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INTRODUÇÃO

O conceito de pontes e viadutos englobam uma grande quantidade de


conceitos e áreas da engenharia, e para sua compreensão deve-se montar um
panorama das estruturas existentes. Assim exposto é de fundamental
importância conhecimento dos tipos de pontes e dos materiais existentes no
mercado. Este trabalho apresentará os cinco tipos principais de pontes,
expondo sucintamente suas características construtivas, aliado a vantagens e
desvantagens; posteriormente será apresentado três tipos de materiais para
expor os pontos mais relevantes.

1. SISTEMA ESTRUTURAL DA SUPERESTRUTURA

As pontes podem ser classificadas, quanto ao sistema estrutural da


superestrutura em Ponte em viga; Ponte em pórtico; Ponte em arco; Ponte
pênsil; Ponte estaiada; Ponte em viga. (EL DEBS ;TAKEYA, 2009)

1.1- PONTES EM VIGAS (LOBATO, 2015c; VITORIO, 2015; KROLL, 2012)

Tipo estrutural mais empregado no Brasil, onde as vinculações não


transmitem momentos fletores da superestrutura pra a insfraestrutura. Pontes cujo
sistema estrutural do tabuleiro é constituído por duas ou mais vigas longitudinais
(vigas principais ou longarinas) e vigas transversais (transversinas). Neste tipo de
estrutura existe uma laje superior na qual situam-se as pistas de rolamento. Esse tipo
de sistema está indicado na figura 1.
Figura 1.– Seção transversal de tabuleiro em viga

Fonte: VITORIO, 2015 apud VITÓRIO, 2002.

Na forma básica, as de vigas são as pontes de design mais simples que


parte de uma área elevada sobre uma prancha sobre uma pequena vala. O peso é
pressionado diretamente para baixo, em direção de qualquer sustentação inferior,
o que faz o meio da ponte a parte mais fraca. Usa-se sustentação vertical para
segurar o peso em longas distâncias. Mas apenas do número de sustentação ou
como eles estão espaçados, o ponto mais fraco estará sempre no meio, no ponto
mais longe de cada sustentação. Esta é uma razão pela qual as pontes de vigas
são geralmente limitadas em espaços curtos, raramente mais do que 80 m,
embora uma série de pontes de vigas seja geralmente usada para estender o
comprimento da ponte. A maior ponte contínua no mundo, a Ponchartrain
Causeway, na Louisiana, EUA, se estende a 38 km, mas as duas seções usam
vigas individuais 2243 e 1500 para cobrir a distância. A quantidade necessária de
vigas para grandes vãos pode deixar a ponte com má aparência. Possuem como
vinculações Típicas :Vigas simplesmente apoiada sem balanço; Vigas simplesmente
apoiada com balanço; Pontes integrais (viga contínua); Vigas gerber.

1.2- PONTE EM PÓRTICO (LOBATO, 2015b; VITORIO, 2015)

Nesses tipos de pontes, os pórticos são formados pela ligação das vigas
com os pilares ou com as paredes dos encontros, caracterizando a
continuidade entre esses elementos em substituição às articulações, conforme
a figura 2.

Figura 2 – Esquema de pontes em pórticos: a) biengastados; b) biarticulados; c) biarticulados


com montantes inclinados

Fonte: VITORIO, 2015 apud VITÓRIO, 2002

As pontes em pórticos são conceituadas como a não utilização de


aparelho de apoio entre a superestrutura e a infraestrutura, de maneira
simples, a viga e o pilar são um único elemento estrutural, que permite a
transferência de momentos fletores entre os elementos (superestrutura e
mesoestrutura monoliticamente ligadas). São conveniente em casos que em
existam pilares esbeltos, ou quando se desejar ter a mínima manutenção
(inexistência de articulações e aparelhos de apoio) e possui vantagens tais
como: custo mínimo com manutenção pela ausência de articulações ou
aparelhos de apoio, distribuição homogênea das solicitações, esbelteza nos
pilares (economia de materiais e estética); e desvantagens: emendas em
ângulo (altas solicitações).

1.3- PONTES EM ARCO (LOBATO, 2015b; VITORIO, 2015; KROLL, 2012)


Famosamente usada para os aquedutos e passagens romanos, estas
pontes utilizam estruturas arredondadas para empurrar o peso do centro para
as extremidades. Em vez de ter pontos que são sustentados por si só, os arcos
empurram o peso de maneira igual para a sustentação. Nenhum ponto em um
arco é mais fraco que outro, e ele na verdade se sustenta. Este modelo de
distribuição de peso equilibrada informa o design da ponte, com o centro da
mesma sendo um tanto fino se comparado com outros pontos. Isto é mais
notável em pontes com arcos únicos e arredondados onde o meio é a maior e
mais fina parte da estrutura.
Esse sistema estrutural foi muito utilizado no passado como a única
alternativa viável para vencer grandes vãos, principalmente diante da
dificuldade da execução de apoios intermediários e escoramentos sobre cursos
d’água ou vales profundos. A predominância dos esforços de compressão com
pequena excentricidade e a exigência de pequenas seções de armações,
fizeram do arco a estrutura adequada para a utilização do concreto armado.
Porém, com a evolução do concreto protendido e das técnicas construtivas que
permitiram eliminar os escoramentos, as pontes em arcos passaram a ser
substituídas pelas pontes em vigas retas protendidas. Podem ser projetadas
com tabuleiro superior (sustentado por montantes), com tabuleiro inferior
(sustentado por tirantes ou pendurais), ou ainda o sistema misto com arco
intermediário, sustentado lateralmente por montantes e, no centro, por
pendurais. A figura 3 mostra os sistemas mais encontrados para esse tipo de
ponte.
Figura 3 – Sistemas mais encontrados para esse tipo de ponte.

Fonte: VITORIO, 2015 apud VITÓRIO, 2002

O arco é um tipo estrutural que tem um comportamento estrutural


interessante, pois apresenta a possibilidade de ter os esforços de flexão
reduzidos em função da sua forma. No caso de arcos de concreto, essa
possibilidade de redução da flexão resultando na predominância da
compressão, é adequada ao material, permitindo seu uso em pontes com
grandes vãos com pequeno consumo do material (custo). Pontes de arcos, no
entanto, têm sido usada para cobrir longas distâncias, com até 245 m para
cada arco. A maior ponte de arco único (até maio de 2011), a Chaotianmen, na
China, tem uma seção de mais de 550 m e no total chega a mais de 1740 m.
Embora possam ser construídas pontes com diversos formatos para
oferecer sustentação em longas distâncias, é geralmente na estética e nos
materiais usados que se encontra a diferença. Arcos, podem ser construídos
mais altos e com menos suporte trazendo benefícios para a aparência. O
grande alcance do arco e a vista sem obstrução na parte de baixo fazem das
pontes de arco uma vista espetacular. Contudo, os meios de construção,
começando das extremidades para o meio, fazem com que sejam mais
complicadas e caras.

1.4- PONTE PÊNSIL (LOBATO, 2015a; VITORIO, 2015; CARTMELL, 2013)


Pontes pênseis ou suspensas, são aquelas que possibilitam os maiores
vãos sobre rios, lagos, etc. por isso quando sujeita a grandes cargas de vento,
apresenta movimentos do tabuleiro que podem tornar o tráfego desconfortável
e até perigoso e, por esta razão exige-se que o tabuleiro seja projetado com
grande rigidez à torção para minimizar esse efeito. As pontes pênseis são
constituídas por cabos dispostos parabolicamente e pendurais verticais
conforme a figura 4. Não são estruturas apropriadas para concreto e por isso
são executadas geralmente em vigamentos metálicos suspensos em cabos
portantes de aço. Os vigamentos, que podem ser em treliças ou vigas de alma
cheia, devem ter grande rigidez à flexão e principalmente à torção, de modo a
minimizar os efeitos dos movimentos vibratórios transversais que podem
causar desconforto aos usuários ou mesmo risco à estrutura. As pontes
pênseis se caracterizam por vencerem grandes vãos.
Um dos exemplos mais marcantes é o da Golden Gate, concluída em
1937, em São Francisco, nos Estados Unidos, cujo vão livre tem 1.200m.
Atualmente, o maior vão livre do mundo em estrutura pênsil pertence à ponte
Akashi-Kaigo, no Japão, cujo comprimento é 1.991m.
Figura 4 – Esquema de uma ponte Pênsil: 1 viga metálica; 2 cabo portante; 3 pendurais de
suspensão de vigamento no cabo portante; 4 torres de apoio do cabo portante.

Fonte: VITORIO, 2015 apud VITÓRIO, 2002

A área atravessada por uma ponte de suspensão é muito grande em


proporção à quantidade de material necessário para sua construção. Construído
sobre cursos de água, as pontes podem ser construídas em posições mais altas,
permitindo a passagem de navios altos sem problemas sob a ponte. Durante a
construção, os suportes centrais temporários não são necessários e o acesso à
construção não é feito por baixo. Isso significa que as estradas movimentadas e
hidrovias não precisam ser interrompidas. A flexibilidade das pontes suspensas
lhes permite flexionar sob a ação dos ventos e dos terremotos. Elas, porém,
podem ser instáveis em condições extremamente turbulentas. Assim, casos
extremos requerem a interdição temporária da ponte. Contudo quando construída
em terreno macio, as pontes suspensas exigem um extenso e caro trabalho na
fundação para combater os efeitos da carga pesada nas torres. A flexibilidade
pode ser uma desvantagem para as pontes suspensas, pois poderá balançar
sob cargas pesadas concentradas. Essas pontes não são geralmente usadas para
travessias ferroviárias regionais que transportam cargas máximas de peso,
causando avarias adicionais à ponte.

1.5- PONTES ESTAIADAS (LOBATO, 2015a; VITORIO, 2015; CARTMELL,


2013)
Nas pontes estaiadas o tabuleiro é suspenso através de cabos
inclinados fixados em torres. A ponte estaida, possui cabos retos com uma
inclinação de 30 a 45º o que pode tornar a altura do mastro muito alta conforme
se aumenta o vão, (relação de ½) torre tabuleiro. O tabuleiro, geralmente
metálico ou em concreto protendido, deve ter grande rigidez à torção, de modo
a reduzir os movimentos vibratórios causados pela ação transversal do vento.
A figura 5 mostra um esquema típico desse tipo de ponte.
Este tipo de ponte é utilizado para vãos maiores que 200m e são obras
bastante sofisticadas, tanto do ponto de vista do projeto como da construção.
Para tabuleiros em concreto protendido (executado em balanços sucessivos) é
possível obter boas soluções para vãos de até 600m. Para vãos da ordem de
900m devem ser utilizados tabuleiros metálicos ou mistos. Atualmente o maior
vão livre do mundo para pontes estaiadas pertence à ponte da ilha Russky na
Rússia, com 1.104m de extensão.

Figura 5 – Ponte estaiada com cabos dispostos em leque

Fonte: VITORIO, 2015 apud VITÓRIO, 2002


1.5.1- PONTE ESTAIADA E PENSIL: COMPARATIVO (NETO, 2008)

PONTE SUSPENSA
• Suportado pela estrutura;
• Resistir apenas à flexão e torção causados por carregamentos e
• Forças aerodinâmicas;
• Construção não começa até que os cabos estejam completos e todas as
partes da estrutura estejam conectadas.

PONTE ESTAIADA
• Em compressão, sendo puxado em direção às torres;
• Construção realizada em fases à partir de cada torre

A figura 6 apresenta o esquema de transmissão das forças de tração e


compressão de cada tipo de ponte:
Figura 6: esquema de transmissão das forças de tração e compressão

Fonte: NETO, 2008, p.49

2. MATERIAIS DE PONTES:
Este trabalho apresentará um breve panorama dos materiais enfocando
em três destes madeira, concreto e metal, com suas principais características,
onde podemos ver a relação custo x vão na Figura 7:
Figura 7: Relação Custo x vão segundo material utilizado:

Fonte: LUCAS, et al, 2013.

Quanto aos materiais empregados, as pontes podem ser classificadas


como:

2.1- CONCRETO (SOUZA JUNIOR, 2010)

VANTAGENS:,

a) Economia - o concreto se revela mais barato que a estrutura metálica por


exemplo, exceto em casos de vãos muitos grandes. Em muitos casos os
agregados podem ser obtidos no próprio local da obra. Não exige mão de obra
especializada.
b) Durabilidade - a resistência do concreto aumenta com o tempo.
c) Adaptação a qualquer tipo de fôrma.
d) Manutenção e conservação praticamente nulas.
e) Resistência ao fogo e a intemperes (corrosão).
f) Impermeabilidade.
g) Monolitismo.
h) Resistência ao desgaste mecânico (choques, vibrações).
i) Facilidade de execução (fácil emprego e manuseio o concreto pode ser
moldado no local).
j) É empregado em menores vãos, quando moldadas in-loco tem alto custo de
formas e escoramentos e muita mao de obra empregada, porem podem ser
pre-moldadas.

DESVANTAGENS: Entretanto, apesar de tantas vantagens, o concreto armado


apresenta também sérias desvantagens, como:
a) Grande peso-próprio 2500 kg / m3 (pode ser reduzido com utilização de
agregados leves).
b) Reforma e demolições difíceis ou até impossíveis.
c) Baixo grau de proteção térmica.
d) Demora de utilização (o prazo pode ser reduzido com a utilização de
aditivos).

2.2- METAL (PREMONTA, 2014);

Vantagens: as principais vantagens da utilização do aço estrutural,


podemos citar:
a) Alta resistência do material nos diversos estados de solicitação,
tração, compressão, flexão, etc., o que permite aos elementos estruturais
suportarem grandes esforços apesar das dimensões relativamente pequenas
dos perfis que os compõem(melhores que madeira e metal).
b) Apesar da alta massa específica do aço, na ordem de 78,50 KN/m3 ,
as estruturas metálicas são mais leves do que, por exemplo, as estruturas de
concreto armado, proporcionado, assim, fundações menos onerosas.
c) As propriedades dos materiais oferecem grande margem de
segurança, em vista do seu processo de fabricação que proporciona material
único e homogêneo, com limites de escoamento, ruptura e módulo de
elasticidade bem definidos.
d) As dimensões dos elementos estruturais oferecem grande margem de
segurança, pois por terem sido fabricados em oficinas, são seriados e sua
montagem é mecanizada, permitindo prazos mais curtos de execução de
obras.
e) Apresenta possibilidade de desmontagem da estrutura e seu posterior
reaproveitamento em outro local. As vigas metálicas são mais leves, mais
fáceis de transportar, com emendas no canteiro.
f) Apresenta possibilidade de substituição de perfis componentes da
estrutura com facilidade, o que permite a realização de eventuais reforços de
ordem estrutural, caso se necessite estruturas com maior capacidade de
suporte de cargas.
g) Apresenta possibilidade de maior reaproveitamento de material em
estoque, ou mesmo, sobras de obra, permitindo emendas devidamente
dimensionadas, que diminuem as perdas de materiais, em geral corrente em
obras.
Desvantagens: Como principais desvantagens da utilização do aço
estrutural, podemos citar:
a) Limitação de fabricação em função do transporte até o local da
montagem final, assim como custo desse mesmo transporte, em geral bastante
oneroso.
b) Necessidade de tratamento superficial das peças estruturais contra
oxidação devido ao contato com o ar, sendo que esse ponto tem sido minorado
através da utilização de perfis de alta resistência à corrosão atmosférica, cuja
capacidade está na ordem de quatro vezes superior aos perfis de aço carbono
convencionais. O aço necessita de uma manutenção mais cuidadosa
dependendo do local que a ponte se encontra.
c) Necessidade de mão-de-obra e equipamentos especializados para a
fabricação e montagem.
d) Limitação, em algumas ocasiões, na disponibilidade de perfis
estruturais, sendo sempre aconselhável antes do início de projetos estruturais,
verificar junto ao mercado fornecedor, os perfis que possam estar em falta
nesse mercado.

2.3- MADEIRA (PORTAL DA MADEIRA, 2008; CARLITO ET.AL, 2006)

A resistência da madeira, o baixo peso e o baixo consumo energético


para a sua produção e processamento são propriedades essenciais. Ela é
capaz de suportar sobrecargas de curta duração sem efeitos nocivos. Contrário
a crença popular, grandes peças de madeira têm boa resistência ao fogo, e até
melhores que outros materiais estruturais em condições severas de exposição
ao fogo. Do ponto de vista econômico, a madeira é competitiva com outros
materiais com base em custos iniciais, e apresenta vantagens quando se
analisa economicamente em longo prazo. A idéia equivocada de que a madeira
tem uma pequena vida útil a tem negligenciado como material de construção.
Embora seja susceptível ao apodrecimento e ataque de insetos sob condições
específicas, é um material muito durável quando utilizada com tecnologia e
tratamento preservativo químico, pois a madeira pode ser efetivamente
protegida contra deterioração por período de 50 anos ou mais. Além disso, a
madeira tratada com preservativos requer pouca manutenção e pinturas.
Vantagens: As vantagens do uso da madeira como material de
construção são muitas, nomeadamente:
 Produto Natural - a madeira é um produto de origem natural e
renovável, cujo processo produtivo em relação a outros produtos
industrializados, exige baixo consumo energético e respeita a natureza.
Constitui, um dos escassos materiais de construção de origem natural, o que à
partida lhe proporciona uma série de vantagens em relação aos demais. A
madeira de uso corrente não é tóxica, não liberta odores ou vapores de origem
química, sendo portanto segura ao toque e manejo. Ao contrário de outras
matérias-primas a madeira quando envelhece ou deixa de desempenhar a sua
função estrutural, não constitui qualquer perigo para o meio ambiente, já que é
facilmente reconvertida.
 Renovável - fazemos uso da madeira como matéria-prima há
milhares de anos. No entanto este recurso contínua disponível e a crescer em
novos povoamentos florestais. Enquanto novas árvores forem plantadas de
forma conscienciosa e sem comprometer os recursos naturais e, repor as
abatidas, a madeira vai continuar a estar disponível.
 Armazéns de Carbono - para a formação da madeira, as árvores
captam o carbono da atmosfera, e libertam oxigénio. Ao fazermos uso da
madeira, estamos a armazenar o carbono absorvido durante o tempo de vida
da obra ou edifício no estado sólido e portanto, a evitar que este se liberte para
a atmosfera e, agrave o problema ambiental do efeito de estufa.
 Excelente Isolante - o isolamento é um aspecto importantíssimo
para a redução da energia usada no aquecimento e climatização de edifícios. A
madeira é um isolante natural que pode reduzir a quantidade de energia
necessária na climatização de espaços especialmente quando usada em
janelas, portas e pavimentos. Apresenta boas condições naturais de isolamento
térmico e absorção acústica.
 Fácil de Trabalhar - trata-se de uma matéria-prima muito versátil
que pode ser usada de forma muito variada e que cumpre com certas e
determinadas especificações, de acordo com o tipo de aplicação pretendida.
Permite ligações e emendas fáceis de executar.
 Durabilidade - Os arqueólogos pesquisam peças antigas ainda
existentes em madeira tais como: sarcófagos, embarcações, esculturas,
utensílios domésticos, armas, instrumentos musicais, elementos de
construções. É possível observar-se algumas dessas peças em perfeito estado.
 Segurança - A madeira não oxida. O metal quando é levado a
altas temperaturas pela ocorrência de fogo deforma-se, perdendo a função
estrutural. Naturalmente, se o ferro do betão armado não estiver com o
revestimento adequado, também este perde a função estrutural quando
submetido a altas temperaturas. A madeira na natureza já desempenha uma
função estrutural. Depois de serrada, quando utilizada como estrutura de um
edifício, funciona como um elemento pré-moldado, de fácil montagem (leve,
macio), que não passou por processos de fabrico que determinem sua
resistência. O que determina a sua resistência é apenas a sua espécie.
 Versatilidade de uso - pode ser produzida em peças com
dimensões estruturais que podem ser rapidamente desdobradas em peças
pequenas, de uma delicadeza excepcional.
 Reutilizável - Capacidade de ser reutilizada várias vezes.
 Propriedades físico-mecânicas - Foi o primeiro material
empregue, capaz de resistir tanto a esforços de compressão como de tração.
Tem uma baixa massa volúmica e resistência mecânica elevada. Pode
apresentar a mesma resistência à compressão que um betão de resistência
razoável. A resistência à flexão pode ser cerca de dez vezes superior à do
betão, assim como a resistência ao corte. Não se desfaz quando submetida a
choques bruscos que podem provocar danos noutros materiais de construção.
 Textura - no seu aspecto natural apresenta grande variedade de
padrões.
Desvantagens
Em oposição, apresenta as seguintes principais desvantagens, que
devem ser cuidadosamente levadas em consideração no seu emprego como
material de construção:
 Variabilidade - é um material fundamentalmente heterogéneo e
anisotrópico. Mesmo depois de transformada, quando já empregue na
construção, a madeira é muito sensível ao ambiente, aumentando ou
diminuindo de dimensões com as variações de humidade.
 Vulnerabilidade - é bastante vulnerável aos agentes externos, e
a sua durabilidade é limitada, quando não são tomadas medidas preventivas.
 Combustível.
 Dimensões - são limitadas: formas alongadas, de secção
transversal reduzida.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A construção de pontes e viadutos leva em consideração diversos


fatores, dentre eles custo, finalidade da ponte/viaduto, vão a ser superado,
estética, etc. Estes itens determinam qual o modelo a ser utilizado, e o material
do mesmo. O emprego de materiais e modelos de pontes deixou de ser um
item meramente da engenharia e ganhou contornos estéticos, onde a escolha
de ambos é voltada preferencialmente a beleza principalmente em centros
urbanos ou locais turísticos.
Os modelos expostos neste trabalho demonstraram que não existe
modelo ou material que atenda a todas as variáveis envolvidas, sendo cada
uma própria para atender um determinado tipo de problema. Contudo no Brasil,
por ideologias culturais, faz- se uso preferencialmente de pontes em viga com
estrutura de concreto.

REFERENCIAS
CARLITO, C.J. et al. Manual de projeto e construção de pontes de madeira.
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Pontes-de-Madeira.pdf> . Acesso em 11 fev. de 2017.

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Disponível em:< http://www.ehow.com.br/ponte-forte-arcos-vigas-info_264677/>
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EL DEBS, M. K. ; TAKEYA, T. Introdução às pontes de concreto. 2009.


Disponível em:< http://wwwp.feb.unesp.br/pbastos/pontes/Apost.%20Pontes
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KROLL, J. Qual tipo de ponte é mais forte: de arcos ou de vigas?. 2012. Disponível
em:< http://www.ehow.com.br/ponte-forte-arcos-vigas-info_264677/> . Acesso
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LOBATO, R. Sistemas Estruturais: Pontes pênseis e estaiadas. 2015a.


Disponível
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2015c. Disponível em:<
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LUCAS, D.F. [et al]. Tipos de pontes existentes. 2013. Disponível em:<
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http://vitorioemelo.com.br/publicacoes/Pontes_Viadutos_Rodoviarios.pdf> .
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