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Língua Portuguesa
Tipologia Textual
Quando escrevemos um texto, o tema é o principal elemento que devemos considerar, além de
cuidarmos para que ele atinja o público a que se destina.
O texto pode ser classificado em literário, quando expressa a opinião pessoal do autor. Nesse
texto, haverá predominância de figuras e de subjetivismo. Como exemplo de texto literário, que pode
ser construído em prosa e verso, podemos citar o romance, o conto, a poesia. O texto não-literário se
preocupa em transmitir a mensagem de forma clara e objetiva, como uma notícia de jornal ou uma bula
de medicamento.
Nosso texto sempre conterá informações agrupadas na nossa mente: a leitura de livros e revistas,
peças teatrais e filmes assistidos, enfim, todo o material que recolhemos durante nossa vida. Ao redigir
um texto, o autor expõe seu ponto de vista a respeito de um assunto. Sendo assim, toda e qualquer
afirmação feita por ele traduzirá sua opinião, desnecessário será explicitar que se trata de uma opinião
dele.
Como as informações são muitas, devemos usar dois processos fundamentais na construção do
texto: análise e síntese. Na análise, o todo é dividido em partes para que possamos melhor
compreendê-lo. Também são classificadas as idéias principais e secundárias e, para isso, devemos
conhecer as estruturas sintáticas, o vocabulário e o conteúdo do tema escolhido. A síntese destina-se a
reduzir o texto, retirar as idéias secundárias. Análise e síntese se complementam.
Existem três tipos de texto em prosa: o narrativo - seqüência de fatos; o descritivo - seqüência de
aspectos e o dissertativo. O texto dissertativo pode ser argumentativo - seqüência de opiniões
(argumentação); expositivo - seqüência de informações didáticas (verbete de dicionário).
Descrição: O texto descritivo pode estar presente em qualquer tipo de texto. Não há texto totalmente
descritivo ou totalmente narrativo; as palavras carregam uma grande carga descritiva.
A descrição é um tipo de redação centrada no objeto e requer observação cuidadosa. Organiza-se
através de três aspectos: identificação (dar existência a um ser), localização (situar esse ser no espaço e
no tempo) e qualificação (determinar, qualificar esse ser de acordo com a perspectiva do narrador).
Há três as técnicas descritivas: pictórica (observador e objeto estão parados), topográfica (objeto
imóvel e observador em movimento) e cinematográfica (objeto e observador em movimento).
A Narração envolve:
Quem? Personagem;
Quê? Fatos, enredo;
Quando? A época em que ocorreram os acontecimentos;
Onde? O lugar da ocorrência;
Como? O modo como se desenvolveram os acontecimentos;
Por quê? A causa dos acontecimentos.
Intertextualidade: é um diálogo entre textos, entendendo-se com tais os escritos, os orais e os visuais
(as artes plásticas e o cinema). A intertextualidade implica extenso conhecimento de mundo, condição
necessária para que haja completa interação entre o autor e o receptor. Nesses textos, são inúmeras as
referências, como a provérbios, frases bíblicas, trechos de obras.
A Mona Lisa, obra de Leonardo da Vinci foi intertextualizada pelos pintores Marcel Duchamp e
Fernando Botero e até mesmo numa propaganda publicitária.
No slogan de uma revista brasileira lê-se: “Dize-me o que lês e dir-te-ei quem és”. Destinada
principalmente a um público de classe sociocultural elevada, o produtor espera que os leitores
reconheçam a frase da Bíblia (“Dize-me com quem andas e dir-te-ei quem és”) e, assim, adquirir a
confiança do leitor.