00m
MARCA: MMEGA

produzido com toras de eucalipto de reflorestamento


que são submetidas ao processo de autoclave.
GANGORRA
RUSTICA TRIPLA Comprimento: 3,00m, Largura: 1,50M e Altura:
0,60m
MARCA: ANIMAMIX
49

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

GIRA GIRA COM Estrutura de ferro, pintura com tinta automotiva em


ROLAMENTO tons alegres e coloridos e é fabricado com assentos
DUPLO de madeira tratada e rolamento Conico. A estrutura
possui 1,70 metros de diâmetro, 0,80 metros de
altura e suporta um peso máximo de 200kg.
MARCA: CRI/RTPLAY

BANCO DE Banco tamanduá de madeira maciça e ferro


MADEIRA
MARCA: FÁBREGAS

Estrutura em madeira reflorestada tratada e aço


carbono galvanizado com pintura eletrostática.
LIXEIRA
Revestimento em madeira de lei de alta resistência,
MADEIRA
com tratamento Eco blindagem Sayerlack.
Parafusos Francês galvanizados

QUIOSQUE EM ALVENARIA
QUIOSQUE

MALOCA EM MADEIRA
MALOCA

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


2.½” × 2 mm; 2” × 2 mm; 1.½” × 3 mm; 1.½” × 1,50
SIMULADOR DE
mm; 1” × 1,50 mm. Barra chata de no mínimo 2.½”
CALVALGADA
× ¼”; 3/16” × 1.¼”. Tubo de aço carbono trefilado
2” × 5,50 mm SCHEDULE 80 (60,30 mm × 49,22
mm). Chapas de aço carbono de no mínimo 4,75
mm para ponto de fixação do equipamento e 2 mm
para banco estampado com bordas arredondadas.
50

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


2’ ½ x 2 mm; 1’ ½ x 3 mm; 1’ ½ x 1.50 mm; 1’ x
ESQUI 2,00 mm. Tubo de aço carbono trefilado 2’ x 5,50
GALVANIZADO mm SCHEDULE 80 (60,30×49,22). Metalão de no
mínimo 30 mm x 50 mm x 2 mm, Chapa de aço
carbono de no mínimo 4.75 mm para ponto de
fixação do equipamento e 1,9 mm para chapa de
apoio de pé. Barra chata de no mínimo 3/16’ x 1 ¼’.

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


2’ ½ x 2 mm; 2’ x 2 mm; 1’ ½ x 1.50 mm. Chapas de
SIMULADOR DE
aço carbono de no mínimo 4,75 para ponto de
CAMINHADA
fixação do equipamento e 1,9 mm para chapa de
apoio de pé. Tubo em aço carbono trefilado
SCHEDULE 80 (73 mm x 58,98 mm).

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


3’ ½ x 2 mm; 2’ x 2 mm; 1’ x 1,50 mm; ¾ x 1,20
ROTAÇÃO mm. Tubo trefilado redondo DIN (55 mm x 44 mm).
VESTICAL TRIPLO Chapas de aço carbono de no mínimo 3 mm para
reforço de estrutura. Utilizar pinos maciços, todos
rolamentados (rolamentos duplos)

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


2.½” × 2 mm; 2” × 2 mm; 1.½” × 3 mm; 1.½” ×
MULTI 1,50 mm; 1” × 1,50 mm; ¾ × 3,00; ¾” × 1,20;
EXERCITADOR oblongo de no mínimo 20 mm × 48 mm × 1,20 mm.
SEIS FUNÇÕES Barra redonda ¼”. Chapas de aço carbono de no
mínimo 9,52 mm; 6,35 mm; 4,75 mm; 3 mm; 1,90
mm. Barra chata 3/16” × 1.¼”; ⅛” x ¾”. Tubo de
aço carbono trefilado 2” × 5,50 mm SCHEDULE 80
(60,30 × 49,22).

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


3.½” × 3,75 mm; 2” × 2 mm; 1.½” × 1,50 mm; 1” ×
SURF DUPLO 1,50 mm. Tubo em aço carbono trefilado
SCHEDULE 80 (73 mm × 58,98 mm). Chapas de
aço carbono de no mínimo 4,75 mm para reforço da
estrutura e 1,90 mm para apoio de pé.
51

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


2.½″ × 2 mm; 2″ × 2 mm; 1.½″ × 3 mm; 1.½″ × 1,50
ELÍPTICO DUPLO mm; 1″ × 2mm. Chapas de aço carbono com no
mínimo 1,90 mm; 4,75mm; Metalão de no mínimo
30mm × 50mm × 2mm. Barra chata de no mínimo
3/16″ × 1.¼″.

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


3’ ½ x 3,75 mm; 2’ x 2 mm; 1’ ½ x 3mm; 1’ ½ x
ESPALDAR 1,50 mm. Chapas de aço carbono com no mínimo
4,75mm. Chumbador com flange de no mínimo 230
mm x 3/16’, corte a laser com parafusos de fixação
zincados de no mínimo 5/8” x 1 ¼” e arruela
zincada de no mínimo 5/8”, hastes de ferro maciço
trefilado de no mínimo 3/8.

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


3’ ½ x 3,75 mm; 1 ½ x 1,50 mm. Chapas de aço
BARRAS carbono com no mínimo 4,75mm. Barra.
PARALELAS Chumbador com flange de no mínimo 240 mm x
3/16’, corte a laser com parafusos de fixação
zincados de no mínimo 5/8” x 1 ¼” e arruela
zincada de no mínimo 5/8”, hastes de ferro maciço
trefilado de no mínimo 3/8″.

Fabricado com tubos de aço carbono de no


mínimo2’ ½ x 2 mm ; 2’ x 3 mm. Chapas de aço
BICICLETA carbono com no mínimo 4,75mm para ponto de
TRIPLA fixação do equipamento e 2 mm para banco e
encosto com dimensões de 335 mm x 315 mm e
estampados com bordas arredondadas. Chumbador
parabout de no mínimo 3/8’ x 2 ½’. Parafusos e
porcas de fixação zincadas.

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


2’ x 2 mm; 1’ ½ x 3 mm. Barra chata 3/16’ x 1 ¼’.
SIMULADOR DE Tubo de aço carbono trefilado 2’ x 5,50 mm
REMO SCHEDULE 80 (60,30×49,22). Chapas de aço
carbono de no mínimo 4,75mm para ponto de
fixação do equipamento e 2 mm para banco e
encosto com dimensões de 335 mm x 315 mm e
estampados com bordas arredondadas.
52

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

Fabricado com tubos de aço carbono de no mínimo


3’ ½ x 3,75 mm; 2’ x 2 mm; 1’ ½ x 1,50 mm; 1’ x
ABDOMINAL 1,50 mm. Oblongo de no mínimo 20 mm x 48 mm
DUPLO x.1,20 mm. Chapas de aço carbono com no mínimo
4,75mm. Barra chata de no mínimo 2’ ½ x ¼’ .
Chumbador com flange de no mínimo 230 mm x
3/16’, corte a laser com parafusos de fixação
zincados de no mínimo 5/8” x 1 ¼” e arruela
zincada de no mínimo 5/8”, hastes de ferro maciço
trefilado de no mínimo 3/8″.

Fabricado com tubos de aço carbono de no


mínimo2’ ½ x 2 mm ; 2’ x 3 mm. Chapas de aço
BICICLETA carbono com no mínimo 4,75mm para ponto de
TRIPLA fixação do equipamento e 2 mm para banco e
encosto com dimensões de 335 mm x 315 mm e
estampados com bordas arredondadas. Chumbador
parabout de no mínimo 3/8’ x 2 ½’. Parafusos e
porcas de fixação zincadas.

Fonte: Autoria Própria

Quadro 4. Lista de materiais para vegetação

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

GRAMA ARÉA VERDE


ESMERALDA
INTERTRAVADO

TIPO: ARBUSTOS
BUXINHO ARÉA VERDE

ÁREA VERDE
MAGUEIRA Com nome cientifico, Mangifera indica é uma
espécie de planta da família Anacardiaceae, que
produz o fruto conhecido como manga. Pode ser
encontrada na forma nativa nas florestas do sul e
sudeste da Ásia, tendo sido introduzida em várias
regiões do Mund
53

NOME REFERÊNCIA ESPECIFICAÇÃO

IPÊ AMARELO ÁREA VERDE


A árvore conhecida como Ipê amarelo pertence à
família das bignoniaceae, e também é conhecida
como pau darco amarelo, ipeúva e piúva. Com
casca lisa ou rugosa, a árvore é frondosa e
apresenta folhas com pelos estrelados curtos e
cálice piloso

ÁREA VERDE
PITANGUEIRA A pitanga é o fruto da pitangueira, dicotiledônea da
família das mirtáceas. Tem a forma de bolinhas
globosas e carnosas, de cor vermelha, laranja,
amarela ou preta. Na mesma árvore, o fruto poderá ter
desde as cores verde, amarelo e alaranjado até a cor
vermelho-intenso, de acordo com o grau de
maturação

Fonte: Autoria Própria (2022)


54

12. CONCLUSÃO

Após a realização desta proposta projetual, foi possível observar como a presença
de espaços públicos de qualidade é um fator importante na qualidade de vida de uma
comunidade, seja ela uma rua, um bairro ou uma cidade. Neste sentido, conclui-se que para
levar uma população a ocupar um espaço público, são necessárias coisas simples, porém que
trazem significado ao indivíduo, entre elas a sensibilidade de se pensar num todo, e de pensar
em quais usos poderão ser adotados para fazer daquele local, um local vivo, bem cuidado e
seguro. O poder público tem papel fundamental nisso, pois é quem vai guiar e coordenar essas
mudanças, cabendo a população a zelar e cuidar o espaço ao qual frequenta.
55

REFERÊNCIAS

BELÉM – Prefeitura Municipal de Belém. Lei nº 7806 de 30 de julho de 1996. Delimita as


áreas que compõem os bairros de Belém, revoga a lei nº 7.245/84, e dá outras providências.
Câmara Municipal de Belém,1996. Disponível em: www.cm-
belem.jusbrasil.com.br/legislacao/581764/lei-7806-96.

BELÉM. PREFEITURA MUNICIPAL DE BELÉM. Revisão do Plano Diretor Do Município


de Belém. 2008. Disponível em:
http://www.belem.pa.gov.br/planodiretor/paginas/planodiretoratual.php. Acesso em: 29 maio
2022

BONDARENKO, R. B.. Projeto De Requalificação Da Praça “Valmir Lúcio Da Silva”


Valorização Da Paisagem Urbana E Paisagística Do Local. 2019. 56 f. TCC (Graduação) -
Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro Universitário Atônio Eufrásio de Toledo, Presidente
Prudente, 2019. Disponível em:
http://intertemas.toledoprudente.edu.br/index.php/ArqEng/article/view/8310. Acesso em: 26
maio 2022.

COSTA, M. V. Z. da. Mapeamento Dos Vazios Urbanos E O Estudo Do Iptu Progressivo


No Bairro Da Cidade Velha, Belém-PA. 2021. 155 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia
Cartográfica e de Agrimensura, Universidade Federal Rural da Amazônia, Belém, 2021.
Disponível em:
http://bdta.ufra.edu.br/jspui/bitstream/123456789/1951/1/MAPEAMENTO%20DOS%20VA
ZIOS%20URBANOS%20E%20O%20ESTUDO%20DO%20IPTU%20PROGRESSIVO%20
NO%20BAIRRO%20DA%20CIDADE%20VELHA%2C%20BEL%C3%89M-PA.pdf.
Acesso em: 30 maio 2021.

CRAVEIRO, M. do R. M.. SIG patrimonial do bairro da Cidade Velha, Belém – Pa. 2019.
132 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Cartográfica e de Agrimensura, Universidade
Federal Rural da Amazônia, Belém, 2019. Disponível em:
http://bdta.ufra.edu.br/jspui/handle/123456789/1363. Acesso em: 31 maio 2022.

CRUZ, E.. Ruas de Belém: significado histórico de suas denominações. 2. ed. Belém: Cejup,
1992. 142 p. (85-338-0117-4). Disponível em: https://fauufpa.org/2014/04/06/ruas-de-belem-
significado-historico-de-suas-denominacoes-por-ernesto-cruz/. Acesso em: 27 maio 2022.

DEL RÉ, V. E. Requalificação da Praça Menonitas. 2018. 112 f. TCC (Graduação) - Curso
de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2018.
Disponível em: http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/7645. Acesso em: 26 maio 2022.

FAGUNDES, A.. Belém Pará, A Metropóle da Amazônia. 2019. Disponível em:


https://br.pinterest.com/pin/91057223700385115/. Acesso em: 27 maio 2022.

G1 – Pará. Roteiro Geoturístico percorre o bairro do Umarizal neste sábado. 2019.


Disponível em: https://g1.globo.com/pa/para/noticia/2019/05/15/roteiro-geoturistico-percorre-
o-bairro-do-umarizal-neste-sabado.ghtml. Acesso em: 27 maio 2022.

IBGE - Instituto Brasileiro De Geografia E Estatística. Belém. 2017. Disponível em:


https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pa/belem/historico. Acesso em: 30 maio 2022.
56

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Praça Dom Pedro II. 2017. Biblioteca
IBGE. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-
catalogo?id=42493&view=detalhes. Acesso em: 26 maio 2022.

JUNIOR, N. G. Da Ágora Grega às Organizações Internacionais: um mapeamento de


mecanismos participativos. Revista Neiba, Cadernos Argentina Brasil, [S.L.], v. 9, n. 1, p.
1-36, 8 dez. 2020. Universidade de Estado do Rio de Janeiro.
http://dx.doi.org/10.12957/neiba.2020.50382. Disponível em: https://www.e-
publicacoes.uerj.br/index.php/neiba/article/view/50382. Acesso em: 18 jun. 2022

LEITÃO, L. As praças que a gente quer. Manual de procedimentos para intervenção em


praças. Recife: Secretaria de Planejamento Urbano e Meio Ambiente, 2002.

LOBO, M. A. A.; TOURINHO, H. L. Z.; COELHO, R. L.. Avaliação do Uso de Praças em


Áreas de Interesse Turístico: o caso do centro histórico de belém, pará. Turismo & Sociedade,
Curitiba, v. 12, n. 1, p. 82-109, 2019.

MAGNO, C.. Conhecer Belém pode ser um bom programa para o feriado. 2020.
Disponível em: https://dol.com.br/entretenimento/cultura/613659/conhecer-belem-pode-ser-
um-bom-programa-para-o-feriado?d=1. Acesso em: 27 maio 2022.

MARX, M. Cidades brasileiras. São Paulo: EDUSP, 1980

MENDONÇA, E. M. S.. Apropriações do espaço público: alguns conceitos. Estudos e


Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, v. 7, n. 2, p. 296-306, 2007. Disponível em:
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=451844614013. Acesso em: 24 maio 2022.

MERCES, S. do S. S. das; TOURINHO, H. L. Z.; LOBO, M. A. A.. Locação social no Centro


Histórico de Belém: investigação introdutória. Caderno CRH, [S.L.], v. 27, n. 71, p. 299-311,
ago. 2014. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0103-49792014000200006.
Disponível em:
https://www.scielo.br/j/ccrh/a/Xsrzrm3cbJYLvq3Hm7rzRGr/abstract/?lang=pt. Acesso em: 30
maio 2022.

MIRANDA, V.. Praça Dom Pedro II é entregue à população totalmente revitalizada.


Disponível em: https://seurb.belem.pa.gov.br/praca-dom-pedro-ii-e-entregue-a-populacao-
totalmente-revitalizada/. Acesso em: 16 jun. 2022.

NOVAES, R. S. de. A dinâmica de uso da praça Olavo Bilac no contexto da cidade de


Belém. 2011. 119 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Sociais, Instituto de Ciências
Sociais Aplicadas, Universidade Federal do Pará, Belém, 2011. Disponível em:
http://www.repositorio.ufpa.br/handle/2011/4349. Acesso em: 24 maio 2022.

PARÁ. GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ. Belém: conjunto arquitetônico e paisagístico


da praça batista campos. Conjunto Arquitetônico e Paisagístico da Praça Batista Campos.
2021. Elaborado por: Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural (DPHAC).
Disponível em: http://www.ipatrimonio.org/belem-conjunto-arquitetonico-e-paisagistico-da-
praca-batista-campos/#!/map=38347&loc=-1.4599830528354962,-48.48976529130876,17.
Acesso em: 27 maio 2022.

PARÁ. GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ. Belém: Praça Frei Caetano Brandão. 2017.
Elaborado por: Departamento de Patrimônio Histórico Artístico e Cultural (DPHAC).
57

Disponível em: http://www.ipatrimonio.org/belem-antigo-largo-da-se/#!/map=38329&loc=-


1.4553550000000028,-48.50516700000001,17. Acesso em: 27 maio 2022.

RIBEIRO, A. P.. Requalificação da praça João Esteves Rodrigues. 2019. 48 f. TCC


(Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Uni-Anhanguera, Goiânia, 2019. Disponível
em: http://repositorio.anhanguera.edu.br:8080/handle/123456789/345. Acesso em: 26 maio
2022.

SOARES, E. N.. LARGOS, CORETOS E PRAÇAS DE BELÉM. Brasília: Monumenta,


2009. 174 p. (978-85-7334-116-4).

SOBRAL, M. L. S.. Os Guardiões da memória na Praça D. Pedro II. 2006. 108 f.


Dissertação (Mestrado) - Curso de Ciências Sociais, Universidade Federal do Pará, Belém,
2006. Disponível em: http://repositorio.ufpa.br/handle/2011/1949. Acesso em: 31 maio 2022.

VIERO, V. C.; B. FILHO, L. C.. Praças Públicas: origem, conceitos e funções. In: JORNADA
DE PESQUISA E EXTENSÃO, 9., 2009, Santa Maria. Anais [...] . Santa Maria: Ulbra, 2009.
p. 1-3. Disponível em: https://d1wqtxts1xzle7.cloudfront.net/53163198/MAT1511201011414-
with-cover-page-v2.pdf?Expires=1653417978&Signature=RPylg0TR5qGNvE-
m3uMJsc9lnVj5P3ImjGkLVQAX7uCbpEBZA5~yGZBJefQs3YJVbwaHLhZhcz6NLVSP~U
3gFevEpAJ0cCxOtUW3c6v3ytmc1wJLrowgfGdw9XS1ZoRUErcZ02EJgCSnADPglZfdH72
k5Yshpc4NnVvAN5KW~K9ZCY8DVtHIakOtf7azXndMNBcgnqVpN53JCcxcK9MfXuS9z
3aiM61QhTM-
JXeL6zjV7yLJl4wRiC5ZFWtgbreRSZPhAv5Mgs2x1ogXy10mr8HGugeVPBjKK7vDspu4ql
xqrE~KZzA6wk71yB~zLBfMJ9-dHD92JTB4Y8gJdyRYvA__&Key-Pair-
Id=APKAJLOHF5GGSLRBV4ZA. Acesso em: 24 maio 2009.

ZUCKER, P. Town And Square. New York: Columbia University Press, 1959.
58

ANEXOS

ANEXO A – PERFIL VIÁRIO RUA PORTUGAL


59
60

ANEXO B – PERFIL VIÁRIO RUA CORONEL FONTOURA


61
62

ANEXO C – PERFIL VIÁRIO RUA TOMÁZIA


63
64

ANEXO D – PERFIL VIÁRIO RUA PADRE CHAMPAGNAT


65

Você também pode gostar