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Experimento Perda de Carga em

Acidentes

Annymaressa O. de Aquino - RA: 20188-9.


Bárbara Galhardo Rovaron - RA: 20189-7.
Joice Priscila D.Jesus Caetano - RA: 20201-0.
Layra Fernandes Paixão RA - 20209-3.
Mariana Neves Mendes RA - 20214-3

Profª: Mônica Maria Gonçalves

Engenharia Química
7º semestre
São João da Boa Vista – 2017
Sumário

1. Introdução.

2. Objetivo

3. Materiais e Equipamentos

3.1 Métodos / Procedimento

4. Resultados e discussões

5. Conclusão

6. Referências Bibliográficas
1. Introdução

Perda de carga é a energia perdida pela unidade de peso do fluido


quando este escoa. A perda de carga num tubo ou canal é a perda de
energia dinâmica do fluido devido à fricção das partículas do fluido entre si e
contra as paredes da tubulação. Essa dissipação de energia provoca a
queda de pressão total do fluido ao longo do escoamento. A perda de carga
pode ser contínua, ao longo dos condutos regulares, acidental ou
localizada. O fluido de um sistema de tubulação passa através de diversas
conexões, válvulas, curvas, cotovelos, tês, entradas, saídas, extensões e
reduções, além dos tubos. Essas componentes interrompem o escoamento
suave do fluído e causam perdas adicionais devido a separação do
escoamento e à mistura que eles induzem. Em um sistema típico com tubos
longos, essas perdas são menores se comparadas à perda total de carga
dos tubos (as grandes perdas) e são chamadas de perdas menores. Em
alguns casos as perdas menores podem ser maiores que do que as
grandes perdas, esse é o caso, por exemplo, nos sistemas com varias
curvas e válvulas em uma distância curta.
Perda em Entradas: Se uma entrada de fluido possui bordas
aparentes, forma-se uma veia contraída, que obriga o fluxo a acelerar
subitamente; quando ele volta a se expandir e ocupa toda a largura do tubo,
ocorre uma desaceleração brusca, com separação de fluido e
consequentemente perda de carga. A perda em uma entrada, portanto, é
menor se as bordas são menos pronunciadas.
Perdas em Saídas: A perda de carga na saída do difusor é pequena,
em função do grande diâmetro desta e, por conseguinte, da baixa
velocidade de saída.
Perdas em Expansão e Contração: Mudanças bruscas de seção
provocam grandes perdas, devido ao fenômeno de formação da veia
contraída. Mudanças graduais de seção provocam menores perdas.
Quando se trata de um estreitamento gradual, em geral não há formação de
veia contraída. Nos alargamentos, entretanto, sempre ocorre separação de
fluido, mesmo quando a mudança de área da seção é gradual.
As perdas causadas por variação de área podem ser reduzidas um
pouco com a instalação de um bocal ou difusor entre as duas seções de
tubo reto.
Perdas em Curva: Nos trechos curvos, a perda de carga é maior que
em um duto reto de seção e comprimento equivalentes, devido
principalmente à presença de fluxo secundário. As tabelas apresentam as
perdas usando o conceito do comprimento equivalente de tubo, em função
do raio de curvatura, no caso de uma curva contínua, e do ângulo de
deflexão, no caso de uma curva composta por dois segmentos retos em
ângulo; ambos os tipos de curva são muito comuns em grandes tubulações.
Perdas em Válvulas e Acessórios: As perdas nas válvulas e
acessórios inseridas na tubulação também são expressas usualmente como
um comprimento equivalente de duto. No caso desses elementos, no
entanto, existe uma dificuldade adicional: as válvulas podem variar sua
abertura continuamente. As tabelas registram valores de perdas para a
situação em que a válvula está totalmente aberta; numa válvula
parcialmente fechada as perdas seriam maiores. Isso é razoável no caso de
válvulas fixas, mas não no caso de válvulas de controle, que tipicamente
têm sua abertura variando continuamente no tempo, de forma a controlar o
fluxo. Além disso, existem vários tipos de válvulas, e o formato exato de
cada uma varia também com o fabricante. Por isso, normalmente, devem-se
usar tabelas fornecidas pelo próprio fabricante ou realizar ensaios
experimentais específicos.
As perdas de carga são expressas pelas fórmulas:

Perda de carga localizada teórica:

Onde:
hl – perda de carga [m]
K – coeficiente de perda de carga [adimensional]
v – velocidade média do escoamento no duto [m/s]
g – aceleração da gravidade [m/s²]

Perda de carga linear:


Onde: f

Onde:

f – coeficiente de atrito
L – comprimento da tubulação
D – diâmetro da tubulação
v – velocidade
g – aceleração da gravidade

Para a determinação do coeficiente de atrito é necessário se determinar


o número de Reynolds para o escoamento. Este valor é obtido pela equação:

𝑅𝑒= 𝐷𝜌v/𝜇

Onde:
D - é o diâmetro do tubo (m);
ρ - é a massa específica do fluido (kg/m³);
μ - é a viscosidade dinâmica do fluido (Pa∙s).

Para medir a vazão é utilizado um instrumento chamado placa de


orifício, é um medidor classificado como deprimogênio, pois promove a redução
da seção transversal a fim de obter a vazão. Sua estrutura resume-se a uma
placa transversal ao escoamento, de pequena espessura, na qual foi usinado
um furo cilíndrico. A variação na seção transversal do escoamento leva ao
aumento da velocidade e à queda da pressão. Entretanto, como ocorre uma
variação brusca da área é gerada uma grande turbulência que resulta em uma
“perda de carga”, além de menor precisão na medição da pressão.
Figura 1. Desenho esquemático de um escoamento através de uma placa de orifício.

Entre um ponto à montante e um ponto à jusante da placa de orifício


aplica-se o balanço de energia, o que resulta na equação:

Onde:
Co – Coeficiente de descarga (adimensional)
K – D1/D0 (adimensional)
D1 – Diâmetro interno do tubo (L) D0 – diâmetro interno do orifício (L)
(P1-P2) – queda de pressão (M/Lt²)
P – massa especifica do fluido em escoamento (M/L³)
V1 – velocidade média no ponto 1, (L/t)

2. Objetivo

Estudar escoamento em tubos, e determinar experimentalmente as perdas de


carga em acidentes de uma instalação hidráulica e compará-las com valores
teóricos.
3. Materiais e Equipamentos

Materiais:
- Sistema de tubos ;

- Diversos acidentes na tubulação (cotovelo 90º, cotovelo 45º, válvula esférica,


Tê de saída lateral, placa de orifício, expansão e redução);

- Rotâmetro (é constituído por um tubo cônico, com o diâmetro menor do lado


de baixo, dentro do qual existe um flutuador ou bóia. É através da parte menor
do tubo que o fluido entra. A bóia pode mover-se livremente na vertical,
subindo ou descendo no tubo, conforme aumenta ou diminui o fluxo. O tubo
possui uma escala de medida onde podemos ler diretamente o valor do fluxo
através da borda de cima da bóia);

- Bomba Centrifuga Dancor – modelo CP – 4R, série 04/2007;

- Régua;

- 34 Manômetros de coluna de água.

A figura abaixo apresenta o esquema do experimento:


3.1 Métodos / Procedimento

Abriu-se a válvula V1 (retorno da bomba), mantendo a válvula V2


fechada;
Ligou-se a bomba, em seguida abriu-se a válvula V2 parcialmente.
Ajustou-se a vazão desejada através da válvula V2. Manteve-se a válvula V1
aberta completamente na medida do possível.
Após a estabilização do escoamento na vazão desejada, foram feitas as
leituras das pressões relativas através dos manômetros de coluna de líquido.
Repetiu-se o procedimento para outras cinco vazões.

4. Resultados e Discussões

Para encontrar a equação de perdas de carga deve-se considerar a


equação de Bernoulli da seguinte forma:

(𝑝1/𝜌+ 𝑉12 /2𝑔 + 𝑧1) – (𝑝2/𝜌+ 𝑉 22 /2𝑔 +𝑧2) =𝐻𝐿𝑇

Cada termo desta equação é dado nas seguintes dimensões: [L2 T-2],
mas pode-se expressá-los em unidade de [L], basta dividir toda equação pela
constante de aceleração gravitacional, e a equação toma a seguinte forma:

(𝑝1/𝜌+ 𝑉12 /2𝑔 + 𝑧1) – (𝑝2/𝜌+ 𝑉 22 /2𝑔 +𝑧2) = (𝐻𝐿𝑇 x 𝑔) = h𝐿𝑇

Quando se considera um escoamento sem atrito, uniforme através de


um tubo hLT=0 e onde a equação de Bernoulli é representada por uma relação
de pressão que varia conforme a energia cinética e potencial do sistema,
porém quando inclui-se o termo de perda de carga (hLT), a pressão passa a
depender deste termo também. A perda de carga que ocorre ao longo da
tubulação em um escoamento turbulento é chamada de perdas maiores, nas
quais consideramos:

𝑉 1=𝑉 2

Então:

(𝑝1−𝑝2 /𝜌) =𝑔 (𝑧2−𝑧1) +h𝐿𝑇

Para tubos horizontais 𝑧2=𝑧1:


h𝐿𝑇=Δ𝑝/𝜌

Como se trata de escoamento turbulento a variação de pressão depende


do diâmetro do tubo e comprimento de tubo, da rugosidade, da velocidade do
escoamento, da densidade e viscosidade do fluido, ou seja:

Δ𝑝=𝑓 𝐷,𝐿,𝑒,𝑉 ,𝜌,𝜇

Aplicando uma análise dimensional para encontrarmos uma função que


a represente:

Δ𝑝/𝜌𝑉 2 =𝑓 (𝜇/𝜌𝐷𝑉 ;𝐿/𝐷;𝑒/𝐷)

Rearranjando a equação:

H𝐿𝑉2 =𝜑 (𝑅𝑒;𝐿/𝐷;𝑒/𝐷)

Perdas de carga adimensional é diretamente proporcional a L/D, assim


como se pode introduzir o termo ½ do lado esquerdo da equação em razão da
energia cinética por unidade massa:

H𝐿 /1/2 𝑉2 =𝐿/𝐷 𝜑 (𝑅𝑒;𝑒/𝐷)

Em que 𝐿𝑒𝑞 corresponde ao comprimento equivalente; que recebe este


nome porque diz quanto equivale à perda em um acessório em termos de
comprimento. Tais dados são fornecidos por tabelas. Uma placa de orifício,
instrumento utilizado em indústria para medir vazão, e utilizado no experimento
é equacionada a partir da equação de Bernoulli para tubos horizontais:

𝑝1−𝑝2=𝜌/2 (𝑉22−𝑉12 )

Sabe-se que a vazão volumétrica é descrita como produto da área pela


velocidade do fluido em uma tubulação: 𝑉 =𝑉 ×𝐴 E que partindo dessa ideia: 𝑉
1×𝐴1=𝑉 2×𝐴2

O experimento de perda de carga foi realizado com 34 diferentes pontos,


onde foi analisada a perda de carga em cada um deles através de manômetros
de coluna d’água. O experimento foi repetido 5 vezes para diferentes vazões.
Estas vazões são de 50 mL/s, 100 mL/s, 150 mL/s, 175 mL/s e 200mL/s
respectivamente. A perda de carga de um determinado ponto foi dada pela
diferença que há de um ponto a outro, pois se sabe que:

h𝐿𝑇=Δ𝑝/𝜌𝑔

Onde: Δ𝑝= (h2−h1) 𝜌𝑔

Então, a equação fica assim:

h 𝐿𝑇= (h2−h1)

Veja na tabela 1 as perdas de carga analisadas. Para melhor ilustrar os


dados pode-se representá-los através de um gráfico, o qual apresenta os 34
diferentes pontos estudados para as três vazões. Segue abaixo o gráfico com
essas informações:

Tabela 1 – Perdas de carga experimental analisadas durante o


experimento
Vazão (mL/s) Vazão (mL/s) Vazão (mL/s) Vazão (mL/s) Vazão (mL/s)
Manômetro 50 100 150 175 200
1 0,04 0,12 0,25 0,325 0,4
2 0,035 0,1 0,22 0,28 0,345
3 0,03 0,088 0,182 0,235 0,29
4 0,03 0,08 0,16 0,2 0,25
5 0,02 0,045 0,078 0,095 0,115
6 0,015 0,04 0,075 0,095 0,115
7 0,017 0,042 0,075 0,093 0,112
8 0,018 0,041 0,08 0,1 0,12
9 0,015 0,035 0,068 0,09 0,112
10 0,015 0,039 0,08 0,102 0,122
11 0,014 0,035 0,073 0,091 0,111
12 0,017 0,03 0,063 0,08 0,098
13 0,013 0,032 0,065 0,08 0,098
14 0,014 0,03 0,05 0,075 0,088
15 0,015 0,027 0,05 0,059 0,07
16 0,012 0,026 0,046 0,053 0,061
17 0,01 0,023 0,041 0,051 0,06
18 0,01 0,022 0,042 0,05 0,058
19 0,011 0,022 0,041 0,049 0,058
20 0,012 0,024 0,041 0,051 0,058
21 0,011 0,024 0,041 0,051 0,06
22 0,018 0,027 0,047 0,056 0,065
23 0,01 0,023 0,04 0,053 0,06
24 0,008 0,02 0,038 0,046 0,055
25 0,012 0,022 0,037 0,043 0,05
26 0,008 0,016 0,029 0,033 0,037
27 0,009 0,017 0,027 0,034 0,039
28 0,007 0,017 0,028 0,033 0,038
29 0,008 0,018 0,027 0,032 0,036
30 0,004 0,005 -0,004 -0,012 -0,021
31 0,006 0,008 -0,015 -0,025 -0,037
32 0,003 0,006 -0,006 -0,015 -0,023
33 0,01 -0,002 -0,02 -0,035 -0,046
34 0,007 -0,007 -0,03 -0,046 -0,061

Gráfico 1 – Perda de carga através dos diferentes pontos no experimento


Como se pode observar na tabela e graficamente, durante o
experimento, a região que apresentou maior perda de carga é do 1 ao 5. Isso
ocorre, porque nesta região se concentra um grande número de acessórios.
Tais como: registro gaveta, 2 cotovelos e canos (que recorre a perda de carga
distribuída ao longo do tubo). Na região onde localiza-se os pontos 30 e 31
também há uma elevação nos valores gráficos, que são justificados por uma
redução de diâmetro de 32 mm para 20 mm.

Observando os dados, percebe-se a presença de valores negativos, isso


ocorreu devido à calibração imprecisa e até mesmo à erros operacionais. Nos
pontos onde há uma perda de carga equivalente a zero, é devido a presença
de um manômetro muito próximo do outro, não resultando em diferenças de
pressões significativas nestes curtos espaços, o que indica pressões idênticas,
que quando se subtrai uma da outra, a diferença é igual a zero. Os resultados
apresentados acima são experimentais, no entanto é possível predizer quais
serão os resultados esperados de perda de carga de um sistema através dos
cálculos. Para isso, é preciso somar as perdas de carga localizadas com as
perdas de carga ao longo do tubo.

h𝐿𝑇=𝑓𝐿𝑉2 /D 2𝑔+𝐾𝑉2 /2𝑔

f é o coeficiente de Darcy (adimensional) e pode ser obtido por um diagrama de


Moody - Rouse. Leq é o comprimento equivalente (dado em metros), no qual
corresponde quanto equivale à perda de carga em acessórios; estes dados são
tabelados. Segue uma tabela (tabela 2) com os comprimentos reais e
comprimentos equivalentes para cada ponto estudado.
A partir destes dados é possível calcular as perdas de carga teórica
baseada na formula acima. Sabendo-se o diâmetro e a vazão, então é possível
calcular a velocidade do escoamento, assim como o número de Reynolds, pois
se conhece as propriedades físicas da água (fluido) na temperatura de 25 °C
que era a temperatura durante o experimento. A tubulação é de PVC e sua
rugosidade é e = 5×10-06 m. Com o auxílio de um diagrama de Moody – Rouse
se consegue encontrar valores para o coeficiente de Darcy e por fim estimar a
perda de carga teórica em todos os pontos estudados experimentalmente.
Levando em consideração apenas os dados disponíveis para prever as
perdas de carga, encontraremos valores muito baixos, como pode ser visto na
tabela 3, assim como no gráfico 2.

Tabela 2 – Comprimento equivalente ou comprimento que corresponde


em cada um dos acessórios e tubos do sistema

Vazão (mL/s) Vazão (mL/s) Vazão (mL/s) Vazão (mL/s) Vazão (mL/s)
Manômetro 50 100 150 175 200
1 0,00000004 1,2E-07 0,00000025 3,25E-07 0,0000004
2 3,5E-08 0,0000001 0,00000022 0,00000028 3,45E-07
3 0,00000003 8,8E-08 1,82E-07 2,35E-07 2,9E-07
4 0,00000003 8E-08 0,00000016 0,0000002 2,5E-07
5 0,00000002 4,5E-08 7,8E-08 9,5E-08 1,15E-07
6 1,5E-08 4E-08 7,5E-08 9,5E-08 1,15E-07
7 1,7E-08 4,2E-08 7,5E-08 9,3E-08 1,12E-07
8 1,8E-08 4,1E-08 0,00000008 0,0000001 1,2E-07
9 1,5E-08 3,5E-08 6,8E-08 0,00000009 1,12E-07
10 1,5E-08 3,9E-08 0,00000008 1,02E-07 1,22E-07
11 1,4E-08 3,5E-08 7,3E-08 9,1E-08 1,11E-07
12 1,7E-08 3E-08 6,3E-08 0,00000008 9,8E-08
13 1,3E-08 3,2E-08 6,5E-08 0,00000008 9,8E-08
14 1,4E-08 3E-08 0,00000005 7,5E-08 8,8E-08
15 1,5E-08 2,7E-08 0,00000005 5,9E-08 7E-08
16 1,2E-08 2,6E-08 4,6E-08 5,3E-08 6,1E-08
17 0,00000001 2,3E-08 4,1E-08 5,1E-08 6E-08
18 0,00000001 2,2E-08 4,2E-08 0,00000005 5,8E-08
19 1,1E-08 2,2E-08 4,1E-08 4,9E-08 5,8E-08
20 1,2E-08 2,4E-08 4,1E-08 5,1E-08 5,8E-08
21 1,1E-08 2,4E-08 4,1E-08 5,1E-08 6E-08
22 1,8E-08 2,7E-08 4,7E-08 5,6E-08 6,5E-08
23 0,00000001 2,3E-08 0,00000004 5,3E-08 6E-08
24 8E-09 2E-08 3,8E-08 4,6E-08 5,5E-08
25 1,2E-08 2,2E-08 3,7E-08 4,3E-08 5E-08
26 8E-09 1,6E-08 2,9E-08 3,3E-08 3,7E-08
27 9E-09 1,7E-08 2,7E-08 3,4E-08 3,9E-08
28 7E-09 1,7E-08 2,8E-08 3,3E-08 3,8E-08
29 8E-09 1,8E-08 2,7E-08 3,2E-08 3,6E-08
30 4E-09 5E-09 -4E-09 -1,2E-08 -2,1E-08
31 6E-09 8E-09 -1,5E-08 -2,5E-08 -3,7E-08
32 3E-09 6E-09 -6E-09 -1,5E-08 -2,3E-08
33 0,00000001 -2E-09 -2E-08 -3,5E-08 -4,6E-08
34 7E-09 -7E-09 -3E-08 -4,6E-08 -6,1E-08
Tabela 3 – Perdas de carga teórica

Perda de carga teórica através da tubulção


0.5

0.4
Perda de carga

0.3

0.2

0.1

0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33
-0.1
Pontos onde houve observação de perda de carga

Gráfico 2 – Perda de carga calculada através da tubulação


Comparando o gráfico 1 e 2 podemos observar que eles de forma geral
são semelhantes, exceto pelo fato que a perda de carga devido a placa de
orifício nos cálculos teóricos é muito maior que a analisada no experimento. A
baixa perda de carga aferida no experimento na região da placa de orifício
pode ser justificada por falta de ajuste ou calibração no acessório. Outra
discrepância na comparação dos resultados é a diferença entre as perdas
teóricas e as perdas experimentais para alguns pontos estudados, que chegam
a ser 100 vezes maior nos resultados experimentais, comparados aos
resultados estudados. Porém, se somar os resultados experimentais de cada
ponto ao seu respectivo resultado teórico, consegue-se dados mais coerentes
quando comparado aos números do experimento. Como pode ser visto no novo
gráfico:

Gráfico 3 – Perda de carga calculada através da tubulação usando como


definição para o cálculo a somatória da perda de carga teórica e a perda de carga
experimental

Através de observação dos resultados pode-se afirmar que quanto maior


a vazão do fluido, ou seja, quanto mais turbulento for o escoamento, maior será
a perda de carga no sistema. O sistema estudado possui duas expansões: uma
de 20 mm para 25 mm do ponto 7 ao 8, e outra de 25 mm para 32 mm do
ponto 19 ao 20, e uma contração de 32mm para 20 mm do ponto 20 ao 30.
Podem-se estudar as perdas de carga nestes acessórios relacionando-as com
as vazões tanto para as perdas de carga reais quanto as preditas. Como
podemos ver nas tabelas 4 E 5.

Expansões e contração assumindo valores teóricos

Vazão (m³/s) P7 - P8 P19 - P20 P29 - P30


0,00005 -1E-09 -1E-09 4E-09
0,0001 1E-09 -2E-09 1,3E-08
0,00015 -5E-09 0 3,1E-08
0,000175 -7E-09 -2E-09 4,4E-08
0,0002 -8E-09 0 5,7E-08

Tabela 4 – Expansões e contração assumindo valores teóricos

Expansões e contração assumindo valores experimentais


Vazão (m³/s) P7 - P8 P19 - P20 P29 - P30
0,00005 -1,00E-09 -1E-09 4E-09
0,0001 1,00E-09 -2,00E-09 1,3E-08
0,00015 -5,00E-09 0,00E+00 3,1E-08
0,000175 -7E-09 -2,00E-09 4,4E-08
0,0002 -8,00E-03 0 5,7E-08

Tabela 5 – Expansões e contração assumindo valores experimentais

Cada um destes estudos isolados apresenta gráficos que ilustram o


comportamento da perda de carga durante o escoamento, nos do gráficos abaixo
são mostrados como é o perfil da pressão para os dados experimentais e para os
teóricos respectivamente:
Gráfico 4 – Vazão em função da perda de carga para a expansão de 20 mm para 25
mm (teste experimental)

Gráfico 5 – Vazão em função da perda de carga para a expansão de 20 mm para 25


mm (dados teóricos)
Gráfico 6 – Vazão em função da perda de carga para a expansão de 25 mm para 32
mm (teste experimental)

Gráfico 7 – Vazão em função da perda de carga para a expansão de 20 mm para 32


mm (dados teóricos)
Gráfico 8 – Vazão em função da perda de carga para a contração de 32 mm para 20
mm (teste experimental)

Como se pode notar, o comportamento para os perfis de pressão é


representado por equações de segundo grau. Estas curvas são análogas a
curvas características de instalação para um sistema de bombas. Com exceção
do gráfico 5, o qual apresenta uma parábola descendente, enquanto as demais
são todas parábolas ascendentes. Ao analisar a placa de ofício do sistema, e
correlacionar o coeficiente de orifício da placa com o número de Reynolds
encontra-se uma representação como mostra a figura 2. Essa relação é
possível porque tanto para o coeficiente de orifício e o número de Reynolds há
variáveis que se relacionam entre ambas as equações, tais como: a
velocidade, o diâmetro do orifício no número de Reynolds se relaciona com K
do coeficiente de orifício que é a razão entre as áreas da tubulação e da placa,
e a massa específica do fluido. Com os dados disponíveis do experimento,
sabendo-se que o diâmetro da placa de orifício é de 15 mm, é possível traçar
um gráfico análogo à figura 2 e compará-los. O gráfico deve ser semelhante à
linha de 0,75 da figura, como se pode ver no cálculo abaixo:

𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑜𝑟𝑖𝑓í𝑐𝑖𝑜/ 𝑑𝑖â𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑢𝑏𝑜=

15 𝑚𝑚/20 𝑚𝑚=0,75
Gráfico 10 – Coeficiente para placa de orifício do experimento

É possível notar que a linha construída no gráfico acima apresenta um


trecho corresponde à linha com razão de 0,75 da figura 2. Porém, quando
comparada às ilustrações, os coeficientes do medidor não conferem.
Analisando a equação para cálculo do coeficiente de orifício, dentre os termos
disponíveis deduz-se que o que pode estar alterando os valores dos
coeficientes do medidor é a diferença de pressão na placa de orifício, que são
baixas e deveriam ser maiores, porque a perda de carga na placa teoricamente
é maior. Justificam-se, mais uma vez, este problema como falta de ajuste ou
calibração do medidor. A curva de calibração para a placa de orifício utilizada
no experimento é dada logo abaixo no gráfico 11. Onde as vazões ao longo do
acessório são descritas em função das perdas de carga.

Gráfico 11 – Curva de calibração da placa de orifício


5. Conclusão

Analisando os resultados, conclui-se que as perdas de carga são diretamente


proporcionais ao número de Reynolds, ou seja, quanto mais turbulento for
escoamento, maior será a perda de carga do sistema. As perdas de carga
experimentais e teóricas, entre si, são muito parecidas graficamente. Conclui-
se que o experimento foi realizado com sucesso e percebe-se a importância de
estudos deste tipo para qualquer caso de dimensionamento de sistemas de
bombeamento industriais. Os Fatores como perda de carga, comprimento
equivalente de acessório, expansões e contrações no sistema implicam na
escolha de bombas mais ou menos potentes, conforme a necessidade de
energia para o escoamento.
6. Bibliografia

Roteiros dos experimentos da disciplina Laboratório de Engenharia


Química I https://sistemas.eel.usp.br/docentes/arquivos/5817712/LEQ
%20I/PME2230.RL.Escoamento_Turbulento.Medidores_Vazao.site.pdf
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfpqQAL/perda-carga
http://www.esalq.usp.br/departamentos/leb/disciplinas/Fernando/leb472/Aula_7/
Perda_de_carga_Manuel%20Barral.pdf

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