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Processo Executivo 16/10/2013

Pressupostos processuais gerais da ação executiva -


Legitimidade

 Legitimidade das partes

– Critérios de aferição (53º CPC)


– Adaptação do regime-regra: casos de sucessão e título ao
portador (54º CPC)
– O terceiro proprietário ou possuidor do bem onerado (54º
CPC)
– Terceiros abrangidos pelo caso julgado (55º CPC)
– O Ministério Público (57º CPC)

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Pressupostos processuais gerais da ação executiva –


Legitimidade

 Legitimidade das partes


– Aferição - Critério formal: afere-se a legitimidade de
exequente e executado através do título, conforme quem aí
figure como credor e como devedor (53º CPC)
– Caso de sucessão
• A execução deve ser promovida por ou contra os
sucessores da pessoa que figura no título
• Os factos constitutivos da sucessão devem ser alegados
no RE, no caso de sucessão ocorrida antes da
propositura da ação executiva, devendo fazer-se prova
liminar desses factos

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Legitimidade

 Legitimidade das partes


– Caso de sucessão (cont.)
• Se a sucessão ocorre na pendência do processo de
execução, deve ser suscitado o incidente de habilitação
(351º e ss CPC)

– Caso de título ao portador


• A execução é movida pelo portador (53º/2 CPC)

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Legitimidade
 Legitimidade das partes
– Caso em que a garantia real do crédito recai sobre bem de
terceiro (seja pq assim foi constituída, seja pq o bem que
inicialmente era do devedor, veio a ser alienado, em data
anterior à propositura da ação) – 54º/2 e3 CPC
• Para fazer atuar a garantia, a execução tem de ser
proposta:
– Contra o terceiro, podendo mais tarde fazer-se o
chamamento do devedor, face à insuficiência dos bens
– Contra o terceiro e o devedor, em litisconsórcio
voluntário

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Legitimidade
 Legitimidade das partes
– Caso em que a garantia real do crédito recai sobre bem de
terceiro
• Se não pretender fazer valer a garantia, propõe a
execução só contra o devedor e este não lhe pode opor a
necessidade de prévio reconhecimento da insuficiência
dos bens dados em garantia
• Se o título for sentença, o terceiro proprietário do bem só
pode ser executado se tiver sido demandado em sede
declarativa e aí tenha sido declarada a existência da
garantia
– Bens do devedor dados em garantia, mas na posse de
terceiro. Seja ou não demandado o terceiro, os bens
podem ser objeto de penhora (54º/4 CPC)
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Patrocínio Judiciário Obrigatório
 Patrocínio Judiciário Obrigatório (58º CPC)
– Execuções valor > € 30.000: constituição obrigatória de
Advogado
– Execuções valor > 5.000 e < ou = 30.000: é necessário
constituir mandatário, que pode ser Advogado, Advogado-
Estagiário ou Solicitador
– Execuções valor < ou = 5.000: não carece de constituição
de mandatário
– Havendo lugar a procedimento declarativo (tramitação
principal, como na oposição à execução, embargos de
terceiro, incidente de liquidação), vigora o regime do
declarativo; bem como, nos casos de apreciação de crédito
de valor > 5.000, ou seja, quando impugnado.
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Pressupostos processuais gerais da ação executiva


 Pluralidade de sujeitos e de pedidos
 Coligação (56.º CPC)
– Ação executiva da mesma espécie;
– Identidade da competência do tribunal: internacional, em
razão da matéria e da hierarquia;
– Identidade quanto à forma de processo;
– a execução da decisão judicial condenatória não correr nos
próprios autos.
– Em execução para pagamento de quantia certa, as
obrigações serem líquidas ou liquidáveis por simples cálculo
aritmético;
– Na coligação passiva, a execução ter por base o mesmo
título;
 Regras da competência em razão do valor e do território –
709º/2 a 4 CPC (ver também n.º 5).
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 Coligação ilegal

Execução ordinária:
– Despacho de aperfeiçoamento, para escolher o pedido que
pretende que prossiga, sob pena de absolvição do
executado da instância, quando:
• estão em causa execuções de espécie diferente;
• Execução de decisão judicial corra nos próprios autos;
• em execução para pagamento de quantia certa, as
quantias não são todas líquidas ou liquidáveis por cálculo
aritmético;
• em coligação passiva, não ter base no mesmo título.

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Pressupostos processuais gerais da ação executiva

– Indeferimento parcial, prosseguindo um dos pedidos,


quando:
• Há incompetência absoluta do tribunal ou inadequação
da forma do processo, para um dos pedidos
• Mas: se a falta de pressuposto é para todos os pedidos,
há indeferimento liminar.

 Execução sumária
- O AE deve suscitar a intervenção do juiz de execução.

 O executado pode opor-se à execução nos termos do art.


729.º/c.

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 Cumulação de execuções (709º a 711º CPC)


– O exequente pode cumular pedidos contra o mesmo
executado;
– Os pedidos podem fundar-se no mesmo título ou em título
diferente;
– Pode ser inicial (no ato da propositura) ou sucessiva (na
pendência da execução, o exequente deduz novo pedido
executivo)
• Sendo sucessiva, o executado será sempre notificado,
podendo opor-se se entender que a cumulação é ilegal
(728º/4)

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Pressupostos processuais gerais da ação executiva

 Cumulação de execuções (709º a 711º CPC)


– Pressupostos:
• Ação executiva da mesma espécie (inicial ou por
conversão);
• Identidade da competência do tribunal: internacional, em
razão da matéria e da hierarquia;
• Identidade quanto à forma de processo;
• A execução de decisão judicial não correr nos próprios
autos.
– Regras da competência em razão do valor e do território –
709º/2 a 4 (mas o art. 89.º/5 estipula diversamente).
– Cumulação de execuções com forma de processo comum
distinta: a execução segue a forma ordinária (art. 709.º/5).
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 Cumulação indevida

– Mesmas consequências da coligação ilegal, com as


devidas adaptações.

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