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BANK OF LONDON AND

SOUTH AMERICA
GIANCARLO PALANTI E HENRIQUE MINDLIN

ANNA CAROLINA CHAGAS


MATEUS MAY
MILENA DA LUZ
PROFESSORA LUÍSA DURÁN

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL 2020/02


ART DÉCO E MODERNISMO

“A partir da década de 40 é possível detectar uma superposição


temporal de diferentes concepções. Edifícios como o Central (1942),
Conde Prates (1956) e Branco do Brasil (1955) caracterizam uma
transição entre o Art déco e o Moderno, podendo ser chamados de
proto-modernos. Num período muito próximo, aparecem os edifícios
Bank of London e South America (1960), Banco Lar Brasileiro (1963),
Barão de Iguape (1956) e Branco Paulista de Comércio (1950), que
correspondem à fase de consolidação da arquitetura moderna em
São Paulo.” (FIALHO, 2007, p.189)

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EDIFÍCIOS

EDIFÍCIO ALTINO ARANTES CENTRAL DO BRASIL


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GIANCARLO PALANTI

• Nascido em Milão, Itália, em 1906;


• Formou-se na Escola Politécnica em 1929;
• Pertencente à segunda geração de arquitetos
racionalistas do país;
• Suas obras abrangiam desde o desenho industrial até
projetos urbanísticos;
• Participações nas Trienais de Milão;
• Redator das revistas Domus (1931-1933) e Casabella
(1933) e diretor, junto a Franco Albini, da revista
Casabella Costruzioni (1946);
• Professor do Politécnico de Milão entre 1935 e 1946.

GIANCARLO PALANTI

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HENRIQUE MINDLIN

• São Paulo SP 1911 – Rio de Janeiro RJ 1971;


• Arquiteto, urbanista, professor, historiador da arquitetura;
• Formou-se engenheiro-arquiteto em 1932 na Escola de
Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie,
em São Paulo;
• Papel destacado na difusão e afirmação da arquitetura
moderna brasileira no país e no mundo;
• Autor do livro "Modern Architecture in Brazil" (1956). Nele,
Mindlin atualiza o catálogo da exposição norte-
americana "Brazil Builds" e faz o inventário da produção
arquitetônica nacional entre 1937 d 1956.

HENRIQUE MINDLIN

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PARCERIA DE MINDLIN E PALANTI

“Em 1964, fundaram junto a mais três sócios o escritório chamado


"Henrique E. Mindlin, Giancarlo Palanti e Arquitetos Associados",
primeiro escritório de arquitetura no país constituído juridicamente
como uma empresa. Nele foram introduzidas bases objetivas para o
desenvolvimento de um trabalho em equipe, dividido em duas sedes,
uma no Rio de Janeiro e outra em São Paulo.” (SANCHES, 2002)

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COLABORADORES

PEDRO FRANCO ANNETA SIRAKOFF

OLGA VERJOVSKY MARC FOUNDOUKAS

WALMYR AMARAL MÁRIO RIBEIRO

OSMAR CARVALHO DE CASTRO

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O EDIFÍCIO
• Nome: Bank of London and South
America;
• Período de construção: 1959 – 1960;
• Construção: Companhia Construtora
Pederneiras S.A.
• Projeto Estrutural: Paulo R. Fragoso
• Área do Terreno: 900 m²
• Área Construída: 7.600 m²
• Nº de Pavimentos: 12
• Subsolo: Sim
• Elevadores: 7

PERSPECTIVA DESTACANDO O ENTORNO

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O EDIFÍCIO
• Edifício importante em São Paulo, fruto da
primeira fase da associação;
• Rampa de carros na lateral do edifício (ideia de
Palanti) possibilita o afastamento do edifício e a
inserção de um jardim em uma zona árida da
cidade, contribuindo para marcar o prédio
diante do entorno em que se colocav a;
• Inovações no sistema de comunicação interna,
o detalhamento do projeto;
• Economia no processo de construção,
resultado da colaboração entre a equipe e o
arquiteto representante do Banco, Walter
Morrison;
• Arquitetos focaram na resolução de um
programa complexo que se instalava na
cidade e um relacionamento especial do
edifício com o entorno urbano.

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MÉTODO DE PROJETO

“O edifício se configura como um prisma


envidraçado. O pavimento tipo se
organiza linearmente, com 7 elevadores
(divididos em 2 núcleos de 4 e 3
unidades respectivamente) e 1 escada.
Junto a este bloco funcional estão
locados os sanitários. Desta forma, ficam
liberadas as 3 faces restantes para os
panos de vidro da fachada. Esta
organização também permite boa
flexibilidade dos espaços de trabalho.”
(FIALHO, 2007, p.203)

PERSPECTIVA FRONTAL DO BANCO

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(HENRIQUE Mindlin, 2021)

O ESTADO DE SÃO PAULO 16/11/1960 BANK OF LONDON SÉCULO XXI


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LOCALIZAÇÃO

Rua XV de Nov embro (esq. Rua da Quitanda), sem n.º - Centro - São Paulo - São Paulo - Brasil

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PARTIDO ARQUITETÔNICO

➢ Novas relações entre a cidade e a


arquitetura, entre o público e o privado.
➢ Os edifícios-conjunto, congregam
espaços para múltiplas atividades
➢ Priv ilegiar um diálogo mais ativo com a
cidade
➢ Estabelecer relação entre os dois, a
cidade ganha uma sensação de respiro
e o edifício é marcado dentro dela
(espaço simbólico da metropolização).
➢ É um dos primeiros bancos em que se
emprega a fachada contínua de vidro -
FACHADA LESTE DO BANCO, RUA XV DE NOVEMBRO
inspiração nos projetos norte-
americanos.

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SISTEMA ESTRUTURAL E ASPECTOS
CONSTRUTIVOS
ESTRUTURA:
➢ Sistema de concreto armado.
➢ Pilares internos de concreto armado para a
sustentação
➢ Fachadas Norte, Leste e Oeste formadas por
uma grelha envidraçada (fachada livre).
➢ Lajes nervuradas tipo caixão perdido.

MODULAÇÃO:
➢ Bloco principal: 45 x 26,5m.
➢ Bloco recuado: 45 x 21,45m.

CORTE ESTRUTURAL

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MODELOS 3D

ESQUELETO ESTRUTURAL TERRENO ESCADARIAS


Lajes, pilares, alvenaria Ruas XV de Novembro e da Principal e secundária
externa Quitanda

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MODELOS 3D

FACHADAS E INTERIOR COBERTURA


Prisma envidraçado, elevadores Terraço aberto, brises verticais fixos

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PLANTAS BAIXAS

PLANTA BAIXA – SUBSOLO PLANTA BAIXA - TÉRREO PLANTA BAIXA - 1º ANDAR

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PLANTAS BAIXAS

PLANTA BAIXA – 2º ANDAR PLANTA BAIXA - 3º AO 7º ANDAR PLANTA BAIXA - 8º ANDAR

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RELAÇÕES ESPACIAIS

➢ Concentração da circulação
vertical - elevadores e escadas - e
das instalações sanitárias num
bloco contínuo situado no limite do EMPENAS CEGAS NAS
lote vizinho. ESQUINAS DO EDIFÍCIO

➢ A malha urbana encontra


no edifício - conjunto, continuidade
e fluidez.
➢ As esquinas ficam marcadas por
volumes menores que apresentam
empena cega de mármore. INTERIOR DO SAGUÃO

➢ Comunicação visual – painel


metálico no saguão térreo.

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RELAÇÕES ESPACIAIS

PERSPECTIVAS DOS
PAVOMENTOS

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ESTRATÉGIAS DE HABITABILIDADE

➢ Recuo do bloco principal da edificação, RAMPA,


possibilitando um amplo terraço a céu aberto JARDINS,
RECUO
no nível do refeitório dos funcionários, no 2º
pavimento.
➢ Rampa de carros na lateral do edifício possibilita
o afastamento do edifício.
➢ Inserção de um jardim em zona árida da
cidade, contribuindo para marcar o prédio
diante do entorno em que se colocava.
➢ Flexibilidade dos
espaços interiores remanescentes, podendo ser
organizados de acordo com as necessidades do
banco.
➢ Brises fixos no 8º pavimento para controle da
incidência solar e iluminação natural e BRISES
ventilação adequadas.
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APRENDIZADO

A partir das análises feitas sobre o contexto histórico, arquitetos, e o modo


como a obra foi criada, é possível uma maior compreensão sobre o edifício
estudado. O Bank of London and South America foi construído na fase da
arquitetura moderna, que é caracterizada pelo uso de formas simples e
geométricas e pelo uso de concreto armado, o que possibilita fachadas de vidro,
traço marcante do edifício. Além disso, foi importante estudar os arquitetos da
obra, Palanti e Mindlin, pois conhecendo melhor os seus estilos, a relação entre
eles com o Bank of London and South America se torna mais visível, e é
interessante observar o que uma parceria entre os dois arquitetos resultou.
Outros fatores de grande importância são a tipologia do edifício, nesse caso,
um banco (edifício comercial), e onde ele está localizado, incluindo seu entorno,
pois assim, compreendemos os motivos de alguns elementos terem sido criados,
como por exemplo a inserção do jardim. Desde a estrutura até elementos
ornamentais foram pensados e introduzidos com algum propósito de acordo com
fatores externos, tipológicos, ou até para manifestar a fase arquitetônica em que
estava inserido. Portanto, a análise resultou em uma melhor percepção e
entendimento da obra.

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BIBLIOGRAFIAS

• FIALHO, Roberto Novelli. Edifícios de escritórios na cidade de São Paulo. São


Paulo: Tese apresentada à FAUUSP para obtenção do título de doutor, 2007.
• SANCHES, Aline Coelho. A Obra de Giancarlo Palanti no Brasil. São Carlos:
Dissertação de Mestrado, 2004.
• MINDLIN, Henrique. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural de Arte e Cultura
Brasileiras. São Paulo: Itaú Cultural, 2021. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa860/henrique-mindlin>. Acesso em:
03 de Abr. 2021. Verbete da Enciclopédia. ISBN: 978-85-7979-060-7.

• SANCHES, Aline Coelho. A obra de Giancarlo Palanti em São Paulo. Arquitextos,


São Paulo, ano 03, n. 031.01, Vitruvius, dez. 2002
<https://vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.031/722>.
• ARQ. Arquivo. Sede do Bank of London and South America. Disponível em:
<https://arquivo.arq.br/projetos/sede-do-bank-of-london-and-south-america>.
Acesso em: 03 de Abr. 2021.

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