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Abril de 2010
ÍNDICE
1. Introdução.......................................................................................................................... 3
1.1. Destinação do Curso................................................................................................... 3
1.2. Apresentação.............................................................................................................. 3
2. Teoria da Geração de Energia Elétrica ............................................................................. 3
2.1. Introdução ................................................................................................................... 3
2.2. Curva de Operação do Gerador Síncrono .................................................................. 5
2.2.1. Gerador de Rotor com Polos Lisos....................................................................... 5
2.2.2. Conclusões......................................................................................................... 14
2.3. O Estatismo (Droop) e a Compensação de Reativos................................................ 15
2.3.1. Introdução .......................................................................................................... 15
2.3.2. Conceituação da existência do estatismo: ......................................................... 15
2.3.3. Definição do estatismo / compensação de reativo ............................................. 17
2.3.4. Análise do efeito do estatismo em um sistema de potência ............................... 18
2.4. Divisão de Carga Isócrona........................................................................................ 23
2.5. Controle de Potência................................................................................................. 24
2.6. Controladores Modernos........................................................................................... 24
3. Sistema de Excitação ...................................................................................................... 25
4. Sistemas de Regulação de Velocidade ........................................................................... 27
4.1. Regulador de Velocidade Woodward 505................................................................. 27
4.1.1. Regulador de Velocidade ................................................................................... 30
4.1.2. Setpoint de Velocidade Remoto ......................................................................... 31
4.1.3. Controlador Auxiliar ............................................................................................ 31
4.1.4. Setpoint Auxiliar Remoto .................................................................................... 31
4.1.5. Divisão de Carga ................................................................................................ 32
4.1.6. Regulador "CASCADE" (Não usado para Vista Alegre) ..................................... 32
4.1.7. Setpoint “CASCADE” Remoto ............................................................................ 32
4.1.8. Limitador da Válvula ........................................................................................... 33
4.1.9. Características de Operação .............................................................................. 33
4.1.10. Marcha Lenta / Nominal ................................................................................... 33
4.1.11. Seqüência de Partida Automática .................................................................... 34
4.1.12. Contorno da Velocidade Crítica........................................................................ 34
4.1.13. Teclado e Display ............................................................................................. 35
4.1.14. Temporizador Watchdog / Falha da CPU Controle .......................................... 37
5. Sistema de sincronismo e controle de carga (EGCP3 LS e EGCP3 MC) ....................... 38
5.1. Woodward EGCP3 LS .............................................................................................. 42
5.2. Woodward EGCP3 MC ............................................................................................. 52
6. Proteção Elétrica ............................................................................................................. 57
7. Diagrama Unifilar Geral ................................................................................................... 60
1. Introdução
O presente curso destina-se aos engenheiros, técnicos e operadores que, pelas suas
atribuições, atuem ou se envolvam direta ou indiretamente na operação e na manutenção
do turbo-gerador e processo de co-geração, com a concessionária, da Usina Vista Alegre.
1.2. Apresentação
2.1. Introdução
Essas grandezas devem ser mantidas dentro de certos limites considerados como
satisfatórios para que os equipamentos, a serem alimentados, possam operar
continuamente, sem que ocorram danos devido a variações de tensão e freqüência.
O gerador síncrono que fornece energia em regime comercial, deve ser capaz de entregar
ao consumidor o tipo de energia que este necessita.
As cargas que o gerador vai alimentar, podem ser classificadas em três tipos, de acordo
com a corrente que necessitam:
- carga resistiva;
- carga indutiva;
- carga capacitiva.
Todas as cargas necessitam de certa parcela de corrente resistiva, para atender à sua
demanda de potência mecânica. Esta seria então a "potência ativa". A potência ativa é
fornecida pela turbina. O gerador somente faz o "repasse" ao consumidor.
Mas além da potência ativa (mecânica), a carga ainda requer uma parcela de "potência
reativa". Esta potência reativa é decorrente do tipo de corrente que a carga requer, em
adição à corrente resistiva. A potência reativa não vem da turbina, ela é fornecida pelo
gerador. É uma potência não mecânica.
Sob um ponto de vista prático, podemos dizer que a carga, que durante sua energização
recebe do gerador uma corrente em fase com a tensão é chamada de corrente resistiva.
Mas, devido à sua natureza, quando puramente indutiva ou capacitiva, a carga "desloca" a
corrente, de um ângulo de 90°. A carga indutiva "desloca" para -90°, de modo que a
corrente fica 90° graus atrasada da tensão. A carga capacitiva "desloca" para +90°,
resultando em corrente "adiantada" de 90° em relação à tensão. A carga resistiva não
defasa a corrente.
Quando a carga não é puramente indutiva ou puramente capacitiva, porém com uma
parcela indutiva ou capacitiva, ocorre uma defazagem que tende a +/- 90°, conforme a
carga se torna mais indutiva ou capacitiva ou tende a 0 quando a parcela indutiva ou
capacitiva é pequena.
Existem conceitos teóricos que explicam como e porque existe tal defasagem; mas como
esta teoria foge do assunto deste trabalho, aceitemos os fatos expostos como postulados.
Existem geradores com rotores de polos lisos (cilindricos) ou polos salientes. A curva de
capacidade ou capabilidade do gerador (curva de operação) é um pouco diferente para
cada um desses tipos de geradores.
Porém por simplicidade vamos estudar somente o gerador com polos lisos.
Eo I
V
Eo φ
xd.I ∝.P
o δ
φ V A B
∝.Q
I
Figura 1
ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.
Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
6/60
P = V .I . cos ϕ
Q = V .I .senϕ
mas:
CB = xd .I . cos ϕ = Eo.senδ
V .I . cos ϕ = (V xd ).Eo.senδ
P = (V xd ) .Eo.senδ (1)
e pode ser medida pelo segmento AB , a menos do fator de escala V/xd. Desta forma, o
segmento AC representa a potência aparente por fase, S, a menos do fator de escala V/xd.
Mantendo-se constante a potência que a turbina fornece ao gerador, a potência elétrica que
o gerador fornece à carga é também constante.
Com a variação da excitação, altera-se o fator de potência com o qual esta potência é
fornecida. Em outras palavras pode-se desta forma alterar a potência reativa fornecida ao
sistema mantendo-se inalterada a potência ativa.
Por outro lado, o aumento da corrente de excitação corresponde a um aumento do fluxo de
magnetização da máquina, com o correspondente aumento da f.e.m. induzida em vazio.
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7/60
p C” C C´
q
Eo´
Eo
I”
δ
m n
0 φ B” A B B´
I
I´
s
Figura 2
u
A fig. 3 mostra a variação senoidal da potência ativa com o ângulo δ. para diferentes
condições de excitação da máquina. A medida que cresce a excitação (cresce o fluxo).
menor é o ângulo de potência necessário à transferência de uma determinada potência
ativa. Em outras palavras, a máquina com maior fluxo, é potencialmente mais apta para
transferir o conjugado eletro-magnético. Entretanto. valores elevados de f.e.m. interna (ou
seja, valores elevados de fluxos de magnetização) pressupõem valores
correspondentemente altos de corrente de excitação.
Desta forma, infere-se que a faixa de valores de f.e.m. interna. para uma dada potência
ativa, encontra-se entre dois limites: um valor mínimo. abaixo do qual o sincronismo é
perdido; um valor máximo, ditado pela máxima corrente de excitação que o enrolamento
de campo pode suportar sem aquecimento excessivo.
Na prática. o menor valor de f.e.m. em vazio permitido não é aquele correspondente a δ =
90o elétricos, pois isto significaria permitir um funcionamento da máquina em condições
bastante criticas.
___
CB
0 90º elétricos δ
δ” δ`
δ`¨
Figura 3
Para a f.e.m. variando entre os limites permissíveis acima descritos, a fig. 2 mostra os
correspondentes valores da corrente da armadura, I.
Como a potência ativa cedida pela máquina é constante, o produto I.cosφ., também é
constante, e a ponta dos vetores que representam a corrente do armadura percorre a reta
rs. A partir da condição de mínima excitação (fator de potência capacitivo), a corrente
atinge um valor mínimo com o aumento da excitação (fator de potência unitário), voltando
a crescer até o valor máximo da excitação (fator de potência indutivo).
As condições acima são válidas para cada potência fixa da turbina e podem ser resumidas
no conhecido diagrama das curvas em .V. (fig. 4).
Limite de
I estabilidade
iexc
Figura 4
O diagrama da fig. 5 mostra a situação na qual a excitação e a potência ativa são variáveis
permanecendo constante a potência aparente.
Conforme apresentado no Item 2.2.1.1. (Diagrama vetorial da máquina), o segmento AC é
proporcional à potência aparente S. Portanto, o lugar geométrico dos pontos de S =
constante, é a circunferência de raio AC. Dependendo do valor da excitação (e. portanto,
do valor da f.e.m. interna Eo), o gerador poderá fornecer maior ou menor quantidade de
reativos à linha. Para cada potência aparente considerada, uma circunferência
correspondente pode ser traçada no diagrama da fig. 5. A circunferência de maior raio
permissível é aquela correspondente a máxima corrente admissível nos enrolamentos da
máquina, isto é, a corrente que impõe ao enrolamento da armadura a sobre-elevação de
temperatura para a qual ele foi projetado.
Eo
δ V A B
0
φ
I
Figura 5
Sempre ligado à uma linha de tensão e freqüência constantes (em paralelo com o sistema
interligado), agora o gerador opera com uma corrente de excitação fixa e com a potência
mecânica fornecida pela turbina, variando.
No diagrama vetorial, o lugar geométrico da extremidade do vetor Eo é uma circunferência
com centro no ponto 0 (fig. 6).
Para um gerador, é de Interesse apenas o arco da circunferência correspondente a 0 ≤ δ ≤
900 elétricos Neste intervalo a potência elétrica ativa fornecida pelo gerador varia
senoidalmente com o ângulo de potência (δ). de acordo com a equação 1, conforme pode
ser visto na fig. 2.
No diagrama da fig. 6, o segmento CB é proporcional à potência ativa, indo de zero (δ = 0)
até a potência máxima C´B´ , correspondente ao limite teórico de estabilidade estática (δ =
90o elétricos). Neste ponto o gerador estará operando sob o fator de potência capacitivo
(φ'), com uma corrente I'.
O segmento AB´ indica a potência reativa capacitiva, conforme equação 2. Para um valor
particular da potência mecânica que a turbina fornece ao gerador, tem-se a corrente em
fase com a tensão. Nesta condição, de fator de potência é unitário, toda esta potência
estará sendo fornecida à carga do gerador como potência ativa ( AB = 0).
C`
Eo`
Xd.I`
Limite de
estabilidade I`
C
Eo
φ` φ
Xd.I
φ` δ
0 φ
V A B
B´
I
Figura 6
z
Limite prático kW
de estabilidade
Cosφ=0,8 ind.
s 1,0
Limite teórico
m n
de estabilidade
Xd=1,6
0,8 p V2/xd=1/1,6
=0,63
0,6
u
0,4
r 0,2
δ
O t q
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 A 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
1/ Xd
kVA cap. kVA ind.
Figura 7
2.2.2. Conclusões
Quando um gerador está ligado num barramento de tensão e freqüência constantes, cada
ponto de operação estável é definido por duas das seguintes grandezas:
- potência ativa P;
- potência reativa Q;
- ângulo de potência δ.
Para que a utilização da máquina seja segura, todos os pontos de funcionamento devem
ser internos à área delimitada pelo seu diagrama de operação.
-1,8
2.3.1. Introdução
A condição ideal seria aquela em que todos os geradores contribuam, independente do seu
tempo de resposta, com uma participação proporcional à sua capacidade nominal de
geração, ou seja, que os geradores maiores assumam a maior parcela da carga excedente.
Com o intuito de satisfazer esta necessidade, foram criados os artifícios do estatismo e
compensação de reativo.
f V
fn
∆f ∆V
P Q
0 0
∆P ∆Q
∆f Pn ∆V Qn
Estatismo(%) = . .100 Comp _ de _ reativo(%) = . .100
fn ∆P Vn ∆Q
Carga 3
TG1 TG2
Barramento A1
Carga 1 Carga 2
HG3
Sn = 25 MVA
Cosφ=0,8
Pn=20MW
Qn=15MVar
Vn=13,8kV
Sn = 50 MVA
Cosφ=0,8
Pn=40MW
Qn=30MVar
Vn=13,8kV
Sn = 100 MVA
Cosφ = 0,8
Pn = 80 MW
Qn = 60 M Var
Vn = 13,8 kV
Totalizando o consumo das cargas, constatamos que o fluxo das potências no barramento
A1, sem considerar possíveis fluxos de potência reativa entre os geradores, é:
P = 56 MW
Q = 26,25 M Var
E, a melhor condição de geração para o sistema, desde que as condições das turbinas e
das linhas de transmissão permitam, de modo a manter todos os geradores trabalhando
folgadamente é:
TG1 = 8 MW / 3,75 MVar
TG2 = 16 MW / 7,5 MVar.
HG3 = 32 MW / 15 MVar.
f (Hz)
TG1
61,2 4
1
60,0 3
59,5 2
59,1
58,2
P (MW)
0 8 11,2 14 20
f (Hz)
TG2
61,2
1
60,0
58,2
P (MW)
0 16 40
f (Hz)
HG3
61,2 4
1
60,0 3
59,5 2
59,1
58,2
P (MW)
0 32 44,8 80
Vamos supor, então, que por alguma razão o disjuntor 52-2 que interliga o TG2 ao
barramento A1 abra. Imediatamente após este instante, haverá um déficit de potência no
sistema e a freqüência cairá para 59Hz, por exemplo. Os reguladores de velocidade do
TG1 e HG3 detectarão esta condição e iniciarão a resposta adequada, com o intuito de
elevar novamente a freqüência para 60 Hz.
Porém, como o TG1 possui menor inércia que o HG3, a sua resposta será mais rápida e,
somente para facilidade de análise, vamos supor que o tempo morto do HG3 seja maior
que o tempo de resposta do TG1. Então, o TG1 passará a gerar mais potência ativa,
deslocando o seu ponto de operação para o ponto (2) (curva do TG1) da reta de estatismo.
Não devemos esquecer que à medida que o TG1 fornecer mais potência ativa, ele
contribuirá para restabelecer a freqüência do sistema.
No ponto (2) (curva do TG1), a medição de freqüência na malha de realimentação do
regulador de velocidade da turbina do TG1 foi "mascarada” para trabalhar em 59,1 Hz e
já não vê diferença entre o seu valor de referência (set-point) e o valor da freqüência do
sistema deixando, então, de alterar a potência ativa do gerador.
A seguir, o HG3 inicia a sua resposta tendendo a se deslocar também para o ponto (2)
(curva do HG3), ou seja, aumentará a sua geração de potência ativa. Porém, à medida que
o HG3 fornece mais potência ativa para o sistema, a freqüência se eleva e por
conseqüência o TG1 que operava no ponto (2) (curva do TG1) inicia a redução do
fornecimento da potência ativa até atingir o ponto (3) (curva do TG1), e o HG3 não chega a
operar no ponto (2) (curva do HG3) estabilizando antes no ponto (3) (curva do HG3).
Resumindo, devido ao desligamento do TG2, as potências ativas fornecidas pelo TG1 e
HG3 foram alteradas de 8 MW e 32 MW para 11,2 MW e 44,8MW, respectivamente,
totalizando 56 MW de modo a eliminar o déficit de potência ativa existente.
Porém, note-se que a freqüência não foi restabelecida em 60 Hz. Isto deve ser efetuado
pelo operador das máquinas que reajustará os valores de referência (set-point) dos
reguladores de velocidade fazendo com que os geradores passem a operar nos pontos 4
(curvas TG1 e HG3) das outras retas de estatismo.
Isto prova a afirmação descrita no parágrafo 3, de que para cada ajuste do valor de
referência (set-point) do regulador de velocidade, corresponde uma reta com inclinação
definida pelo valor do estatismo.
Do exposto, concluímos, então, que quanto maior for o valor numérico do estatismo, menor
será a contribuição da máquina na recuperação da freqüência do sistema.
Devemos ressaltar ainda que, mesmo sendo inadequado, se existirem máquinas
interligadas com diferentes ajustes de estatismo nos seus reguladores de velocidade, elas
assumirão cargas proporcionalmente diferentes.
A2-1 52-2
Barramento A2
52-1 A2-2
T1
Carga 2
HG1
A filosofia dsse equilibrador consiste em medir a potência total do barramento e dividir pelo
número de geradores existentes, gerando assim um valor de referência único que deve ser
utilizado proporcionalmente (em p.u.) por todos os geradores presentes e que estejam
nesse modo de operação (divisão de carga isócrona). É chamada de divisão de carga
isócrona, pois apesar de dividir a carga, cada regulador de velocidade irá operar como se
não tivessem estatismo, isto é, estatismo zero.
No sistema descrito no item anterior, podemos ver que houve a necessidade de se corrigir
a freqüência após a saída do TG2, pois os reguladores de velocidade estão todos em
“droop”. Porém no sistema de divisão de carga isócrona isso não acontece, pois além de
dividir a carga, os reguladores de velocidade ajustam a freqüência.
TG1 TG2
O controle de potência para o caso dos geradores operando com estatismo, é efetuado
atuando se no “set-point” do regulador de velocidade. Porém existem também reguladores
de potência, que em caso de operação em paralelo irão manter fixa a sua geração. O ajuste
de potência será feito no “set-point” específico. Esse controle de potência também é
chamado de “base de carga” (Woodward). Porém caso esse gerador fique isolado do
sistema, deve comutar imediatamente para controle de freqüência, sob o risco de perder o
seu controle.
Outro controlador que está sendo utilizado é o EGCP3, com as mesmas funções do DSLC,
porém podendo ainda efetuar controle do motor e proteção elétrica do gerador.
3. Sistema de Excitação
O sistema de excitação deve manter a tensão e o reativo da máquina dentro dos limites
operacionais (curva de capabilidade), através do controle da corrente de campo do gerador.
Excitation System
Regulator
I/O
SM 3
EXC.
3~
T95_0122.DRW
Sendo:
1 – Transformador de excitação;
2 – Regulador de tensão;
3 – Supressão de campo;
Sendo o regulador responsável por manter o gerador dentro dos limites operacionais,
temos então, além do regulador de tensão propriamente dito, os reguladores limitadores:
As saídas desses dois reguladores e a saída do limitador da válvula, são direcionadas para
um seletor de menor sinal (LSS). A saída do LSS ajusta diretamente a posição do atuador.
Todos esses três reguladores PID possuem a opção de utilizar um sinal de entrada
analógico para ajuste remoto de seus setpoints.
Existem ainda duas portas de comunicação serial, as quais podem ser usadas para
monitorar e controlar a turbina através de protocolo ModBus.
Na figura abaixo podemos ver o regulador 505 aplicado a turbina com somente uma
válvula.
Nesse exemplo, o regulador poderá manter uma das grandezas a seguir:
- Pressão de entrada de vapor;
- Pressão de exaustão;
- Carga do gerador.
Já na figura abaixo, o 505 está sendo usado também para controle de extração.
Nesse exemplo, o regulador, além do controle da extração, poderá manter uma das
grandezas a seguir:
- Pressão de entrada de vapor;
- Pressão de exaustão;
- Carga do gerador.
Uma das entradas de 4-20 mA pode ser configuradas para controlar o setpoint de
velocidade. Tipicamente, um controle de processo externo ao 505 faz interface com esta
entrada para regular a velocidade ou carga da turbina para controlar o referido processo.
Esta entrada atua diretamente no setpoint de velocidade do 505. A taxa com que esse sinal
de entrada remoto pode mudar o setpoint de velocidade é programável. A função de ajuste
remoto do setpoint de velocidade pode ser habilitada ou desabilitada através do teclado
frontal do painel, por contato de entradas remotas ou por linha de comunicação.
O canal de controle Auxiliar pode ser usado para controlar ou limitar um parâmetro.
O controlador PID Auxiliar pode ser usado para controlar ou limitar carga/potência, nível de
importação/exportação, pressão de entrada e de escape, temperatura, ou qualquer outro
processo diretamente relacionado com a turbina.
A entrada do canal de controle Auxiliar é um sinal de 4-20 mA. O amplificador PID de
controle Auxiliar compara esse sinal com o setpoint para gerar uma saída de controle para
o barramento digital LSS e então, é enviado o sinal mais baixo para o atuador.
O setpoint do canal de controle Auxiliar é ajustável com comandos de aumenta e diminui
através do teclado frontal de controle, através de contato de entradas remotas ou através
de links de comunicação. O setpoint também pode ser ajustado diretamente entrando-se
com um novo ajuste através do teclado ou por comunicação ModBus. Além disso, uma
entrada analógica pode ser programada para ajuste remoto do setpoint Auxiliar.
Uma das entradas de 4-20 mA pode ser configurada para ajustar remotamente o setpoint
do canal de controle Auxiliar.
Esta entrada age diretamente no setpoint do canal de controle Auxiliar. A taxa com que
esse sinal de entrada remoto pode mudar é programável.
A função Auxiliar remota pode ser habilitada ou desabiliatada através do teclado frontal do
painel, por contato de entradas remotas ou por links de comunicação.
O 505 é capaz de usar uma entrada analógica para aceitar um sinal de divisão de carga
oriundo de DSLC ou EGCP3.
Esta entrada junto com o DSLC / EGCP3 permite o controle da divisão de carga em
isócrono com qualquer outro gerador usando o DSLC / EGCP3. Um somador interno do
505 adiciona este sinal à referência dos PIDs de velocidade/carga.
Além disso, para divisão de carga, a entrada para o DSLC / EGCP3 no 505 pode ser usada
para sincronizar a unidade com o barramento ou com a concessionária.
O controle "Cascade" pode ser configurado para controlar qualquer processo de sistema,
relacionado ou afetado pela velocidade ou carga da turbina. Usualmente, esse controlador
é usado como um controlador da pressão de entrada ou de escape.
O controlador "Cascade" é um controlador PID que compara um sinal 4-20 mA com o
setpoint "cascade". O controlador PID ajusta o setpoint do controlador de velocidade até o
sinal de processo e o setpoint marcado.
O setpoint "Cascade" é ajustável com comandos de aumenta e diminui através do teclado
no painel frontal, através de contato de entradas remotas ou através de links de
comunicação. O setpoint também pode ser ajustado diretamente entrando-se com um novo
ajuste através do teclado ou por comunicação ModBus. Além disso, uma entrada analógica
remota do setpoint "cascade" pode ser programada para ajuste remoto desse setpoint.
Uma das entradas de 4-20 mA pode ser configuradas para ajustar remotamente o setpoint
"cascade". Esta entrada afeta diretamente o setpoint "cascade" do 505. A taxa com que o
sinal de entrada remoto pode mudar o setpoint "cascade" é programável e pode ser
mudado mesmo no modo RUN.
O ajuste remoto do setpoint da função "cascade" pode ser habilitado ou desabilitado
através do teclado frontal do painel, de contato das entradas remotas ou por links de
comunicação.
O limitador da válvula limita o sinal de saída do atuador ou posição da válvula para ajudar
na partida ou parada da turbina. A saída do limitador da válvula é submetida ao LSS
juntamente com as saídas dos canais de controle de velocidade/carga e o auxiliar.
A posição da válvula será controlada conforme a posição mais baixa da válvula quando da
requisição do canal limitador ou de controle. Assim, o limitador da válvula limita a posição
máxima da válvula. Este limtador pode ser ajustado através do teclado, contatos externos,
ou comandos do ModBus.
O limitador da válvula também pode ser usado para resolver problemas em sistemas
dinâmicos. Se for creditado ao 505 ser a fonte da instabilidade do sistema, o limitador da
válvula pode ser posicionada para que se faça o controle da posição da válvula
manualmente. Deve-se tomar cuidado quando do uso do limitador da válvula nesse caso
para não permitir que o sistema atinja um ponto de operação perigoso.
O 505 fornece opções para três diferentes modos de operação : automático, semi-
automático e manual. Um desses modos deve ser programado para tirar a turbina do
estado de trip e ir para um controle de velocidade numa velocidade mínima. O modo de
partida configurado e o controle mínimo de velocidade do regulador dependerá do
procedimento normal de partida e recomendações do fabricante da turbina.
Se for programada uma velocidade lenta (ou modo de marcha lenta/nominal ou sequência
automática de partida), o 505 pode fornecer controle automático de velocidade e evitar as
velocidades críticas. Um comando 'RUN' pode ser dado através do teclado do 505, de um
contato de entrada remoto, ou comunicação ModBus. Além disso, um contato opcional de
entrada 'Start Permissive' pode ser programado para prevenir uma partida se, por exemplo,
a válvula principal não estiver fechada.
SCROLL : É o maior botão, que está no meio do teclado, e que possui flechas em cada
uma de suas pontas. Pressionando-se < > (mover para esquerda e direita),
move-se o display para esquerda ou direita através dos blocos de função do
modo PROGRAM ou RUN. As setas ∧ ∨ (mover para cima e para baixo)
move o display para cima ou para baixo dentro de um bloco de função do
modo PROGRAM ou RUN.
SELECT : Esta tecla é usada para controle de seleção das linhas de cima ou de baixo do
display. O sinal @ é usado para indicar qual linha pode ser ajustada pelas
teclas de ajustes. Somente quando há uma variação intercambiável em
ambas as linhas (modo dinâmico, calibração de válvula) faz a tecla SELECT e
o sinal @ determinar qual linha variável pode ser ajustada. Quando somente
uma linha pode ser variada por tela, a posição da tecla SELECT e o sinal @
são irrelevantes.
ADJ (ajuste):
No modo RUN, "∧" move qualquer parâmetro para cima (maior) e "∨" para
baixo (menor).
PRGM (programa):
Quando o controle está desligado esta tecla seleciona o modo PROGRAM.
Quando no modo RUN, esta seleciona o modo PROGRAM MONITOR
(monitor de programa). No modo PROGRAM MONITOR a programação pode
ser vista, mas não mudada.
RUN :
Inicia um comando de partida da turbina nos modos "CONTROLLING
PARAMETER / PUSH RUN ou PRGM".
STOP :
Inicia um desligamento controlado da turbina (modo RUN).
RESET :
Rearma/limpa os alarmes e trips no modo RUN. Pressionando a tecla também
retorna o controle para os modos "CONTROLLING PARAMETER / PUSH
RUN ou PRGM" depois de um trip.
0 / NO :
Entra 0 (zero) ou NO ou desabilita.
1/YES :
Entra 1 (um) ou YES ou habilita.
2 / ACTR (atuador) :
Entra 2 (dois) ou mostra posição do atuador (modo RUN).
3 / CONT (controle) :
Entra 3 (três) ou mostra o parâmetro que está no controle (modo RUN);
pressionar a tecla Step down para mostrar a causa do último trip.
4 / CAS ("Cascade") :
Entra 4 (quatro) ou mostra informação do controle "Cascade" (modo RUN).
5 / RMT (remoto) :
Entra 5 (cinco) ou mostra informação do controle do setpoint de velocidade
remoto (modo RUN).
7 / SPEED :
Entra 7 (sete) ou mostra informação do controle de velocidade (modo RUN).
8 / AUX (auxiliar) :
Entra 8 (oito) ou mostra informação do controle auxiliar (modo RUN).
9 / kW (carga) :
Entra 9 ou mostra informação kW/carga (modo RUN).
CLEAR :
Limpa o modo PROGRAM e RUN e sai do modo presente.
ENTER :
Entra com novo valor no modo PROGRAM, e permite a entrada de um valor
específico de setpoint no modo RUN.
DYNAMICS (+/-) :
Acessa os ajustes dinâmicos dos parâmetros de controle do atuador no modo
RUN. Esta tecla também mudará o sinal de um valor que está sendo ajustado.
. (Ponto Decimal) :
Entra com ponto decimal no número que está sendo ajustado no painel
frontal.
ALARM (F1) :
Mostra a razão de qualquer alarme quando as teclas estão iluminadas.
F3 (tecla de função) :
Tecla de função programável para habilitar ou desabilitar funções de controle
programáveis.
F4 (tecla de função) :
Tecla de função programável para habilitar ou desabilitar funções de controle
programáveis.
Sincronoscópio
U
Automático
Disjuntor comando
Condições de Paralelismo:
a) Mesmas amplitudes
U1 U
∆
U2
t
b) Mesmas freqüências
T1 T2 T1 f1 f2
T2
U1
t
U2
U1
t
U2
Apesar de satisfazer os três itens anteriores, não devemos fechar o paralelo de dois
sistemas, se os mesmos estiverem com sequências de fase diferentes.
e) Condição OK
SYNC
O EGCP-3 pode efetuar sequenciamento de partida / parada do motor (no caso de motor
diesel). Em operação com um único gerador, o controle funcionará no modo de controle de
velocidade isócrono. Para sistemas multi-máquinas, até 16 geradores podem dividir carga,
operar em base de carga, ou modo de controle de processo.
Controle de Motor
O EGCP-3 executa lógica de partida, parada de motores diesel ou a gás. A lógica de
partida inclui capacidade de: pre-lubrificação, habilitação separada para ignição (gás),
lógica de bomba de óleo, e uma pausa configurável na posição idle. A função de parada
domotor inclui: resfriamento controlado, lógica de parada suave e lógica de parada de
emergência. A lógica de partida e parada incluem fechamento e abertura do disjuntor do
gerador. Proteções típicas como sobrevelocidade, temperatura do líquido refrigerante,
pressão de óleo e tensão da bateria são fornecidos. Entradas digitais e analógicas
configuráveis são fornecidas para serem usadas com termostatos, pressostatos ou chaves
de nível. Essas entradas podem ser desabilitadas quando não forem necessárias.
Adicionamente ao modo automático a partida e parada manuais também estão disponíveis.
O disjuntor pode ser fechado manualmente quando controle manual for necessário.
Sincronizador
O EGCP-3 utiliza técnicas de DSP para obter tensões RMS e defasagens relativas das
formas de onda de tensão do gerador e do sistema.
Considerando que o método utilizado não depende de cruzamento por zero, oferece uma
precisão signficativa mesmo em presença de distorções da forma de onda.
O sincronizador pode medir barra morta e fechar o disjuntor do gerador quando for seguro.
A rede de comunicação entre os controladores EGCP3s de sistemas multigerador
asseguram que os mesmos não possam fechar os disjuntores simultaneamente quando em
barra morta.
O modo pode ser selecionado atraves do software “watch window”, painel frontal ou
ModBus.
O último modo selecionado por qualquer dos métodos de interface, será o modo de
operação.
O sincronizador inclue controle de ajuste de tensão, repetição de comando de fechamento
retardado automaticamente (como um religador) e tempo longo de sincronismo.
Entradas de aumentar e diminuir podem ser usadas para ajustar a velocidade manualmente
para sincronismo manual. Também podem ser usadas entradas para ajuste de tensão.
Cada uma dessas funções pode ser habilitadas ou desabilitadas.
Controle de Carga
Quando o disjuntor do gerador é fechado, e o EGCP3 LS está em modo isocrono irá dividir
carga com outras unidades geradoras conectadas na mesma barra.
A saída de bias de velocidade (speed bias) irá controlar a carga de cada gerador através de
leves desvios no valor de referência do regulador de velocidade.
Quando o disjuntor está aberto, o EGCP 3 estará no modo droop.
O controle de carga inicia-se após o fechamento do disjuntor quando então a função de
controle de carga assume o controle da saída de referência de velocidade para o regulador
de velocidade (speed bias) diretamente do sincronizador.
Um outro modo de controle é a “base de carga”; ele começa quando o disjuntor fecha
quando a função de controle de carga assume o controle da saída de bias de velocidade.
A correção do escorregamento de freqüência do sincronizador até o nível de carga inicial
(nível de trip de descarga) será suave. Sob comando, a rampa ajustável permite um fácil
carregamento com tempo controlado em base de carga, divisão isócrona de carga, ou
controle de processo. Uma entrada de pausa da rampa permite a retenção da rampa de
carga para aquecimento ou outros propósitos.
O controle de processo é derivado do modo de operação “base de carga”. Um controlador
EGCP3 LS (Quando não existir um controlador EGCP3 MC) pode ser selecionado como
“Master” (Mestre), para controlar o caregamento dos outros geradores do barramento.
O EGCP3 preve uma entrada para permitir mudar a referência interna de “base de carga”.
Também pode ser utilizada entrada analógica 4–20 mA (ou 1–5 Vdc) ára ajuste remoto, se
desejado. O valor de referência de carga també pode ser ajustado através de ModBus ou
interface de comunicação ServLink DDE.
Quando descarregando, uma rampa de descarga ajustável fornece um tempo de descarga
controlado até o nível de trip de descarga. Quando a carga atinge esse nível de trip, o
controle envia um comando de abertura ao disjuntor para separar o gerador do sistema. A
entrada de pausa da rampa poderá ser operada enquanto o DSLC estiver descarregando o
gerador de modo a permitir uma retenção da rampa de descarga para resfriamento ou
outros propósitos.
As rampas de carga e descarga também fornecem uma transição suave entre base de
carga, divisão de carga isócrona e controle de processo a qualquer momento que o modo
de operação seja mudado.
CONTROLE DE VAR/FP
Comunicação
Equipamentos de monitoração remota podem ser conectados com o MC através de
ModBus ou ServLink. Estão dsponíveis tres (03) portas seriais.. Duas dessas portas são
dedicadas para Modbus ou ServLink e a terceira é configurável. Todas as funções e
parâmetros monitorados pelo painel frontal estão disponíveis através das tres (03) portas
seriais. Essas portas podem ser configuradas para serem usadas com o programa “Watch
Window” ou IHM externa através de ModBus ou ServLink. Entre os EGCP-3 a
comunicação é efetuada por rede LON. A comunicação a dois fios é usada para
sequenciamento, controle de carga ativa e reativa e mensagens de configuração entre as
unidades com o propósito de controle.
Comunicação
Equipamentos de monitoração remota podem ser conectados com o MC através de
ModBus ou ServLink. Estão dsponíveis tres (03) portas seriais.. Duas dessas portas são
dedicadas para Modbus ou ServLink e a terceira é configurável. Todas as funções e
parâmetros monitorados pelo painel frontal estão disponíveis através das tres (03) portas
seriais. Essas portas podem ser configuradas para serem usadas com o programa “Watch
Window” ou IHM externa através de ModBus ou ServLink. Entre os EGCP-3 a
comunicação é efetuada por rede LON. A comunicação a dois fios é usada para
sequenciamento, controle de carga ativa e reativa e mensagens de configuração entre as
unidades com o propósito de controle.
Muitas dessas grandezas também estão disponíveis como saídas analógicas para serem
usadas por outros equipamentos.
O MC também tem um controlador de descarte de carga. Tres saídas digitais podem ser
configuradas para remover seções de carga da barra se ocorrerem condições de
sufrequencia e subtensão ou se ZPT não ocorrer
Sincronizador:
Mesma função do LS.
Controle de VAR/FP
A função VAR/PF controla a potência reativa exportada ou importada da concessionária.
Pode ser configurada para controle de VAR ou FP. O controlador compara a carga reativa
medida com uma referência interna ajustável e faz correções ao comando de FP enviado
às unidades LS até que a potência reativa desejada seja obtida. O nível de potência reativa
pode ser mantido mesmo enquando a carga ativa está sendo controlada. O controlador MC
também preve entradas digitais para permitir subir baixar o valor de referência de carga
reativa,e também preve entrada analógica de 4–20 mA (ou 1–5 Vdc) para controle remoto
de valor de referência de VAR/PF, se desejado. O valor de referência também pode ser
ajustado através de interface de comunicação Modbus ou ServLink.
6. Proteção Elétrica
6.1. Gerador
6.2. Subestação
A proteção da subestação é executada pelos relés REL670 e RET670
REL 670
RET 670