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Dicas Para as Empresas que Querem dar Folga aos Empregados no Carnaval

18/02/2020 PORTAL TRIBUTÁRIODEIXE UM COMENTÁRIO

A Lei nº 9.093/95, que dispõe sobre feriados civis, estabelece que sejam feriados somente
aqueles declarados em Lei Federal ou Estadual, quando se tratar da data magna do Estado.

São considerados também feriados religiosos os dias de guarda conforme o costume ou


tradição local declarados em Lei Municipal, os quais não poderão ser em número maior do que
4 (quatro) dias no ano, já incluso neste, a sexta-feira da paixão de acordo com o art. 2º da
referida lei.

Entretanto, tanto a Lei nº 9.093/95 quanto a Lei nº 10.607/2002, que dispõem sobre os
feriados nacionais, não estabelecem o dia de carnaval como sendo feriado nacional.

Para as empresas que queiram conceder folga na segunda e terça de carnaval (ou mesmo no
dia posterior), poderão se utilizar dos seguintes meios:

a) Acordo de compensação: De acordo com o disposto no §6º do art. 59 da CLT, a empresa


poderá se valer de acordo individual de compensação para conceder a folga ao empregado nos
dias que por bem entender (segunda, terça de carnaval e quarta-feira de cinzas), somando as
horas dos dias de folga para serem compensadas posteriormente.

b) Banco de horas: As empresas poderão conceder folga no carnaval aos empregados e optar
em compensar as horas de folga por meio de banco de horas.

c) Troca do Feriado: Para as empresas que atuam nos municípios ou estados em que o carnaval
é feriado e que não puderem dispensar o empregado por motivo de exigência da atividade
desenvolvida, estas poderão se utilizar do que dispõe o art. 9º da Lei 605/49, de cláusulas
dispostas no acordo ou convenção coletiva de trabalho ou remunerar (em dobro) o
empregado que trabalhar no feriado.

Clique aqui e veja outros detalhes e dicas importantes sobre como conceder folga ao
empregado, atendendo a legislação trabalhista.

Para não incorrer em problemas trabalhistas futuros sobre folga, compensação, banco de
horas e administração da jornada de trabalho, acesse os tópicos abaixo do Guia Trabalhista
Online:

Cartão Ponto – Horário de Trabalho e Jornada de Trabalho;

Acordo de Compensação de Horas;

Jornada Flexível – Jornada Móvel;

Jornada de Trabalho – Cômputo das horas no Espelho Ponto;

Banco de Horas – Horas com Acréscimo ou Hora por Hora?;

Horas Extras – Comissionista e Salário Fixo;

Faltas Justificadas;

Escala de Revezamento;

Faltas Não Justificadas – Reflexo na Remuneração.


DOCUMENTOS PARA FINS DE DEFESAS EM RECLAMATÓRIAS TRABALHISTAS NA ERA DIGITAL

Equipe Guia Trabalhista

A reclamatória trabalhista é a ação judicial movida pelo empregado contra a empresa ou


equiparada a empresa ou empregador doméstico a quem tenha prestado serviço, que visa
resgatar direitos que foram violados durante a relação de emprego, expressa ou tacitamente
celebrado entre empregado e empregador.

A reclamatória se inicia com a formalização do processo na Justiça do Trabalho através da


Petição Inicial promovida pelo procurador (advogado) do empregado contra o empregador ou
deste contra o empregado, no caso de uma ação de consignação em pagamento, por exemplo.

No processo trabalhista caberá ao preposto da empresa, ou a quem o empregador indicar, o


levantamento dos documentos que serão necessários apresentar (juntar ao processo) para
comprovação das alegações na contestação (defesa) feita pela empresa.

Dentre os principais documentos a serem apresentados podemos citar:

Livro ou ficha de registro de empregado

Contrato de trabalho;

Aditivos contratuais (transferência de local, transferência de horário de trabalho, promoções e


etc.);

Termo de rescisão de contrato de trabalho e entrega do Seguro Desemprego (se for o caso);

Aviso Prévio;

Folha de pagamento (Recibos) de todo período reclamado, inclusive 1ª e 2ª parcela do 13º


salário;

Em caso de cargo comissionado ou por produção, relatório base para formação da comissão
ou produção paga;

Aviso e recibos de férias pagos;

Cartão ponto de todo o período;

Atestados médicos;

Licença maternidade;

Certidão de nascimento dos filhos menores de 14 (quatorze) anos;

Comunicação de acidente de trabalho - CAT;

Advertências disciplinares, suspensões;

Identificação de empregados atuais que trabalharam com o reclamante no mesmo período e


setor (paradigma ou testemunha);

Comprovantes de comunicação (registrado via correio) no caso de Abandono de Emprego;


Acordos e convenção coletiva de trabalho da categoria;

Outros comprovantes de descontos como grêmio, farmácia, convênios, empréstimos, etc.

Até pouco tempo atrás todos estes documentos eram juntados nos autos de forma física, ou
seja, por meio de documentos originais ou cópia autenticada.

Mas este cenário está ultrapassado, já que em todo o país e nas diversas esferas do Poder
Judiciário, principalmente na área trabalhista, as petições, as provas documentais, a oitiva das
testemunhas, as provas periciais e todos os atos processuais são feitos de forma eletrônica.

Com a era digital os documentos devem digitalizados e sua autenticação é feita por meio do
Certificado Digital, onde o Advogado da parte assina "digitalmente" (por meio de certificado
digital) os documentos que serão juntados ao processo via internet, os quais são declarados
como autênticos, nos termos do art. 830 da CLT, in verbis:

Art. 830. O documento em cópia oferecido para prova poderá ser declarado autêntico pelo
próprio advogado, sob sua responsabilidade pessoal.

Parágrafo único. Impugnada a autenticidade da cópia, a parte que a produziu será intimada
para apresentar cópias devidamente autenticadas ou o original, cabendo ao serventuário
competente proceder à conferência e certificar a conformidade entre esses documentos.
(Redação dada pela Lei 11.925/09).

Isto facilita, inclusive, os trabalhos das empresas, que poupam gastos com cópias ou
autenticações em cartórios, bem como evita as correrias para entrega de documentos ao
escritório jurídico. Agora os profissionais de RH poderão fazer a digitalização dos documentos
acima listados e enviar ao advogado, tudo por internet.

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