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Trab Adesivos
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Juntas Adesivas
Para fins comparativos, fez-se previsões das forças de rotura segundo o modelo
de Volkersen, o critério de cedência generalizada do adesivo e segundo o critério
de cedência do substrato.
2. Experimento realizado
Para o preparo do adesivo frágil, utilizamos uma combinação entre uma Resina e
um endurecedor, na proporção de 100 para 40 partes. A mistura é realizada
através do processo de centrifugação à 2500 rpm, por 1 minuto, para obter uma
mistura homogênea. Já o adesivo dúctil é composto por um poliuretano de 2
componentes, no qual a mistura ocorre dentro do próprio tubo no momento da
aplicação.
(a) (b)
Figura 2 – Adesivo Frágil (Resina + Endurecedor) (a) e Adesivo Dúctil (b) utilizados no experimento
Para aplicar os adesivos nos substratos, optamos por uma forma que evitasse o
acúmulo de ar durante a colagem. Depois de aplicados, unimos os substratos
através da técnica do basculamento, aplicamos uma pressão fora da área de
colagem para retirar o excesso de adesivo e fechamos o molde.
(a) (b)
Figura 3– Substratos unidos com a técnica do basculamento após a aplicação dos adesivos (a)
Molde Fechado (b)
3. Análise Experimental
Resultados obtidos
O
adesivo frágil na junta de 50 mm de CS, rompeu em força de rotura muito menor se
comparado ao adesivo dúctil para o mesmo CS. Isso se dá devido à não capacidade de
deformação plástica que o adesivo frágil possui, apesar de possuir uma maior tensão de
cedência ao corte (τy = 32 MPa), o que o diferencia do adesivo dúctil.
Vale ressaltar que o aço duro não deforma plasticamente, e sendo o substrato um aço
duro de elevada resistência, consideramos que a rotura é controlada apenas pelos
adesivos e que não houve deformação plástica no substrato.
Análise das superfícies de rotura
Verificou-se que nos adesivos dúcteis, a rotura ocorreu de forma coesiva no adesivo, em
ambos os comprimentos de sobreposição, visto que em ambos os substratos, nas duas
variantes de CS, há adesivo remanescente. O que demonstra a boa preparação da
superfície que se traduziu em uma boa adesão entre o adesivo e o substrato.
Nos adesivos frágeis, a rotura ocorreu também de forma coesiva no adesivo junto à
interface, em ambos os comprimentos de sobreposição. Da mesma forma que ocorreu
nos adesivos dúcteis, há adesivo remanescente em ambos os substratos de cada provete,
só que no caso desse adesivo, observa-se que o adesivo se encontra distribuído de forma
semelhante em ambos os provetes e está presente em maior parte em um dos substratos
de cada par de substratos.
Figura 9- Rotura coesiva no adesivo frágil para um CS de 12.5 mm e 50 mm.
Modelo de Volkersen
τ λl
=
τ́ ϕ sinh ( λl )
[ ( ϕ−1 ) cosh ( λ ( l−x ) ) +cosh ( λx ) ] ; Equação 14
Sabe-se que :
P máx E1 t 1
τ́ = , Equação 1 ϕ= +1
bl E2t 2
G 1 1
λ=
√ t
∗
( +
E 1 t 1 E2 t 2 )
E
G a=
2 ( 1+ ϑ )
2,5 ×109
G a= =905,8 MPa
2 ( 1+ 0.38 )
905,8 ×106
λ=
√( 0,0002
∗
( 1
+
1
210× 10 ×0,002 210 ×10 9 × 0,002
9 ))
=146,86
20 ×106
146,86 ×0,0125
Pmáx ¿
2sinh ( 146,86 ×0,0125 )
[ ( 2−1 ) cosh ( 146,86 ( 0.0125−0 ) ) +cosh ( 0 ) ]
0,025 × 0,0125
Comprimento de sobreposição 50 mm
2,5 ×109
G a= =905,8 MPa
2 ( 1+ 0.38 )
905,8 ×106
λ=
√( 0,0002 (
∗
1
+
1
210× 10 ×0,002 210 ×10 9 × 0,002
9
=146,86
))
210× 109 × 0,002
ϕ= +71=2
210× 109 × 0,002
20 ×106
146,86 ×0,05
Pmáx ¿
2sinh ( 146,86 ×0,05 )
[ ( 2−1 ) cosh ( 146,86 ( 0.05−0 ) ) + cosh ( 0 ) ]
0,025 × 0,05
6
20× 10 × 0,025 ×0,05
Pmáx = =6800,4 N
3,676
4,59 ×10 9
G a= =1700 MPa
2 ( 1+ 0.35 )
1700 ×106
λ=
√( 0,0002
∗
( 1
+
1
210 × 10 × 0,002 210 ×109 ×0,002
9
=201,19
))
210× 109 × 0,002
ϕ= +71=2
210× 109 × 0,002
32× 106
201,19 ×0,0125
Pmáx ¿
2sinh ( 201,19 ×0,0125 )
[ ( 2−1 ) cosh ( 201,19 ( 0.0125−0 ) ) +cosh ( 0 ) ]
0,025 × 0,0125
32×10 6 × 0,025× 0,0125
Pmáx = =6762.61 N
1,47872
Comprimento de sobreposição 50 mm
4,59 ×10 9
G a= =1700 MPa
2 ( 1+ 0.35 )
1700 ×106
λ=
√( 0,0002 (
∗
1
9
+
1
9
210 × 10 × 0,002 210 ×10 ×0,002
=201,19
))
210× 109 × 0,002
ϕ= +71=2
210× 109 × 0,002
32× 106
201,19 ×0,05
Pmáx ¿
2sinh ( 201,19 ×0,05 )
[ ( 2−1 ) cosh ( 201,19 ( 0.05−0 ) ) +cosh ( 0 ) ]
0,025 × 0,05
Volkersen
Dúctil Frágil
CS (mm) 12,5 50 12,5 50
Pmáx(N) 4935,912 6800,871 6762,61 7951,97
Pmáx =τ y bl , Equação 15
Comprimento de sobreposição 50 mm
Comprimento de sobreposição 50 mm
Baseado na Equação 21, conseguimos obter a força máxima que o substrato pode
suportar, tendo em consideração os diferentes comprimentos de sobreposição.
σ y bt
Pmáx = , Equação 21
(1+3 k )
σ ybt
Pmáx = , Equação22
4
l
≤ 20 ; k ≈ 1
t
12,5
Logo, =6,25<20
2
Pmáx =σ y bt , Equação 23
l
≥ 20 ; k ≈ 0
t
50
Logo =25>20
2
Para fins comparativos, realizamos dois gráficos que relaciona as forças de rotura
previstas e os valores experimentais obtidos nos ensaios de tração.
Figura 12 - Gráfico comparativo entre valores teóricos e experimentais da força de rotura para o
adesivo frágil
6. Conclusão
Após a análise dos resultados obtidos e das previsões realizadas, concluímos que
devido à natureza do tipo de adesivo podemos indicar quais os critérios mais
adequados a cada caso.
Já para o adesivo dúctil, o modelo mais indicado para as previsões das forças de
rotura é o critério de cedência generalizada no adesivo. Visto que o critério foi
especificamente criado para adesivos dúcteis em que o todo o comprimento de
sobreposição se deforma plasticamente, é natural que os resultados
experimentais de ambos os comprimentos de sobreposição sejam bastante
próximos a aqueles previstos pelo critério.
Vale a pena notar que o modelo de Volkersen prevê resultados muito próximos
aos experimentais para o comprimento de sobreposição de 12,5 mm para o
adesivo dúctil. Podemos explicar este fenómeno devido ao facto de o
comprimento não ser grande o suficiente para que a rotura ocorra no regime
plástico.