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- ENCONTRANDO
Nota PONTOS CARDEAIS 1 de 29
Leia o resumo para conhecer mais detalhes sobre a orientação pelo Sol:
1) O Sol não nasce todos os dias no mesmo lugar do horizonte. Por isso, o método de orientação pelo Sol nascente é
impreciso na maior parte do ano, somente funcionando razoavelmente bem nos equinócios, ou seja, no início do outono
e no início da primavera.
2) Nos dias em que o Sol nasce de fato no Leste (equinócios), fica fácil encontrar a rosa-dos-ventos. Basta ficar de pé com
os braços abertos e apontar o braço direito para o Leste encontrado. O Norte estará à sua frente, o Sul às suas costas e o
Oeste à sua esquerda, exatamente como os livros didáticos nos ensinam.
3) Quando o Sol nasce no Leste, ele também se põe no Oeste. Do mesmo modo como se consegue a orientação
apontando o braço direito para o Sol nascente, pode-se obter a orientação apontando o braço esquerdo para o Sol
poente. Seu corpo ficará na mesma posição do método do Sol nascente, com o Norte também à sua frente.
4) Quem observar o Sol nascente ou poente por seis meses, a partir de um solstício, vai se surpreender com o enorme
arco percorrido pelo Sol no horizonte. Foram os povos antigos que descobriram a relação existente entre esse
movimento de balanço do Sol e as estações do ano. A partir disso, descobriram a duração do ano e criaram nossos
calendários. A palavra solstício significa Sol parado, em uma citação evidente ao fato de o Sol estar numa extremidade
da faixa e ter de parar para poder voltar em sentido contrário. Então, milhares de anos depois, por que nos ensinam que
o Sol nasce todos os dias no mesmo lugar? Eka!!!
5) O Sol pode nascer em qualquer ponto de uma larga faixa do horizonte, mas sempre no lado onde fica o Leste. Do
mesmo modo, o Sol pode se pôr em qualquer ponto de uma larga faixa do horizonte, mas sempre no lado onde fica o
Oeste. Cada uma dessas faixas corresponde a um arco (ou ângulo) de horizonte no mínimo igual a 47 graus (para quem
estiver no Equador), que aumenta com a latitude do observador. O Sol nunca nasce nem se põe fora de sua faixa
correspondente.
6) Nos dias em que o Sol nasce e se põe nos centros das faixas ocorre o fenômeno do equinócio. Nos dias em que ele
nasce e se põe nas extremidades das faixas ocorre o fenômeno do solstício. Nos equinócios temos um início de outono
ou de primavera. Nos solstícios temos um início de inverno ou de verão. Quando ocorre um equinócio, o Sol está sobre a
Linha do Equador. Quando ocorre um solstício, o Sol está sobre um dos trópicos.
7) As estações do ano são opostas em hemisférios opostos da Terra. Por isso, se alguém citar o equinócio de primavera,
por exemplo, deve dizer a qual hemisfério se refere. Por isso foram adotados neste texto os termos equinócio de março,
solstício de junho, equinócio de setembro e solstício de dezembro, que não deixam dúvidas e valem para os dois
hemisférios.
8) A ordem das estações para o Hemisfério Norte é: primavera, verão, outono e inverno. Se entendermos que essa
escolha foi feita porque a entrada da primavera é a primeira mudança de estação que ocorre em cada ano (em março),
então, no Hemisfério Sul, deveríamos dizer que a ordem das estações é outono, inverno, primavera e verão, porque a
entrada do outono é a primeira mudança de estação que ocorre em cada ano (em março). Por que somente imitar sem
pensar? Vamos mudar!
9) O horizonte de um local de observação costuma ser irregular, com relevos ou depressões que podem interferir na
determinação do ponto onde o Sol nasce. Alguns lugares podem até mesmo estar entre grandes montanhas que vão
impedir a visualização do horizonte real e a utilização dos métodos de orientação que usam o Sol no horizonte.
10) A atmosfera da Terra desvia os raios de luz do Sol, principalmente perto do horizonte. Assim, mesmo que o horizonte
seja perfeito, o Sol não vai ser visto no lugar em que de fato está. É sabido que, quando o Sol se mostra por inteiro,
parecendo estar apoiado sobre o horizonte, ele na verdade ainda está um pouco abaixo do horizonte, sem tocá-lo. Esse
fenômeno costuma mascarar a verdadeira posição onde o Sol nasce ou se põe, causando um erro que aumenta muito
com a latitude do observador.
11) Um método muito eficaz para a determinação dos Pontos Cardeais é o da utilização de uma haste vertical fixada em
um solo plano e horizontal. Basta que se encontrem duas sombras da haste que tenham o mesmo comprimento, uma
pela manhã e outra à tarde. A bissetriz do ângulo formado pelas duas sombras de mesmo tamanho vai coincidir com a
Linha Meridiana, que liga os Pontos Cardeais Norte e Sul. A partir daí, fica fácil desenhar toda a rosa-dos-ventos.
12) A sombra de uma haste vertical começa muito grande no início da manhã, diminui até por volta do meio-dia e depois
aumenta novamente para terminar muito grande no final da tarde. A sombra mínima coincide com a Linha Meridiana,
mas não ocorre sempre ao meio-dia de nossos relógios. Ela pode ficar reduzida a um ponto na base da haste nos dias em
que o Sol passar exatamente pelo Zênite do observador, se isto for possível na região da Terra onde ele se encontra.
13) O melhor modo de usar o método da haste é o seguinte: 1) observe a sombra da manhã em qualquer instante
conveniente; 2) marque-a sobre o solo; 3) desenhe uma circunferência com centro na base da haste e raio igual à marca
da sombra da manhã; 4) aguarde até que a ponta da sombra da tarde toque na circunferência; 5) marque também esta
sombra sobre o solo; 6) encontre a bissetriz do ângulo formado entre as duas marcas de sombras; 7) use essa bissetriz
como a linha Norte-Sul da rosa-dos-ventos; 8) trace uma linha perpendicular a ela, passando pela base da haste; 9) use
esta outra como a linha Leste-Oeste da rosa-dos-ventos; 10) complete o desenho da rosa-dos-ventos.
14) Quem tiver condições de calcular o instante de ocorrência da sombra mínima, pode encontrar a Linha Meridiana
diretamente, pela simples observação da sombra da haste naquele instante. Os simuladores do céu são programas de
computador de uso simples. Com eles é possível mover o "Sol" (virtual) para o Plano Meridiano e verificar a hora (do
relógio) em que isto acontece naquela data. O único cuidado é para não escolher uma data em que o Sol esteja muito
alto por volta do meio-dia. O ideal é fazer no inverno, quando os raios solares estão atingindo o solo de modo mais
inclinado, causando sombras maiores. Na prática, pendura-se um fio de prumo e, na hora exata, marca-se a posição da
sombra do fio sobre o solo, que será a linha Norte-Sul. Depois, completa-se a rosa-dos-ventos.