Apostila sobre cores

Allan Andrade - Técnico de Colorimetria

Objetivo desse material:
O objetivo dessa apostila é passar um conhecimento básico sobre cores
aos Técnicos de Manutenção e Instalação de impressoras da Ampla.
Conceitos e técnicas sobre Gerenciamento de Cor podem ser
complementados e aprofundados.
O estudo da cor envolve desde a Física, Biologia, Psicologia, além das
Artes Gráficas.
Apostila sobre cores
Compreensão das cores - conceitos básicos sobre cores.....................03
Cor-Luz/ Cor-Pigmento/ Síntese Aditiva e Subtrativa...............................04
Formação de cor - influência da luz - conceito histórico, metamerismos,
diferença de iluminação na visualização..................................................05

Allan Andrade - Técnico Colorimetrista Absorção e reflexão das frequências luminosas/ Tom, Luminosidade e
Saturação.................................................................................................06

Luminosidade, Saturação/ Conceito de ICC/ Conceitos de Projeto

Gráfico, Pré Impressão, Impressão (printing) e Pós-impressão...............07

Formação de cores/ Disco de cores........................................................08

Cor RGB, cor CMYK/ Gammut de cor/ Gerenciamento de cor na pré-

impressão - Corel Draw X4......................................................................09

Gerenciamento de cor e variações do Corel Draw X5, X6.......................10

Ajuste do Mecanismo de Cor do Corel X5, X6 - Adobe CMM..................11

Gerenciamento de cor no Adobe Photoshop...........................................12

Gerenciamento de cor no Colorprint - conceito de RIP, criação de perfil de

densidade, ajustes de perfis dos canais RGB, CMYK, Cinza..................13

Referências Bibliográficas........................................................................14

Matriz Ampla - Pinhais

2013

CORES 02
Sobre CORES

Compreensão das cores

Entender como as cores são criadas e como elas se
relacionam uma com a outra permite trabalhar de maneira
mais eficiente com programas de desenho ou imagem, como
Corel Draw, Photoshop, Ilustrator, etc., além do programa de
RIP Colorprint, e o próprio processo de impressão.
Em vez de obter um efeito por acaso, você produzirá
resultados consistentes graças ao entendimento dos
conceitos básicos das cores.
Imprimir com qualidade é obter os melhores resultados em Espectro Eletromagnético. A distância entre os picos é a definição de comprimento de onda.
termos de precisão mecânica (formação e distribuição dos
pontos de impressão) e precisão cromática (reproduzir cores Luz é energia. Ela viaja em linha reta a mais de 300.000 km/s.
mais fiéis à realidade, ou ao modelo de cor desejado). Tal como rádio, TV, microondas, a luz pode ter várias
frequencias. É o comprimento da onda de luz que cria a
O que é necessário para ver as cores? sensação de cor.

Iluminação
(uma fonte de luz) Observador

Objeto

Não podemos falar de cor sem falar de luz:

Sem luz, não visualizamos nada a nossa volta. Os objetos
não têm luz própria, eles apenas refletem/absorvem a luz
que chega até eles. Quando enxergamos um objeto, na
verdade estamos recebendo estímulos luminosos em áreas
de nossos olhos, e esse estímulo chega até nosso cérebro,
levando à interpretação do que ‘vemos’.
Cor é luz.
CORES
Sem a luz, nossos olhos não conseguem captar as cores. A
luz branca é formada pela reunião de numerosas radiações
coloridas que podem ser separadas. A cor é o resultado do
reflexo da luz que não é absorvida por um pigmento. Dessa
forma, podemos estudar as cores sob duas teorias que estão
diretamente relacionadas, embora pareçam opostas: a COR-
LUZ e a COR-PIGMENTO.
03
Cor-luz, ou colorido, é a radiação luminosa visível que tem
como síntese aditiva a luz branca, ou seja: quanto mais cor
(luz), mais claro fica, as frequências dos raios luminosos
somam-se, gerando o branco.
A cor-luz pode ser observada através dos raios luminosos.
Cor-luz é a própria luz, que pode se decompor em muitas
cores, concluindo-se que a luz branca contém todas as
cores.
Isaac Newton fez surpreendentes descobertas sobre a luz e
as cores. Seus estudos partiram da observação do arco-íris.
Newton "reproduziu" um arco-íris dentro de casa, usando
prismas e lentes, onde fez incidir a luz do Sol. A faixa colorida
que obteve ao separar as cores é chamada de "espectro
solar", mas nem todas as cores são visíveis aos nossos
olhos, como por exemplo, o infravermelho e o ultravioleta.
Assim, o que vemos é o espectro das sete cores visíveis:
violeta, índigo, vermelho, laranja, amarelo, verde e azul.
CORES
A cor pigmento, ao contrário, terá um efeito diverso:
misturando-se todas as cores o resultado será uma espécie
de cinza escuro, quase preto.
Cor-pigmento é a substância material que, conforme a sua
natureza, absorve, refrata e reflete os raios luminosos
componentes da luz que se difunde sobre ela.
É a qualidade da luz refletida que determina a sua
denominação. O que faz com que chamemos um corpo de
verde é a sua capacidade de absorver quase todos os raios
da luz branca incidente, refletindo para nós apenas as
tonalidades dos verdes.
Síntese Aditiva - RGB
R 255 G255 Síntese Subtrativa - CMYK
M 100% C100%
B255
Y 100%
Essa mistura de cor-pigmento é chamada de síntese
subtrativa, por ser oposta a mistura aditiva que acontece com
a cor-luz. Ou seja, se na cor-luz, o branco é a reunião de
todas as cores, na cor-pigmento, o preto é a mistura de todas
as cores. Cada teoria se encaixa e está correta em um
contexto: a cor-luz se refere às luzes, enquanto a cor-
pigmento é referente às tintas, pigmentos.
04
Formação da Cor
Para que as cores possam ser gerenciadas, primeiramente precisamos identificar
quais são os elementos que permitem a sua existência. A cor só pode ser
enxergada se existirem três elementos básicos: luz, objeto e observador.

Em 1675, Isaac Newton publicou o enunciado da decomposição da luz, provando

que a luz branca de diferentes fontes luminosas possui cor. Sendo assim, para
que possamos enxergar corretamente as cores, devemos primeiro nos preocupar
com qual é a fonte luminosa que utilizaremos para analisar as cores. Nos dias Iluminante A
atuais, muito se fala em fontes luminosas padronizadas para análise de cor, Incandescente
como, por exemplo, os iluminantes D50 ou 5000 K. Essas fontes luminosas
apresentam um equilíbrio energético maior que as outras, isto é, apresentam uma
proporcionalidade maior de emissão de vermelho, verde e azul violeta, que são
as três cores primárias da luz. Essa proporcionalidade permite ao observador
normal enxergar de forma não tendenciosa um objeto.

Caso a fonte luminosa utilizada apresente leve tendência ao vermelho, por

exemplo, o observador vai consequentemente enxergar predominantemente o
vermelho em qualquer que seja a imagem. Se na indústria gráfica nos
preocupamos tanto com o balanceamento cromático do impresso, porque não
utilizar uma fonte luminosa que nos permita avaliar adequadamente este
equilíbrio? Esta fonte luminosa deve ser a D50.

Para o observador, sobram os problemas relacionados à visão, como daltonismo,

miopia, hipermetropia, astigmatismo, cansaço visual, efeitos relacionados à idade
e a própria sensibilidade limitada da visão. Cada uma dessas características
promove certa distorção na acuidade visual para cores. O daltonismo, por Iluminante F2
exemplo, está presente em um a cada 13 homens e uma a cada 300 mulheres,
ou seja, é um problema muito mais comum nos homens. Muitas vezes estamos Fluorescente Branca Fria
trabalhando com um daltônico, sem saber, e este pode estar em posição de
decisão sobre cores.
Para avaliarmos a acuidade visual para cores, existe um teste chamado Munsell
Farnsworth, que visa identificar quais as regiões de maior e menor sensibilidade
do observador. Este teste se baseia no princípio da organização de vários
módulos coloridos em seqüência lógica, por um período determinado e uma
iluminação padronizada, em que se avalia através de um software a acuidade
visual para cores.
O daltônico será Protânope se tiver deficiência para vermelhos, e verá todas as
cores como resultantes da mistura apenas de azul e verde.
Será Tritânope se tiver deficiência causada pelos receptores de azul,
confundindo normalmente azul com verde, e será Deuterânope quando a
deficiência se der nos receptores de verde, confundindo vermelho e azul com
verde.
Outra limitação do observador é a sensibilidade em relação à distância, pois Iluminante D65
quando estamos próximos ao objeto analisado (menos que 2m) possuímos uma
sensibilidade de apenas 10º para distinção de diferenças de cor e, quando Luz do dia
estamos longe, possuímos uma sensibilidade de apenas 2º.

CORES 05
Os objetos também fazem parte da formação da cor e são
eles que irão interagir com a luz, permitindo sua reflexão e
absorção. Uma cor preta absorve mais luz que uma cor
branca, o que dá uma sensação térmica muito maior. Para o
vermelho existir, é necessário que os comprimentos de onda
de vermelho sejam refletidos e os demais absorvidos. O
verde, por exemplo, absorve os comprimentos de onda de
azul e vermelho, e reflete apenas o verde.
Por que enxergamos o Amarelo?
Quando comparamos as cores sobre diferentes suportes de
impressão, como papel, lona, PVC e outros, devemos saber
que as cores se comportam de forma diferente,
principalmente na relação química das tintas e pigmentos
com estes suportes. Este comportamento pode tornar a cor
resultante muito instável.
Cada material - mídia - vai absorver e reagir com a tinta de
modo distinto, por exemplo: um determinado papel, sem
nenhum tratamento pode absorver muito mais tinta que outro
papel com tratamento, e esses dois materiais apresentarão
um tempo de secagem e ancoragem diferentes de uma lona
ou adesivo, além da diferença do tom de branco de cada um
deles.
Quando comparamos eventualmente uma prova de
impressão, ou uma cor em um determinado material, com a
mesma cor ou prova obtida em outro material, poderemos
sob determinada iluminação achar que está muito diferente e
em outra iluminação achar que está igual.
CORES
A este fenômeno, dá-se o nome de metameria de iluminante,
causada pela diferença de interação físico-química entre luz
e objeto. A metameria pode ser evitada ou minimizada se os
padrões de teste forem realizados com uma mídia constante,
sempre com a mesma tinta.
Resumindo: mesmo que a impressão esteja correta, com a
carga de tinta ajustada ao material, se a iluminação que
incidir sobre ela não for equilibrada, aos nossos olhos, as
cores poderão aparecer alteradas.
Ex.:Se olhar duas impressões, uma correta, e a outra
amarelada, será possível notar a diferença em uma
iluminação neutra. Se essas mesmas impressões forem
vistas embaixo de uma lâmpada incandescente de 60W,
parecerão iguais.
Tom, Luminosidade, Saturação
Para entendermos um pouco melhor este assunto devemos
primeiro entender que a cor é definida por meio de três
atributos: tom, luminosidade e saturação.
O tom é o atributo mais importante da cor, e é por meio do
tom que classificamos as cores. Seguramente o tom é o
atributo cuja variação é mais percebida pelo ser humano e é
este atributo que devemos procurar controlar com maior
seriedade.
vermelhos
verdes amarelos
azuis
06
A luminosidade pode ser definida como sendo a variação de claro para
escuro dentro de uma mesma família de tom.
A saturação é o atributo da cor ligado diretamente à concentração do
elemento corante, ou ao distanciamento do ponto acromático. Sem
saturação, a cor se apresenta cinza, com excesso de saturação, a cor
fica muito forte, exagerada.
Para a grande maioria das pessoas, enviar um arquivo para uma
impressora e ver um resultado totalmente diferente do esperado é
incompreensível. Para outras é completamente natural. Na verdade, isso
depende da área em que você atua. Para designers e profissionais
criativos, como fotógrafos e diretores de arte, a coisa deveria funcionar e
ponto. Para profissionais de artes gráficas, que geralmente são muito
mais técnicos do que criativos, isso simplesmente faz sentido. Entretanto,
um grande número de profissionais hoje em dia ainda não entende o que
acontece por trás da cortina.
Com o crescimento do número de diferentes periféricos digitais na vida
profissional gráfica, descobriu-se que nem mesmo impressoras ou
monitores da mesma marca, ano de fabricação ou modelo têm
exatamente as mesmas características de reprodução.
Foi por isso que um grupo de empresas criou o famoso ICC, abreviação
para International Color Consortium (Consórcio Internacional da Cor).
Esse consórcio, fundado por empresas como Adobe, Apple, Agfa e
Kodak, entre outras, criou uma linguagem padrão para que os
computadores pudessem reproduzir e captar cores corretamente em
diferentes periféricos. Essa linguagem é o gerenciamento de cores e,
dentro dela, os diferentes "dicionários" são os perfis ICC.
Também não podemos simplesmente achar que os perfis ICC são a
solução para todos os problemas de cor, porque temos
que considerar que na indústria gráfica o número de variáveis é
extremamente grande. O controle de processo deve estar cada dia mais
aprimorado para garantir o perfeito funcionamento do fluxo de trabalho.
Portanto, a consciência de gerenciamento de cores deve ser muito mais
ampla e atingir o que chamamos de 4 P’s da indústria gráfica, projeto
gráfico, pré impressão, impressão (printing) e pós-impressão.
CORES
Diferenças de captação/ reprodução da cor: uma máquina fotográfica capta a luz, o monitor a impressora apenas reproduzem.
Em cada etapa, diminui a fidelidade da cor original, a capacidade de reproduzir a cor tal qual ela é.
Projeto gráfico
Nessa fase, a arte é desenvolvida, estudada. São escolhidas as cores,
fontes, imagens, determinados os materiais, de acordo com o público-alvo
ou objetivo almejado. Aqui começa o bom ou mal resultado da impressão,
de acordo com a qualidade dos arquivos, perfis de cor inseridos, como
eles foram visualizados - monitor calibrado ou não. Pode ser desenvolvido
na gráfica, ser preparado diretamente pelo cliente, agências de
publicidade e designers gráficos.
Pré impressão
Aqui os arquivos são verificados quanto às fontes, cores, qualidade de
imagem, erros de grafia, tamanhos, legibilidade, compatibilidade com
materiais (lonas, adesivos, chapas, etc), resolução.
Arquivos com baixa resolução não apresentam pontos nítidos, precisando
de ajustes ou de substituição. Aqui também ocorrem ajustes de perfis de
cor pelos softwares. Em boa parte dos bureaus não existe o setor de pré-
impressão, direcionando os arquivos diretamente para impressão.
Impressão (printing)
Processo de impressão propriamente dito. Depende da boa qualidade do
arquivo, das configurações de perfis de cor e densidade de acordo com
as mídias e sua utilização (Ex.adesivo com verniz, lona de luminoso, etc),
resolução de RIP, qualidade de ponto. Além dos detalhes da impressora:
alinhamento, correto ajuste de step, temperatura, estabilidade da máquina
e da tinta, além da fixação da mesma.
Pós-impressão
Etapa de acabamento do material impresso: aplicação de verniz ou laca,
refile, solda, aplicação em placas, veículos, paredes, estruturas.
Como é um processo de várias etapas, é importante a verificação em
cada fase, para evitar erros. A informação é fundamental.
07
 Disco de cores
cian+magenta= azul cian+amarelo= verde amarelo+magenta= vermelho

+ = + = + = Caso você ainda não esteja familiarizado com o ajuste dos

c 100 c 000 c 100 c 100 c 000 c 100 c 000 c 000 c 000
componentes de cor, tenha em mãos um diagrama do disco
m 000
y 000
m 100
y 000
m 100
y 000
m 000
y 000
m 100
y 100
m 100
y 100
m 000
y 100
m 100
y 000
m 100
y 100
de cores padrão ao trabalhar com equilíbrio de cores. É
k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000
possível utilizar o disco de cores para prever como a
alteração em um componente de cor afeta as outras cores
e como as alterações são convertidas entre modelos de
+ = + = + = cores RGB e CMYK.
c 100 c 000 c 050 c 100 c 100 c 100 c 100 c 000 c 050
m 000 m 100 m 050 m 100 m 000 m 050 m 100 m 100 m 100
y 100 y 100 y 100 y 000 y 100 y 050 y 000 y 100 y 050
LHO AMA
k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 E RE
RM

LO
VE
+ = + = + =

GENTA

VERDE
c 100 c 000 c 050 c 000 c 000 c 000 c 000 c 000 c 000
m 000 m 100 m 050 m 100 m 000 m 050 m 000 m 000 m 000
y 000 y 100 y 050 y 100 y 100 y 100 y 000 y 000 y 000
k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 000 k 100 k 050

MA
+ luminosidade -
CI
UL AN
AZ

Por exemplo, é possível diminuir a intensidade de qualquer

cor em uma imagem aumentando a intensidade de seu
oposto no disco de cores e vice-versa. As cores que estão
em posições opostas entre si no disco de cores padrão são
conhecidas como cores complementares. Da mesma
forma, é possível aumentar e diminuir uma cor ajustando as
duas cores adjacentes no disco ou até mesmo ajustando as
duas cores adjacentes à cor oposta.
Em uma imagem CMYK, é possível reduzir a cor magenta
reduzindo a quantidade dessa cor ou aumentando o seu
complemento, a cor verde (a cor no lado oposto ao
magenta no disco de cores). Em uma imagem RGB, pode-
se reduzir a cor magenta removendo vermelho e azul ou
adicionando verde. Todos esses ajustes resultam em um
equilíbrio de cores geral com menos magenta.
CORES 08
 Alguns exemplos de configuração de cor:
Quando o arquivo é gerado em um programa, seja Corel Draw,
Photoshop, Ilustrator, ele recebe as leituras de cores dos perfis ICC
desses programas. Existe um perfil para cada canal: RGB, CMYK, Gray Corel Draw - praticamente o software mais popular para desenho e criação de artes.
(cinza). Levando em conta que esses perfis carregam informações sobre No Corel Draw, até a
a formação das cores, se configurarmos todos os programas com a versão X4,
mesma ‘linguagem’ de cor, poderemos conseguir um melhor resultado basicamente o
nas impressões. gerenciamento de cor
Um detalhe que vale a pena salientar é sobre a diferença entre RGB e vinha configurado
CMYK nas impressões. como ‘Configuração
Lembrando que as cores são frequências luminosas, quando uma Padrão’, sendo
imagem é capturada por uma máquina fotográfica, ela capta a luz e preciso ajustar a
converte em RGB. Assim, arquivos de fotos chegam com essa linguagem distribuição das setas
de cor. para um melhor
Normalmente, os programas de RIP interpretam bem o RGB, tendo como desempenho. Nesse
resultado uma grande variedade de cores, em todos os tons. Mas é modo padrão,
importante verificar as áreas escuras, onde há mais cor preta. Na imagens RGB
composição Red-Green-Blue, o preto é ausência de luz. Quando a apresentam-se quase
imagem RGB chega no programa de RIP, as àreas de preto são sem cor quando
compostas com as quatro cores CMYK. Desse modo, podem ficar mais impressas,
escuras, sobrecarregadas. Mesmo diminuindo a carga de tinta preta, é precisando antes
difícil corrigir o excesso. convertê-las para
Para converter a imagem RGB em CMYK, os programas utilizam, além CMYK.
dos perfis ICC próprios, um ítem chamado ‘Ferramenta de Cor’. Essa
ferramenta edita a conversão de cor. Esses ajustes podem ser salvos.
Um dos programas mais populares de desenho, o Corel Draw, em suas Clicando em
versões X5 e X6 necessita de ajustes de configuração de cor e de configurações, pode-
mecanismo de cor para que a impressão de arquivos RGB apresente um se escolher
bom resultado, sem sobrecarregar ou distorcer as cores. ‘otimizado para saída
Gamut de cores: O universo de cores profissional’, com
das imagens que você vê na tela é
diferente do universo de cores de uma
esse ajuste, muda a
impressora, por exemplo, que usa o disposição das setas,
modo CMYK, combinando as quatro redirecionando os
tintas/ cores que são usadas pelas perfis de cor. Para
impressoras (Cyan, Magenta, Amarelo e
Preto) ou cores especiais (Pantone, por
cada canal, pode-se
exemplo) para formar as cores no papel. configurar um perfil
mais compatível para
Como os espaços de cor de cada um impressão:
destes modos são um pouco diferentes,
pode acontecer de uma cor que você vê
RGB: Adobe RGB
na tela ficar diferente ao ser impressa, 1998
pois, por exemplo, a combinação de CMYK: Iso Coated
RGB (Red, Green, Blue) consegue V2.
atingir cores mais luminosas que as
cores impressas em um papel.
(O pefil ISO precisa ser
adicionado no Corel, pois
Ao lado, Gamut com dois perfis ICC,
não faz parte da listagem
representando a abrangência de cada
original de perfis)
um.

CORES 09
 No Corel Draw, à partir da versão X5, o
gerenciamento de cor vem configurado
como ‘Finalidade Padrão da América do
Norte’. Os perfis precisam ser adequados
para melhor compatibilidade com a
impressora.
Um detalhe importante a observar é o
Mecanismo de Cor do Corel X5 e X6.
Em sua versão padrão, o mecanismo
atuante é o Microsoft ICM CMM. Quando
uma imagem está em RGB e é exportada
em CMYK, convertida para CMYK,
transformada em bitmap em CMYK,
exportada em PDF, as áreas de sombra
sobrecarregam, perdendo todos os
detalhes, e as cores apresentam um
pouco de saturação. Se o programa for
OFICIAL, possivelmente terá em suas
atualizações a correção para isso.

Corel Draw, versão X5 e X6,

Mecanismo de Cor Microsoft ICM
CMM.
Para acessar as configurações de cor:
no cabeçalho, Ferramentas/
Gerenciamento de Cor/ Configurações
padrão.

Detalhe das imagens, a da direita em

RGB, e a da esquerda em CMYK, após a
conversão.

CORES 10
 Para correção do mecanismo de cor, existe um plug-in que pode
ser instalado no computador: Adobe CMM.
A Adobe é a fabricante dos softwares Photoshop, Ilustrator, etc,
e comprou a patente do Corel Draw, desde a versão X5.
O plug-in Adobe CMM é um mecanismo de cor que pode ser
instalado no computador, e selecionado no Corel para corrigir a
sobrecarga do preto nas imagens RGB convertidas para CMYK.
Após ser instalado, abra o Corel, acesse no cabeçalho
Ferramentas/ Gerenciamento de Cor/ Configurações de
Gerenciamento de cores Padrão. Na aba ‘Mecanismo de Cor’,
selecione Adobe CMM.
NOTA: o Adobe CMM não é reconhecido na versão do Corel
Draw X6 64 Bits. Nesse caso, ou o arquivo em RGB é
exportado em RGB para o Photoshop, e convertido lá para
CMYK, ou é exportado em RGB diretamente para o RIP.

As configurações de cor
podem ser salvas.

Os perfis ICC são configurados no Gerenciamento de Cor:

RGB: Adobe RGB (1998)
CMYK: ISO Coated v2 (ECI)
Tons de Cinza: Gray Gamma 2.2
Mecanismo de cor: Adobe CMM
O perfil ISO já existe na listagem de perfis do Corel.

Detalhe das imagens, a da direita em RGB, e a da

esquerda em CMYK, após a conversão. Note-se que não
acontece a sobre-carga de preto nas áreas de sombra.

CORES 11
Photoshop
O software Adobe Photoshop é o mais utilizado para editoração de imagens,
oferecendo inúmeras ferramentas para criação e tratamento dos arquivos.
Para acessar as configurações de cor, selecione no cabeçalho Editar (Edit)/
Configurações de Cores (Collor Settings).
Indique os perfis:
RGB: Adobe RGB (1998 )
CMYK: ISO Coated v2 (ECI) - precisa ser adicionado
Cinza: Gray Gamma 2.2
As configurações também podem ser salvas.

CORES 12
COLORPRINT
O Colorprint é um software específico para interpretar e gerenciar
arquivos, tais como JPG, Tif, PDF, reticulando-as (definindo tipo de
ponto), possibilitando a separação das cores para cada cabeça de
impressão, além de trabalhar com
a formação e reprodução das
cores, esse processo chama-se
RIP (Raster Image Processor).
No Colorprint, existem vários
ajustes para o processamento
de um arquivo, o que
influenciará a quantidade de
pontos - resolução (DPI),
intensidade de cores,
quantidade de passadas. Cada
mídia tem um nível de absorção
ou aceitação da tinta, sendo
preciso ajustar a carga de tinta
de acordo com o material e as
condições de RIP - resolução e
formação de pontos.
Para definir a carga de tinta para
uma mídia, selecione no
cabeçalho Edit\ Profile\ Creat
Profile\ New. Nomeie como será
seu novo perfil de densidade
(ACC) - Ex: 900x600_lona 3M.
Selecione a impressão de
Density e Ink Limit.
CORES
Imprima os dois testes, e
analise os limites de absorção
e intensidade da tinta no
material, observando onde as
cores atingiram boa cobertura,
sem apresentar excesso -
saturação.
Definidos os limites de tinta, indique as
porcentagens na aba Ink Limit. Nessa
área são definidas as máximas das cores.
Na aba Tune são apresentadas curvas
dos tons. Aqui são ajustadas as variações
de meio-tom, ou seja: em uma foto de
rosto, as áreas de pele são formadas por
porcentagens pequenas de cor, áreas
com 5, 10, 15 % de tinta. Por exemplo:
um rosto ‘avermelhado’ pode estar com
excesso de magenta no meio-tom, esse
excesso pode ser ajustado na curva,
obtendo uma imagem mais equilibrada.
As definições de cores também
influenciarão a formação das cores. Para
melhor reprodução das cores, aqui
também podem ser configurados os
perfis:
RGB : Adobe RGB 1998
CMYK: ISO Coated_v2_eci
Cinza: Gray Gamma 2.2
13
 Referências Bibliográficas
Pré-impressão - Tratamento de Imagens - Gerenciamento de Cores
Escola SENAI ‘Theobaldo de Nigris’ - SENAI-SP, 2002

Impressão Digital: novos conceitos na indústria gráfica e novos desafios

para os designers
Benedito Possamai, Especialista em Design, SATC/UFSC

Manual do CorelDRAW® Graphics Suite X6

Copyright © 2012 Corel Corporation

Manual do ADOBE® PHOTOSHOP® Cs5

© 2010 Adobe Systems Incorporated and its licensors

Curso de Gerenciamento de Cores da Coralis - 2006

www.coralis.com.br

Gerenciamento de Cores - Site We Are Pix

http://wearepix.com/?p=3634

Gerenciamento de Cores - Color Pixel

colorpixel.com.br/wp/artigos/gerenciamento-de-cores

Cartilha de Provas Digitais - Versão, 2009. Em conformidade com a

norma ABNT NBR ISO 12647-7
Comissão de Estudo de Gerenciamento de Cores do Organismo de Normalização
Setorial de Tecnologia Gráfica (ONS-27).

CORES 14