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UNILAGO - UNIÃO DA FACULDADE DOS GRANDES LAGOS

ARQUITETURA E URBANISMO

ADRIEL CAMARGO
ANAIÊ ANANDA
EMILY DANITELLY
GABRIEL GARCIA
LUCAS BRAZ
NICOLE BINDELLA

TRABALHO DE PLANEJAMENTO URBANO E REGIONAL I:


JARDIM VIVENDAS

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2016
ADRIEL CAMARGO
ANAIÊ ANANDA
EMILY DANITELLY
GABRIEL GARCIA
LUCAS BRAZ
NICOLE BINDELLA

TRABALHO DE PLANEJAMENTO URBANO I:


JARDIM VIVENDAS

Trabalho apresentado à disciplina


de Planejamento Urbano e Regional
I – 4º Período de Arquitetura e
Urbanismo.

Orientador: Adriana Tenani

SÃO JOSÉ DO RIO PRETO


2016
SUMÁRIO

1. O S U RG IM EN TO .........................................................................4
2. FA TO D E CRIA ÇÃO ....................................................................5
3. MO RF O LOG IA ...........................................................................7
4. IN F LU ÊN CIA U RBA N A ...............................................................7
5. RELA ÇÃO CO M O EN TO RN O ......................................................8
6. P RO BLEM A S AP RES EN TA D O S ...................................................9
7. IN TERV EN ÇÃ O ........................................................................13
8. BIBLIOG RA F IA ........................................................................15
JARDIM VIVENDAS

1. O SURGIMENTO

O bairro Jardim Vivendas, localiza-se na zona sul de São José do


Rio Preto, interior de São Paulo, em área compreendida entre a rua prof.
Carlos Roberto de Oliveira e avenida José Munia, e entre a avenida
Benedito Rodrigues Lisboa e rua dr. Carlos Rodrigues Nogueira.
O bairro nobre que data de 1979, ano em que fora aprovado pela
prefeitura e iniciada a comercialização dos terrenos. Teve origem a
partir da gleba de terra que pertencia ao fazendeiro Francisco Fernandes
Alonso, com área total de 505.236m 2.

Jardim Bosque das Vivendas – Mapa de São José do Rio Preto, 1979

Acervo Arquivo Público Municipal de São José do Rio Preto


Delimitação do bairro Jardim Bosque das Vivendas

google maps 04/10/2016

2. FATO DE CRIAÇÃO

O bairro foi concebido para atender ao público de classe média


alta, com uso estritamente residencial. Nas ruas internas do bairro não
se veem comércios, apenas residências, encontrando comércios apenas
na avenida José Munia e na avenida Benedito Rodrigues Lisboa.
Os lotes comercializados na ocasião da venda dos terrenos
dispunham de 450m2 à 1800m2, sendo nas dimensões de 15x30m, 30x30,
30x40, 30x50 e 30x60.
O mesmo foi pensado para proporcionar uma melhor qualidade de
vida e conforto aos moradores, dispondo de uma área verde de
102.000m2, onde a praça José Generosa, hoje conhecida como Praça dos
Vivendas possui 60.000m2 deste total.
No início e término do dia é comum se deparar com moradores
caminhando e praticando atividades físicas.
Anúncio de venda de terrenos no Jardim Vivendas

28 de janeiro de 1979 – Jornal “A Notícia”

Anúncio de venda de terrenos no Jardim Vivendas

11 de fevereiro de 1979 – Jornal “A Notícia”


3. MORFOLOGIA

O bairro Jardim Vivendas é considerado linear, possuindo uma


avenida central com residências ao redor. Os edifícios mais comerciais
ficam nas avenidas atendendo algumas das necessidades básicas locais.
A praça do Vivendas é referência de localização e também uma
oportunidade para realizar um bairro mais verde, onde a crescente
capitalização dá espaço para "semear-brotar" como uma prática futura.
Arquitetos como Tony Garner influenciaram as cidades futuras e os
bairros novos pela divisão de setores, afim de gerar uma integração
social e econômica com a mesma classe social. As casas do bairro
estudado desfrutam de fachadas com vidro, concreto armado e ferro.
Precursor do material mais usado no século XX, foi o que Tony Garnier
usou para organizar toda a cidade segundo princípios originais e
visionários.
Le Corbusier influenciou a projeção do bairro com os cinco pontos
importantes na hora de projetar e construir: planta livre, fachadas
livres, solo livre, janelas livres, coberturas livres, proporcionando às
novas entidades residenciais terem garagem, casas sobre pilares e
coberturas com piscina e área gourmet. Também puderam aproveitar laje
de pavimento de concreto armado com revestimento térmico e
impermeabilizadas, uma maneira de serem libertos dos telhados, beirais
e cornijas, e assim podendo usufruir de terraços e recuperar parte do
espaço ocupado pelo edifício no solo. Há tantos urbanistas precursores
que mudaram e cooperaram para um novo mundo na arquitetura onde
deixam para traz as antigas formas e coisas para dar ênfase a novos
objetos com funcionalidade e exuberância.
Walter Groupis não fica para traz, trouxe a ideia de que o vidro
usado na fachada lateral era como um plano translúcido, do qual
observa-se do exterior elementos internos, trazendo leveza, luz e
homogeneidade ao edifício. “Na fachada envidraçada, os pilares pouco
espaçados da parte inferior escondem uma estreita alternância entre
cheio e vazio: um cheio e um vazio que pertencem comprimidos,
extraídos ou escavados à força de entalhe no cerne da compacta
alvenaria. No alto, as massas quadradas dos corpos sobrelevados,
aliviadas pelos tetos suspensos e salientes, expandem-se livres no
espaço aberto.

4. INFLUÊNCIA URBANA

A influência urbana que o jardim vivendas recebe é de Le Corbusier,


um urbanista que propôs e projetou uma cidade dividida por categorias
privadas e governamentais. O bairro Vivendas surgiu após os moradores
saírem do grande fluxo de moradias e procurarem um local apenas para
ir descansar e dormir depois de trabalhar. Dividida por setor econômico
e social como uma hierarquização burguesa. E este modelo se assemelha
não só a Cidade de Chandigarh proposto pelo urbanista, mas também a
carta de Athenas: segregação das atividades em zonas especializadas,
organização das áreas das residenciais em unidades de vizinhanças,
segregação do trânsito de pedestres e de veículos e jardins que faz a
conexão entre pedestres.
As vias são classificadas por hierarquização como vias mais rápidas
que são conectadas a outras partes do bairro como as vias locais e
coletoras. O jardim faz parte de um paisagismo do bairro com seleção
de arbustos e árvores pelos moradores do bairro e assim como
Chandigarh esse bairro as avenidas mantém harmonia e beleza.

5. RELAÇÃO COM O ENTORNO

Em função de seu projeto inicial, que era tornar-se um condomínio


de luxo, onde o próprio empreendedor residia, e tendo a intenção de
realizar algo que o cercasse, este bairro não fora pensado para abrigar
edifícios comerciais, sendo possível hoje, diversos anos após a criação
do mesmo observar que existe apenas uma panificadora e um restaurante
nos seus limites, sendo as poucas instalações comerciais restantes
praticamente todas destinadas a receber clínicas.
As necessidades básicas dos residentes, hoje é atendida pelos
bairros Jardim Universitário, Jardim Morumbi, Higienópolis, São
Francisco, e demais bairros ao redor.

Clínica Instituto Pró Cardíaco – localizada à Av. José Munia


Restaurante Vivendas Gourmet – localizado à Av. José Munia

6. PROBLEMAS APRESENTADOS

Buscando uma parte da história do bairro entrevistamos uma


moradora, Lúcia Maria que lá reside 22 anos, em um de seus relatos
disse que o bairro tem aproximadamente de 30 a 35 anos. Lúcia Maria
relata que quando chegou no bairro havia apenas terrenos baldios e
apenas 3 casas construídas, mãe de quatro filhos disse que escolheu a
área pela qualidade das áreas verdes e dos espaços para o plantio
qualitativo de árvores.
A Praça do Vivendas, como é conhecida a Praça José Generosa se
destaca pela deslumbrante flora, contendo de 150 á 200 árvores como
coqueiros, árvores frutíferas e nativas. Com mais de 10 espécies ela traz
grande harmonia aos moradores. Está praça é um ponto de alta
movimentação trazendo conceitos da Carta de Atenas.

Praça José Generosa – Av. Benedito Rodrigues Lisboa


Praça José Generosa – Av. Benedito Rodrigues Lisboa

Como se trata de um bairro antigo, a mobilidade não fora


amplamente explorada no residencial. Podemos observar calçadas
largas, que facilmente poderiam permitir o acesso a portadores de
mobilidade reduzida, porém as mesmas não possuem rampas de acesso,
devendo neste caso que o acesso seja feito via guias rebaixadas
destinadas ao acesso às garagens residenciais.
Por se tratar de um bairro pequeno e de classe alta, observamos
que corre apenas uma linha de ônibus dentro do mesmo, possuindo
apenas três paradas, que não possuem cobertura ou iluminação adequada
para trazer o mínimo de conforto a seus usuários.

Parada de ônibus durante o dia


Parada de ônibus durante a noite

Toda parte de lixeira pública encontrada no bairro, concentra-se


apenas na área ao redor da Praça José Generosa, não sendo encontrada
no percurso pelo residencial.
Outro ponto em que se observa defasagem, é na área de iluminação
pública nas ruas durante a noite, são escuras em função das árvores
mais altas que impedem a passagem luz ao ponto mais baico, o que traz
certa insegurança a seus moradores, em especial pela grande
movimentação que o bairro apresenta em função de sua praça.

Iluminação pública noturna


A iluminação pública, quando observamos a praça, percebemos
que a mesma difere do bairro, sendo bem iluminada por postes
alternando entre altura média e alta, mas observamos também a ausência
de um playground destinado ao lazer das crianças, possuindo apenas
ATI (academia para Terceira Idade). Ainda se tratando da praça, a
quantidade de bancos presentes na mesma seria insuficiente, sendo
necessária a instalação de mais unidades, bem como a instalação de
bebedouros, hoje inexistentes no local que é amplamente procurado para
a prática de atividades físicas e momentos de lazer e descontração.

Praça José Generosa durante a noite

Praça José Generosa durante a noite


7. INTERVENÇÃO
8. BIBLIOGRAFIA

GONÇALVES. Jarbas: Mapa de São José do Rio Preto. Prefeitura


Municipal de São José do Rio Preto, 1979. Sem indicação de escala.
Jardim Vivendas – uma grande realização de A Riopretana Imóveis, A
Notícia, São José do Rio Preto. 28 de janeiro de 1979.
Anúncio, A Notícia, São José do Rio Preto. 18 de janeiro de 1979.
Anúncio, A Notícia, São José do Rio Preto. 11 de fevereiro de 1979.
Seu Bairro: Jardim Vivendas, O Diário da Região, São José do Rio
Preto. 21 de novembro de 1998.

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