Você está na página 1de 60

Actual - CPMI

Usina Vista Alegre

Sistema de Geração de Energia Elétrica

Abril de 2010

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Av. Cândido Hartmann, 999 - Mercês - Curitiba/PR - CEP 80.710-570 - Fone/Fax: (41) 3336.1737
email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
2/60

ÍNDICE

1. Introdução.......................................................................................................................... 3
1.1. Destinação do Curso................................................................................................... 3
1.2. Apresentação.............................................................................................................. 3
2. Teoria da Geração de Energia Elétrica ............................................................................. 3
2.1. Introdução ................................................................................................................... 3
2.2. Curva de Operação do Gerador Síncrono .................................................................. 5
2.2.1. Gerador de Rotor com Polos Lisos....................................................................... 5
2.2.2. Conclusões......................................................................................................... 14
2.3. O Estatismo (Droop) e a Compensação de Reativos................................................ 15
2.3.1. Introdução .......................................................................................................... 15
2.3.2. Conceituação da existência do estatismo: ......................................................... 15
2.3.3. Definição do estatismo / compensação de reativo ............................................. 17
2.3.4. Análise do efeito do estatismo em um sistema de potência ............................... 18
2.4. Divisão de Carga Isócrona........................................................................................ 23
2.5. Controle de Potência................................................................................................. 24
2.6. Controladores Modernos........................................................................................... 24
3. Sistema de Excitação ...................................................................................................... 25
4. Sistemas de Regulação de Velocidade ........................................................................... 27
4.1. Regulador de Velocidade Woodward 505................................................................. 27
4.1.1. Regulador de Velocidade ................................................................................... 30
4.1.2. Setpoint de Velocidade Remoto ......................................................................... 31
4.1.3. Controlador Auxiliar ............................................................................................ 31
4.1.4. Setpoint Auxiliar Remoto .................................................................................... 31
4.1.5. Divisão de Carga ................................................................................................ 32
4.1.6. Regulador "CASCADE" (Não usado para Vista Alegre) ..................................... 32
4.1.7. Setpoint “CASCADE” Remoto ............................................................................ 32
4.1.8. Limitador da Válvula ........................................................................................... 33
4.1.9. Características de Operação .............................................................................. 33
4.1.10. Marcha Lenta / Nominal ................................................................................... 33
4.1.11. Seqüência de Partida Automática .................................................................... 34
4.1.12. Contorno da Velocidade Crítica........................................................................ 34
4.1.13. Teclado e Display ............................................................................................. 35
4.1.14. Temporizador Watchdog / Falha da CPU Controle .......................................... 37
5. Sistema de sincronismo e controle de carga (EGCP3 LS e EGCP3 MC) ....................... 38
5.1. Woodward EGCP3 LS .............................................................................................. 42
5.2. Woodward EGCP3 MC ............................................................................................. 52
6. Proteção Elétrica ............................................................................................................. 57
7. Diagrama Unifilar Geral ................................................................................................... 60

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
3/60

1. Introdução

1.1. Destinação do Curso

O presente curso destina-se aos engenheiros, técnicos e operadores que, pelas suas
atribuições, atuem ou se envolvam direta ou indiretamente na operação e na manutenção
do turbo-gerador e processo de co-geração, com a concessionária, da Usina Vista Alegre.

1.2. Apresentação

O curso visa fornecer as informações básicas necessárias para a execução da operação e


da manutenção elétrica dos painéis periféricos do turbo-gerador e da interligação com a
concessionária.

2. Teoria da Geração de Energia Elétrica

2.1. Introdução

Em se tratando de energia elétrica, o consumidor tem duas grandezas principais que


definem a qualidade do fornecimento. São elas, a freqüência e a tensão.

Essas grandezas devem ser mantidas dentro de certos limites considerados como
satisfatórios para que os equipamentos, a serem alimentados, possam operar
continuamente, sem que ocorram danos devido a variações de tensão e freqüência.

O regulador de velocidade da turbina se encarrega de controlar a máquina de modo a


fornecer a exata quantidade de energia que o consumidor necessita, na freqüência
desejada. Ele regula a potência (mecânica) e a freqüência.

Já o regulador de tensão tem a tarefa de manter constante a tensão do gerador.

O valor da tensão no ponto de consumo é função da cadeia de transformação


(transformadores) entre o gerador e o consumidor, mas a tarefa de manter invariável esta
tensão, cabe aos reguladores de tensão. Além desta incumbência, o regulador de tensão
tem outra tarefa importante. Deve ajudar a manter a estabilidade do gerador ligado ao
sistema.

Ao ocorrer um princípio de instabilidade, o regulador de tensão deve fornecer uma resposta


imediata e eficaz para combater a instabilidade.

O gerador síncrono que fornece energia em regime comercial, deve ser capaz de entregar
ao consumidor o tipo de energia que este necessita.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
4/60

As cargas que o gerador vai alimentar, podem ser classificadas em três tipos, de acordo
com a corrente que necessitam:

- carga resistiva;

- carga indutiva;

- carga capacitiva.

Todas as cargas necessitam de certa parcela de corrente resistiva, para atender à sua
demanda de potência mecânica. Esta seria então a "potência ativa". A potência ativa é
fornecida pela turbina. O gerador somente faz o "repasse" ao consumidor.

Mas além da potência ativa (mecânica), a carga ainda requer uma parcela de "potência
reativa". Esta potência reativa é decorrente do tipo de corrente que a carga requer, em
adição à corrente resistiva. A potência reativa não vem da turbina, ela é fornecida pelo
gerador. É uma potência não mecânica.

Sob um ponto de vista prático, podemos dizer que a carga, que durante sua energização
recebe do gerador uma corrente em fase com a tensão é chamada de corrente resistiva.

Mas, devido à sua natureza, quando puramente indutiva ou capacitiva, a carga "desloca" a
corrente, de um ângulo de 90°. A carga indutiva "desloca" para -90°, de modo que a
corrente fica 90° graus atrasada da tensão. A carga capacitiva "desloca" para +90°,
resultando em corrente "adiantada" de 90° em relação à tensão. A carga resistiva não
defasa a corrente.

Quando a carga não é puramente indutiva ou puramente capacitiva, porém com uma
parcela indutiva ou capacitiva, ocorre uma defazagem que tende a +/- 90°, conforme a
carga se torna mais indutiva ou capacitiva ou tende a 0 quando a parcela indutiva ou
capacitiva é pequena.

Existem conceitos teóricos que explicam como e porque existe tal defasagem; mas como
esta teoria foge do assunto deste trabalho, aceitemos os fatos expostos como postulados.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
5/60

2.2. Curva de Operação do Gerador Síncrono

Durante a operação de um gerador síncrono é preciso conhecer os limites dentro do qual


ele pode ser usado de maneira segura. Estes limites serão ditados pela potência da turbina,
excitação do campo, estabilidade de funcionamento e condições térmicas do gerador.
A consideração simultânea destes fatores é feita através do diagrama de cargas elétricas
ou curva de operação do gerador. Neste diagrama é mostrada a área dentro da qual o
gerador pode funcionar satisfatoriamente e as características de seu funcionamento em
cada ponto interno a esta área.
As informações assim obtidas são prontamente utilizáveis para avaliação das condições de
operação da máquina.

2.2.1. Gerador de Rotor com Polos Lisos

Existem geradores com rotores de polos lisos (cilindricos) ou polos salientes. A curva de
capacidade ou capabilidade do gerador (curva de operação) é um pouco diferente para
cada um desses tipos de geradores.
Porém por simplicidade vamos estudar somente o gerador com polos lisos.

2.2.1.1. Diagrama Vetorial da Máquina

A base para a construção da curva de operação é o diagrama vetorial do gerador. A figura


1 mostra o diagrama vetorial do gerador desprezando-se a sua resistência de armadura.
A reatância síncrona xd assumida é a não saturada.
xd

Eo I
V

Eo φ
xd.I ∝.P

o δ
φ V A B
∝.Q
I

Figura 1
ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.
Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
6/60

Admitindo o gerador operando em paralelo com um sistema com tensão e freqüência


constantes, as potências ativa e reativa por fase são:

P = V .I . cos ϕ
Q = V .I .senϕ

mas:

CB = xd .I . cos ϕ = Eo.senδ

multiplicando ambos os membros desta equação por V/xd:

V .I . cos ϕ = (V xd ).Eo.senδ

ou seja, a potência ativa por fase é:

P = (V xd ) .Eo.senδ (1)

e pode, a menos do fator de escala V/xd ser medida pelo segmento CB .

Por outro lado:

AB = Eo. cos δ − V = xd .I .senϕ

multiplicando ambos os membros por V/xd:

V xd .( Eo. cos δ − V ) = V .I .senϕ

ou seja, a potência reativa por fase é:

Q = (V xd ) .( Eo. cos δ − V ) (2)

e pode ser medida pelo segmento AB , a menos do fator de escala V/xd. Desta forma, o
segmento AC representa a potência aparente por fase, S, a menos do fator de escala V/xd.

2.2.1.2. Operação com Potência Ativa Constante e Excitação Variável

Mantendo-se constante a potência que a turbina fornece ao gerador, a potência elétrica que
o gerador fornece à carga é também constante.
Com a variação da excitação, altera-se o fator de potência com o qual esta potência é
fornecida. Em outras palavras pode-se desta forma alterar a potência reativa fornecida ao
sistema mantendo-se inalterada a potência ativa.
Por outro lado, o aumento da corrente de excitação corresponde a um aumento do fluxo de
magnetização da máquina, com o correspondente aumento da f.e.m. induzida em vazio.
ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.
Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
7/60

A fig. 2 representa o diagrama vetorial de um gerador síncrono para diferentes excitações


(mantendo-se a potência ativa constante).
Uma vez que a potência ativa permanece inalterada os segmentos CB . para cada condição
de excitação ( C´B´,C" B" ), tem sempre o mesmo comprimento e estão compreendidos entre
as retas mn e pq. A ponta do vetor Eo, o qual é proporcional à corrente de excitação,
percorre a reta pq. O ângulo de carga (δ) varia a fim de se ajustar ao valor de Eo. conforme
a equação 1.
Com δ = 90o elétricos correspondente ao limite teórico de estabilidade estática, atinge-se o
mínimo valor para Eo. Excitações menores não garantem mais a transferência desta
potência da turbina.
t r

p C” C C´
q

Eo´
Eo
I”

δ
m n
0 φ B” A B B´

I

s
Figura 2
u

A fig. 3 mostra a variação senoidal da potência ativa com o ângulo δ. para diferentes
condições de excitação da máquina. A medida que cresce a excitação (cresce o fluxo).
menor é o ângulo de potência necessário à transferência de uma determinada potência
ativa. Em outras palavras, a máquina com maior fluxo, é potencialmente mais apta para
transferir o conjugado eletro-magnético. Entretanto. valores elevados de f.e.m. interna (ou
seja, valores elevados de fluxos de magnetização) pressupõem valores
correspondentemente altos de corrente de excitação.

Desta forma, infere-se que a faixa de valores de f.e.m. interna. para uma dada potência
ativa, encontra-se entre dois limites: um valor mínimo. abaixo do qual o sincronismo é
perdido; um valor máximo, ditado pela máxima corrente de excitação que o enrolamento
de campo pode suportar sem aquecimento excessivo.
Na prática. o menor valor de f.e.m. em vazio permitido não é aquele correspondente a δ =
90o elétricos, pois isto significaria permitir um funcionamento da máquina em condições
bastante criticas.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
8/60

Qualquer variação da carga acarretaria imediata perda de sincronismo. A fim de manter


uma certa reserva para uma eventual variação de carga, é comum utilizar-se um ângulo de
potência máximo de 70o elétricos, por exemplo.

___
CB

0 90º elétricos δ

δ” δ`

δ`¨
Figura 3
Para a f.e.m. variando entre os limites permissíveis acima descritos, a fig. 2 mostra os
correspondentes valores da corrente da armadura, I.
Como a potência ativa cedida pela máquina é constante, o produto I.cosφ., também é
constante, e a ponta dos vetores que representam a corrente do armadura percorre a reta
rs. A partir da condição de mínima excitação (fator de potência capacitivo), a corrente
atinge um valor mínimo com o aumento da excitação (fator de potência unitário), voltando
a crescer até o valor máximo da excitação (fator de potência indutivo).
As condições acima são válidas para cada potência fixa da turbina e podem ser resumidas
no conhecido diagrama das curvas em .V. (fig. 4).

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
9/60

Limite de
I estabilidade

Cosφ cap. Cosφ ind.

iexc
Figura 4

É possível que para alguns valores máximos de excitação correspondam correntes de


armaduras inaceitáveis, pelo aquecimento que elas produziriam no estator. Desta forma
um limite superior indireto para excitação deve ser estabelecido.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
10/60

2.2.1.3. Operação com Potência Aparente Constante e Excitação Variável

O diagrama da fig. 5 mostra a situação na qual a excitação e a potência ativa são variáveis
permanecendo constante a potência aparente.
Conforme apresentado no Item 2.2.1.1. (Diagrama vetorial da máquina), o segmento AC é
proporcional à potência aparente S. Portanto, o lugar geométrico dos pontos de S =
constante, é a circunferência de raio AC. Dependendo do valor da excitação (e. portanto,
do valor da f.e.m. interna Eo), o gerador poderá fornecer maior ou menor quantidade de
reativos à linha. Para cada potência aparente considerada, uma circunferência
correspondente pode ser traçada no diagrama da fig. 5. A circunferência de maior raio
permissível é aquela correspondente a máxima corrente admissível nos enrolamentos da
máquina, isto é, a corrente que impõe ao enrolamento da armadura a sobre-elevação de
temperatura para a qual ele foi projetado.

Eo

δ V A B
0
φ
I

Figura 5

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
11/60

2.2.1.4. Operação com Excitação Constante e Potência Ativa Variável

Sempre ligado à uma linha de tensão e freqüência constantes (em paralelo com o sistema
interligado), agora o gerador opera com uma corrente de excitação fixa e com a potência
mecânica fornecida pela turbina, variando.
No diagrama vetorial, o lugar geométrico da extremidade do vetor Eo é uma circunferência
com centro no ponto 0 (fig. 6).
Para um gerador, é de Interesse apenas o arco da circunferência correspondente a 0 ≤ δ ≤
900 elétricos Neste intervalo a potência elétrica ativa fornecida pelo gerador varia
senoidalmente com o ângulo de potência (δ). de acordo com a equação 1, conforme pode
ser visto na fig. 2.
No diagrama da fig. 6, o segmento CB é proporcional à potência ativa, indo de zero (δ = 0)
até a potência máxima C´B´ , correspondente ao limite teórico de estabilidade estática (δ =
90o elétricos). Neste ponto o gerador estará operando sob o fator de potência capacitivo
(φ'), com uma corrente I'.
O segmento AB´ indica a potência reativa capacitiva, conforme equação 2. Para um valor
particular da potência mecânica que a turbina fornece ao gerador, tem-se a corrente em
fase com a tensão. Nesta condição, de fator de potência é unitário, toda esta potência
estará sendo fornecida à carga do gerador como potência ativa ( AB = 0).

C`

Eo`

Xd.I`

Limite de
estabilidade I`
C
Eo

φ` φ
Xd.I
φ` δ
0 φ
V A B

I

Figura 6

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
12/60

2.2.1.5. Diagrama de Operação do Gerador

O diagrama de operação tem por base a consideração simultânea dos diagramas


apresentados anteriormente (resultando a fig. 7).
As circunferências correspondentes às f.e.m. Eo constantes, são concêntricas com O. As
circunferências correspondentes à potências aparentes constantes. são concêntricas com
A.
Os diagramas de operação são geralmente construídos em valores p.u. A calibração da
escala de potência pode ser feita através da potência aparente para máquina com
excitação nula. Desta forma, OA = V2/xd.= 1/xd. Ou seja, em valor p.u. para potência reativa
Q = 1/Xd, coincide com o comprimento do segmento OA . Com Isto, os eixos da potência
ativa e da potência reativa podem ser calibrados.
O ponto de funcionamento nominal da máquina é definido pela sua potência aparente e
pelo fator de potência. A circunferência com centro em A que passa por este ponto, define o
lugar geométrico das pontas dos vetores proporcionais à potência aparente nominal (e
portanto, à corrente nominal). Conseqüentemente, esta circunferência está relacionada com
a perda Joule nos enrolamentos do estator para a qual a máquina foi dimensionada. No
ponto p, esta circunferência cruza com aquela relativa à máxima excitação e, portanto,
relacionada com o aquecimento provocado pela máxima corrente admissível no rotor (arco
pq).
A partir do ponto O (correspondente a 1/xd ) a reta z define ao limite teórIco de estabilidade
teórico.
No entanto, permitir que a máquina funcione neste ponto, significa não ter nenhuma reserva
para uma eventual variação de carga. Por Isso é comum utilizar-se um ângulo de potência
máximo de, por exemplo, 70o elétricos. A reta rs, a qual leva em conta esta precaução, é o
limite prático de estabilidade.
Finalmente, admitindo-se uma excitação mínima para o gerador, a curva é completada pelo
arco ut.
Cada ponto define também a potência ativa e reativa cedida pelo gerador e a potência
mecânica e excitação necessárias.
A reta mn corresponde à potência mecânica necessária para o funcionamento nas
condições nominais e pode também determinar um limite para atuação do gerador, se for a
máxima potência da turbina.
A curva t u s m n p q é a curva de operação do gerador. A área delimitada por essa curva e
o eixo dos x é a região de funcionamento normal do gerador. Qualquer ponto no interior
dessa região define uma condição de funcionamento estável e com aquecimento tolerável
pela máquina.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
13/60

z
Limite prático kW
de estabilidade

Cosφ=0,8 ind.
s 1,0
Limite teórico
m n
de estabilidade
Xd=1,6
0,8 p V2/xd=1/1,6
=0,63
0,6

u
0,4

r 0,2
δ
O t q
-1,0 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 A 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0
1/ Xd
kVA cap. kVA ind.

Figura 7

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
14/60

2.2.2. Conclusões

Quando um gerador está ligado num barramento de tensão e freqüência constantes, cada
ponto de operação estável é definido por duas das seguintes grandezas:

- potência ativa P;
- potência reativa Q;
- ângulo de potência δ.

Para que a utilização da máquina seja segura, todos os pontos de funcionamento devem
ser internos à área delimitada pelo seu diagrama de operação.

Para máquinas de pólos salientes, a região de segurança é consideravelmente maior que


para máquinas de rotor cilíndrico (pólos lisos), devido ao efeito da saliência dos pólos. A
saliência dos pólos amplia o limite de estabilidade, permitindo até mesmo operação estável
com corrente de campo invertida. A ampliação da área de segurança dá-se somente na
região de baixo fator de potência capacitivo. Esta, porém, não corresponde a uma condição
usual de funcionamento (a não ser para o caso de grandes hidro-geradores alimentando
longas linhas de transmissão). Normalmente o gerador estará operando sob fator de
potência indutivo, o que vale dizer, com fortes excitações.

Nestas condições de operação, dois resultados podem ser inferidos:


a. O comportamento em regime permanente da máquina de rotor cilíndrico é bastante
semelhante ao da máquina de pólos salientes:
b. Reciprocamente, a máquina de pólos salientes pode, por simplicidade, ser tratada com a
teoria da máquina de rotor cilíndrico.
Neste trabalho não foi considerado o efeito da saturação, o qual muitas vezes é mais
importante que a saliência.
Os diagramas de operação são também úteis para se estudar as mudanças no
comportamento da máquina com a variação da tensão ou da freqüência da rede, assim
como com sistema automático de regulação da excitação.

-1,8

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
15/60

2.3. O Estatismo (Droop) e a Compensação de Reativos

2.3.1. Introdução

O termo conhecido na língua portuguesa como estatismo, e internacionalmente por "speed


droop", é usualmente utilizado para designar, de modo grosseiro, a parcela de contribuição
de um gerador na resposta global de um sistema de potência quando nele ocorrem
variações de freqüência. Esta característica, na realidade, é definida pelo regulador de
velocidade da turbina e deve ser considerada somente se esta última estiver operando no
modo de regulação de velocidade / freqüência.
Apesar da utilização deste mesmo termo no âmbito da regulação de tensão (voltage droop),
tecnicamente é mais adequado empregar a expressão "compensação de reativo" para
definir a parcela de contribuição de um gerador na resposta global de um sistema de
potência quando nele ocorrem variações de tensão.
Nesta explanação, procuraremos exemplificar os casos descritos nos baseando apenas nos
fenômenos mecânicos já que estes são mais intuitivos e, portanto, de mais fácil
assimilação. Os fenômenos elétricos ocorrem e apresentam resultados análogos se ao
invés do estatismo, da freqüência e da potência ativa, utilizarmos respectivamente a
compensação de reativo, a tensão e a potência reativa em nossos raciocínios.

2.3.2. Conceituação da existência do estatismo:


Um regulador de velocidade e um regulador de tensão de um conjunto tubo-gerador / hidro-
gerador, como o próprio título denomina, devem manter a freqüência e a tensão de saída
do gerador constantes no valor ajustado pelo operador.
Isto ocorre em máquinas que operam isoladas ou sem estatismo / compensação de reativo
nos reguladores de velocidade e de tensão.

Já os geradores que operam interligados a outros geradores ou outras fontes de energia,


necessitam que seus reguladores possuam artifícios especiais denominados estatismo /
compensação de reativo.
Senão vejamos:
Operando interligados em um sistema de potência, existem vários tipos de turbinas e
geradores construídos em diferentes épocas com tecnologias distintas e de tamanhos
variados.
É óbvio que as máquinas não possuirão as mesmas respostas, em função da inércia dos
seus rotores e das constantes elétricas nelas envolvidas.
Imaginemos agora a existência de um sistema elétrico balanceado onde os reguladores de
velocidade e tensão não possuam o estatismo e a compensação de reativo. Nele, todas as
suas cargas são devidamente alimentadas pela sua própria geração com a freqüência e a
tensão em seus valores nominais.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
16/60

Quando ocorrer um desligamento, por motivo qualquer, de um dos geradores conectados a


este sistema, e se não ocorrer também o alívio de nenhuma carga, teremos um déficit de
potência aparente que provocará a redução da freqüência e da tensão para valores
menores que os nominais. Devido a esta alteração, os reguladores de velocidade e de
tensão dos demais geradores iniciarão a correção destas grandezas de modo a recuperar
as condições iniciais do sistema.
Como conseqüência disto, as máquinas com respostas mais rápidas, ou com menor inércia
como os pequenos turbo-geradores, tentarão elevar a freqüência do sistema e, conforme o
déficit de potência ativa, poderão atingir e até tentar ultrapassar as suas capacidades de
geração de potência ativa nominal antes que as máquinas com respostas mais lentas ou
com maior inércia como os grandes hidro-geradores, iniciem esta mesma ação.
Similarmente, as máquinas com menores constantes elétricas de tempo poderão atingir ou
ultrapassar as suas capacidades de geração de potência reativa nominal antes que aquelas
com maiores constantes de tempo também iniciem esta mesma ação.
Nestas condições, se as respostas das máquinas mais rápidas forem suficientes para suprir
o déficit de energia, talvez as máquinas mais lentas nem reajam ao desequilíbrio provocado
inicialmente e teremos, então, um sistema mal distribuído de geração de energia, o que
resultará em pequenas máquinas "estranguladas”, sob o ponto de vista de geração, com
suas linhas sobrecarregadas, enquanto que as máquinas grandes e lentas trabalharão em
regime folgado.

Em resumo, na ocorrência de um déficit ou um superávit de potência neste sistema,


somente os pequenos geradores corrigirão este desequilíbrio ou a maior parte dele. Esta,
certamente, não é a condição ideal de operação para o sistema.

Qual seria, então, a condição ideal?

A condição ideal seria aquela em que todos os geradores contribuam, independente do seu
tempo de resposta, com uma participação proporcional à sua capacidade nominal de
geração, ou seja, que os geradores maiores assumam a maior parcela da carga excedente.
Com o intuito de satisfazer esta necessidade, foram criados os artifícios do estatismo e
compensação de reativo.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
17/60

2.3.3. Definição do estatismo / compensação de reativo


O estatismo e a compensação de reativo nas suas concepções são artifícios utilizados para
"mascarar" respectivamente a freqüência e a tensão de sensibilização dos reguladores nas
suas malhas de realimentação.
Através destes artifícios, leva-se o gerador, na medida em que ele fornece mais potência
ativa e reativa, a reduzir a freqüência e a tensão do seu sinal de saída conforme as figuras
abaixo:

f V
fn
∆f ∆V

P Q
0 0
∆P ∆Q

∆f Pn ∆V Qn
Estatismo(%) = . .100 Comp _ de _ reativo(%) = . .100
fn ∆P Vn ∆Q

Vamos, por exemplo, considerar um gerador que inicialmente esteja operando


isoladamente, sem carga, na freqüência de 60 Hz e com o estatismo do seu regulador de
velocidade ajustado em 5%. Se carregarmos este gerador até a sua potência ativa nominal
sem alterar a referência (set-point) do seu regulador de velocidade, o seu sinal de saída
após esta manobra terá a freqüência de 57 Hz, ou seja, apresentará um ∆f igual a 5% de fn
para um ∆P igual a 100% de Pn.
Em outras palavras, o valor do estatismo é numericamente igual ao valor da variação da
freqüência quando se varia totalmente (100%) a carga ativa do gerador, e representa a
inclinação da reta apresentada no desenho anterior.
É claro que existem infinitas retas paralelas àquela desenhada anteriormente, sendo que o
gerador passará a operar em uma nova reta toda vez que for alterado o valor de referência
(set-point) do seu regulador de velocidade.
Similarmente, o mesmo raciocínio pode ser aplicado para a compensação de reativo, onde
um ∆Q = 100% de Qn, provocará uma variação da tensão terminal definida por ∆V = E%
de.Vn
ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.
Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
18/60

2.3.4. Análise do efeito do estatismo em um sistema de potência

Nesta análise, utilizaremos somente os conceitos do estatismo e desconsideraremos os


pequenos efeitos ocasionados pela interdependência da freqüência com a potência ativa.
Vamos supor agora, o sistema de potência balanceado (equilibrado) mostrado na figura a
seguir.

Carga 3
TG1 TG2

52-1 52-2 A1-3

Barramento A1

A1-1 A1-2 52-3

Carga 1 Carga 2
HG3

Este sistema possui as seguintes características:


O TG1 é um turbo-gerador com resposta rápida às variações de freqüência do sistema.

Sn = 25 MVA
Cosφ=0,8
Pn=20MW
Qn=15MVar
Vn=13,8kV

O TG2 é um turbo-gerador construído com outra tecnologia apresentando respostas mais


lentas que o TG1.

Sn = 50 MVA
Cosφ=0,8
Pn=40MW
Qn=30MVar
Vn=13,8kV

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
19/60

O HG3 é um hidro-gerador com resposta mais lenta que os dois turbo-geradores.

Sn = 100 MVA
Cosφ = 0,8
Pn = 80 MW
Qn = 60 M Var
Vn = 13,8 kV

A Carga 1 é uma instalação eletroquímica, cujo consumo é 26 MW.


A Carga 2 é uma central de motores, cujo consumo é 20 MW/ 20 MVar.
A Carga 3 é um ramal de serviços auxiliares, cujo consumo é 10MW/6,25MVar

Totalizando o consumo das cargas, constatamos que o fluxo das potências no barramento
A1, sem considerar possíveis fluxos de potência reativa entre os geradores, é:
P = 56 MW
Q = 26,25 M Var
E, a melhor condição de geração para o sistema, desde que as condições das turbinas e
das linhas de transmissão permitam, de modo a manter todos os geradores trabalhando
folgadamente é:
TG1 = 8 MW / 3,75 MVar
TG2 = 16 MW / 7,5 MVar.
HG3 = 32 MW / 15 MVar.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
20/60

Graficamente, supondo que todos os reguladores de velocidade dos geradores estejam


com o estatismo ajustado em 5%, os pontos (1) das curvas a seguir representam o ponto
de operação ideal de cada gerador nas condições atuais do sistema.

f (Hz)
TG1

61,2 4
1
60,0 3
59,5 2
59,1
58,2

P (MW)
0 8 11,2 14 20

f (Hz)
TG2

61,2
1
60,0

58,2

P (MW)
0 16 40

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
21/60

f (Hz)
HG3

61,2 4
1
60,0 3
59,5 2
59,1
58,2

P (MW)
0 32 44,8 80

Vamos supor, então, que por alguma razão o disjuntor 52-2 que interliga o TG2 ao
barramento A1 abra. Imediatamente após este instante, haverá um déficit de potência no
sistema e a freqüência cairá para 59Hz, por exemplo. Os reguladores de velocidade do
TG1 e HG3 detectarão esta condição e iniciarão a resposta adequada, com o intuito de
elevar novamente a freqüência para 60 Hz.
Porém, como o TG1 possui menor inércia que o HG3, a sua resposta será mais rápida e,
somente para facilidade de análise, vamos supor que o tempo morto do HG3 seja maior
que o tempo de resposta do TG1. Então, o TG1 passará a gerar mais potência ativa,
deslocando o seu ponto de operação para o ponto (2) (curva do TG1) da reta de estatismo.
Não devemos esquecer que à medida que o TG1 fornecer mais potência ativa, ele
contribuirá para restabelecer a freqüência do sistema.
No ponto (2) (curva do TG1), a medição de freqüência na malha de realimentação do
regulador de velocidade da turbina do TG1 foi "mascarada” para trabalhar em 59,1 Hz e
já não vê diferença entre o seu valor de referência (set-point) e o valor da freqüência do
sistema deixando, então, de alterar a potência ativa do gerador.
A seguir, o HG3 inicia a sua resposta tendendo a se deslocar também para o ponto (2)
(curva do HG3), ou seja, aumentará a sua geração de potência ativa. Porém, à medida que
o HG3 fornece mais potência ativa para o sistema, a freqüência se eleva e por
conseqüência o TG1 que operava no ponto (2) (curva do TG1) inicia a redução do
fornecimento da potência ativa até atingir o ponto (3) (curva do TG1), e o HG3 não chega a
operar no ponto (2) (curva do HG3) estabilizando antes no ponto (3) (curva do HG3).
Resumindo, devido ao desligamento do TG2, as potências ativas fornecidas pelo TG1 e
HG3 foram alteradas de 8 MW e 32 MW para 11,2 MW e 44,8MW, respectivamente,
totalizando 56 MW de modo a eliminar o déficit de potência ativa existente.

Porém, note-se que a freqüência não foi restabelecida em 60 Hz. Isto deve ser efetuado
pelo operador das máquinas que reajustará os valores de referência (set-point) dos

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
22/60

reguladores de velocidade fazendo com que os geradores passem a operar nos pontos 4
(curvas TG1 e HG3) das outras retas de estatismo.
Isto prova a afirmação descrita no parágrafo 3, de que para cada ajuste do valor de
referência (set-point) do regulador de velocidade, corresponde uma reta com inclinação
definida pelo valor do estatismo.
Do exposto, concluímos, então, que quanto maior for o valor numérico do estatismo, menor
será a contribuição da máquina na recuperação da freqüência do sistema.
Devemos ressaltar ainda que, mesmo sendo inadequado, se existirem máquinas
interligadas com diferentes ajustes de estatismo nos seus reguladores de velocidade, elas
assumirão cargas proporcionalmente diferentes.

No sistema interligado Sul-Sudeste, o valor do estatismo dos reguladores de velocidade


das máquinas está ajustado em torno de 5%.
Um raciocínio análogo pode ser efetuado para a análise do comportamento do regulador de
tensão de geradores conectados diretamente a um mesmo barramento.
Porém, se entre o gerador e o barramento existir um transformador como o sistema
apresentado na figura a seguir, não é necessária a compensação de reativo no regulador
de tensão, pois a alteração da tensão de saída do conjunto gerador-transformador, em
função da variação da potência reativa fornecida, é efetuada pela impedância do próprio
transformador
TG2
Carga 1
T2

A2-1 52-2

Barramento A2

52-1 A2-2

T1
Carga 2
HG1

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
23/60

2.4. Divisão de Carga Isócrona

Conforme comentado anteriormente, caso se coloque dois (2) ou mais geradores em


paralelo, necessitamos que os reguladores de velocidade tenham estatismo (droop), pois
caso contrário, os mesmos não conseguirão manter o paralelismo. Os reguladores de
velocidade dos geradores, procurarão ajustar a freqüência de 60 Hz e devido às suas
diferenças irão se perder no controle, ora assumindo toda carga, ora largando toda carga.

Para obter as vantagens do sistema de estatismo zero (isócrono) e as vantagens do


estatismo normal (em torno de 5%), foi desenvolvido o equilibrador de carga isócrono.

A filosofia dsse equilibrador consiste em medir a potência total do barramento e dividir pelo
número de geradores existentes, gerando assim um valor de referência único que deve ser
utilizado proporcionalmente (em p.u.) por todos os geradores presentes e que estejam
nesse modo de operação (divisão de carga isócrona). É chamada de divisão de carga
isócrona, pois apesar de dividir a carga, cada regulador de velocidade irá operar como se
não tivessem estatismo, isto é, estatismo zero.

No sistema descrito no item anterior, podemos ver que houve a necessidade de se corrigir
a freqüência após a saída do TG2, pois os reguladores de velocidade estão todos em
“droop”. Porém no sistema de divisão de carga isócrona isso não acontece, pois além de
dividir a carga, os reguladores de velocidade ajustam a freqüência.

TG1 TG2

RV Eq. Carga RV Eq. Carga

Linha de Eq. de carga

OBS: reguladores de velocidade mecânicos-hidráulicos não participam desse controle.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
24/60

2.5. Controle de Potência

O controle de potência para o caso dos geradores operando com estatismo, é efetuado
atuando se no “set-point” do regulador de velocidade. Porém existem também reguladores
de potência, que em caso de operação em paralelo irão manter fixa a sua geração. O ajuste
de potência será feito no “set-point” específico. Esse controle de potência também é
chamado de “base de carga” (Woodward). Porém caso esse gerador fique isolado do
sistema, deve comutar imediatamente para controle de freqüência, sob o risco de perder o
seu controle.

2.6. Controladores Modernos

Os controladores mais modernos são de tecnologia digital, permitindo essas facilidades.


Um exemplo desses equilibradores (controladores) seria o DSLC (Digital Synchornizer and
Load Control) que além de efetuar a divisão de carga, também pode controlar a potência e
sincronizar a unidade geradora ao sistema ou a outra unidade. Esses equipamentos
geralmente vão atuar no regulador de velocidade para controle de carga e no regulador de
tensão para controle de reativo ou fator de potência.

Outro controlador que está sendo utilizado é o EGCP3, com as mesmas funções do DSLC,
porém podendo ainda efetuar controle do motor e proteção elétrica do gerador.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
25/60

3. Sistema de Excitação
O sistema de excitação deve manter a tensão e o reativo da máquina dentro dos limites
operacionais (curva de capabilidade), através do controle da corrente de campo do gerador.

O desenho abaixo ilustra um sistema de excitação típico:

Excitation System

Regulator
I/O

SM 3
EXC.

3~
T95_0122.DRW

Sendo:

1 – Transformador de excitação;
2 – Regulador de tensão;
3 – Supressão de campo;

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
26/60

Na figura a seguir temos um exemplo de regulador de tensão com tecnologia digital, de


fabricação ABB (UNITROL 6080).

Sendo o regulador responsável por manter o gerador dentro dos limites operacionais,
temos então, além do regulador de tensão propriamente dito, os reguladores limitadores:

- Limite de corrente do rotor;


- Limite de corrente do estator;
- Limite de estabilidade ou curva P/Q;
- Limite de excitação mínima.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
27/60

Na figura a seguir podemos ver a curva de capabilidade ilustrando esses limites.

region of underexcitation region of overexcitation


active power P
capacitive generator current limiter inductive generator current limiter

maximum turbine power


reactive power limiter maximum
(P/Q-limiter) I fn field current limiter
minimum
field current limiter I GN
ϕ
U2act-1
Xi
δ
reactive power Q
-1 Xq -1 -1 Xd 0 1

4. Sistemas de Regulação de Velocidade


Os reguladores de velocidade devem manter a velocidade e a carga do gerador.

4.1. Regulador de Velocidade Woodward 505

O 505 é um controlador micro-processado desenvolvido para operar turbinas a vapor de


todos os tamanhos.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
28/60

Este controlador possui dois canais de controle independentes:


a) o regulador de velocidade / carga e
b) o controlador auxiliar.

As saídas desses dois reguladores e a saída do limitador da válvula, são direcionadas para
um seletor de menor sinal (LSS). A saída do LSS ajusta diretamente a posição do atuador.

O controlador auxiliar pode atuar como canal de controle ou de limite.

Somando-se a esses canais, o regulador de velocidade/carga pode ser manipulado por


uma outra malha de controle, o regulador "Cascade". Esse regulador atua diretamente no
setpoint do regulador de velocidade.

Todos esses três reguladores PID possuem a opção de utilizar um sinal de entrada
analógico para ajuste remoto de seus setpoints.

As características adicionais do 505 incluem controle de frequência, divisão de carga no


modo isócrono (com um DLSC ou EGCP3), controle para evitar operação em velocidades
críticas, controle de marcha lenta/nominal e seqüência de partida automática.

Existem ainda duas portas de comunicação serial, as quais podem ser usadas para
monitorar e controlar a turbina através de protocolo ModBus.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
29/60

Na figura abaixo podemos ver o regulador 505 aplicado a turbina com somente uma
válvula.
Nesse exemplo, o regulador poderá manter uma das grandezas a seguir:
- Pressão de entrada de vapor;
- Pressão de exaustão;
- Carga do gerador.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
30/60

Já na figura abaixo, o 505 está sendo usado também para controle de extração.
Nesse exemplo, o regulador, além do controle da extração, poderá manter uma das
grandezas a seguir:
- Pressão de entrada de vapor;
- Pressão de exaustão;
- Carga do gerador.

4.1.1. Regulador de Velocidade

O regulador de velocidade recebe um sinal de velocidade da turbina oriundo de um ou dois


pickups magnéticos ou sensores de proximidade. O amplificador PID de controle de
velocidade compara esse sinal com o setpoint de velocidade para gerar um sinal de saída
para o atuador através do LSS.

O setpoint do controle de velocidade é ajustável através de:


a) comandos de aumenta e diminui, através do teclado frontal de controle;
b) uma entrada analógica programada para ajuste remoto do setpoint de velocidade.
b) de contato de entradas remotas ou
c) por linhas de comunicação ModBus.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
31/60

4.1.2. Setpoint de Velocidade Remoto

Uma das entradas de 4-20 mA pode ser configuradas para controlar o setpoint de
velocidade. Tipicamente, um controle de processo externo ao 505 faz interface com esta
entrada para regular a velocidade ou carga da turbina para controlar o referido processo.
Esta entrada atua diretamente no setpoint de velocidade do 505. A taxa com que esse sinal
de entrada remoto pode mudar o setpoint de velocidade é programável. A função de ajuste
remoto do setpoint de velocidade pode ser habilitada ou desabilitada através do teclado
frontal do painel, por contato de entradas remotas ou por linha de comunicação.

4.1.3. Controlador Auxiliar

O canal de controle Auxiliar pode ser usado para controlar ou limitar um parâmetro.
O controlador PID Auxiliar pode ser usado para controlar ou limitar carga/potência, nível de
importação/exportação, pressão de entrada e de escape, temperatura, ou qualquer outro
processo diretamente relacionado com a turbina.
A entrada do canal de controle Auxiliar é um sinal de 4-20 mA. O amplificador PID de
controle Auxiliar compara esse sinal com o setpoint para gerar uma saída de controle para
o barramento digital LSS e então, é enviado o sinal mais baixo para o atuador.
O setpoint do canal de controle Auxiliar é ajustável com comandos de aumenta e diminui
através do teclado frontal de controle, através de contato de entradas remotas ou através
de links de comunicação. O setpoint também pode ser ajustado diretamente entrando-se
com um novo ajuste através do teclado ou por comunicação ModBus. Além disso, uma
entrada analógica pode ser programada para ajuste remoto do setpoint Auxiliar.

4.1.4. Setpoint Auxiliar Remoto

Uma das entradas de 4-20 mA pode ser configurada para ajustar remotamente o setpoint
do canal de controle Auxiliar.
Esta entrada age diretamente no setpoint do canal de controle Auxiliar. A taxa com que
esse sinal de entrada remoto pode mudar é programável.
A função Auxiliar remota pode ser habilitada ou desabiliatada através do teclado frontal do
painel, por contato de entradas remotas ou por links de comunicação.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
32/60

4.1.5. Divisão de Carga

O 505 é capaz de usar uma entrada analógica para aceitar um sinal de divisão de carga
oriundo de DSLC ou EGCP3.
Esta entrada junto com o DSLC / EGCP3 permite o controle da divisão de carga em
isócrono com qualquer outro gerador usando o DSLC / EGCP3. Um somador interno do
505 adiciona este sinal à referência dos PIDs de velocidade/carga.
Além disso, para divisão de carga, a entrada para o DSLC / EGCP3 no 505 pode ser usada
para sincronizar a unidade com o barramento ou com a concessionária.

4.1.6. Regulador "CASCADE" (Não usado para Vista Alegre)

O controle "Cascade" pode ser configurado para controlar qualquer processo de sistema,
relacionado ou afetado pela velocidade ou carga da turbina. Usualmente, esse controlador
é usado como um controlador da pressão de entrada ou de escape.
O controlador "Cascade" é um controlador PID que compara um sinal 4-20 mA com o
setpoint "cascade". O controlador PID ajusta o setpoint do controlador de velocidade até o
sinal de processo e o setpoint marcado.
O setpoint "Cascade" é ajustável com comandos de aumenta e diminui através do teclado
no painel frontal, através de contato de entradas remotas ou através de links de
comunicação. O setpoint também pode ser ajustado diretamente entrando-se com um novo
ajuste através do teclado ou por comunicação ModBus. Além disso, uma entrada analógica
remota do setpoint "cascade" pode ser programada para ajuste remoto desse setpoint.

4.1.7. Setpoint “CASCADE” Remoto

Uma das entradas de 4-20 mA pode ser configuradas para ajustar remotamente o setpoint
"cascade". Esta entrada afeta diretamente o setpoint "cascade" do 505. A taxa com que o
sinal de entrada remoto pode mudar o setpoint "cascade" é programável e pode ser
mudado mesmo no modo RUN.
O ajuste remoto do setpoint da função "cascade" pode ser habilitado ou desabilitado
através do teclado frontal do painel, de contato das entradas remotas ou por links de
comunicação.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
33/60

4.1.8. Limitador da Válvula

O limitador da válvula limita o sinal de saída do atuador ou posição da válvula para ajudar
na partida ou parada da turbina. A saída do limitador da válvula é submetida ao LSS
juntamente com as saídas dos canais de controle de velocidade/carga e o auxiliar.
A posição da válvula será controlada conforme a posição mais baixa da válvula quando da
requisição do canal limitador ou de controle. Assim, o limitador da válvula limita a posição
máxima da válvula. Este limtador pode ser ajustado através do teclado, contatos externos,
ou comandos do ModBus.
O limitador da válvula também pode ser usado para resolver problemas em sistemas
dinâmicos. Se for creditado ao 505 ser a fonte da instabilidade do sistema, o limitador da
válvula pode ser posicionada para que se faça o controle da posição da válvula
manualmente. Deve-se tomar cuidado quando do uso do limitador da válvula nesse caso
para não permitir que o sistema atinja um ponto de operação perigoso.

4.1.9. Características de Operação

O 505 fornece opções para três diferentes modos de operação : automático, semi-
automático e manual. Um desses modos deve ser programado para tirar a turbina do
estado de trip e ir para um controle de velocidade numa velocidade mínima. O modo de
partida configurado e o controle mínimo de velocidade do regulador dependerá do
procedimento normal de partida e recomendações do fabricante da turbina.
Se for programada uma velocidade lenta (ou modo de marcha lenta/nominal ou sequência
automática de partida), o 505 pode fornecer controle automático de velocidade e evitar as
velocidades críticas. Um comando 'RUN' pode ser dado através do teclado do 505, de um
contato de entrada remoto, ou comunicação ModBus. Além disso, um contato opcional de
entrada 'Start Permissive' pode ser programado para prevenir uma partida se, por exemplo,
a válvula principal não estiver fechada.

4.1.10. Marcha Lenta / Nominal

A função marcha lenta/nominal dá ao operador a capacidade de ir de uma velocidade lenta


programada a uma velocidade nominal programada numa proporção configurada. A
seleção dos setpoints de velocidade lenta ou nominal pode ser feita através do teclado
frontal do painel, de contato de entradas remoto, ou comunicação Modbus.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
34/60

4.1.11. Seqüência de Partida Automática

A função seqüência de partida automática dá ao operador a capacidade de partir a turbina


da inércia a uma velocidade lenta e mantê-la até que um tempo de aquecimento
programado expire, então indo para uma velocidade intermediária, mantendo-a até que um
outro tempo de aquecimento programado expire novamente, para finalmente ir para um
setpoint de velocidade nominal programado.
Os tempos de espera e as taxas de aceleração são dependentes de se a turbina é
considerada 'quente' ou 'fria', baseado no tempo que a turbina tenha estado 'tripada'.
Quando a turbina está na condição entre quente e fria, o controle interpola pontos entre
quente e fria para determinar a velocidade de partida apropriada e os tempos de espera.
A seqüência de partida automática pode ser iniciada ou parada, se desejado, por
programação e usando os comandos de para/continua.

4.1.12. Contorno da Velocidade Crítica

Em muitas turbinas é desejável evitar certas velocidades ou variação de velocidade devido


ao excesso de vibração e outros fatores. Durante a programação, duas faixas de
velocidade crítica podem ser selecionadas. Estas faixas podem ser quaisquer variações de
velocidade que sejam menores do que o ajuste de velocidade mínimo do governador
(regulador de velocidade). Tanto a função de marcha lenta como a sequência de partida
automática pode ser programada para executar a função de evitar velocidade crítica.
Dentro de uma variação de velocidade crítica, o 505 move o setpoint de velocidade na taxa
de velocidade crítica programada e não permite que o setpoint de velocidade pare dentro
da faixa de velocidade crítica. Se a turbina está acelerando através de uma região de
velocidade crítica e existe um excesso de vibração, o comando de diminuir o setpoint de
velocidade irá trazer a unidade de volta para o limite inferior da faixa.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
35/60

4.1.13. Teclado e Display

O painel de serviço do 505 consiste de um teclado e um display localizado na frente do


controle.
O display possui duas linhas de vinte e quatro caracteres, em inglês, que podem ser
usadas para mostrar parâmentros de operação e falhas.
Existe ainda trinta teclas disponíveis para fornecer um controle completo através do frontal
do 505. Não sendo necessário controle adicional para operar a turbina, todas funções de
controle da turbina podem ser executadas através do painel frontal do 505.

Segue uma descrição da função de cada um do botões do teclado.

SCROLL : É o maior botão, que está no meio do teclado, e que possui flechas em cada
uma de suas pontas. Pressionando-se < > (mover para esquerda e direita),
move-se o display para esquerda ou direita através dos blocos de função do
modo PROGRAM ou RUN. As setas ∧ ∨ (mover para cima e para baixo)
move o display para cima ou para baixo dentro de um bloco de função do
modo PROGRAM ou RUN.

SELECT : Esta tecla é usada para controle de seleção das linhas de cima ou de baixo do
display. O sinal @ é usado para indicar qual linha pode ser ajustada pelas
teclas de ajustes. Somente quando há uma variação intercambiável em
ambas as linhas (modo dinâmico, calibração de válvula) faz a tecla SELECT e
o sinal @ determinar qual linha variável pode ser ajustada. Quando somente
uma linha pode ser variada por tela, a posição da tecla SELECT e o sinal @
são irrelevantes.

ADJ (ajuste):
No modo RUN, "∧" move qualquer parâmetro para cima (maior) e "∨" para
baixo (menor).

PRGM (programa):
Quando o controle está desligado esta tecla seleciona o modo PROGRAM.
Quando no modo RUN, esta seleciona o modo PROGRAM MONITOR
(monitor de programa). No modo PROGRAM MONITOR a programação pode
ser vista, mas não mudada.

RUN :
Inicia um comando de partida da turbina nos modos "CONTROLLING
PARAMETER / PUSH RUN ou PRGM".

STOP :
Inicia um desligamento controlado da turbina (modo RUN).

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
36/60

RESET :
Rearma/limpa os alarmes e trips no modo RUN. Pressionando a tecla também
retorna o controle para os modos "CONTROLLING PARAMETER / PUSH
RUN ou PRGM" depois de um trip.

0 / NO :
Entra 0 (zero) ou NO ou desabilita.

1/YES :
Entra 1 (um) ou YES ou habilita.

2 / ACTR (atuador) :
Entra 2 (dois) ou mostra posição do atuador (modo RUN).

3 / CONT (controle) :
Entra 3 (três) ou mostra o parâmetro que está no controle (modo RUN);
pressionar a tecla Step down para mostrar a causa do último trip.

4 / CAS ("Cascade") :
Entra 4 (quatro) ou mostra informação do controle "Cascade" (modo RUN).

5 / RMT (remoto) :
Entra 5 (cinco) ou mostra informação do controle do setpoint de velocidade
remoto (modo RUN).

6 / LMTR (válvula limitadora) :


Entra 6 (seis) ou mostra informação do controle do limitador da válvula (modo
RUN).

7 / SPEED :
Entra 7 (sete) ou mostra informação do controle de velocidade (modo RUN).

8 / AUX (auxiliar) :
Entra 8 (oito) ou mostra informação do controle auxiliar (modo RUN).

9 / kW (carga) :
Entra 9 ou mostra informação kW/carga (modo RUN).

CLEAR :
Limpa o modo PROGRAM e RUN e sai do modo presente.

ENTER :
Entra com novo valor no modo PROGRAM, e permite a entrada de um valor
específico de setpoint no modo RUN.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
37/60

DYNAMICS (+/-) :
Acessa os ajustes dinâmicos dos parâmetros de controle do atuador no modo
RUN. Esta tecla também mudará o sinal de um valor que está sendo ajustado.

. (Ponto Decimal) :
Entra com ponto decimal no número que está sendo ajustado no painel
frontal.

ALARM (F1) :
Mostra a razão de qualquer alarme quando as teclas estão iluminadas.

OVERSPEED TEST ENABLE (F2) :


Permite aumentar a referência de velocidade além do setpoint máximo para
teste elétrico e mecânico de trip de sobrevelocidade.

F3 (tecla de função) :
Tecla de função programável para habilitar ou desabilitar funções de controle
programáveis.

F4 (tecla de função) :
Tecla de função programável para habilitar ou desabilitar funções de controle
programáveis.

EMERGENCY SHUTDOWN BUTTON :


Botão vermelho octagonal na parte frontal. Este é um comando de trip de
emergência para o controle.

4.1.14. Temporizador Watchdog / Falha da CPU Controle

Um temporizador watchdog e um circuito de falha da CPU monitora a operação do


microprocessador e de sua memória. Se o microprocessador falhar em resetar o
temporizador a cada 15 milissegundos, o controle de falta da CPU irá ativar a saída de
reset. Esta, rearma a CPU, desenergiza todos os relés de saída e desliga todas saídas de
miliamperes.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
38/60

5. Sistema de sincronismo e controle de carga (EGCP3 LS e EGCP3 MC)


O sincronismo e fechamento de paralelo normalmente é executado através de um
sincronoscópio automático.

No nosso caso o sincronismo é efetuado pelos EGCP3 LS e MC (EGCP - Engine Generator


Control Package – Módulo de Controle Gerador – Motor).

Abaixo podemos ver uma ilustração de sistema de sincronismo. O sincronoscópio


automático é um equipamento que mede a tensão e a freqüência da máquina (sistema 2)
que irá entrar em paralelo com o sistema (sistema 1) e compara com a tensão e a
freqüência do sistema ou do outro gerador.
Quando as condições de paralelismo estiverem satisfeitas, o sincronizador irá comandar o
fechamento do disjuntor (efetivando o paralelismo do sistema 2 com o sistema 1).

Sincronoscópio
U
Automático

Disjuntor comando

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
39/60

Condições de Paralelismo:

a) Mesmas amplitudes

U1 U

U2
t

b) Mesmas freqüências
T1 T2 T1 f1 f2
T2

U1
t
U2

c) Mesmo ângulo de fase


T1 T2 = T1

U1
t

U2

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
40/60

d) O sincronismo não pode ocorrer quando:

Apesar de satisfazer os três itens anteriores, não devemos fechar o paralelo de dois
sistemas, se os mesmos estiverem com sequências de fase diferentes.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
41/60

e) Condição OK

SYNC

f) Efeitos do mau paralelismo

- Corrente reativa devido a diferença de tensão;


- Oscilações da corrente e do esforço de torsão devido a diferença de frequencia;
- Picos de corrente e de torsão devido a diferença de fase.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
42/60

5.1. Woodward EGCP3 LS

O EGCP-3 LS (EGCP - Engine Generator Control Package – Módulo de Controle Gerador -


Motor) é um controle de carga baseado em microprocessadores projetado para trabalhar
em conjunto com um regulador de velocidade e com um regulador de tensão.

O EGCP-3 é utilizado para aplicações de geração de potência onde multiplos geradores


irão suprir uma barra isolada, ou operar em paralelo com a concessionária.

O EGCP-3 pode efetuar sequenciamento de partida / parada do motor (no caso de motor
diesel). Em operação com um único gerador, o controle funcionará no modo de controle de
velocidade isócrono. Para sistemas multi-máquinas, até 16 geradores podem dividir carga,
operar em base de carga, ou modo de controle de processo.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
43/60

Funções do EGCP-3 LS:

• Interface para parametrização / monitoração local


• Controle de seqüência de partida / parada de motor diesel
• Monitoração de energia do gerador e barra
• Proteção elétrica da unidade geradora e barra
• Monitoração e proteção do motor
• Sincronizador automático, incluindo recurso para comando do disjuntor em barra morta
• Controle de potência ativa com carga / descarga de potência sem oscilação de potência
• Droop, Base de Carga, Operação Isócrono, e controle de divisão de carga isócrona
• Manter ajuste de freqüência e tensão em modo de operação isócrono
• Rede de comunicação entre controle Mestre (MC) e outras unidade LS
• Controle de Processo Mestre / Escravo para cogeração, importação/exportação, controle
de pressão, ou outros processos
• Controle de KVAR/FP e divisão de FP na barra
• Diagnósticos
• Medição de Potencia e Energia do Gerador
• Comunicações Modbus e ServLink para conexões remota IHM / CLP

Display do painel frontal


O EGCP3 LS é equipado com um teclado e dois (02) displays de quatro (04) linhas. O
display pode ser usado para configurar e ajustar o controlador para as necessidades
específicas do sistema. O display também é usado para monitorar a operação e ver
alarmes.

Controle de Motor
O EGCP-3 executa lógica de partida, parada de motores diesel ou a gás. A lógica de
partida inclui capacidade de: pre-lubrificação, habilitação separada para ignição (gás),
lógica de bomba de óleo, e uma pausa configurável na posição idle. A função de parada
domotor inclui: resfriamento controlado, lógica de parada suave e lógica de parada de
emergência. A lógica de partida e parada incluem fechamento e abertura do disjuntor do
gerador. Proteções típicas como sobrevelocidade, temperatura do líquido refrigerante,
pressão de óleo e tensão da bateria são fornecidos. Entradas digitais e analógicas
configuráveis são fornecidas para serem usadas com termostatos, pressostatos ou chaves
de nível. Essas entradas podem ser desabilitadas quando não forem necessárias.
Adicionamente ao modo automático a partida e parada manuais também estão disponíveis.
O disjuntor pode ser fechado manualmente quando controle manual for necessário.

Sincronizador
O EGCP-3 utiliza técnicas de DSP para obter tensões RMS e defasagens relativas das
formas de onda de tensão do gerador e do sistema.
Considerando que o método utilizado não depende de cruzamento por zero, oferece uma
precisão signficativa mesmo em presença de distorções da forma de onda.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
44/60

Podemos selecionar entre dois (02) modos de sincronização:

a) Sincronização por ajuste de ângulo de fase ou


b) Sincronização por deslizamento de frequencia.

O método de ajuste de ângulo de fase controla a velocidade do motor de tal forma a


produzir um erro de desvio de velocidade igual a zero e um erro de fase mínimo entre o
gerador e a barra, provendo sincronismo rápido para sistemas standby.

O método de deslizamento de velocidade garante uma velocidade de desvio contante entre


o gerador e o sistema. Possibilita que o gerador esteja numa rotação mais rápida que a
barra e logo após o fechamento do paralelo o gerador gere uma carga (ao invés de
absorver potência).

Para ambos os métodos, EGCP 3 usa ao medição de deslizamento de freqüência


instantanea e o tempo de fechamento do disjuntor para antecipar o fechamento do disjuntor
de modo a ter um erro mínimo entre a diferença de fase do gerador e do sistema.

O sincronizador pode medir barra morta e fechar o disjuntor do gerador quando for seguro.
A rede de comunicação entre os controladores EGCP3s de sistemas multigerador
asseguram que os mesmos não possam fechar os disjuntores simultaneamente quando em
barra morta.

Existem quatro (04) modos de sincronização:


a) Run;
b) Check;
c) Permissive e
d) Off

O modo pode ser selecionado atraves do software “watch window”, painel frontal ou
ModBus.
O último modo selecionado por qualquer dos métodos de interface, será o modo de
operação.
O sincronizador inclue controle de ajuste de tensão, repetição de comando de fechamento
retardado automaticamente (como um religador) e tempo longo de sincronismo.
Entradas de aumentar e diminuir podem ser usadas para ajustar a velocidade manualmente
para sincronismo manual. Também podem ser usadas entradas para ajuste de tensão.
Cada uma dessas funções pode ser habilitadas ou desabilitadas.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
45/60

Diagrama em blocos do Sincronizador

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
46/60

Controle de Carga
Quando o disjuntor do gerador é fechado, e o EGCP3 LS está em modo isocrono irá dividir
carga com outras unidades geradoras conectadas na mesma barra.
A saída de bias de velocidade (speed bias) irá controlar a carga de cada gerador através de
leves desvios no valor de referência do regulador de velocidade.
Quando o disjuntor está aberto, o EGCP 3 estará no modo droop.
O controle de carga inicia-se após o fechamento do disjuntor quando então a função de
controle de carga assume o controle da saída de referência de velocidade para o regulador
de velocidade (speed bias) diretamente do sincronizador.
Um outro modo de controle é a “base de carga”; ele começa quando o disjuntor fecha
quando a função de controle de carga assume o controle da saída de bias de velocidade.
A correção do escorregamento de freqüência do sincronizador até o nível de carga inicial
(nível de trip de descarga) será suave. Sob comando, a rampa ajustável permite um fácil
carregamento com tempo controlado em base de carga, divisão isócrona de carga, ou
controle de processo. Uma entrada de pausa da rampa permite a retenção da rampa de
carga para aquecimento ou outros propósitos.
O controle de processo é derivado do modo de operação “base de carga”. Um controlador
EGCP3 LS (Quando não existir um controlador EGCP3 MC) pode ser selecionado como
“Master” (Mestre), para controlar o caregamento dos outros geradores do barramento.
O EGCP3 preve uma entrada para permitir mudar a referência interna de “base de carga”.
Também pode ser utilizada entrada analógica 4–20 mA (ou 1–5 Vdc) ára ajuste remoto, se
desejado. O valor de referência de carga també pode ser ajustado através de ModBus ou
interface de comunicação ServLink DDE.
Quando descarregando, uma rampa de descarga ajustável fornece um tempo de descarga
controlado até o nível de trip de descarga. Quando a carga atinge esse nível de trip, o
controle envia um comando de abertura ao disjuntor para separar o gerador do sistema. A
entrada de pausa da rampa poderá ser operada enquanto o DSLC estiver descarregando o
gerador de modo a permitir uma retenção da rampa de descarga para resfriamento ou
outros propósitos.
As rampas de carga e descarga também fornecem uma transição suave entre base de
carga, divisão de carga isócrona e controle de processo a qualquer momento que o modo
de operação seja mudado.

O controlador EGCP-3 tem diversas características de controle de carga:

• Operação simples de carga em droop fornece uma operação segura na falha de um


contato do disjuntor auxiliar quando operando em paralelo com a barra;
• Operação isocrona quando a barra estiver isolada;
• Contato de saída com pontos de pick-up e drop-out ajustáveis independentes que
fornece um sinal quando uma carga especificada é excedida. Esse contato de saída
pode ser selecionado como um trip de potência reversa;

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
47/60

CONTROLE DE VAR/FP

As funções de VAR/FP controlam a componente de potência reativa do gerador em


sistemas em paralelo. O modo de controle pode ser configurado entre VAR ou o fator de
potência (FP). O controlador compara a carga reativa do gerador com uma referência
interna e faz a correção do regulador de tensão até o valor de potência reativa desejada
seja atingida. Para um desempenho melhor, uma saída analógica pode ser diretamente
conectada com um regulador de tensão compatível com uma entrada analógica de tensão.
O controlador também possui saídas a contatos de aumenta e diminui tensão para ativar
um regulador de tensão quando uma entrada analógica não é fornecida no AVR.
O EGCP 3 tem um alarme que sinaliza quando a saída analógica atinge os limites superior
e inferior.
O EGCP 3 tem também chaves limites ajustáveis e selecionáveis e saídas de alarme.
O EGCP 3 tem chaves de entrada para permitir comandos do valor de referência de tensão
do gerador. O controlador também provê entradas analógicas 4 a 20 mA (ou 105 Vdc) para
controle do setpoint de kVAR / FP. Também pode operar através de ModBus ou ServLink.
Esse controle de kVAR / FP é simultâneo ao controle de carga ativa.

CONTROLE DE PROCESSO (Não utilizado em Vista Alegre)

Um controlador de processo “CASCADE” é fornecido para cogeração, controle de


importação/exportação (Quando não existir controlador EGCP3 MC), manutenção do nível
do tanque, manutenção de pressão, ou outra aplicação. Um filtro de entrada de sinal de
largura de banda ajustável, ajustes flexíveis do controlador PID, uma banda morta ajustável
e um controle de seleção de ação direta ou indireta, permite que o controle de processo
possa ser usado numa ampla variedade de aplicações.
Um transmissor de processo 4-20 mA (ou 1-5 Vdc) fornece o sinal para o DSLC. O controle
de processo inclui uma referência digital interna de sinal a qual pode ser controlada por
entradas aumenta e diminui ou por uma referência remota externa de processo 4-20 mA
(ou 1-5 Vdc) ou por interface ModBus ou ServLink. A saída do controle de processo fornece
a referência de carga para o controle de base de carga.
Rampas ajustáveis permitem fácil entrada e saída do modo de controle de processo.
Quando o modo de controle de processo é selecionado, uma rampa ajustável move a
referência de carga numa direção de modo a reduzir o erro no controle de processo.
Quando o erro é minimizado, ou a referência atinge primeiro ou o limite alto ou baixo de
pick up de carga, o controlador de processo é ativado. Quando um limite é atingido, o
controlador irá manter a referência de carga naquele limite até que se obtenha o controle do
processo.
Quando descarregando, uma rampa de descarga ajustável fornece uma descarga com
tempo controlado para o nível de trip de descarga. Quando a carga atinge esse nível de
trip, o EGCP 3 envia automaticamente um comando de abertura ao disjuntor para remover
o gerador do sistema. A entrada de pausa da rampa permite a retenção da rampa de
descarga para resfriamento ou outros propósitos.
Funções adicionais incluem chaves selecionáveis e ajustáveis de limites alto e baixo de
processo e ativação de alarme.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
48/60

Quando existirem multiplos geradores e os EGCP3 LS estão conectados a uma barra em


controle de processo, uma unidade será automaticamente designada para ser o mestre do
processo, controlando então através da rede LON os níveis de carga dos outros geradores
que estão conectados à barra.

Controle de Chaveamento de Transferência Automática (ATS Control – Automatic


Transference Control)
A função ATS não está incluida no modelo LS.
Essa função está disponível no EGCP3 MC.
Para o caso em questão (Vista Alegre) não é utilizada essa função.

Controle de Ponta e Demanda


O modelo LS não tem essas funções. Elas podem ser realizadas pelo modelo MC.
No caso de Vista Alegre essas funções não estão rogramadas.

Seqüência de partida de geradores


Os detalhes de como partir e parar são determinados pelo controle do motor, porém
quando iniciar a partida e parada é responsabilidade dos controladores EGCP3.
A partida / parada de geradores está associada coma configuração do sistema, extrutura de
barramento e características dos geradores.
Isso se aplica a motores diesel ou a Gás não sendo possível aplicar com geraores a vapor
e não faz parte do projeto de Vista Alegre.

Medição de Energia e Potência


O controle digital LS está equipado com capacidade de medição de potência e energia a
nível industrial. São usadas as técnicas de DSP para obter uma melhor precisão e
velocidade de resposta em relação aos medidores analógicos convencionais. Precisão é
conseguida usando uma taxa de amostragem rápida da tensão e corrente e também
utilizando medição de RMS verdadeira. O uso da RMS verdadeira permite otimizar a
precisão mesmo na presença de distorções. Entradas com TPs e TCs da barra e da fonte
são usadas para calcular potência e enrgia. Os algoritmos usados são baseados na IEEE
1459-2000.

Relés de Proteção Elétrica


Proteção elétrica a nível industrial pode ser configurada para a barra interna e para a
concessionária a nível industrial (por exemplo. Sobrecorente, subtensão). Temporizadores
e níveis de alarme e trip podem ser configurados. Proteções baseadas em corrente podem
ser coordenadas com relés de proteção externos ajustando curvas ANSI/IEEE C37.112.
No caso de Vista Alegre essas funções não são utilizadas, sendo a proteção efetuada
por relés específicos.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
49/60

Comunicação
Equipamentos de monitoração remota podem ser conectados com o MC através de
ModBus ou ServLink. Estão dsponíveis tres (03) portas seriais.. Duas dessas portas são
dedicadas para Modbus ou ServLink e a terceira é configurável. Todas as funções e
parâmetros monitorados pelo painel frontal estão disponíveis através das tres (03) portas
seriais. Essas portas podem ser configuradas para serem usadas com o programa “Watch
Window” ou IHM externa através de ModBus ou ServLink. Entre os EGCP-3 a
comunicação é efetuada por rede LON. A comunicação a dois fios é usada para
sequenciamento, controle de carga ativa e reativa e mensagens de configuração entre as
unidades com o propósito de controle.

EGCP 3 LS em divisão de carga

a) EGCP 3 LS - Sistema isolado

b) EGCP 3 LS - Sistema em paralelo

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
50/60

c) EGCP 3 LS - Operação com barras divididas

d) ECGP3 LS-MC em paralelo com o sistema

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
51/60

Diagrama em blocos básico do controle

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
52/60

5.2. Woodward EGCP3 MC

O EGCP3 MC é um controlador baseado em microprocessadores projetado para


supervisionar e controlar geradores operados por EGCP3 LS e sua conexão a uma
concessionária. O MC é configurável e permite que seja usado de diversas maneiras e
torne desnecessário o uso de sistemas de controle utilizando CLPs. O seu menu é fácil de
utilizar e auxilia engenheiros de campo na programação do controlador a uma configuração
barra/concessionária. O MC é projetado para ser a interface entre a concessionária e a
planta local.

Funções do EGCP-3 MC:

• Interface por Display/Teclado, monitoração/parametrização local ou por IHM remota;


• Interação Mestre/Escravo com até 16 unidades;
• Sincronização de até 2 disjuntores com velocidade, fase, ajuste de tensão, gerenciamento
de fechamento em barra morta e sincronismo multimáquina;
• Controle de KW com carga/descarga automática para transferência de carga sem
oscilaçãoes;
• Capacidade de controle em “Base de Carga”;
• Controle de Importação/exportação ou processo;
• Controle de KVAR/PF;
• Chaveamento de Transferência Automática (ATS), transição aberta ou fechada;
• Controle de divisão/suavisação de pico com partida/parada automática baseada em
horário ou nível de demanda;
• Diagnóstico;
• Proteção de Barra e Fonte principal;
• Medição e monitoração de Barra e Alimentação Principal & Energia;
• Comunicação com rede LON;
• Comunicação Modbus® * e ServLink para conexões remotas através de IHM/CLP.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
53/60

Display do painél frontal


Idem ao do EGCP3 LS

Comunicação
Equipamentos de monitoração remota podem ser conectados com o MC através de
ModBus ou ServLink. Estão dsponíveis tres (03) portas seriais.. Duas dessas portas são
dedicadas para Modbus ou ServLink e a terceira é configurável. Todas as funções e
parâmetros monitorados pelo painel frontal estão disponíveis através das tres (03) portas
seriais. Essas portas podem ser configuradas para serem usadas com o programa “Watch
Window” ou IHM externa através de ModBus ou ServLink. Entre os EGCP-3 a
comunicação é efetuada por rede LON. A comunicação a dois fios é usada para
sequenciamento, controle de carga ativa e reativa e mensagens de configuração entre as
unidades com o propósito de controle.

Medição de Potência e Energia


O controle digital MC está equipado com capacidade de medição de potência e energia a
nível industrial. São usadas as técnicas de DSP para obter uma melhor precisão e
velocidade de resposta em relação aos medidores analógicos convencionais. Precisão é
conseguida usando uma taxa de amostragem rápida da tensão e corrente e também
utilizando medição de RMS verdadeira. O uso da RMS verdadeira permite otimizar a
precisão mesmo na presença de distorções. Entradas com TPs e TCs da barra e da fonte
são usadas para calcular potência e enrgia. Os algoritmos usados são baseados na IEEE
1459-2000.

Para a barra interna e barra de fonte os seguintes grandezas são calculadas:


• Frequencia (Hz);
• Tensão AC (Vac);
• Corrente de fase e total (Amps);
• FP total e por fase;
• Potência Ativa (W)
• Potência Reativa (VAR)
• Potência Aparente (VA)
• Angulo de fase de corente e tensão
• Harmonicas de tensão
• Haronicas de corrente
• Distorsão Harmonica Total (Tensão e Corrente);
• Tensão de sequencia negativa (Vac)
• Corrente de sequencia negativa (Amps)

Adicionalmente a energia nos TPs e TCs da concessionária são calculadas para:


• kW-Horas de Importação e exportação;
• kVAR-Horas de Importação e Exportação;
• KVA-Horas de Importação e Exportação

Muitas dessas grandezas também estão disponíveis como saídas analógicas para serem
usadas por outros equipamentos.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
54/60

Proteção Elétrica (Não usado em Vista Alegre)


Proteção elétrica a nível industrial pode ser configurada para a barra interna e para a
concessionária a nível industrial (por exemplo. Sobrecorente, subtensão). Temporizadores
e níveis de alarme e trip podem ser configurados. Proteções baseadas em corente podem
ser coordenads com relés de proteção externos ajustando curvas ANSI/IEEE C37.112.

Operação na Ponta e controle de Demanda (Não usado em Vista Alegre)


Operação na ponta e controle de demanda é possível através de dois modos de operação,
hora do dia ou necessidade de demanda. O controle também pode ser configurado para
operar em ambos os modos de operação. Para hora do dia o MC pode ser programado
para quatro (04) programas de partida e parada.
Cada dia da semana pode então ser configurado para um dos quatro programas, e cada
programa tem dois horários de partida dentro de um período de 24 horas.
Uma duração de tempo é ajustada para cada horário de partida. No horário programado, o
MC irá partir todas as unidades LS e efetuar sincronização baseada no estado do ATS;
paralelo (não no modo ATS), transição aberta ou transição fechada. Quando o tempo de
duração expirar, o MC irá gerenciar a parada ou retorno ATS e desligará as unidades
geradoras.
Nível de operação de demanda de carga é dependente do nível de potência aparente (VA)
importada. O nível de demanda é filtrado por um filtro passa baixa configurável e então
encaminhado à lógica de demanda. Dos níveis de partida e um de parada estão
disponíveis. Se a demanda for maior que o pickup de demanda, o MC iniciará uma
contagem de tempo de demanda. Se a demanda continuar maior que o pickup quando o
tempo expirar, o MC irá partir uma unidae geradora. Também existe um nível de demanda
instantânea. Se a demanda se tornar maior que esse nível, imediatamente partirá a próxima
unidade, sem contagem de tempo. A unidade LS rodará no modo de controle de carga e
nível do MC (base de carga ou processo). Quando o nível de importação cair abaixo do
nível de desligamento da demanda, o MC iniciará nova contagem de temporizador. Se a
demanda continuar abaixo desse nível quando o temporizador expirar, uma unidade LS irá
parar.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
55/60

Sequenciamento (Não usado em Vista Alegre)


O MC pode iniciar dois diferentes tipos de partida e parada dependendo da situação. Na
maioria das vezes o MC irá partir todos ou parar todas as unidades LS sob o seu controle.
Para partidas em demanda de carga, o MC irá solicitar START REQUEST ou STOP
REQUEST, que irá partir ou parar uma unidade geradora. Se o MC não estiver em controle
(as unidade LS estão controlando a carga sem a concessionária (ATS)) ou se o MC estiver
em controle de processo, a unidade LS partirá sozinha baseada no gerenciador de tempo
de partida e seus níveis de carga.

Chaveamento de transferência de Potência automática (ATS) (Não usado em Vista


Alegre)
A função ATS no MC tem diferentes modos de operação (Transição aberta ou transição
fechada) e dependem da entrada digital selecionada (Auto, Teste e Run).
Selecionando as entradas Auto e Teste (test ATS), teremos o modo de transição aberta, e
será simulada uma perda da concessionária, que irá abrir o disjuntor da concessionária
antes de partir as unidades LS.
No caso da transição fechada as unidades LS entrarão em paralelo com a concessionária e
assumirão carga até obter potência zero vindo da concessionária (zero power transfer
ZPT). O disjuntor da concessionária não será aberto enquando ZPT não for atingido.
Selecionando as entradas Auto, test e run w/load uma função ATS normal é iniciada
(Initiate ATS). Se um grupo de disjuntores estiverem configurados no sistema, no casa da
transição aberta, então o MC irá esperar até que as unidades LS estejam na barra e
estáveis antes do disjuntor da concessionária ser aberta. O MC irá esperar por um tempo
de transferência curto antes de o disjuntor do conjunto de unidades LS seja fechado. Sem
um disjuntor de grupo, o ATS irá ter o comportamento similar à função Teste ATS. A
transição de fechamento irá paralelar todas as unidades LS à concessionária e irá abrir a
concessionária no fim do tempo rápido de transferência mesmo se ZPT não seja atingido.

O MC também tem um controlador de descarte de carga. Tres saídas digitais podem ser
configuradas para remover seções de carga da barra se ocorrerem condições de
sufrequencia e subtensão ou se ZPT não ocorrer

Sincronizador:
Mesma função do LS.

Controle de Potência Ativa


O controle de potência ativa tem tres modos de operação:
a) Base de carga
A potência ativa das unidades LS são controladas no setpoint de carga ajustado;
b) Importação/Exportação
A potência ativa através do disjuntor da concessionária no nível de inportação/exportação
ajustado;
c) Processo
A carga ativa é controlada baseada em entrada de processo externa ou setpoint de
referência

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
56/60

O controlador MC disponibiliza entradas digitais para permitir subir ou abaixar a base de


carga interna ou referencia de processo e uma entrada analógica 4-20 mA (ou 1-5 Vdc)
para referência remota de potência ativa. Taxas de carregamento e descarregamento estão
disponíveis para ajuste suave para referência de carga e comando de carga e a qualquer
momento se essas taxas forem colocadas em zero, então a entrada digital de pausa de
rampa é ativada.

Controle de processo (Não usado em Vista Alegre)


Um controlador de processo é disponibilizado para cogeração, controle de
importação/exportação, manutenção de temperatura, manutenção de pressão, ou outras
aplicações
Um filtro de entrada de largura ajustável, ajustes do controlador flexíveis, e ações de
controle direta e indireta, permitem que o controle de processo possa ser usado em uma
grande variedade de aplicações.
Um sinal de 4–20 mA (ou 1–5 Vdc) é usado como sinal de processo para o controlador
EGCP-3. O controlador inclui uma referencia digital interna que pode ser controlada por
contatos de entrada para subir e abaixar ou por uma referência de processo remota de 4–
20 mA (ou 1–5 Vdc), ou por interface de comunicação Modbus ou ServLink. A saída do
controlador de processo produz uma referência de carga para o controlador de potência
ativa. Rampas ajustáveis permitem entrar ou sair do modo de controle de processo.
Quando o modo de controle de processo é selecionado, uma rampa ajustável move a
referência de carga na direção de redução do erro de controle de processo. Quando o erro
é minimizado, ou a referência atinge primeiro os pickups de limite de carga alta ou carga
baixa o controlador de processo é ativado. Quando é atingido o limite mínimo ou máximo, o
controlador segurará o valor de referência nesse limite até que a entrada do controle de
eprocesso retorne a nível de operação seguro. Quando descarregando é utilizada uma
rampa de descarga de tempo ajustável até que o sistema atinja o nível de trip de
descarregamento.. Quando atingir esse nível, o EGCP3 automaticamente produz um
comando de abertura para o disjuntor de grupo ou um comando STOP ALL para remover
as unidades LS do sistema. A chave de entrada de pausa de rampa permite segurar a
carga em uma potência para propósitos de resfriamento ou aquecimento. Como função
adicional temos níveis de limite alto e baixo ajustáveis para sinalização de limites alto, baixo
e alarme.

Controle de VAR/FP
A função VAR/PF controla a potência reativa exportada ou importada da concessionária.
Pode ser configurada para controle de VAR ou FP. O controlador compara a carga reativa
medida com uma referência interna ajustável e faz correções ao comando de FP enviado
às unidades LS até que a potência reativa desejada seja obtida. O nível de potência reativa
pode ser mantido mesmo enquando a carga ativa está sendo controlada. O controlador MC
também preve entradas digitais para permitir subir baixar o valor de referência de carga
reativa,e também preve entrada analógica de 4–20 mA (ou 1–5 Vdc) para controle remoto
de valor de referência de VAR/PF, se desejado. O valor de referência também pode ser
ajustado através de interface de comunicação Modbus ou ServLink.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
57/60

6. Proteção Elétrica
6.1. Gerador

A proteção elétrica do gerador utiliza os relés de proteção REM543 e REF541 da ABB.

Os relés REM543 e REF 541 executam as seguintes funções de proteção:

a) Função 24 – Sobrefluxo ou Volts/Hertz


Utilizada para proteger o gerador contra aquecimento provocado por
sobreexcitação. Normalmente acontece quando a máquina está parando com o
sistema de excitação ligado.
b) Função 32 – Potência Reversa;
Utilizada para evitar que o gerador absorva energia do sistema e danifique a
turbina, no caso de falha do regulador de velocidade ou fechamento da válvula
de fecho rápido (indevido).
c) Função 38 – Sobretemperatura nos mancais do gerador;
Utilizada para evitar danos nos mancais do gerador provocados por
sobretemperatura.
d) Função 40 – Perda de excitação;
Normalmente indica problemas no sistema de excitação. Essa função de
proteção é utilizada para desligar o gerador quando ocorrer perda do sistema de
excitação e como conseqüência o gerador atinja altos níveis de corrente
estatórica, levando ao aquecimento do mesmo.
e) Função 46 – Seqüência negativa;
Normalmente essa função de proteção quando acionada significa que a carga
está desequilibrada e como conseqüência surgem essas correntes de seqüência
negativa que provocam aquecimento.
f) Função 49 – Sobretemperatura nos enrolamentos do estator;
Normalmente provocada por sobrecarga do gerador. Nesse caso é facultativo o
desligamento, podendo apenas dar alarme e como conseqüência o operador
ficaria encarregado de diminuir a carga e acompanhar a temperatura.

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
58/60

g) Função 51V – Sobrecorrente com restrição de tensão;


Essa função de proteção deve desligar o gerador quando da ocorrência de curto-
circuito externo ao gerador.
O momento de atuação fica sensibilizado com a diminuição da tensão do
gerador.
Essa função de proteção deve ser coordenada com as demais proteções dos
alimentadores.
h) Função 51G – Sobrecorrente de terra (Relé REF541);
Essa função de proteção indica que está ocorrendo curto-circuito monofásico que
pode ser interno ou externo ao gerador.
i) Função 27 – Subtensão;
Essa função de proteção desliga o gerador quando ocorrer uma subtensão.
j) Função 59 – Sobretensão;
Essa função de proteção desliga o gerador quando da ocorrência de aumento de
tensão fora de controle. Geralmente indica problemas no sistema de excitação.
k) Função 81 – Subfreqüência/sobrefreqüência;
Desliga o gerador na ocorrência de sub ou sobre freqüência. Deve ser
coordenado com as proteções da subestação.
l) Função 87G – Proteção diferencial do gerador;
Indica curto-circuito interno ao gerador.

6.2. Subestação
A proteção da subestação é executada pelos relés REL670 e RET670

REL 670

a) Função 21 – Proteção de distância


Atua quando da existência de curto-circuito na linha de transmissão.
b) Função 67 – Proteção direcional de fase
O elemento temporizado atua para curtos no final da linha da SE seccionamento.
O elemento instantâneo está bloqueado.
c) Função 50/51 – Sobrecorrente instantânea e temporizada de fase
Atua como proteção de retaguarda do lado de alta do transformador.
ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.
Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
59/60

d) Função 67N – Proteção direcional de Neutro


O elemento temporizado atua para curtos no final da linha da SE seccionamento.
O elemento instantâneo está bloqueado.
e) Função 50/51N – Sobrecorrente instantânea e temporizada de neutro
Atua como proteção de retaguarda do lado de alta do transformador.
f) Função 27/59 – Subtensão/sobretensão
Atua na ocorrência de sub ou sobretensão na SE. Deve estar coordenado com a
proteção do gerador.

RET 670

a) Função 87 – Proteção diferencial do trado


Utilizado para proteger o transformador para curto-circuitos internos.
b) Função 51 – Proteção no lado de 13,8kV do transformado
Utilizado para curto circuitos do lado de baixa do transformador.
Deve estar coordenado com o gerador e os cubículos e linha
c) Função 51N – Obrecorrente de neutro
É sensibilizado por correntes no trafo de aterramento do lado de 13,8kV
Deve ser coordenado com os cubículos e gerador

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br
Usina Vista Alegre
60/60

7. Diagrama Unifilar Geral

ACTUAL - Consultoria Projetos e Manutenção Industrial Ltda.


Fone/Fax: (41) 3336-1737 - email: actual@actual-cpmi.com.br

Você também pode gostar