Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 1
SUMARIO
I.5 - ESCAVAÇÕES
5.1 - Movimentos de terra
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 2
5.1.1 - Conceito de Escavações
5.1.2 - Escavações com escoramento
5.1.3 - Escavações co esgotamento Dágua
I.6 - FUNDAÇÕES
6.1 - Fundações Superficiais ou Rasas
6.1.1 - Fundações Isoladas
6.1.1.1 - Fundações de alvenaria de tijolos
6.1.1.2 - Alicerce Comum, com Pedra Argamassada, assente sobre Lastro de Concreto
6.1.1.3 - Fundação de Concreto Ciclópico
6.1.1.4 - Fundação de Concreto Armado
6.1.2 - Fundação Continua
6.1.3 - Fundações Profundas (Indireta)
6.1.3.1 - Estacas
6.1.3.1.1 - Tipos de Estacas
6.1.3.2 - Tubulões o Caixões
I.7 - ARGAMASSAS
7.1 - Definição
7.2 - Utilização
7.3 - Função
7.4 - Materiais Componentes
7.4.1 - Cimento
7.4.1.1 - Tipos de Cimentos
7.4.2 - Cal
7.4.2.1 - Cal Virgem
7.4.2.2 - Cal Hidratada
7.4.2.3 - Cal Liquida
7.4.3 - Areia
7.4.3.1 - Classificação da Areia
7.4.4 - Saibro
7.4.5 - Argila
7.4.6 - Pó de Pedra
7.4.7 - Água
7.5 - Argamassa quanto a Consitência (Dosagem)
7.5.1 - Argamassa Macia ou Gorda
7.5.2 - Argamassa Normal
7.5.3 - Argamassa Dura ou Magra
7.6 - Classificação das Argamassas
7.6.1 - Argamassa Simples
7.6.2 - Argamassa Composta
7.7 - Argamassa mais Utilizadas:
7.8 - Dimensionamento da quantidade de Materiais para Argamassa
7.8.1 - Cálculo da quantidade de materiais para 1,00 m 3 de Argamassa no Traço: 1 Cim.
x 3 Areia Grossa
7.8.2 - Quantidades de materiais para uma saca de Cimento de 50 Kg
7.8.3 - Cálculo das Padiolas
I.8 - CONTRAPISO
8.1 - Definição
8.2 - Tipos de Contrapiso
8.2.1 - Contra piso com base de Brita (Argamassada)
8.2.2 - Contrapiso com base de Concreto Magro
8.2.3 - Contrapiso com Laje de Concreto Armado
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 3
I.9 - IMPERMEABILIZAÇÃO
9.1 - Ação das Águas
9.2 - Problemas Causados
9.3 - Soluções
9.4 - Em que Consiste a Impermeabilização ?
9.5 - Tipos de Impermeabilização
9.5.1 - Impermeabilização de Massa ou por Colmagem
9.5.1.1 - Definição
9.5.1.2 - Objetivo
9.5.1.3 - Aditivos Usados
9.5.1.4 - Aplicação
9.5.2 - Impermeabilização de Superficie ou por Membrana
9.5.2.1 - Definição
9.5.2.2 - Principais caraccterísticas da Umidade
9.5.2.3 - Condiçoes para Aplicação
9.5.2.4 - Tipos de Impermeabilização por Membrana
9.5.2.4.1 - Impermeabilização Asfáltica
9.5.2.4.2 - Impermeabilização com Elastômeros
9.5.2.4.3 - Impermeabilização com Silicone
9.5.2.4.4 - Impermeabilização com Tintas
9.6 - Superficies a serem Impermeabilizadas
9.6.1 - Impermeabilização de Pisos
9.6.2 - Impermeabilização de Paredes
9.6.3 - Impermeabilização de Baldrame
9.6.4 - Impermeabilização de Caixas Dàgua
I.10 - ALVENARIA
10.1 - Definição
10.2 - Alvenaria de Tijolos
10.2.1 - Tipos de Tijolos
10.2.2 - Resistência a Compressão
10.2.3 - Vantagens
10.2.4 - Desvantagens
10.2.5 - Tipos de Paredes
10.2.6 - Escolha do Tipo de Parede
10.2.6.1 - Parede de Cutelo
10.2.6.2 - Parede Singela
10.2.6.3 - Parede de 3/4 de Tijolo
10.2.6.4 - Parede de 1 Tijolo
10.2.6.5 - Parede de 1 1/2 Tijolo
10.2.7 - Cantos e vista de frente das paredes de Tijolo Maciço
10.2.7.1 - Parede de Cutelo
10.2.7.2. - Parede Singela
10.2.7.3 - Parede de um Tijolo
10.2.8 - Cantos e vista de frente de parede de tijolo de 6 furos
10.2.8.1 - Paredes de 15 cm
10.2.8.2 - Paredes de 20 cm
10.2.9 - Assentamento dos Tijolos
10.2.9.1 - Argamassas Utilizadas
10.2.9.2 - Assentamento
10.2.10 - Tijolos a Vista
10.2.10.1 - Assentamentos de tijolos a aparente (vista)
10.2.11 - Cálculo do consumo de Tijolos e o Volume de Argamassa por M 2 de Parede
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 4
10.2.12 - Exercício
10.3 - Verga e Contraverga
10.3.1 - Verga de Concreto Armado sobre o Vão de Janelas e Ferros Corridos embaixo
do Vão
10.3.1.1 - Vergas para Aberturas com Vão menor que 1,00 M
10.3.1.2 - Vergas para Aberturas com Vão maior que 1,50 M
10.3.2 - Vergas com altura de 5 cm
10.3.3 - Vergas para Janelas do tipo Veneziana
10.3.4 - Vergas para Janelas de Ferro ou Aluminio
10.4 - Fixação de Marcos de Portas e Janelas
10.5 - Alvenaria de Blocos de Concreto
10.6 - Alvenaria com Blocos de Concreto Celular Autoclavado
10.7 - Gesso Cartonado (DRYWALL)
11 - Bibliografias
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 5
I.1 - ASPECTOS GERAIS DA CONSTRUÇÃO – Etapas de uma obra
1.1 - Planejamento
1.1.1 - Introdução
Uma das maiores aspirações do homem é, sem dúvida, sua moradia própria,
construída se possível, a seu modo e gosto.
Uma construção, por mais modesta que seja, consome muito dinheiro. Então, o
conhecimento prático de execução de obra, permite construir melhor e mais barato.
Se soubermos construir uma parede, como preparar e aplicar uma tinta, estamos em
condições de executar os serviços nós mesmos, ou contratar os serviços de um pedreiro
e um pintor, podendo fiscalizar melhor, o trabalho desses profissionais.
Procuraremos então, fornecer noções mais importantes, desde a escolha do terreno
até os trabalhos de acabamento de uma construção.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 6
As residências foram ficando cada vez mais requintadas. Mas o que é importante, é
que uma residência não deve chamar a atenção como um anúncio luminoso. A beleza
simples agrada sempre, ao passo que a exagerada torna-se dentro de pouco tempo,
monótona. Os cômodos variam de importância com a localização, clima, número de
pessoas da família, etc...
Se tentarmos localizar o ponto inicial de uma obra, quase sempre vamos encontrá-la
na primeira entrevista com o cliente. Na realidade, o Marco Zero dos trabalhos de uma
construção, na quase totalidade dos casos, é a entrevista inicial. Portanto, a primeira
entrevista tem muita importância, e já constitui trabalho profissional.
Considerando que o futuro cliente é praticamente um leigo, caberá então ao
profissional, orientar a entrevista para um caminho mais objetivo, c olhendo o maior
número possível de dados necessários para a elaboração do Anteprojeto.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 7
1.2 - CÓDIGO DE OBRAS
Obs.: “O atual Código de Obras de Florianópolis (LC 060/2000) não faz menção
específica às habitações de interesse social. O tópico que se pode destacar
refere-se a algumas mudanças e critérios para habitações com menos de
70,00m², conforme expresso no artigo 19 da Lei Municipal” (Art. 19 O projeto
das edificações de uso residencial unifamiliar, ou acréscimos destas, com
área máxima final de construção não superior a 70,00m² (setenta metros
quadrados) e um só pavimento)”.
Normaliza também:
a) De acordo com a legislação profissional os profissionais habilitados para
exercer tal função e de que maneira podem exercê-la:
b) Quais as condições para aprovação dos projetos e licenciamento da obra;
c) As penalidades (multas, embargos, etc...);
d) As demolições - de que maneira podem ser feitas;
e) As condições para construção de:
- Edificações residenciais unifamiliares e multifamiliares;
- Edificações não residenciais (Para uso industrial, comercial, atividades
profissionais, estabelecimentos hospitalares, escolas, etc.)
f) As condições em geral relativas às edificações:
- Sobre o terreno, Fundação, Estrutura, Paredes, Forros, Pisos, Coberturas.
Sempre em função das Normas Técnicas.
1.3 - Projetos
Para realização do projeto definitivo, é preciso fazer uma consulta à prefeitura local
“Consulta de Viabilidade Técnica”, para conhecer:
a) A área do lote que pode ser edificada;
b) O recuo mínimo de frente;
c) Os recuos mínimos laterais;
d) O recuo mínimo de fundos;
e) A altura máxima, para edifícios (se for o caso);
f) A existência ou não de projeto de desapropriação para alargamento da rua, ou
outro, melhoramento público.
Essas restrições impostas pela prefeitura (em função do local) são na realidade uma
necessidade. Sem elas, as construções urbanas seriam uma completa desordem. Dessa
maneira, após termos em mãos esses dados, podemos efetivamente passar à elaboração
do projeto definitivo.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 8
No projeto, devemos fazer constar:
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 9
a.2 - Planta de Cortes - Mostra a construção, vista como se ela fosse serrada ao
meio (são necessários pelo menos dois cortes: longitudinal e transversal);
a.3 - Planta da Fachada - Mostra a construção vista de frente (se o terreno for de
esquina é necessário mostrar as duas fachadas);
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 10
a.4 - Planta de Cobertura - Mostra a construção vista de pôr cima, mostrando o
caimento das águas do telhado. Nesta planta mostra-se também a posição
da fossa e do sumidouro no terreno;
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 11
a.5 - Planta de Locação - Serve para posicionar a obra dentro do terreno
disponível para a construção.
a.6 - Planta de Situação - Serve para situar o terreno na quadra em que o mesmo
estiver localizado.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 12
b - Outras Plantas
b.1 - Planta Elétrica - Mostra toda a parte referente as instalações elétricas, como:
1 - Diâmetro e disposição dos eletrodutos;
As escalas serão: 1:20 para planta de detalhes, 1:50 ou 1:100, para as plantas
baixa, cortes e fachadas; 1:100 ou 1:200 para planta de cobertura, locação e para o perfil
do terreno e a planta de situação nas escalas 1:200 a 1:1000. As demais plantas
também nas escalas de 1:50 ou 1:100.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 13
1.4 – Legislação Profissional
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 14
O Decreto nº 90.922 em seu parágrafo 10, do art. 4º, diz que "Os Técnicos de 20
Grau, das áreas de Arquitetura e de Engenharia Civil na modalidade Edificações, poderão
projetar e dirigir edificações de até 80,00 m2 de área construída, que não constituam
conjuntos residenciais, bem como realizar reformas, desde que não impliquem em
estruturas de concreto armado ou metálica, e exercer a atividade de desenhista de sua
especialidade".
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 15
Em edificações com mais de um pavimento, são exigidas no mínimo dois extintores
de incêndio para cada pavimento, mesmo que em área inferior ao exigido para uma
capacidade extintora.
Quando a edificação for comercial (mercantil e/ou escritório), possuindo lojas
independentes e onde a porta principal não der acesso à circulação comum da edificação,
onde estiver instalado o sistema de segurança contra incêndio, para cada loja ou sala
deverá ser previsto, no mínimo, um extintor de incêndio.
Para áreas superiores a 400m2, com risco de incêndio Elevado é obrigatório o
emprego de extintores sob-rodas.
Para postos de reabastecimento de combustíveis é obrigatória a instalação de no
mínimo um extintor por bomba de abastecimento. (No caso do posto de reabastecimento
possuir apenas uma única bomba, deverá ser previsto no mínimo dois extintores de
incêndio).
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 17
1.7 - Documentos para Aprovação do Projeto
a - Escritura;
b - Via da ART - Anotação de Responsabilidade Técnica;
c - Cópias dos projetos (3 cópias), assinadas pelo proprietário e pelo
responsável técnico;
d - Aprovação junto ao SUS - Sistema Unificado de Saúde;
e - Registro no IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas;
f - Registro no INSS - Instituto Nacional de Seguridade Social;
g - Aprovação do Corpo de Bombeiros, (para construções comerciais, industriais
e Multifamiliares);
h - Prefeitura Municipal
- Requerimento da pessoa interessada;
- Comprovante de recolhimento de taxas;
- Consulta de Viabilidade Técnica.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 18
1.8.2 - Paredes
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 19
1.8.3 - Cobertura
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 20
1.8.4 - Instalações
1.8.4.1 - Elétrica
As Instalações Elétricas permitem acender lâmpadas nos pontos desejados, com
interruptores nos locais mais indicados para comando do acendimento, e ligar pequenos
aparelhos a tomadas comumente colocadas.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 21
1.8.4.2 - Hidrosanitária
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 22
1.8.5 - Demais partes componentes de uma Edificação
O local destinado à construção deverá ser limpo de qualquer árvore, exceto aquela
que deverá ser aproveitada como elemento ornamental.
Não deve ser limpo apenas o local que irá ficar sob a construção, mas também as
áreas, em torno, para circulação dos operários e as destinadas às entradas da obra.
O local da obra bem organizado e limpo facilita o trabalho dos operários, permitindo
uma melhor fiscalização e controle dos serviços.
2.1 - Desmatamento
2.2 - Terraplanagem
2.3 - Demolições
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 23
I.3 - INSTALAÇÕES DO CANTEIRO DE OBRAS
3.1 – Tapumes
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 24
Se existir rede de água e não existir rede de esgotos, poderemos antecipar o início
dos trabalhos, realizando logo a perfuração do poço para uso na obra e que servirá
posteriormente para instalação da fossa ou sumidouro.
Dependendo do tipo de construção, no caso multifamiliar, comercial, industrial, etc...,
a concessionária exige a apresentação do projeto para análise e posterior ligação, mesmo
para inicio da construção.
A instalação de oficina junto à obra, tanto seja simples quanto complicada, deve ser
objeto de estudo realizado com devida antecedência e por pessoal especializado (o
técnico responsável normalmente), variando de acordo com a complexidade da obra.
Uma instalação racional permite respeitar os prazos impostos (Cronograma),
evitando-se perda de mão de obra, materiais, utensílios e máquinas, facilitando a boa
execução.
A instalação dessas oficinas compreende as construções auxiliares e as máquinas
necessárias para a execução de uma obra.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 25
1.3.6 - Canteiro de Obras
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 26
1.3.6.1 - Escritório -Compõem-se, geralmente, de dependências para os seguintes
elementos da administração da obra:
1) Engenheiros/Arquitetos
2) Técnicos
3) Mestre de Obras
4) Auxiliares de escritório
5) Segurança do Trabalho
6) Ambulatório
7) Sanitários
8) Encarregados.
1.3.6.2 - Almoxarifado
• Preferencialmente separado dos escritórios, porém nas suas proximidades;
• Mantido limpo e arrumado;
• Ficar próximo das entradas;
• Localizado de modo a permitir uma fácil distribuição dos materiais pelo canteiro.
1.3.6.3 - Depósitos
São locais destinados a estocagem de materiais volumosos ou de uso corrente,
podendo ser a céu aberto ou cercados, para possibilitar o controle.
1.3.6.4 - Vestiário
Todo canteiro de obras deve possuir vestiário para troca de roupa dos trabalhadores
que não residam no local. Deve ser equipado com:
• Armários individuais dotados de fechadura ou dispositivo com cadeado;
• Bancos, com largura mínima de 30 cm.
1.3.6.6 - Alojamentos
• Área mínima de 3,00 m2 por módulo cama/armário, incluindo a circulação;
• No máximo duas camas na vertical (beliche);
• Lençol, fronha e travesseiro por cama, em condições adequadas de higiene, e
cobertor, quando as condições climáticas o exigirem;
• Armários individuais. É obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e fresca
no Alojamento.
Proporção: um bebedouro para cada grupo de 25 pessoas.
• Áreas de Vivência com alojamento: deve ser solicitada à concessionária local a
instalação de um telefone comunitário.
• É obrigatório o fornecimento gratuito, pelo empregador, de vestimenta de trabalho
e sua reposição, quando danificada.
1.3.6.7 - Refeitório
• Garantir o atendimento de todos os trabalhadores no horário das refeições;
• Assentos em número suficiente para atender aos usuários;
• Lavatório instalado em suas proximidades ou no seu interior.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 27
1.3.6.8 - Cozinha
• Pia para lavar os alimentos e utensílios;
• Instalações sanitárias de uso exclusivo dos encarregados de manipular gêneros
alimentícios, refeições e utensílios (que não se comuniquem diretamente com a cozinha);
• Equipamentos de refrigeração, para preservação dos alimentos.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 28
1.4 - LOCAÇÃO DA OBRA
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 29
A Locação poderá ser feita através do processos Tábua Corrida (Tabeira) e pelo
processo de Cavaletes
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 30
- Feito a marcação da obra na tabeira, transfere-se a mesma para o terreno com o
uso do prumo de centro.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 31
- Processo Cavalete: - Para grandes extensões (obras) adota-se então o uso de
equipamentos topográficos auxiliados por cavaletes. Faz-se a marcação aproximada, do
contorno da obra.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 32
Locação por Cavalete
Com linhas de nylon ou arame de aço recozido esticados, a partir das marcações do
gabarito e no cruzamento das linhas, transferir as coordenadas das estacas (Sapata ou
elemento que venha a ser executado), para o terreno, usando o fio de prumo, marcar o
ponto exato da estaca (centro), cravando um piquete (pintado de branco)
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 33
No processo de Locação o nivelamento poderá ser feito com equipamentos, como
Estação Total, Nível a Lazer, Mangueira de Nível, etc...
nível de bolha
linha
. .
. .
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 34
I.5 - ESCAVAÇÕES
Ex. em corte
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 35
5.1.1 - Conceito de Escavações:
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 36
1.5.1.2 - Escavações com Escoramento
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 37
Assim, as escavações mais profundas, devem apresentar perfis transversais da
seguinte forma:
Conservam-se o talude natural do terreno.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 38
O revestimento se sobressai das banquetas para evitar o desmoronamento e
queda de terras para o fundo.
Conservam-se os taludes naturais para a parte superior, mas reveste-se a parte
inferior.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 39
Contudo, muitos pontos são regulamentados pelos serviços de segurança das
Companhias de Seguro.
b - O escoramento deve ser feito a tempo, e o material destinado para isso deve
estar junto à obra, com suficiente antecipação em bom estado e quantidade
suficientes.
c - O estaqueamento deve compreender tábuas de 4 a 5 cm de espessura ou perfil
metálico apropriado.
Os cotovelos usados devem ser de madeiras, roliças e corte adequados aos
esforços.
Os pontaletes devem ser metálicos e os de madeira, devem ser esquadriados
(arrumados-aprumados).
d - A distância livre entre as tábuas dependem da natureza do terreno.
* Em terreno mole (movediço), as tábuas devem estar bem juntas, para evitar
que o material possa fluir para dentro da escavação.
* Em terrenos resistentes, pode-se deixar um espaço vazio entre as tábuas.
e - Qualquer escavação com mais de 2,00 m de profundidade, deve ter uma
escada. Esta escada deve exceder ao nível do solo em 0,75 m pelo menos.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 40
5.1.3 - Escavação com Esgotamento D’água
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 41
I.6 - FUNDAÇÕES
6.1.1.2 - Alicerce Comum, com Pedra Argamassada, assente sobre lastro de concreto
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 42
6.1.1.3 - Fundação de Concreto Ciclópico
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 43
6.1.2 - Fundações Contínuas
Quando é estendida sob todo o comprimento da parede, ou seja, onde tiver parede,
tem fundação.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 44
6.1.3 – Fundações Profundas (Indireta)
6.1.3.1 - Estacas
Esta
cas
de
Con
creto
(Pré-
mold
adas
ou Moldadas in loco);
- Estacas Metálicas
6.1.3.2 –
Tubulões o
Caixões
-
Tubulões ou
Caixões a Ar
Comprimido
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 45
- Tubulões ou Caixões a Céu Aberto
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 46
I.7 - ARGAMASSAS
7.1 - DEFINIÇÃO
São misturas de materiais Aglomerantes (Cimento, Cal, Gesso), com Agregado
Miúdo (Areia, Saibro, Pó de Pedra, Argila) e Água em proporções determinadas.
7.2 - UTILIZAÇÃO
- Elevação de alvenaria;
- Revestimento de pisos, paredes, e tetos;
7.3 - FUNÇÃO
- Tornar possível a ligação de todas as unidades da alvenaria proporcionando uma
transmissão mais regular de pressões;
- Anular irregularidades existentes em superfícies e impedir a penetração da
umidade através das juntas.
7.4.1 - CIMENTO
RECOMENDAÇÕES:
O cimento sendo fornecido em sacos deve-se verificar sua integridade, não
aceitando os que estiverem rasgados ou úmidos. Os sacos que contém cimento
parcialmente hidratado, isto é, com formação de grumos que não são total e facilmente
desfeitos com leve pressão dos dedos, não devem ser aceitos para utilização em concreto
estrutural.
Para armazenar cimento é preciso, em primeiro lugar, preservá-lo, tanto quanto
possível, de ambientes úmidos e em segundo, não ser estocado em pilhas de alturas
excessivas, pois o cimento ainda é possível de hidratar-se.
É que ele nunca se apresenta completamente seco e a pressão elevada a que ficam
sujeitos os sacos das camadas inferiores reduz os vazios, forçando um contato mais
intenso entre as partículas do aglomerante e a umidade existente chegando a empedrar.
O empedramento às vezes é superficial, se o saco de cimento for tombado sobre uma
superfície dura e voltar a se afofar, ou se for possível esfarelar os torrões com os dedos, o
cimento deste saco pode ser utilizado. Caso contrário, ainda se pode tentar aproveitar o
cimento utilizando em aplicações de menor responsabilidade como pisos, calçada, lastros
etc. depois de peneirado em peneira com malha de 5 mm (peneira de feijão), mas não
deve ser utilizado em peças estruturais.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 47
Portanto para evitar essas duas principais causas de deterioração do cimento é
aconselhável:
- As pilhas não excederem de mais de 10 sacos, salvo se o tempo de
armazenamento for no máximo 15 dias, caso em que pode atingir 15 sacos;
- As pilhas devem ser feitas a 30 cm do piso sobre estrado de madeira e a 30 cm
das paredes e 50 cm do teto;
- Os lotes recebidos em épocas diferentes e diversas não podem ser misturados,
mas devem ser colocados separadamente de maneira a facilitar sua inspeção e seu
emprego na ordem cronológica de recebimento. Devem-se tomar cuidados especiais no
armazenamento utilizando cimento de marcas, tipos e classes diferentes;
- Deve ser de fabricação recente (90 dias), o ideal é até 30 dias;
- Só deve ser utilização do cimento, quando embalado originalmente de fábrica;
- Deve ser depositado em local livre de umidade;
- Peso Específico = 1420 Kg/m3.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 48
CPII - Cimento Portland Composto
É o Cimento Composto com adição de material carbonático; nasespecificações
fixadas pela Norma Brasileira.
Usado para argamassas de Assentamento, Revestimento e Rejuntamento; Concreto
Estrutural, Armado e Protendido, Simples e Aparente; Pré Moldados, Artefatos de
Cimento, Solo cimento e Pavimento de Concreto Simples e Armado.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 49
CPIII - Cimento Portland Alto Forno - (AF)
Apresenta maior impermeabilidade e durabilidade, além de baixo calor de
hidratação, assim como alta resistência à expansão devido à reação álcali-agregado,
além de ser resistente a sulfatos. É um cimento que pode ter aplicação geral em
argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, de concreto simples,
armado, protendido, projetado, rolado, magro e outras. Mas é particularmente vantajoso
em obras de concreto-massa, tais como barragens, peças de grandes dimensões,
fundações de máquinas, pilares, obras em ambientes agressivos, tubos e canaletas para
condução de líquidos agressivos, esgotos e efluentes industriais, concretos com
agregados reativos, pilares de pontes ou obras submersas, pavimentação de estradas e
pistas de aeroportos. Comporta adições de 35 a 70% de Escória e até 5% de material
carbonático. Sendo o cimento mais ecológico de todos os cimentos produzidos no
Brasil. Pois além da preservação das jazidas naturais e pelo menor lançamento de CO2
na atmosfera, aproveita o rejeito das siderúrgicas, a escória.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 50
CPV-ARI RS - Cimento Portland de alta resistência inicial resistente a
sulfatos
O Cimento Portland de alta resistência inicial resistente a sulfatos tem alta
reatividade em baixas idades em função do grau de moagem.
O clínquer é o mesmo utilizado para a fabricação de um cimento convencional, mas
permanece no moinho por um tempo mais prolongado. O cimento continua ganhando
resistência até os 28 dias, atingindo valores mais elevados que os demais,
proporcionando maior rendimento ao concreto. É largamente utilizado em produção
industrial de artefatos, concreto protendido pré e pós-tensionado, pisos industriais,
argamassa armada e concreto dosado em central.
O CP V-ARI RS é resistente a sulfatos devido à adição de cinza pozolânica,
tornando-o indicado para a produção de estruturas em ambientes agressivos.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 51
7.4.2 - CAL
A adição de cal em uma argamassa melhora fundamentalmente a trabalhabilidade, a
capacidade de reter água e a elasticidade, enquanto piora todas as outras propriedades.
Então são evidente que se deve utilizar a que melhore estas características, sem
prejudicar mais as outras.
A cal é um dos principais ligantes que deve compor uma boa argamassa; é obtida
através das seguintes rochas calcárias:
- Calcítica CaCO 3
- Dolomítica - CaMg (CO3) 2.
Observação
- Com 1,00 m3 de cal virgem obtém-se 1,50 m3 de cal em pasta
- Com 1,40 m3 de cal hidratada obtém-se l,00 m3 de cal em pasta
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 52
7.4.3 - AREIA
A influência da granulometria e da forma dos grãos da areia utilizada é bastante
acentuada na argamassa.
- Deverá ser quartzosa;
- Deverá ser isenta de matérias orgânicas, sais e argila;
- Tem que ser: Lavada, Calcinada, Peneirada;
- Peso Específico: Areia Úmida = 1500 Kg/m 3
Areia Seca = 1600 Kg/m3;
- Obtenção em rios e minas;
- Vendida em m3 .
7.4.4 - SAIBRO
- É proveniente da desagregação do granito e gnaise;
- Deverá conter no máximo de 30 % de argila e no mínimo 20 % de areia;
- Deverá ser claro, isento de matéria orgânica, áspero, fortemente arenoso, quando
se destina a emboços e assentamento de pisos;
- Macios e ligüentos, quando para alvenaria e colocação de azulejos;
- Vendido em m3.
7.4.5 - ARGILA
- Deverá ser limpa e ter coloração uniforme;
- Isenta de raízes e impurezas;
- Seja rija ou dura; Quando seca apresentará coesão bastante para constituir
torrões, dificilmente desagregáveis por pressão dos dedos; quando úmida só será
moldada pelos dedos com grande esforço;
- Vendida em m3.
7.4.6 - PÓ DE PEDRA
- Deverá ser o resíduo do britamento do granito;
- Isenta de argila e matéria orgânica;
- Completamente livre de pó;
- Vendido em m3.
7.4.7 - ÁGUA
- Deverá ser potável;
- Em caso de se desconhecer a água, deve-se fazer análise química da mesma,
para não prejudicar o poder de agregação das argamassas e dos concretos, nem o
aspecto do serviço quando concluído;
- 35% da água colocada nas argamassas e concretos reagem com o cimento o 65%
restante evapora-se.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 53
7.5 - ARGAMASSA QUANTO A CONSISTÊNCIA (Dosagem)
1) - Alvenaria de Pedra
1 cim. x 6 a 8 areia grossa
1 cim. x 8 a 12 saibro
1 cim. x 1 cal x 10 saibro
2) - Alvenaria de Tijolos
1 cim. x 2 a 3 cal x 8 areia média
1 cim. x 8 saibro
1 cim. x 4 areia média
3) - Emboço Externo
1 cim. x 6 areia média
1 cim. x 1 cal x 7 areia média
1 cim. x 7 partes cal e areia fina ( 1 x 3 ).
4) - Emboço Interno
1 cim. x 8 areia média
1 cim. x 2 cal x 12 areia média
1 cim. x 8 partes cal e areia fina (1 x 3)
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 54
5) - Chapisco
1 cim. x 3 a 4 areia grossa
6) - Contrapiso
- Revestimento grosso 1 cim. x 3 areia grossa
- Colocação de pisos 1 cim. x 3 a 4 areia grossa
- Camada de regularização 1 cim. x 3 a 4 areia média
8) - Massa Fina
1 cim. x 2 cal x 5 areia fina
a - Cimento
2,87 m3 argamassa 1,00 m3 de cimento
1,00 m3 argamassa X de cimento
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 55
b - Areia
2,87 m3 argamassa 3,00 m3 areia
1,00 m3 argamassa X areia
X = 1,00 m3 x 3,00 m3 = 1,050 m3
2,87 m3
c - Água
2,87 m3 argamassa 0,60 m3 água
3
1,00 m argamassa X água
X = 1,00 m3 x 0,60 m3 = 0,209 m3 ou 209 litros
2,87 m3
a - Cimento = 50 Kg
b - Areia
500 Kg de cimento 1,05 m3 areia
50 Kg de cimento X areia
X = 50 kg x 1,05m3 = 0,105 m3
500 Kg
c - Água
500 Kg de cimento 0,209 m3 água
50 Kg de cimento X água
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 56
I.8 - CONTRAPISO
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 57
8.2.3 - CONTRAPISO COM LAJE DE CONCRETO ARMADO
Assim, como em grandes camadas de aterro e que o piso vai receber grandes
cargas, o contrapiso com Laje de Concreto Armado funciona muito bem.
Para dividir um pavimento de outro, geralmente utiliza-se Laje de Concreto Armado,
Laje Prémoldada, ou outro tipo de laje, que neste caso, funciona também como base para
contrapiso.
I.9 - IMPERMEABILIZAÇÃO
9.3 - SOLUÇÕES
As soluções apresentadas ficam condicionadas ao tipo de infiltração que se deseja
dominar. Entretanto, pode-se afirmar que quando previstas, as infiltrações sempre
poderão ser vencidas.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 58
Atualmente, dispomos de produtos desenvolvidos especialmente para evitar a ação
prejudicial da água.
Podemos dividir os tipos de impermeabilização, de acordo com o ataque de água:
- contra a pressão hidrostática;
- contra a infiltração;
- contra a umidade do solo.
Os serviços de impermeabilização contra pressão hidrostática e contra água de
infiltração não admitem falhas; a impermeabilização para esses tipos, mais utilizada há
mais de 50 anos, é por meio de membranas onde a plasticidade é a grande vantagem,
pois acompanha o movimento das trincas que venham a se formar na estrutura
permanecendo impermeáveis mesmo sob pressão hidrostática.
Temos também, no Brasil, já há algum tempo, um produto mineral que se aplica na
estrutura, em especial as de concreto, que penetra nos poros através de água e se
cristaliza até cerca de 6 cm dentro da estrutura fechando os poros e ficando solidária com
a estrutura. Tem sido bem aceito, pois esse produto pode ser aplicado, e com grande
sucesso, nas recuperações de estruturas sujeitas a pressão hidrostática etc... E no caso
de umidade do solo, a impermeabilização mais utilizada é com argamassas rígidas e
impermeabilizantes gordurosas.
O rígido:
- 1º Constituídos pelos concretos e argamassas impermeáveis, pela inclusão de um
aditivo.
- 2º Constituídos por cimentos especiais de cura rápida que são utilizados no
tamponamento.
9.5.1.1 - DEFINIÇÃO
Na impermeabilização por massa ou por colmagem, usa-se hidrófugos de massa,
que são produtos que se incorporam as argamassas ou concretos na hora da mistura.
9.5.1.2 - OBJETIVO
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 59
- Os aditivos Plastificantes e Incorporadores de ar, são produtos que aumentam a
trabalhabilidade das argamassas ou concretos, permitindo a redução de certa quantidade
de água de amassamento, conseqüentemente, diminuindo a porosidade.
9.5.1.4 - APLICAÇÃO:
A impermeabilização por colmagem é geralmente usada em: Subsolos,
Reservatórios, Represas e elementos sob pressão d´agua e pisos.
Geralmente o processo de colmagem, dispensa o uso da impermeabilização por
membrana.
9.5.2.1 - DEFINIÇÃO
É revestimento que se aplicam a superfície das argamassas, após o endurecimento,
constituindo uma vedação perfeita, principalmente em paredes contra a infiltração da
água.
A ação da umidade nos materiais e estruturas de construção, que advém a
necessidade dos procedimentos técnicos de impermeabilização, ou seja, a elaboração
dos projetos de especificação, orientação e execução de obras de impermeabilização.
chuva condensação
vazamentos
falta de ventilação
condensação e insolação
percolações
infiltrações
infiltrações superficial
capilaridade
vazamentos
subterrâneos
lençol freático
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 60
9.5.2.3 - CONDIÇÕES PARA APLICAÇÃO
- Devem ser aderentes e ligeiramente penetrantes nos capilares da superfície a
revestir;
- Resistentes as águas de contato;
- Devem constituír uma camada por si mesma impermeável e de difícil
envelhecimento;
- Não devem atacar quimicamente os constituintes das argamassas, nem serem
atacados por eles.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 61
O conforto e a salubridade de um ambiente, seja para moradia como para trabalho,
depende entre outras coisas do absoluto controle da umidade que pode vir por
capilaridade do subsolo. Para tanto é importante prever um sistema de impermeabilização
eficiente dos pisos. Considerando que na maioria das vezes os pisos são assentados
sobre uma argamassa de proteção primária. É conveniente executar uma junta de
dilatação ao longo de todo o perímetro do ambiente junto ao rodapé (em áreas maiores
que 4,00 m2) e envolta de quaisquer elementos emergentes do piso (pilares, tubos, dutos
etc.).
Impermeabilização de
lastro de piso de
concreto em solos
normais a úmidos impermeabilização rígida
argamassa 1:3
cimento e areia + aditivo
impermeabilizante (hidrófugo)
chapisco 1:2 (cimento e areia)
lastro concreto
solo
É muito comum ocorrer nas edificações infiltrações de umidade nas partes inferiores
das paredes de alvenaria, com o aparecimento de manchas e bolhas na pintura. Esses
defeitos aparecem logo após o término da construção devido, principalmente, a
exiguidade dos prazos, pois raramente se espera a completa secagem das paredes antes
de executar o revestimento e a pintura. Em geral a umidade decorre da falta de proteção
das paredes durante a execução da obra, pela demora em terminar a cobertura, falta de
calçadas ou de respingos de chuva caindo lateralmente às paredes. Além das
impermeabilizações de vigas baldrames e alicerces serem necessárias para dar a devida
proteção também nas alvenarias e preciso proteger contra respingos, conforme sugere o
mestre Ripper (1995) no esquema mostrado na figura a seguir:
inclinado
formando
pingadeira
50 a 60 cm
50 a 60 cm
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 62
9.6.3 - Impermeabilização de Baldrame
Impermeabilização de
baldrames em solos
normais a úmidos Assentar e revestir as 3
primeiras fiadas com
(solução 1) argamassa de
assentamento 1:3 com
impermeabilizante
do tipo Vedacit ou Sika 1
Viga baldrame
concreto armado
solo
Impermeabilização de
Canto
baldrames em solos arredondado
normais a úmidos
Pintura com emulsão asfáltica
(solução 2) tipo Neutrol, Igol
7,5
Argamassa 1:3 com
impermeabilizante
do tipo Vedacit ou Sika 1
Viga baldrame
Embasamento
Impermeabilização de
baldrames em solos
normais a úmidos
(solução 3)
Argamassa 1:3 com
impermeabilizante
30 a 50 cm
Viga baldrame
Embasamento
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 63
Impermeabilização de
baldrames em solos
Assentar e revestir as 3
normais a úmidos primeiras fiadas com
(solução 4) argamassa de
assentamento 1:3 com
impermeabilizante
do tipo Vedacit ou Sika 1
15 cm
Viga baldrame
concreto armado
solo
Na caixa d’água, como o contato com a água é constante, é preciso ter muito
cuidado com a proliferação da umidade para o restante da casa no sentido de cima para
baixo, ao contrário dos baldrames. Um exemplo de impermeabilização neste caso é
utilizar a membrana acrílica para revestimento da área total da laje e apenas na parte
onde ficará a caixa d’água pode ser utilizado à manta asfáltica para impermear o local
específico com finalidade de evitar ou prevenir que exista vazamento no futuro.
http://www.metalica.com.br/sistemas-de-impermeabilizacao-na-construcao-civil
http://www.portalconstrucoes.com.br/site/inicio.php?pagina=tipos-de-impermeabilizacao
http://www.ibibrasil.org.br/saiba-mais/o-que-e-impermeabilizacao
http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2210
http://equipedeobra.pini.com.br/construcao-reforma/44/conhecendo-os-
impermeabilizantes-veja-quais-sao-os-sistemas-de-245388-1.aspx
http://labvirtual.eq.uc.pt/siteJoomla/index.php?option=com_content&task=view&id=42&Ite
mid=159
http://www.sbq.org.br/ranteriores/23/resumos/0154-1/
http://www.lwartimpermeabilizantes.com.br/p/fita-impermeabilizante-autoaderente-lw-
kimanta-alicerce
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 64
I.10 - ALVENARIA
10.1 - Definição
São maciços de pedras naturais ou artificiais, que servem como elemento de
vedação, estrutural e de divisão.
- Vedação
- Intempéries
- Acústicas (não totalmente)
- Calor e frio.
- Estrutural
- Peso da cobertura
- Peso da laje
- Caixa d’água.
- Divisão
- Paredes internas, e externas.
* Tijolo Maciço
a = 5 cm
b = 2 x a = 10 cm
c = 2 x b + 1 = 21 cm
* Tijolo Furado
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 65
Tijolo com furo cilíndrico Tijolo com furo prismático
10.2.3 - VANTAGENS
a - TIJOLO MACIÇO
b - TIJOLO FURADO
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 66
10.2.4 - DESVANTAGENS
a - TIJOLO MACIÇO
- Devido ao peso
* Sobre carga da estrutura
* Dificulta a mão de obra.
- Falta de forma ( 1/2 tijolo )
- Muito desbitolado
b - TIJOLO FURADO
- Deixa penetrar umidade
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 67
10.2.7 - CANTOS E VISTA DE FRENTE DAS PAREDES DE TIJOLO MACIÇO
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 68
10.2.7.3 - Parede de um Tijolo
Canto
Vista de frente
10.2.8.1 - Paredes de 15 cm
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 69
10.2.8.2 - Paredes de 20 cm
Obs. Para que as juntas fiquem desencontradas é necessário usar no canto um tijolo
de 4 furos.
10.2.9.2 - ASSENTAMENTO
O tijolo antes de serem assente, deverão ser molhados, pois do contrário absorverão
parte da água da argamassa, que em lugar de adquirir a dureza necessária, tornam-se
facilmente desagregáveis.
Estando as paredes devidamente locadas, procede-se o assentamento da primeira
fiada de cada uma das paredes; operação esta, que deve ser executada com o máximo
cuidado.
Deve-se tomar o cuidado no nivelamento da primeira fiada, da qual dependerá a
qualidade e facilidade da elevação da parede propriamente dita; vale lembrar que as lajes
normalmente apresentam desnivelamentos e embarrigamentos que, se não forem
compensados logo na primeira fiada, comprometerão toda a execução da parede, com
grande desperdício de material e mão de obra.
Assim sendo, devem-se nivelar previamente as primeiras fiadas dos tijolos,
utilizando-se régua e nível de bolha, ou então, partindo-se de pontos de nível demarcados
nos pilares com o auxílio de nível de mangueira, ou usar a regua nivelada (Escantilhão).
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 70
O serviço deve ser iniciado pelos cantos; assentando os tijolos sobre uma camada
de argamassa previamente estendida sobre a fiada anterior, e assim sucessivamente.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 71
O tijolo é assente a mão, calcado, até tomar posição adequada, percutindo-se
ligeiramente com o cabo da colher; com a qual se retira o excesso de argamassa.
Os tijolos sempre apresentam pequenas diferenças de dimensão; em vista disto a
parede é prumada em uma das faces e a outra fica com as irregularidades próprias do
tijolo. Essa operação de regularização de uma das faces chama-se FACEAR. O
preenchimento das reentrâncias dos tijolos chama-se ENCASCOTAMENTO.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 72
10.2.10.1 – Assentamento de tijolo a vista ou aparente?
Deve distribuir os tijolos na marcação de forma a que possa prever onde e com que
medida terá que executar os cortes que eventualmente sejam necessários e a permitir um
enquadramento estético aceitável. O assentamento começa-se por assentar um tijolo
inteiro em cada extremo da parede, (caso esta não termine com cortes nos extremos) se
isso acontecer assentam-se estes. Estas peças devem ser cuidadosamente aprumadas,
alinhadas com as marcações e niveladas.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 73
Em seguida fixa o fio de alinhamento e assenta todos os restantes tijolos que
compõem a fiada, deixando sempre o espaço para a junta vertical (espaço entre cada
tijolo), que deve ser obtida recorrendo a uma bitola de madeira de 1 centímetro de
espessura. Depois preenche as juntas com argamassa da mesma da do assentamento.
Em seguida, assenta os tijolos correspondestes ao inicio da 2ª fiada, em cada um dos
extremos devidamente aprumados e nivelados e verificados os espaços entre os tijolos.
Deve esticar o fio de alinhamento, usando dois esticadores de fio, e proceder ao
assentamento dos restantes tijolos e preenchimento das juntas.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 74
Deve ir repetindo todo o processo tendo o cuidado de que as fiadas impares sejam
iguais a todas as impares e as pares com todas as pares. Controlando sempre as
espessuras das juntas quer verticais quer horizontais, usando a bitola de marcação. Deve
ainda ir afundando as juntas com o bico da colher para mais tarde as poder tratar, com
argamassa de areia fina ao mesmo traço do usado no assentamento.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 75
Videos:
1 - Colocação Tijolos a Vista sob Isopor http://www.youtube.com/watch?v=Y2cTmM3Cq7s
2 - http://www.meiacolher.com/2014/07/aprenda-como-assentar-tijolos-vista-ou.html
10.2.12 - EXERCÍCIO
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 76
10.3 - VERGA E CONTRAVERGA
Sobre as aberturas de portas e janelas que não estiverem faceando o fundo de uma viga
devem ser executados vergas de concreto, armadas com pelo menos duas barras de aço
de diâmetro 5 mm ou 6,3 mm; o concreto pode ser dosado com traço 1 x 2,5 x 5 (cimento
x areia x brita 1 e brita 2), e o apoio da verga, em cada lado do vão, devem ser de no
mínimo 20 cm.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 77
10.3.1.2 - PARA ABERTURAS COM VÃO MAIOR QUE 1,50 M
Para os vãos de portas ou janelas com largura superior a 1,50 m deverão ser
adotados tanto a verga como a contraverga, conforme mostra a figura abaixo, devendo
nesse caso a verga ser calculada como viga; o apoio da verga, em ambos os lados da
abertura, deve ser igual ou maior que 1/5 do vão. Quando numa mesma parede existirem
diversos vãos sucessivos, a verga deverá ser contínua, abrangendo todos os vãos, e
deverá apresentar barras de aço superiores e inferiores (verga calculada como viga
contínua).
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 78
10.3.3 - VERGAS PARA JANELAS DO TIPO VENEZIANA
Já para o caso das janelas de madeira tipo veneziana há diferença maior entre a
altura do marco da janela e a altura modulada do vão. Esta diferença presta-se inclusive
para a colocação de peitoril embaixo do marco, situação em que a altura da verga será
estabelecida descontando-se a altura do peitoril; no caso de acabamento simples, isto é,
revestimento do vão com argamassa (sem peitoril), a verga resultará com altura de 10 cm.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 79
A fixação de marcos de portas e janelas na parede deve ser feita através de tacos
de madeira, previamente embutidos na alvenaria a cada 80 cm ou de maneira a permitir a
fixação a cada montante do marco em pelo menos três pontos ao longo da altura. Esse
mesmo sistema pode ser empregado na fixação de rodapés de madeira.
No caso de portas de madeira, os marcos podem ser fornecidos com os tacos de
madeira previamente aparafusados nos seus montantes, devendo-se deixar na alvenaria
dentes para que esses tacos sejam posteriormente chumbados na parede.
Os tacos de madeira, previamente embutidos na alvenaria ou posteriormente
chumbados, devem ser bem molhados antes da sua colocação, empregando-se nessa
colocação argamassa no traço 1 cim. x 3 a 4 de areia média; esses tacos, isentos de
defeitos como rachados ou nós, devem ter dimensões aproximadas de 5 cm x 9 cm x 9
cm e devem apresentar reentrâncias, formando uma cintura, para que a ligação com a
alvenaria resulte satisfatória.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 80
São paredes executadas com blocos de concreto vibrado. Com o desenvolvimento
dos artigos pré-moldados, se estendem rapidamente em nossas obras.
O processo de assentamento é semelhante ao já descrito para a alvenaria de tijolos
maciços. As paredes iniciam-se pelos cantos utilizando o escantilhão para o nível da fiada
e o prumo.
A argamassa de assentamento dos blocos de concreto é mista composta por cimento cal
e areia no traço 1:1/2:6.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 81
> A estabilidade mecânica;
> Durabilidade em função da exposição á chuva;
> Isolamento térmico;
> Isolamento acústico;
> Resistência ao fogo que considera por um lado os blocos como incombustíveis e
por outro lado que as paredes devem garantir durante um determinado tempo as
seguintes funções: estabilidade ao fogo, corta chamas e corta fogo;
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 82
Os blocos de concreto podem ser de tipos e formas muito diferentes. O tipo de
agregado é um dos fatores de diferenciação, podendo ser convencional ou leve. Os
blocos têm formas modulares variáveis que, em geral, devem atender os requisitos de
manuseio e aplicabilidade.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 83
A família 29 é composta de dois elementos básicos: o bloco B29 (14x19x29 cm),
o bloco B14 (14x19x19). Os blocos têm sempre 14 cm de largura. Ou seja, o comprimento
dos blocos é sempre múltiplo da largura, o que evita o uso dos elementos
compensadores, salvo para ajuste de vãos de esquadrias.
A família 39, designada por M15, possui dimensões modulares do comprimento
(20cm) diferentes da largura (15cm). A família 39 é composta de três elementos básicos:
o bloco B39 (39x19 cm) e largura variável; o bloco B19 (19x19 cm) e largura variável e o
bloco B54 (54x19 cm) e largura variável. Tal diferença exige a introdução de blocos
complementares com o objetivo de restabelecer a modulação nos encontros das paredes:
o 14x19x34, para amarração nos cantos, e o 14x19x54, para amarrações em "T".
Os blocos de 14x19x39 cm são especiais para paredes longas onde não há
cruzamento de paredes e que não exigem elementos compensadores, já que seu
comprimento não é múltiplo da largura. Os elementos compensadores são necessários
não só para ajuste de vãos de esquadrias, mas também para compensação da
modulação em planta baixa. Quando utilizamos os de 14X19X39 cm, precisamos de um
bloco especial, que é o bloco B34 (34x19x14 cm), para ajuste da unidade modular nos
encontros em "L" e em "T".
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 84
O assentamento é feito em amarração. Pode ser junta a prumo (somente quando for
vedação em estrutura de concreto).
A amarração dos cantos e de parede interna com externa se faz utilizando barras de aço
a cada três fiadas ou utilizando um pilarete de concreto no encontro das alvenarias
Além do bloco comum, também é fabricado o meio bloco, que permite a execução
da alvenaria com junta de amarração, sem a necessidade de corte do bloco na obra.
Outras particularidades são os blocos tipo U (canaleta) que facilitam a execução de
cintas, vergas e contra-vergas e ainda o tipo J, que facilita a execução da cinta de
respaldo para lajes.
Os blocos de concretos podem estar com ou sem fundo. Os blocos sem fundos
facilitam a passagem de eletrodutos, tubos hidráulicos pelo seu interior, sem a
necessidade de corte na alvenaria.
Em anexo, algumas imagens dos Blocos de Concreto para Alvenaria Estrutural e de
Vedação:
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 85
O concreto autoclavado serve tanto para alvenaria interna ou externa, de divisão,
de vedação ou estrutural. Em todos os casos oferece as mesmas características no que
diz respeito a isolamento térmico, resistência ao fogo, isolamento acústico. Estas
características são diretamente proporcionais ao peso específico (também chamado de
massa volúmica a seco) e à espessura. O concreto celular é utilizado como excelente
isolante térmico e proporciona um ambiente agradável no verão.
O concreto autoclavado pode ser utilizado como material único em uma
construção do telhado a fundação. Neste sentido o concreto autoclavado é um material
inovador no campo da construçaõ civil. O produto tem bom desempenho e um leque
grande de elementos que permitem simplificar o processo relativo ao projeto em si. É
mais flexível para permitir a criatividade do arquiteto alem de proporcionar economia sem
sacrificar a qualidade.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 86
> A eficiência dos recursos dá menor impacto ambiental em todas as fases do seu
ciclo de vida, desde o processamento de matérias-primas até a eliminação de resíduos.
> O peso leve reduz os custos de energia e no transporte.
> O peso leve economiza despesas trabalhistas.
> O peso leve aumenta as chances de sobrevivência durante a atividade sísmica.
> Tamanho maior leva uma maior rapidez em trabalhos de alvenaria.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 87
10.7 - GESSO CARTONADO (DRYWALL)
Dry Wall é um sistema construtivo a seco de alta tecnologia que utiliza chapas de
gesso acartonado fixadas sobre estruturas metálicas, que compõe as paredes internas e
o revestimento interno das paredes perimetrais do imóvel. Estas paredes possuem
características especiais que garantem maior qualidade e melhores resultados quando
comparadas com a alvenaria convencional.
O Dry Wall é centenário nos Estados Unidos e com mais de sessenta anos na
Europa. Chegou ao Brasil junto com a abertura econômica. O Dry Wall é utilizado em
regiões com terremotos, como a Califórnia e o Japão, regiões de temperaturas muito altas
ou muito baixas, regiões de grande umidade ou regiões muito secas como o México e a
Austrália. O Dry Wall chegou ao Brasil devidamente testado e aprovado por todos os
povos.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 88
É recomendado com a verificação e teste de todas as instalações instaladas, deve-
se observar fixação dos pontos hidráulicos.
Podem ser também agregados os seguintes itens adicionais:
. Colocação de Rodapé metálico para evitar que as chapas de gesso em lugares
como banheiros absorvam umidade do piso.
. No caso de se fixar objetos com peso superior a 30 Kg, deve-se colocar reforços
dentro da divisória, se este reforço for de madeira, esta deve ser tratada.
Nas juntas, os materiais empregados são massas e fitas de reforço. As massas
comumente encontradas no mercado são a base de resinas ou de gesso. As fitas são
especiais, estas para aumento de aderência, nos cantos externos das divisórias é comum
o uso de cantoneiras perfuradas metálicas para proteção.
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 89
I.11 - BIBLIOGRAFIAS:
IFSC - CURSO TÉCNICO EDIFICAÇÕES - PÓS-MÉDIO - TECNOLOGIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL I - MÓDULO I - Prof. LINO GILBERTO DA SILVA Pág. 90