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Publicado em 03/03/2020

Atualizado em 12/03/2020

Coronavírus (COVID-19)
Informações para profissionais da APS

Sumário
- Introdução - Casos graves ou com comorbidades
- Definições de casos - Casos leves sem complicações
- Orientações para cuidados no domicílio
- Investigação de contatos
- Medidas de prevenção para profissionais da saúde
- Notificação - Medidas de prevenção populacional
- Coleta de material - Medidas de isolamento e quarentena
- Manejo - Definições

Introdução

Os coronavírus são uma grande família de vírus que causam infecções que va-
riam do resfriado comum a doenças mais graves, como a Síndrome Respiratória
do Oriente Médio (MERS) e a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS).
Um novo coronavírus (COVID-19), não identificado anteriormente em hu-
manos, foi descoberto no final de dezembro de 2019 em Wuhan, China. Desde
então, as autoridades competentes estão em constante esforço para descobrir e
compreender o comportamento do vírus, possibilitando uma resposta adequada
para a prevenção e o tratamento.
Definições de casos

As definições de caso são baseadas nas informações atuais disponíveis e po-


dem ser revisadas à medida que novas informações forem acumuladas. Os paí-
ses podem precisar adaptar as definições de casos, dependendo de sua própria
situação epidemiológica.

No Brasil, são considerados casos suspeitos de infecção pelo novo corona-


vírus:

Quadro 1 - Critérios para definição de caso de Novo Coronavírus (COVID-19).

Caso Suspeito

Situação 1 - VIAJANTE: Pessoa que apresente febre* E pelo menos um sinal ou sintoma
respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro, congestão nasal ou
conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação de O2 < 95%,
cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E com histórico de
viagem internacional para qualquer país nos últimos 14 dias;

OU

Situação 2 - CONTATO PRÓXIMO**: Pessoa que apresente febre* OU pelo menos


um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de escarro,
congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza, saturação
de O2 <95%, cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia) E histórico
de contato com caso suspeito ou confirmado para COVID-19, nos últimos 14 dias.

Caso Provável

Situação 3 - CONTATO DOMICILIAR***: Pessoa que manteve contato domiciliar com


caso confirmado por COVID-19 nos últimos 14 dias E que apresente febre* OU pelo
menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, produção de
escarro, congestão nasal ou conjuntival, dificuldade para deglutir, dor de garganta, coriza,
saturação de O2 < 95%, cianose, batimento de asa de nariz, tiragem intercostal e dispneia).

Nesta situação é importante observar a presença de outros sinais e sintomas como: fadiga, mialgia/artralgia, dor de
cabeça, calafrios, manchas vermelhas pelo corpo, gânglios linfáticos aumentados, diarreia, náusea, vômito, desidrata-
ção e inapetência.
Caso Confirmado

LABORATORIAL: Caso suspeito ou provável com resultado positivo em RT-PCR em


tempo real, pelo protocolo Charité.

CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICO: Caso suspeito ou provável com histórico de contato


próximo** ou domiciliar*** com caso confirmado laboratorialmente por COVID-19, que
apresente febre OU pelo menos um dos sinais ou sintomas respiratórios, nos últimos
14 dias após o contato, e para o qual não foi possível realizar a investigação laboratorial
específica.

*Febre: Considera-se febre aquela acima de 37,8° C. Pode não estar presente em alguns casos como, por exemplo, em
pacientes jovens, idosos, imunossuprimidos ou que tenham utilizado medicamento antitérmico. Nestas situações, a
avaliação clínica deve ser levada em consideração e a decisão deve ser registrada na ficha de notificação.

**Contato próximo de caso suspeito ou confirmado é definido como:


- pessoa que teve contato físico direto (por exemplo, apertando as mãos);
- pessoa que tenha contato direto desprotegido com secreções infecciosas (por exemplo, tosse, tocar
tecidos de papel usados com a mão desprotegida);
- pessoa que teve contato frente a frente por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros;
- pessoa que esteve em um ambiente fechado (por exemplo, sala de aula, sala de reunião, sala de espera
do hospital etc.) por 15 minutos ou mais e a uma distância inferior a 2 metros;
- profissional de saúde ou outra pessoa que cuida diretamente de um caso COVID-19 ou trabalhadores
de laboratório que manipulam amostras de um caso COVID-19 sem equipamento de proteção individu-
al recomendado (EPI) ou com uma possível violação do EPI;
- passageiro de aeronave sentado no raio de dois assentos (em qualquer direção) de um caso confirmado
de COVID-19, seus acompanhantes ou cuidadores e os tripulantes que trabalharam na seção da aero-
nave em que o caso estava sentado.
*** Contato domiciliar de casos suspeito ou confirmado é definido como:
- pessoa que reside na mesma casa/ambiente. Devem ser considerados os residentes da mesma casa,
colegas de dormitório, creche, alojamento.

A avaliação do grau de exposição do contato deve ser individualizada, considerando-se, o ambiente e o tempo
de exposição.

Fonte: Boletim epidemiológico 04, Ministério da Saúde (2020).


Figura 1 - Definições de casos operacionais para COVID-19

Fonte: Boletim epidemiológico 04, Ministério da Saúde (2020).

Quando identificada qualquer uma dessas situações, a pessoa com suspeita deve
passar a utilizar máscara cirúrgica e ser conduzida para sala privativa ou com menor
circulação de pessoas possível, além de manter a porta fechada e o ambiente ventilado.

Notificação

O profissional deve comunicar imediatamente o caso suspeito à Secretaria


Municipal de Saúde/Vigilância Epidemiológica para orientações sobre o início
das ações de controle e investigação. A SMS deve notificar imediatamente todos
os casos suspeitos ao CIEVS Nacional, por meio do link http://bit.ly/2019-ncov, do
e-mail notifica@saude.gov.br ou do Disque Notifica - 0800 644 6645. Caso a equi-
pe da APS não consiga contato rápido com a vigilância municipal, deverá entrar
em contato diretamente com CIEVS Nacional por um dos canais citados.
Coleta de material

Para casos suspeitos ou prováveis, a realização de coleta de amostra respi-


ratória por meio de swabs nasal e oral (em atenção básica, atenção ambulatorial
especializada e atenção hospitalar) ou secreção por aspirado da nasofaringe
(atenção ambulatorial especializada e atenção hospitalar) deve ser realizada pelo
médico, equipe de enfermagem ou laboratório, seguindo as orientações técnicas
do LACEN e da Vigilância Epidemiológica/SMS de cada município. A amostra
clínica deverá ser coletada preferencialmente até o 3° dia após o início dos sinto-
mas e, no máximo, até 7 dias após o início dos sintomas, independente de utiliza-
ção de medicação ou vacinação prévias.
A fim de identificar a transmissão comunitária no Brasil, os testes para coro-
navírus serão ampliados para as seguintes situações, nas cidades que já possuem
um caso confirmado de COVID-19:
- Síndrome Gripal: amostras negativas para outros vírus gripais serão testadas
nas 163 unidades de saúde (postos de saúde, UPA, hospitais) que integram a
rede sentinela de síndrome gripal para SARS-COV2, independente do históri-
co de viagem internacional.
- Síndrome respiratória aguda grave (SRAG): todas as amostras serão testadas
para SARS-COV2 independente do histórico de viagem internacional.

Pessoas assintomáticas NÃO têm indicação de testagem para coronavírus.

Manejo

As medidas terapêuticas para o indivíduo visam o controle dos sintomas, a


manutenção das funções vitais e o tratamento de complicações. Durante o perío-
do de acompanhamento do paciente é essencial manter as medidas de precaução
para limitar a disseminação do vírus.
O local preferencial para atendimento dos casos de coronavírus é na Atenção
Primária à Saúde, onde até 90% dos casos podem ser atendidos e resolvidos.

Casos graves ou com comorbidades

Os casos graves devem ser avaliados e encaminhados a um Hospital de Refe-


rência para isolamento e tratamento, conforme os critérios abaixo:
Quadro 2 - Critérios de gravidade.

Pneumonia grave em adultos e adolescentes:

- taquipnéia (frequência respiratória acima de 30 mpm);


- dispneia ou esforço respiratório;
- saturação O2 abaixo de 90% em ar ambiente.
Pneumonia grave em crianças:

- taquipnéia (frequência respiratória: ≥ 60 mpm se < 2 meses; ≥ 50 mpm se 2 a 11 meses; ≥ 40


mpm se 1 a 5 anos)
- cianose central;
- saturação de O2 abaixo de 90%;
- sibilância ou estridor em repouso;
- esforço respiratório (tiragem intercostal, uso de musculatura acessória);
- incapacidade ou recusa de ingerir líquidos ou mamar (lactentes);
- letargia, perda de consciência ou convulsões.

Outros sinais/sintomas de gravidade:

- febre alta e persistente;


- agravamento dos sinais ou sintomas respiratórios;
- vômitos incoercíveis;
- desidratação (decorrentes de náusea/vômitos ou diarreia);
- sinais de instabilidade hemodinâmica/disfunção orgânica (taquicardia, hipotensão, má perfu-
são periférica, diminuição de pulso periférico, redução do volume urinário)
- alteração do sensório, como agitação/irritabilidade, rebaixamento do nível de consciência,
letargia, convulsões.

Fonte: TelessaúdeRS-UFRGS (2020), adaptado de Ministério da Saúde (2020).

Pessoas com doença pulmonar ou cardíaca, doença renal crônica, principalmente se


mal controladas, ou com imunossupressão têm maior risco de desenvolver complica-
ções e devem ser avaliadas quanto a necessidade de hospitalização.

Apesar de não ser obrigatório para o manejo, achados radiológicos de gravida-


de incluem acometimento por opacidades bilaterais > 50% dos campos pulmona-
res em imagens realizadas entre 24 a 48 horas do início dos sintomas.
Para saber quais os hospitais públicos de referência em cada estado acesse
o link https://www.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/46257-mapa-hospitais-re-
ferencia-novo-coronavirus. A equipe deve certificar-se de que as informações do
caso foram repassadas oportunamente para a unidade de referência para a qual a
pessoa for encaminhada.

Casos leves sem complicações

Os casos leves podem ser acompanhados pela Atenção Primária em Saúde


(APS) de acordo com os fluxos locais e estaduais, desde que seja possível manter as
medidas de precaução, isolamento domiciliar e atenção a sinais de complicações.
Os candidatos a permanecer em acompanhamento domiciliar são pacientes
com febre baixa, tosse, mal-estar, rinorreia ou dor de garganta e sem qualquer um
dos sintomas abaixo:
- dispneia ou esforço respiratório;
- tosse com escarro ou hemoptise;
- náuseas, vômitos, diarréia;
- alterações do estado mental.

Conforme avaliação clínica e comorbidades, poderá ser solicitado raio-x de


tórax, hemograma, avaliação da função renal, PCR e outros exames laboratoriais,
antes de serem dispensados para o domicílio.

Orientações para cuidados no domicílio

Os pacientes que forem monitorados em domicílio deverão receber orienta-


ções de controle de infecção, prevenção de transmissão para contatos, avaliação
da capacidade de seguir as medidas de precaução domiciliar e sinais de alerta
para possíveis complicações. Deve ser disponibilizado um acesso por meio de
comunicação rápida para eventuais dúvidas ou comunicados. A presença de
qualquer sinal de alerta deverá determinar retorno e hospitalização imediata do
paciente.

Veja as recomendações para isolamento domiciliar no site do TelessaúdeRS-UFRGS.

Os casos suspeitos ou confirmados que tenham condições de acompanha-


mento domiciliar também devem receber atestado médico para manter medidas
de isolamento por pelo menos 14 dias após o início dos sintomas. O CID-10 de
U07.1 - Infecção pelo novo Coronavírus (2019-nCov) pode ser utilizado, se auto-
rizado pelo paciente.

Investigação de contatos

Identificar todas as pessoas que tiveram ou têm contato próximo com caso sus-
peito ou confirmado e apoiar a equipe da vigilância na realização de busca ativa.
As pessoas identificadas como contatos próximos (familiares, colegas de tra-
balho, entre outros, conforme investigação) devem ter seus sintomas monitora-
dos por 14 dias após o último dia de contato. Avaliar se as medidas de isolamento
domiciliar do caso suspeito ou confirmado estão sendo seguidas. Caso os contatos
desenvolvam sinais e sintomas, devem procurar o serviço de saúde para avaliação
e investigação.
Medidas de prevenção para profissionais da saúde

Por se tratar de uma doença de contágio pessoa a pessoa e por via respirató-
ria, os profissionais de saúde envolvidos nos cuidados desses pacientes devem
tomar precauções específicas para proteção pessoal e também para não servirem
de vetores de propagação da doença. As recomendações de prevenção de conta-
to são:

- Lavar as mãos com frequência. Seguir os cinco momentos de higienização das mãos: I) antes
de contato com a pessoa suspeita de infecção pelo novo coronavírus; II) antes da realização
de procedimentos; III) após risco de exposição a fluidos biológicos; IV) após contato com a
pessoa suspeita; e V) após contato com áreas próximas à pessoa suspeita.
- Máscara N95/PFF2, se disponível, ou máscara cirúrgica devem ser utilizadas para evitar a
contaminação da boca e nariz do profissional por gotículas respiratórias, quando o mesmo
atuar a uma distância inferior a 1 metro do paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo
novo coronavírus (COVID-19).
- Limitar procedimentos indutores de aerossóis. Quando necessário, utilizar máscara de prote-
ção respiratória do tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3.
- Utilizar luvas de procedimento, avental e protetor ocular ou protetor de face quando houver
risco de contato das mãos do profissional com sangue, fluidos corporais, secreções, excre-
ções, mucosas, pele não íntegra e artigos ou equipamentos contaminados. O uso de luvas não
substitui a higiene das mãos.
- Manter ambientes limpos e arejados. Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com
frequência.

Medidas de prevenção populacional

É fundamental educar todos os usuários, mas em especial os pacientes


suspeitos, para:

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos. Usar um
desinfetante para as mãos à base de álcool que contenha pelo menos 60% de álcool, se sabão
e água não estiverem disponíveis.
- Cobrir a boca e o nariz com lenço descartável, quando não disponível usar as mangas superio-
res da roupa ou o cotovelo flexionado ao tossir ou espirrar.
- Evitar cuspir em público.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo e desprotegido com qualquer pessoa apresentando sinais ou sinto-
mas de gripe ou resfriado.
- Manter os ambientes bem ventilados.

Atenção! Pessoas assintomáticas não necessitam usar máscaras para circulação em


ambiente de trabalho ou espaços públicos. O uso indiscriminado e sem critério de
máscaras cirúrgicas afeta o abastecimento desse material que, faltando nos serviços de
saúde, poderá aumentar a transmissão do vírus.
Medidas de isolamento e quarentena:

• Caso confirmado: o doente e seus contatos domiciliares devem permane-


cer em isolamento domiciliar por 14 dias. A determinação da medida de
isolamento por prescrição médica ou por determinação do agente de vigi-
lância epidemiológica deverá ser acompanhada do termo de notificação do
paciente, conforme modelo estabelecido nos Anexo I e II.

• Caso suspeito ou provável: o doente deve permanecer em isolamento


domiciliar por 14 dias. O isolamento poderá ser suspenso se o diagnóstico
laboratorial for negativo para o SARSCOV-2. A determinação da medida
de isolamento por prescrição médica ou por determinação do agente de
vigilância epidemiológica deverá ser acompanhada do termo de notifica-
ção do paciente, conforme modelo estabelecido nos Anexo I e II. Será con-
siderado falta justificada ao serviço público ou à atividade laboral privada
o período de ausência decorrente das medidas previstas neste artigo.

• Pessoa sintomática respiratória (sem critério para caso suspeito ou


provável de coronavírus): Pessoas sintomáticas não devem ir ao seu local
de trabalho ou estudo. Para repouso em domicílio, é necessário atestado
médico enquanto durarem os sintomas. Nos casos leves onde não seja ne-
cessário repouso, a possibilidade de teletrabalho poderá ser considerada,
conforme acordo entre empregado e empregador.

• Pessoa assintomática: Pessoas assintomáticas não têm necessidade de


isolamento domiciliar (exceto se forem contatos domiciliares de caso con-
firmado), mesmo que tenham histórico de viagem internacional ou sejam
contato próximo de caso suspeito ou provável de coronavírus. No entanto,
a possibilidade de teletrabalho poderá ser considerada conforme acordo
entre empregado e empregador após retorno de viagens internacionais e
em cidades que confirmem transmissão comunitária.

Em caso de recusa ou descumprimento ao isolamento ou quarentena: O des-


cumprimento das medidas previstas de isolamento e quarentena acarretará a res-
ponsabilização nos termos previstos em lei. Caberá médico ou agente de vigilância
epidemiológica informar à autoridade policial e Ministério Público sobre o des-
cumprimento da medida.

Veja as orientações sobre como realizar o isolamento domiciliar aqui.


Definições:

• Isolamento: A medida de isolamento objetiva a separação de pessoas


sintomáticas ou assintomáticas, em investigação clínica e laboratorial, de
maneira a evitar a propagação da infecção e transmissão local. A medida
de isolamento somente poderá ser determinada por prescrição médica ou
por recomendação do agente de vigilância epidemiológica, por um prazo
máximo de 14 (quatorze) dias, podendo se estender por até igual período,
conforme resultado laboratorial que comprove o risco de transmissão.
Nas unidades da federação em que não houver agente de vigilância epide-
miológica, a medida será adotada pelo Secretário de Saúde da respectiva
unidade.

• Quarentena: restrição de atividades ou separação de pessoas suspeitas


de contaminação das pessoas que não estejam doentes, ou de bagagens,
contêineres, animais, meios de transporte ou mercadorias suspeitos de
contaminação, de maneira a evitar a possível contaminação ou a propaga-
ção do coronavírus. A medida de quarentena será determinada mediante
ato administrativo formal e devidamente motivado e deverá ser editada
por Secretário de Saúde do Estado, do Município, do Distrito Federal
ou Ministro de Estado da Saúde ou superiores em cada nível de gestão,
publicada no Diário Oficial e amplamente divulgada pelos meios de co-
municação. A medida de quarentena será adotada pelo prazo de até 40
(quarenta) dias, podendo se estender pelo tempo necessário para reduzir
a transmissão comunitária e garantir a manutenção dos serviços de saúde
no território.

• Caso importado: pessoas que se infectaram em outro país.

• Transmissão local: Identificação de caso suspeito ou confirmado em que


a fonte de infecção seja conhecida OU até a 4a geração de transmissão
(Figura 2).

• Transmissão comunitária: Incapacidade de relacionar casos confirmados


através de cadeias de transmissão para um grande número de casos OU
pelo aumento de testes positivos através de amostras sentinela (testes
sistemáticos de rotina de amostras respiratórias de laboratórios estabele-
cidos).
Figura 2. Transmissão local e transmissão comunitária.

Fonte: Centro de Operações de Emergências (2020).


Referências
Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Depar-
tamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência. Protocolo de tratamento
do Novo coronavírus (2019-nCoV). Brasília, DF; 2020 [citado em 5 Mar 2020].
Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/fevereiro/05/
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Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Centro de Opera-


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Ministério da Saúde (Brasil). Plataforma Integrada de Vigilância em Saúde. Noti-


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Ministério da Saúde (Brasil). Tudo o que você precisa saber sobre o novo corona-
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2020]. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/image?imageKey=ID%-
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42 f. Disponível em: https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/202003/04170045-pla-
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Rio Grande do Sul (Brasil). Secretaria da Saúde. Centro Estadual de Vigilância em


Saúde. Plano de Contingência e Ação Estadual do Rio Grande do Sul para Infecção
Humana COVID-19. Porto Alegre; 2020 Fev 21 [citado em 5 Mar 2020]. Versão 5,
37 f. Disponível em: https://saude.rs.gov.br/upload/arquivos/202002/21152837-pla-
no-de-acao-corona-2020-rs-versao-5-2102.pdf.

Rio Grande do Norte. Secretaria de Estado da Saúde Pública. Protocolo clínico para
manejo de pacientes com 2019-nCoV (casos suspeitos/confirmados). Natal; [atua-
lizado em 30 Jan 2020, citado em 5 Mar 2020]. Disponível em: http://www.adcon.
rn.gov.br/ACERVO/sesap/DOC/DOC000000000223655.PDF.

Ministério da Saúde (Brasil). Secretaria de Vigilância em Saúde. Novo coronavírus


(2019-nCoV). Boletim Epidemiológico, Brasília, DF, 2020 Jan [citado em 5 Mar
2020];51(4):1-17. Disponível em: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/
pdf/2020/janeiro/23/Boletim_epidemiologico_SVS_04.pdf

World Healthe Organization -. Home care for patients with suspected novel co-
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Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul, Prefeitura de


Porto Alegre (Rio Grande do Sul). Secretaria da Saúde. Nota Conjunta [sobre CO-
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lproweb.procempa.com.br/pmpa/prefpoa/cs/usu_doc/nota-cremers.pdf.
ANEXOS

ANEXO I

NOTIFICAÇÃO DE ISOLAMENTO OU QUARENTENA


Eu, __________________________________________, RG nº ___________________, CPF
nº ___________________declaro que fui devidamente informado(a) pelo médico(a)
Dr.(a) __________________________________sobre a necessidade de _____________________
(isolamento ou quarentena) a que devo ser submetido, com data de início
_______________, previsão de término__________, local de cumprimento da medi-
da_____________ ,bem como as possíveis consequências da sua não realização.
Paciente Responsável
Nome: ____________ Grau de Parentesco: ______________
Assinatura: ____________________________ Identidade Nº: ___________
Data: ______/______/______ Hora: ______: ________
Deve ser preenchido pelo médico
Expliquei o funcionamento da medida de saúde pública a que o paciente acima
referido está
sujeito, ao próprio paciente e/ou seu responsável, sobre riscos do não aten-
dimento da medida, tendo respondido às perguntas formuladas pelos mesmos.
De acordo com o meu entendimento, o paciente e/ou seu responsável, está em
condições de compreender o que lhes foi informado. Deverão ser seguidas as
seguintes orientações:
_______________________________________________________________
Nome do médico: _______________________________
Assinatura_________________________
CRM _____________
ANEXO II

NOTIFICAÇÃO DE ISOLAMENTO
O(A) Senhor(a) está sendo notificado sobre a necessidade de adoção de
medida sanitária de isolamento. Essa medida é necessária, pois visa a prevenir a
dispersão do vírus Covid-19.
Data de início:
Previsão de término:
Fundamentação:
Local de cumprimento da medida (domicílio):
Local: ____________________ Data: ______/______/______ Hora: ______: ________
Nome do profissional da vigilância epidemiológica:
_______________________________
Assinatura_________________________ Matrícula: _____________
Eu, __________________________________________, documento de identidade ou pas-
saporte ___________________declaro que fui devidamente informado(a) pelo agente
da vigilância epidemiológica acima identificado sobre a necessidade de isolamen-
to a que devo ser submetido, bem como as possíveis consequências da sua não
realização.
Local: ____________________ Data: ______/______/______ Hora: ______: ________
Assinatura da pessoa notificada: _____________________________________
Ou
Nome e assinatura do responsável legal: _______________________________

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