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• Química Pesquisadora do
Agrupamento de Materiais de
Kai Loh Uemoto
Construção Civil da Divisão
de Engenharia Civil do Instituto
de Pesquisas Tecnológicas do
stado de São Paulo S.A. (IPT)
de 1973 a 1996
PRIMEIROSPASSOS
da QUALIDADE
NO CANTEIRO DE OBRAS
,...
PROJETO,EXECUCAO
~I NSPEÇAO D"E
Pinturas
~T CAI A
.fl/l)lI//{1i1 () Nome da Rosa Eduora LIda.
Editora
Tula Melo
Esta publicação é resultado de uma parceria
oordenação técnica entre o CTE- Centro de Tecnologia de Edificações
Roberto de Souza
e a CAIXA- Caixa Econômica Federal. Esta par-
..
Revisão
ceria representa um significativo ganho tanto
Ilelena Guimarães Bittencourt
para o corpo técnico da própria CAIXA como
Projeto gráfico e capa
Sérgio Gonzalez
para o segmento acadêmico brasileiro, que ca-
recem de publicações que abordem detalha-
:ernacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
damente técnicas, descrevam metodologias de
:Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) desenvolvimento e implantação dos sistemas e
processos pesquisados, com diretrizes, informa-
ções objetivas, princípios de execução, classifi-
Uernoto, Kai Loh
Projeto, execução e inspeção de pinturas / Kai
cações, apontando, ainda, os cuidados e defi-
Loh Uernoto. - São Paulo: O Nome da Rosa, 2002. ciências verificadas.
(Coleção primeiros passos da qualidade no canteiro
de obras - ISBN 85-86872-06-7)
A CAIXA,como principal agente de fomento
ao Desenvolvimento Urbano do Governo Fede-
Bibliografia ral e, conseqüentemente, a maior empresa públi-
ISBN 85-86872-22-9
ca voltada ao aprimoramento do setor da Cons-
1. Construção - Controle de qualidade trução Civil, entende que este livro é uma impor-
2. Pintura de edifícios 3. Tintas J. Título 11. Série
tante ferramenta prática para complementação da
02-0147 CDD-6981 capa citação técnica de seus profissionais.
Aos meus pais (in memoriam), pelo incentivo Princípios gerais para a execução de sistemas de pintura
Materiais para preparo de superfícies 67
aos meus estudos.
Materiais e equipamentos para a execução de
sistemas de pintura 68
Ao Hugo e ao Emílio, pela contínua compreen-
Armazenamento dos produtos 70
são e apoio durante a elaboração deste livro. Preparação de substratos 71
Condições ambientais para a execução da pintura 80
Aplicação da tinta 81
Conclusão 99
Bibliografia 101
INTRODUÇÃO
9
Tais informações foram reunidas nesta publicação, e fo-
ram desenvolvidas com base nas diretrizes da norma in-
glesa BS 6150 - Code of practice for painting of buildings.
Nesta publicação são apresentados os conceitos bási-
cos para a execução dos sistemas de pintura, as caracterís-
ticas dos sistemas de pintura mais comuns (por meio de
fichas técnicas), as características dos substratos mais fre-
qüentes e a influência do grau de agressividade do meio
ambiente nas pinturas, com o objetivo de auxiliar na sele-
ção dos produtos. Essas informações irão permitir tam-
bém uma especificação clara dos produtos pelos projetis-
tas e auxiliar o setor de uprimentos na realização de uma
compra técnica. Além disso, este trabalho mostra a impor-
tância dos pequenos detalhes do projeto, que podem au-
mentar a durabilidade e estética da pintura ao longo do
tempo.
SISTEMAS DE PINTURA
Discute-se também a importância do controle de rece-
bimento dos produtos na obra, a adoção de verificações e
ensaios expeditos, de forma a se observar se os produtos
que estão sendo entregues pelo fornecedor estão de acor-
do com o que foi adquirido pela área de suprimentos ou o
que foi especificado pela área de projeto.
Enfim, neste livro busca-se transmitir, em linguagem
simples e direta, soluções práticas para a melhoria dos
sistemas de pintura, visando a melhoria cio desempenho
final das edificações e a adoção de especificações e pro-
cedimentos de trabalho para as empresas da cadeia pro-
dutiva da Construção Civil.
10
Constituintes básicos das tintas
13
mibrilho e fosco. As tintas foscas possuem um PVC eleva-
da tinta e da porosidade e capacidade de absorção do
do, enquanto uma tinta semibrilho possui um PVC baixo.
substrato.
Além das pinturas que formam a barreira de proteção
ontra os agentes do meio ambiente, existem os silicones,
• Aditivos: são substâncias adicionadas em pequenas
que na maioria não formam barreira, mas conferem prote-
proporções e que dão as características especiais às tin-
ão ao substrato. São produtos hidrófobos, incolores e não
tas. Conforme o tipo, podem modificar as características
, lteram o aspecto da superfície. Repelem a água, inclusive
da tinta. Podem estabilizar as emulsões, aumentar a re-
aquela que contém sais dissolvidos, como a maresia.
sistência a fungos e bactérias, alterar a temperatura de
TaTabela 1 estão apresentadas as tintas convencio-
formação de filme etc.
nais mais utilizadas na Construção Civil; além destas, os
silicones, a caiação e as tintas à base de cimento, que são
o proporcionamento dos componentes tem elevada a argamassas decorativas.
importância nas propriedades das películas de tinta. O
conhecimento da composição da tinta permite estimar al- .
Substrato Tinta Verniz Silicone
gumas propriedades da pintura, como porosidade e dura-
bilidade da película, mas para uma melhor previsão do Látex PVAc
comportamento destes materiais há necessidade de com- Minerais Látex acrílico
plementar o conhecimento através da realização de ensaios porosos Caiação
de desempenho. Tinta à base de
Acrílico Silanos
Um dos parâmetros mais utilizados para descrever a • concreto cimento
Poliuretânico Siloxanos
composição (formulação) de uma tinta é a relação pig- • reboco Esmalte sintético
mento e resina, denominada internacionalmente por PVC • argamassa (alquídica)
(termo em inglês que significa Pigment Volume Content). • cerâmica Resina epóxi
O PVC é definido como sendo a fração volumétrica Borracha clorada
percentual do pigmento sobre o volume total de sólidos
A óleo
do filme seco: Alquídico
Madeira e A óleo
Vp Alq ';poliuretano
PVC = --- X 100 seus Esmalte sintético -
Poliuretânico
Vp+Vv derivados (alquídica)
Filtro solar
Onde, Vp = volume de pigmento Poliuretânico
Vv = volume de veículo sólido
Metálicos A óleo
ferrosóS e Esmalte sintético - -
o PVC é um fator que influi na porosidade e não ferrosos (alquídica]
permeabilidade de um sistema de proteção por barreira,
além de permitir distinguir os acabamentos brilhante, Tabela 1 • Tintas usuais no mercado
15
14
•• __ r~~~ -----------~ -- ---
16
Embora a pintura seja a última etapa de uma obra, ela
deve ser considerada desde a definição do projeto do edi-
fício. As condições gerais do meio ambiente e as de uso
são os principais fatores que determinam a escolha do
sistema de pintura. A especificação do sistema de pintura
deve ser iniciada caracterizando-se o meio ambiente e o
tipo de substrato.
Classificação do ambiente
19
Regime anual de Exemplo de Grau de Ambiente Ambiente
Classificação chuvas cidades brasileiras agressividade externo interno
20 21
água solubilizam-se, e durante a secagem do substrato a
Freqüentemente, mais de um sistema de pintura pode
soluç~o salina migra para a superfície formando depósito
estar dentro das exigências quanto ao grau de agressividade
de sais brancos. Quando a tinta e seus complementos são
do meio ambiente. Neste caso, a seleção deve ser realiza-
aplicados nestas condições, pode ocorrer alteração de cor,
da levando-se em conta o custo, o tempo de vida útil, a
ataque alcalino, eflorescências (depósito de sais brancos
freqüência de manutenção, a disponibilidade do produto
pulverulentos) ete.
e o efeito estético desejado.
Descrição e características dos principais tipos de Seleção da tinta de acabamento para substratos à base de cimento
ou cal
substratos A seleção da tinta para substratos à base de cimento
ou cal. de~e ser realizada com base na Tabela 5 após a
Os tipos de superfícies mais comuns encontrados nas
classificação do grau de agressividade de ambientes obti-
edificações são alvenarias revestidas com argamassa de
da a partir da Tabela 4. Superfícies expostas em atmosfe-
cimento e/ou cal, concreto, madeira e metais ferrosos e
ras poluídas ou em contato com agentes químicos na for-
não ferrosos. Os sistemas de pintura existentes não são
ma gasosa, líquida ou sólida devem ser protegidas com
compatíveis com todos os tipos de superfícies e, portanto,
tintas da linha industrial. (Ex.: borracha c1orada, poliuretana
devem ser especificados levando-se em conta a existência
resina epóxi, resinas vinílicas etc.) ,
ou não de incompatibilidades. Cada uma dessas superfícies
possui características próprias de sua natureza, as quais
Condições dos substratos minerais porosos para receber pintura
influem no desempenho da tinta aplicada.
23
22
E superfícies mais expostas, por exemplo, o topo da
c
CIl cc cr:: cr:: , cr:: cr:: cr:: platibanda de prédios, com filme de polietileno, coloca-
.§
u do somente durante a chuva. Devido à incompatibilida-
- de da tinta a óleo com substratos alcalinos, a aplicação
@ @ @ , , ,
'"
u deste produto só deve ser realizada sobre a superfície
, ,
/ previamente tratada com tinta de fundo.
CIl
c
CI) cr:: cr:: cr:: cc cc cc
..,
o
~
c
'Q..-== CI) c:( cr:: cr:: cc cc
,
cc , , , SUBSTRATOS DE MADEIRA E DE SEUS DERIVADOS
(I)
"'CI
c:( cr:: cc cc cc cc Referem-se a todos os tipos de superfícies, internas e
'"'" ~ externas, constituídos por madeiras, tais como: portas, ja-
.... ,
-
E '"E cr:: @ cr:: cc cc
(I)
nelas, paredes de casas de madeira etc.
'"
'u;
'"
w
(I) cc cr:: cc cc @ @ , cr:: cc cc
"'CI
Características da madeira
'"c,
o .... , , ,
o @ cc Possui estrutura celular e apresenta baixa estabilidade
i= .:?
c dimensional. As dimensões variam de acordo com o teor
:; cc @ , , , cr:: ,
de umidade do meio ambiente. Retrai ao perder umidade
•... , ,
incha ao absorvê-Ia. O fenõmeno é reversível, resultan-
cr:: @ @ cc
I' do em movimentos alternados em razão das variações
o
- da, ou seja:
C
(I)
"'CI'" o (I)
o
"'CI
o
"'CI
.:; o ~ '"c:--
-
(.)
"'CI
o c (.)
==
e 'u;'" ....e ....e • direção longitudinal (sentido do crescimento da árvore
(I)
(I)
~ '" o "'CI
-
c
e
(.!:J
Cl
(I)
"'CI
o
(I)
.s
.t::
== ã
o
-= cOlTespondendo ao comprimento das peças): as varia-
'" ã ã ções dimensionais são pequenas;
(I)
"'CI
o .-
c,..CI
.-
- (I)
C
(I)
E
w X I- w a: :2: O - :2: I- w a: :2: O
• direção radial (sentido do centro para a periferia
correspondendo
maiores;
à espessura das peças): as variações são
24
25
A madeira, quando úmida, não é adequada para apli- • 12% para áreas externas de regiões secas;
cação de pintura. Durante a exposição ao ambiente, ela • 18% para áreas externas de regiões úmidas;
perde umidade e se retrai, levando ao aparecimento de • 10% a 12% para ambientes internos.
tensões entre a película e a superfície da madeira e resul-
tando em perda da aderência e/ou no aparecimento de A madeira com teor de umidade abaixo de 20% não é
fissuras. Também pode ocorrer a abertura de juntas entre suscetível à ação de fungos manchadores ou insetos que
as peças, o que permite a penetração de umidade. Além dela se alimentam, como, por exemplo: cupim, besouro
disso, a madeira, quando excessivamente úmida, impede etc. Portanto, recomenda-se que a pintura sobre este
a penetração das tintas, não permitindo boa aderência, substrato seja realizada preferencialmente com teor de
além de ocorrer formação de bolhas na película de pintu- umidade abaixo deste valor.
ra durante a secagem deste substrato. A aplicação de tintas ou vernizes em superfícies de
Quando muito seca, também não é adequada para madeira provenientes de espécies de árvores que contêm
aplicação de tinta. Ab orve umidade do ambiente e incha, resinas em sua constituição, deve ser realizada preferenci-
ocorrendo o aparecimento de tensões entre a película e a almente após a secagem da superfície com solução alcoó-
superfície da madeira, resultando em perda de aderêhci~ lica de goma-laca. A aplicação em madeira tratada só deve
e fissuração. Algumas espécies de árvores possuem resi- er realizada após a secagem ou evaporação do solvente
nas em sua constituição, como: ipê, jatobá, angíco-preto, existente no preservativo.
pínus-elliotí, pau-marfim, cedro. A exposição ao sol favo-
rece a exsudação das resinas, resultando em perda de ade- Tipo de Grau de Esmalte Sintético
rência e formação de bolhas na película de pintura. ambiente agressividade Brilhante Acetinado Fosco
Fraco R R -
Seleção da tinta de acabamento para substratos de madeira
A seleção da tinta ou verniz deve ser realizada com 1 R ® -
Moderado
base nas Tabelas 6 e 7 após a classificação do grau de 2 R ® -
agressividade de ambientes, obtida a partir da Tabela 4. Externo
1 ® - -
Intenso
Condições dos substratos de madeira para receber pintura 2 ® - -
A aplicação de tintas, vernizes, lacas e outros acaba-
Muito intenso - - -
mentos só deve ser realizada em madeira envelhecida e
seca com o teor de umidade em equilíbrio com a do am- Fraco R R R
biente. Nestas condições não há ganho ou perda de água,
Interno Moderado R R R
existindo assim estabilidade dimensional. A velocidade de
secagem da madeira varia de acordo com a temperatura, Intenso - - -
umidade relativa do meio e espécie de árvore. Geralmen- n ,
Recomendável @.
, até
Recomendável dOIS pavrruentos
26 27
o SUBSTRATOS METÁLICOS FERROSOS
o u ,
o
::!
•..
ta
C/)
o
u...
@ @ @
== o
CT
ta
C/) Referem-se a todos os tipos de superfícies, internas e
e
.~ .!:
Q)
+-'
c externas, constituídos por metais ferrosos, como portões,
E ;;: ctl
cc @ @ , , ,
Q)
:E
0;::
grades, esquadrias, estruturas de ferro e aço.
::-
co
'C;;
==
E-
<ta vertem à forma de óxidos, pela combinação gradual do
Q)
ta ~ 2: metal com o oxigênio e a umidade da atmosfera, forman-
"C N == c
'"o E c..
o ctl
.s: cc cc cc @ @ cc cc cc do ferrugem. A resistência à corrosão de superfícies de
c.. Q)
::- 0;::
i= co ferro e aço depende da composição química desses
substratos, do processo de fabricação e do grau de
o I,
o u
C/) @ , , cc , agressividade do meio ambiente ao qual estão expostos.
o o
u...
::! A corrosão em atmosfera industrial ou marítima é mais
==
CT
ta
severa do que a que ocorre em atmosfera rural ou urbana.
N 2:
C Em atmosferas não agressivas somente ocorre corrosão
E ctl
:E @ @ @ , cc cc ,
Q)
::- 0;:: significativa quando a umidade relativa é superior a 70%;
co
em atmosferas industriais ou marítimas a corrosão é signi-
Q)
"C
Q)
ta
- N
- N
o
ficativa mesmo quando a umidade relativa é inferior a 70%.
A resistência à corrosão também é influenciada pelo
"C
microclima ao redor da superfície (orientação do sol, chu-
"C
== :~ o
C/)
c:
2: o
~ '" -o -o va, grau de exposição à atmosfera, fluxo do ar, freqüência
CI '"~ ctl
Q; o o~ ta o
Cl o -o
C/)
c .8 o Q;
-o
C/)
intensidade de condensação de umidade).
ta u
o Q) os u
o ~/
ctl
..t ~
+-'
c ~ ~
u... ~
+-'
c
-
Seleção da tinta de acabamento para substratos metálicos
Q)
"C
o .-
c..-C
-Q)
C
Q)
w X I- w a: 2: o - 2: I- w a: 2: o
A seleção da tinta deve ser realizada com base na Ta-
.-
I-
E
ta
I Ia 8 após a classificação do grau de agressividade de
ambientes, obtida a partir da Tabela 4.
R· Recomendável ®- Recomendável ate dois pavimentos Superfícies metálicas, expostas em atmosferas poluí-
Ia em contato com agentes químicos na forma gasosa,
Tabela 7 - Sistema de acabamento não pigmentado
para substratos à base de madeira
liquida ou sólida, devem ser protegidas com tintas da li-
nha industrial. (Ex.: borracha clorada, poliuretana, resina
(' óxi, resinas vinílicas etc.)
28
29
Tipos de tinta condições de exposição. As superfícies metálicas, expos-
Tipo de Grau de tas a atmosferas indu triais, marítimas ou de umidade ele-
Esmalte Esmalte Esmalte
ambiente agressividade
A óleo sintético sintético sintético
vada, devem ser preparadas com jateamento abrasivo,
(B) (A) (F) conhecídn como "jateamento comercial", isto é, após o
jateamento, a superfície até pode apresentar manchas e
Fraco R R R -
pequenos resíduos devido à ferrugem, carepa e tinta, mas
E deve estar completamente livre de óleo e graxa.
1 - R ® -
X Moderado Em caso de superfícies metálicas expostas a atmosfe-
T 2 - R ® -
E ras corrosivas do tipo industrial ou marinho, devem ser
R 1 - ® - - tomados cuidados especiais quanto à limpeza da superfí-
N Intenso cie. Os contaminantes depositados (sais ou compostos de
2 - ® - -
O enxofre) aumentam a suscetibilidade da superfície metáli-
Muito intenso - - - - ca à corrosão.
I
O intervalo de tempo entre a preparação da superfície
/
Fraco R R R R e a aplicação de tinta de fundo é muito crítico e deve ser
N
T o menor possível. O mesmo ocorre entre a aplicação de
E Moderado - R - - fundo anticorrosivo e a tinta de acabamento. Somente as
R tintas de fundo anticorrosivo à base de resina epóxí, rica
·N
Intenso - - - - em zinco, permitem maior tempo de exposição, aproxi-
O madamente de 6 meses.
R- Recomendável 13 Brilhante F- Fosco
- Recomendável até dois pavimentos A- Acetinado
30
31
/
TIPOS DE TINTAS
Os produtos mais comuns para a pintura de edifícios
serão aqui apresentados em forma de fichas de descrição
individuais com o objetivo de auxiliar a especificação dos
materiais, e contêm informações gerais quanto às suas ca-
racterísticas.
/ Sistemas acrílicos
•
•
Tinta
Tinta
látex acrílica
texturizada acrílica
• Fundo selado r acrílico pigmentado
• Massa acrílica
• Fundo (líquido) preparador de paredes
Sistemas vinílicos
• Tinta látex vinílica
• Fundo selado r vinílico
• Massa corrida
Sistemas alquidicos
• Esmalte sintético alquídico
• Fundo selador pigmentado
• Fundo anticorrosivo com cromato
• Fundo anticorrosivo com fosfato
• Massa a óleo
• Tinta a óleo
ernizes
• Verniz sintético alquídico
• Verniz sintético alquídico com filtro solar
• Verniz poliuretânico
• Fundo selador nitrocelulósico
35
Sistemas acrílicos Produto: Tinta texturizada acrílica
• Composição básica: formulada com base de dispersão
Produto: Tinta látex acrilica de copolímeros acrflicos ou estireno acrílico, contém
!
. Composição básica: formulada com base de
dispersão de copolímeros acrnicos, ou estlr~~o
Descrição
pigmentos como o dióxido de titânio e/ou outros
pigm~tos coloridos, cargas especiais para o efeito
acrilico,contém pigmentos cono o dlOXldode yta[1)o texturizado, aditivos e hidrorepelentes.
Descrição eloo ootros pigmentos coloridos, cargas e aditivos. • Acabamento: microtexturizada ou texturizada.
. Acabamento: semibrilho ou fosco aveludado.
• Recomendada para a aplicação sobre superfícies internas
I
\ . Recomendada para a aplicação sobre superfícies
internas e externas de alvenaria à base de cimento
Usos e externas de alvenaria à base de cimento e/ou cal
(argamassa), concreto, bloco de concreto.
Usos elou cal (argamassa), concreto, bloco de.concreto,
cimento amianto, gesso, cerâmica não vrtrificada. • É uma dispersão aquosa, isenta de solventes orgânicos.
Com baixo teor de produtos orgânicos voláteis (VOC),
• É uma dispersão aquosa, isenta de solventes apresenta baixa toxidade e causa menor agressividade
I orgânicos. Libera baixo teor de produtos / ao meio ambiente.
orgânicos voláteis (VOC), apresenta baixa • De secagem rápida, diluível em água, é geralmente
toxidade e causa menor poluição ao meio recomendada a aplicação de uma única demão.
biente do que as tintas de base solvente. • Apresenta elevada consistência, poder de enchimento e
\
I • De fácil aplicação e secagem rápida, permite a capacidade de corrigir/disfarçar imperfeições. O grau de
aplicação da segunda demão no mesmo dia; texturização permite diversos efeitos decorativos; quanto
intervaloentre demãos de aproXlmadam~e 4horas.
I
. De modo geral. apresenta mai~r res~st,encla d:
aderência, durabilidade, .reslstencla a agua e a
•
menor a diluição maior o relevo obtido.
A tinta de acabamento texturizado, comparativamente à
de acabamento liso, apresenta as seguintes diferenças:
alcalinidade do que os sistemas com base de >maior capacidade de correção de irregularidades,
Características
técnicas . poliacetato de vinil a (PVAc).. .
As películas obtidas com este tipo de tinta sao
mais porosas e/ou permeáveis do que aquelas
_
Caract.
preenche as fissuras superficiais, principalmente as que
apresentam maior grau de texturização;
I > maior resistência à penetração de chuva e películas
à base de óleo e esmalte sintético e menos técnicas
mais espessas;
orosas do que aquelas à base de PVAc. ,/
> maior resistência ao intemperismo, não só pelas
• be modo geral, o acabamento fo~co aveludadg
características do produto, mas também porque as
\ é mais indicado para fins decorativos do que
alterações superficiais, ocasionadas pelo intemperismo,
para proteção, enquanto o acabamento
I são menos visíveis, pois a texturização disfarça as
semibrilho é mais indicado para proteçao.
.
I
alterações causadas pelo intemperismo;
I
A estimativa de vida útil até a 1 ª rspintura. e,m
,
> custo mais elevado do que o acabamento liso; quanto
I ambientes externos de baixa agresslvldade, e
,I
maior o grau de texturização maior o custo;
de 5 anos. > a necessidade de aplicação de uma única demão
permite economia no custo da mão de obra.
• A resistência ao intemperismo é função da espessura da
camada; quanto maior a espessura maior a resistência.
• Problemas como a calcinação (pulverulência da película)
I
são pouco visíveis nesse tipo de pintura e, além disso, são
removidos pela água de chuva.
37
36
\
Produto: Massa acrílica
Produto: Fundo selador acrílico pigmentado
1\
• Composição básica: formulada com base de Descrição
· Composição básica: formulada com base de
dispersão de copolímeros acrílicos ou estireno
Descrição dispersão de copolímeros acrílicos ou estireno acrflico, contém pigmentos ou cargas e aditivos.
acrílico, contém pigmentos ou cargas e aditivos.
.:
I
I
I
I
I
I
1\
\
39
38
\
Sistemas vinílicos
Produto: Tinta látex vinílica
Produto: Fundo (líquido) preparador de paredes
II
, . Composição básica: formulada com base de
dispersão ou suspensão de copolímeros
• Composição básica: formulada com base de
dispersão de polímeros vinílicos (poliacetato de
Descrição Vinda ou PVAc), contém pigmentos como o
acrílicos ou estireno acrílico e aditivos. Descrição
dióxido de titânio e/ou outros pigmentos
I
'\
, . Recomendado para uniformizar ou reduzir a
absorção de superfícies porosas como o
•
coloridos, cargas e aditivos.
Acabamento: semibrilho ou fosco aveludado.
11
gesso, tijolo à vista, telha cerâmica, • Recomendada para a aplicação sobre superfícies
concreto, pedras; aumentar a coesão de Internas e externas de alvenaria à base de
II Usos
superfícies friáveis e sem resis.tência.A • Usos cimento e/ou cal (argamassa), concreto, bloco
mecânica como rebocos de baixa resistencra de concreto, cimento amianto, gesso, cerâmica
mecânica; aglomerar pulverulências de não vitrificada.
superfícies de caiação, gesso e pintura
I
II
calcinada. · É uma dispersão aquosa, isenta de solventes
orgânicos. Libera baixo teor de produtos
orgânicos voláteis (VOC), apresenta baixa
• Este tipo de produto apresenta elevado teor
de produtos orgânicos voláteis (VOC), f!1aior toxidade e causa menor poluição ao meio
ambiente do que tintas de base solvente.
! ,
toxidade e causa maior poluição ao meio
ambiente em relação a produtos de base · De fácil aplicação e secagem rápida, permite a
aplicação da segunda demão no mesmo dia·
Características aquosa.
Comparativamente a fundos seladores, intervalo entre demãos de aproximadamente
I técnicas • 4horas.
I apresenta:
"
> maior capacidade de penetração em • De modo geral, apresenta menor resistência de
I
,
aderência, durabilidade, resistência à água e à
substratos porosos; Características alcalinidade do que os sistemas com base de
> maior poder de aglomeração de partículas.
técnicas copolímeros acrílicos ou estireno acrílico.
· As películas obtidas com este tipo de tinta são
mais porosas e/ou permeáveis do que aquelas
\ com base de copolímeros acrílicos ou estire no
acrílico, a óleo e esmalte sintético.
• De modo geral, o acabamento fosco aveludado é
I mais i~dicado para fins decorativos do que para
proteçao, enquanto o acabamento semibrilho é
mais indicado para proteção.
,
· A estimativa de vida útil até a 1ª repintura, em
ambientes externos de baixa agressividade, é
de 3 anos.
l 40
41
\
fi
Produto: Fundo selador vinílico Produto: Massa corrida
Características
· O sei ador pigmentado, comparativamente:
> ao líqüido (fundo preparador de paredes).
Caracteristicas
técnicas
• De modo geral, a massa corrida, comparativamente
à massa acrílica, apresenta:
técnicas apre senta maior poder de enchimento e cobertura; > menor resistência à alcalinidade e à água;
> ao líqüido com base acrílica, apresenta menor > maior facilidade para a aplicação e lixamento.
I resis tência à alcalinidade e à água. • Em condições normais de umidade e temperatura
·• Geralmente produzido em cor clara como a branca.
Em c ondições normais de umidade e temperatura
apresenta secagem rápida e permite lixar e aplicar
a tinta de acabamento no mesmo dia.
apre senta secagem rápida e permite a aplicação
de ti nta de acabamento no mesmo dia.
42 43
I
I Sistemas alquídicos
II
Produto: Esmalte sintético alquídico
Produto: Fundo selador pigmentado
o Composição básica: formulada com base de resina
alquídica, sintetizada a partir de óleos secativos ou o
Composição básica: formulada com base de
semi-secativos, pigmentos orgânicos e inorgânicos resina alquídica, sintetizada a partir de óleos
ativos e cargas minerais inertes nos acabamentos secativos ou semi-secativos, pigmentos
Descrição
foscos e acetinados, secantes organometálicos, Descrição orgânicos e inorgânicos ativos e cargas
aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos. minerais inertes nos acabamentos foscos e
o Acabamento: brilhante (uso exterior), acetinado (uso acetinados, secantes organometálicos, aditivos
geral) e fosco (uso interior). e solventes hidrocarbonetos alifáticos.
o Recomendado para a aplicação sobre superfícies
o
Usos metálicas, madeira, cerâmicas não vidradas e Recomendado para uniformizar, nivelar e corrigir
alvenaria. Usos pequenas imperfeições de superfícies de
madeira e seus derivados.
o As resinas alquídicas são provenientes de poliésteres,
resultantes de reações químicas entre poliálcoois e o
As resinas alquídicas são provenientes de
ácidos graxas ou óleos; a película forma-se por poliésteres, resultantes de reações químicas
oxidação durante a exposição ao ar. entre poliálcoois e ácidos graxas ou óleos; a
o Este tipo de produto apresenta elevado teor de película forma-se por oxidação durante a
produtos orgânicos voláteis (VOC), tem maior toxidade exposição ao ar.
e causa maior poluição ao meio ambiente em relação a
o' Este tipo de produto apresenta elevado teor de
produtos de base aquosa.
Características produtos orgânicos voláteis (VOC), maior
o Comparativamente aos sistemas de pintura com base
água, apresenta menor resistência à alcalinidade, toxidade e causa maior poluição ao meio
técnicas
portanto é imprescindível que seja aplicado sobre ambiente em relação a produtos de base
superfícies bem secas. A aplicação deste tipo de aquosa.
o
sistema em alvenaria recém-executada requer o uso O teor de pigmento presente neste tipo de
de tinta de fundo resistente à alcalinidade. A fundo permite corrigir pequenas imperfeições
secagem é mais lenta, não permitindo a aplicação da superficiais e uniformizar a absorção da
Caract. segunda demão no mesmo dia; intervalo entre madeira, para a aplicação posterior de
técnicas demãos de aproximadamente 10 horas. acabamento pigmentado.
o As películas obtidas com este tipo de tinta são
menos porosas e/ou permeáveis do que aquelas de
base água.
o Este tipo de pintura apresenta boa resistência em
ambientes não agressivos. Não é recomendado para
aplicação em substratos expostos a produtos químicos
ou umidade excessiva.
o De modo geral, o acabamento fosco aveludado é mais
indicado para ambientes internos, com fins decorativos,
do que para proteção, enquanto o acabamento alto
brilho é mais indicado para proteção.
o A estimativa de vida útil até a 1a repintura para
acabamentos brilhantes e acetinados, em ambientes
externos de baixa agressividade, é acima de 5 anos e,
para acabamentos foscos, até 5 anos.
44 45
Produto: Fundo anticorrosivo com cromato Produto: Fundo anticorrosivo com fosfato
• Composição básica: formulada com base de
resina alquídica, sintetizada a partir de óleos
. Composição básica: formulada com base de
resina alquídica, sintetizada a partir de óleos
secativos ou semi-secativos, pigmentos
Descrição secativos ou semi-secativos, pigmentos
Descrição inorgânicos anticorrosivos para proteção como
inorgânicos anticorrosivos para proteção como o
cromato de zinco e óxido de ferro, secantes
fosfato de zinco, secantes organometálicos,
organometálicos, aditivos e solventes
aditivos e solventes hidrocarbonetos alifáticos.
hidrocarbonetos alifáticos.
• Este tipo de produto apresenta elevado teor de · Este tipo de produto apresenta elevado teor de
produtos orgânicos voláteis (VOC), maior
produtos orgânicos voláteis (VOC), maior
toxidade e causa maior poluição ao meio
toxidade e causa maior poluição ao meio
ambiente em relação a produtos de base
ambiente em relação a produtos de base aquosa.
aquosa. •
Características
técnicas
· O grau de proteção anticorrosiva e toxidade
varia conforme o teor e a composição do
Características
técnicas
O grau de proteção anticorrosiva e toxidade
varia conforme o teor e a composição do
pigmento e da resina.
•
pigmento e da resina.
Composição do pigmento: geralmente é · Composição do pigmento: geralmente constituído
por fosfato de zinco. Apresenta grande
constituído por cromato de zinco. Apresenta
vantagem em relação ao zarcão e não
secagem ultra-rápida e as características
apresenta toxidade. Alguns fabricantes
variam conforme a composição.
recomendam o uso em superfícies metálicas
não ferrosas.
46
47
Produto: Massa a óle o Produto: Tinta a óleo
Usos
• Recomendada para nivel ar e corrig ir
imperfeições superficiais de substratos de Usos
· Recomendadas para a aplicação sobre
superfícies metálicas ferrosas, madeira e
madeira em interiores e exteriores. alvenaria.
...
J segunda demão no mesmo dia; intervalo entre
demãos de aproximadamente 10 horas.
I
I~ • As películas obtidas com este tipo de tinta são
menos porosas e/ou permeáveis do que
aquelas de base água.
II -
48 49
\
1~1
Tinta à base de cimento (argamassa decorativa) Cal hidratada para pintura (caiação)
Produto: Cal hidratada para pintura
. Composição básica: cal hidratada, podendo conter
pigmentos opacificantes e/ou coloridos, cargas
Descrição
minerais, sais higroscópicos e eventualmente produtos
repelentes à água.
-
o
c
Q)
E
· Mecanismo de formação da camada de pintura:
fornecida como pó e misturada à água pouco antes do
uso. O leite de cal, quando aplicado à superfície, reage
com o anidrico carbônico (C02) do ar formando o
carbonato de cálcio (CaC03).
· Geralmente, dolomitos de granulação muito fina e
arredondada resultam em cal hidratada para pintura de
melhor desempenho do que os calcários.
· O produto, por ser uma suspensão aquosa, é isento de
solventes orgânicos, não libera produtos orgânicos voláveis
(VOC), tem baixa toxidade e não polui o meio ambiente.
-•..
o
==
"'C
o
• De modo geral, a película de caiação possui bom poder
de cobertura quando seca, mas baixo poder de cobertura
quando úmida.
e, Caract.
técnicas
· Devido a sua alcalinidade, é muito limitada em cores. A
maioria dos pigmentos orgânicos são incompatíveis
com este tipo de pintura, devido a sua suscetibilidade à
alcalinidade. Já os pigmentos minerais são compatíveis,
principalmente os óxidos de ferro.
• Forma camada bastanterpermeável ao vapor de água e a
gases, o que diferencia das pinturas convencionais. Essa
camada permite a "transpiração" do substrato úmido.
• · Possui baixa resistência a ácidos e elevada resistência à
alcalinidade e à água. A resistência à alcalinidade torna-
a muito recomendada para aplicação em substratos à
base de cimento, ou cal, recém-executados, não sendo
adequada para aplicação em ambientes industriais onde
a atmosfera é ácida.
· Comparativamente à pintura de base de cimento, possui
maior permeabilidade ao vapor de água e a gases.
50
51
Silicones (produto de tratamento de superfície) Vernizes
. em solventes aromáticos.
Acabamento: não altera o aspecto da
Usos superflcles de madeira, em interiores. A
indicação de uso em exteriores deve ser
superfície. recomendada pelo fabricante do produto.
o
o Recomendados para a aplicação sobre As resinas alquídicas são provenientes de
superfícies de baixa e elevada porosidade poliésteres, resultantes de reações químicas
Usos como tijolo à vista, cerâmica, pastilhas não ent;e poliálcoois e ácidos graxos ou óleos; a
vidradas, concreto aparente, telhas, pedras película forma-se por oxidação durante a
naturais. exposiçao ao ar.
o
profundidade de penetração no substrato. A A película formada mostra os nós e veios
capacidade de penetração depende da naturais da madeira; os acabamentos
porosidade da superfície, do seu teor de brilhante ou fosco não diferem no uso, apenas
umidade, do tipo de silicone e do tipo de no aspecto. A película formada não protege a
solvente utilizado. Alguns tipos apresentam madeira contra a ação da radiação solar.
baixa resistência à alcalinidade; o seu uso Geralmente, o acabamento brilhante
deve ser indicado pelo fabricante. apresenta maior resistência aos agentes do
meio ambiente.
52 53
Produto: Verniz sintético alquídico com filtro solar
Produto: Vetniz poliuretânico
• Composição básica: formulada com bas,e de
resina alquídica, sintetizada a partir de oleos
secativos ou semi-secativos, secantes • Composição básica: formulada com base de resinas
organometálicos, pigmento inor~ânico, aditivos poliuretânicas, secantes organometálicos, aditivos e
Descrição e solventes hidrocarbonetos alifáticos contendo solventes hidrocarbonetos alifáticos contendo ou não
Descriç ão pequena fração de aromáticos e pigmento inorgânico.
ou não pequena fração de aromáticos. ,No
acabamento fosco contém cargas smtencas No acabamento fosco contém cargas sintéticas
(agente regulador de brilho). (agente regulador de brilho).
(I
• Acabamento: brilhante e fosco. • Acabamento: brilhante e fosco.
Características
· A secagem é mais lenta, não permitindo a
aplicação da segunda demão no mesmo dia;
o endurecimento são influenciados pelas condições do
meio ambiente, como umidade, temperatura, teor de
intervalo entre demãos de aproximadamente Carac t. oxigênio, etc.
técnicas
10 horas. A secagem e o endurecimento são técnic as • Comparativamente ao verniz alquídico, forma película
influenciados pelas condições do meio de maior resistência de aderência, resistência
ambiente, como umidade, temperatura, teor de mecânica (abrasão e dureza), resistência química e
oxigênio, etc. intemperismo. Por ter elevada resistência à água, é
• A película formada mostra os nós e veios indicado para aplicações em pinturas marítimas. Por
naturais da madeira; os acabamentos brilhante sua resistência à álcalis, é adequado para aplicação
ou fosco não diferem no uso, apenas no em concreto.
aspecto. A presença de filtro solar na película • A película formada mostra os veios e nós da
formada protege a madeira contra a ação da madeira; os acabamentos brilhante ou fosco não
radiação solar. Geralmente, o ac~bamento diferem no uso, apenas no aspecto. A presença de
brilhante apresenta maior reststencia aos filtro solar na película formada protege a madeira
agentes do meio ambiente. contra a ação da radiação solar. Geralmente, o
II
,. acabamento brilhante apresenta maior resistência aos
agentes do meio ambiente.
54
55
I
I
I
Produto: Fundo selador nitrocelul ósico
Descrição
· Composição básica: formulad a com base de
nitrocelulose e resina alquídic a modificada,
solventes hidrocarbonetos aro máticos, álcoois,
acetatos e aditivos.
Usos
· Recomendado para selar sup erfícies de
madeira e seus derivados, for mando uma
barreira entre o sub strato e o acabamento.
I
I
I
.
I
I
I1
II 56
I
Alguns aspectos do projeto influem na qualidade e
durabilidade da pintura, tanto na facilidade de aplicação
inicial como na sua manutenção ao longo da vida útil dos
edifícios, principalmente em superfícies externas. Peque-
nos detalhes de projeto muitas vezes podem provocar ele-
vados prejuízos estéticos na pintura, levando à redução
da durabilidade, além de ocasionar freqüentes interven-
ções na manutenção do edifício.
62 63
• o efeito dos fluxos algumas vezes pode
ser minimizado
pela aplicação de tinta de acabamento texturizado. Os
acabamentos lisos propiciam a concentração de fluxo
de água e os acabamentos texturizados auxiliam no
espalhamento destes fluxos.
a PRINCíPIOS GERAIS
PARA ,A EXECUÇÃO DE
SISTEMAS DE PINTURA
c d
e f
64
A experiência mostra que as falhas em pintura geral-
.mente se manifestam na interface da película com o
substrato, ou na própria película de pintura. Estes proble-
mas são ocasionados por uma combinação de fatores e
não unicamente devido à qualidade dos produtos aplica-
dos, conforme observados em estudos de caso. As princi-
pais causas de falhas na pintura ocorrem devido a proble-
mas com o substrato, como a presença de umidade ou a
sua baixa resistência mecânica. As falhas na pintura tam-
bém são causadas pela preparação inadequada, falta de
preparação do substrato, especificação incorreta da tinta,
condições inadequadas para a aplicação dos produtos ou
má qualidade destes produtos.
A seguir são apresentadas informações e recomenda-
ções relevantes para a execução de sistemas de pintura
visando reduzir a ocorrência de falhas.
67
guiares, e as trinchas largas e chatas são adequadas para
superfície plana e de grande extensão, não devendo ter
largura superior a 12,5cm.
68 69
• Mexedores: São ferramentas em formato de régua e o ato do recebimento das amostras, estas devem ser
são recomendados para auxiliar a homogeneização da registradas com a data de entrada e o número do lote , e o
tinta. armazenamento deve ser feito de modo que a sua utiliza-
ção tenha a mesma seqüência.
Preparação de substratos
Airless (pistola)
Preparação de substratos minerais porosos
LIMPEZA DA SUPERFÍCIE
70 71
• Remover eflorescências por meio de escovação da TRATAME TOS SUPERFICIAIS
superfície seca, empregando-se escova de cerdas ma-
cias. • Em superfícies de elevada porosidade (absorção de
• Remover o bolor e outros microrganismos esfregan- água maior do que 15%) é recomendada a aplicação
do-se a superfície com escova de fios duros e solução prévia de fundos seladores com características compa-
de hipoclorito de sódio, com 4% a 6% de cloro ativo. tíveis com a tinta de acabamento, ou da própria tinta
A solução pode ser também constituída por água sani- de acabamento diluída em água ou solvente na pro-
tária ou produtos bactericidas, diluída com água na porção 1:1
proporção de 1:1. Se necessário, deixar a solução agir • Em superfícies de baixa resistência mecânica como
durante certo período, aproximadamente 1 hora, e reboco magro (fraco), com pouco cimento, apli~arfun-
enxaguar em seguida com água em abundância. ão do (líquido) preparador de superfícies, com rolo ou
utilizar esta solução em caso de superfícies de concre- pincel, na diluição indicada na embalagem do produ-
to armado. '" to ou no catálogo do fabricante. A resistência mecâni-
ca da superfície pode ser verificada esfregando-se essa
superfície com os dedo e exercendo-se certa pres-
CORREÇÃO DAS FALHAS DO SUBSTRA TO são, sendo considerada baixa quando não há coesão
entre os grãos de areia. A verificação também pode
• Eliminar as manchas de umidade causadas pela infil- ser realizada com o auxílio de fita adesiva (crepe):
tração de água de canos furados, telhas quebradas, aplica-se a fita com pressão sobre a superfície, remo-
calhas entupidas etc. Após a correção dos problemas, vendo-a de uma só vez com um forte puxão, obser-
deixar a superfície secar. vando-se a seguir a quantidade de argamassa aderida
• Reparar imperfeições como trincas, fissuras, saliências à fita. Quando a argamassa é friável sob pressão dos
e reentrâncias antes da aplicação da pintura. As im- dedos, e ta deve ser refeita.
perfeições de grandes dimensões e profundidade de- • Tintas com base solvente, a óleo ou esmalte sintético
vem ser reparadas com argamassa de revestimento na devem ser aplicadas sobre superfícies previamente tra-
textura semelhante à superfície a ser pintada e, prefe- tadas com fundo (líquido) preparador de superfícies
rencialmente, 30 dias antes da pintura. As imperfei- e, se necessário, em casos de substratos de base ci-
ções de dimensões pequenas devem ser reparadas com mento, deve-se aplicar o fundo selador pigmentado
massa niveladora, de característica compatível com a de base solvente.
tinta de acabamento. A massa deve ser aplicada com
desempenadeira de aço ou espátula, até o nivelamento
desejado. Não aplicar demãos com espessura excessi-
va. Deixar secar durante algumas horas e lixar com
uma lixa de granulação adequada.
72 73
OB1ENÇÃO DE SUPERFÍCIE COM ACABAMENTO USO PREPARAÇÃO DE SUPERFÍCIES LISAS
• Sobre a superfície já preparada aplicar sucessivas • Superfícies muito lisas, quase polidas, e pulverulentas,
demãos de massa, em camada finas, com como de gesso e artefatos de gesso, não permitem
desempenadeira de aço ou espátula. A ma sa deve boa aderência da pintura. As tintas devem ser aplica-
ser compatível com a tinta de acabamento e o tipo de das sobre superfícies previamente escovadas, sem
ambiente. Dependendo do nivelamento, aplicar de uma poeira remanescente, e tratadas com fundo (líquido)
a três demãos de massa, aguardando um intervalo entre preparador de superficie de base solvente.
demãos de aproximadamente uma hora. Quanto mais • A diluição do fundo é fundamental para o seu desem-
lisa a superfície menor o consumo de massa, e quanto penho, portanto recomenda-se observar com atenção
menor a espessura de massa aplicada maior a resis- a diluição indicada pelo fabricante.
tência da superfície de pintura à água.
• Recomenda-se a aplicação de massa na consistência
original, mas, se necessário, pode-se diluir com ~gua
ou solvente indicado, conforme o tipo de massa.
• Após duas a três horas de secagem, lixar a superfície.
• Consultar a Tabela 9, onde estão resumidos os siste-
mas básicos de preparação de superfícies.
Tintas com
Tratamentos Tintas de dispersão aquosa
base solvente
superficiais
Interior Exterior Interior/Exterior
Correção de Limpar
Massa acrílica/
imperfeições Massa acrílica Massa a óleo
vinílica
superficiais
Fundo
Regularização
Selador acrílico / Selador preparador + Selar
da absorção da
vinílico acrílico fundo selador de
superfície
base solvente
Correção da Fundo
resistência Fundo preparador de superfícies preparador de
mecânica superfícies
76
77
• Aguardar 6 a 8 horas de secagem e lixar a superfície com • Deve estar isenta de água depositada por condensação
lixa 240 a 320. e estar devidamente protegida com tinta de fundo
• Corrigir imperfeições, vãos e fendas com massa anticorrosiva.
niveladora e de enchimento.
• Aguardar 6 a 8 horas de secagem e lixar as áreas emassadas
com lixa 240 a 320. PREPARAÇÃO DE UPERFÍCIES NOVAS
• Aplicar posteriormente a tinta de acabamento conforme o
procedimento apresentado no item "Tipos de Tinta". • Remover depósitos superficiais ou contaminações com es-
cova de aço ou mesmo palha de aço e lixa, evitando-
se deixar a superfície polida.
SUPERFÍCIES DE MADEIRAS RESI OSAS • Remover as graxas, os óleos e outros contaminantes
gordurosos esfregando o local, várias vezes, com pano
• Deve ser tratada com uma a duas demãos de solução embebido com solvente (aguarrás), evitando-se espa-
de goma-laca, principalmente nos locais onde exis- lhar o óleo e a graxa sobre a superfície. Se necessário,
tem nós. A solução de goma-laca deve ser preparada escovar a superfície energicamente com escova de aço.
dissolvendo-se 20 a 25g de goma em 100m! de álcool • Remover a poeira remanescente à superfície, devido à lim-
etílico comercial. peza, com ar comprimido.
• A tinta de fundo deve ser sempre compatível com a • Remover as contaminações causadas pela exposição a
tinta ou o verniz para acabamento. Em caso de dúvi- atmosferas corrosivas do tipo industrial, marítimo ou
das, deve-se consultar o fabricante. químico (sais de cloretos, sulfatos, nitratos etc.) com
água limpa, enxaguar com água em abundância e se-
car, antes da aplicação da tinta de fundo anticorrosiva.
SUBSTRATOS METÁLICOS FERROSOS • A corrosão decorrente do processo de lavagem deve ser
removida com solvente (aguarrás).
Condições da superfície para receber a pintura • Aplicar a tinta de fundo anticorrosiva (tinta com pig-
mentos anticorrosivos como cromato de zinco, óxido
de ferro, fosfato de zinco) logo após a preparação da
SUPERFÍCIE NOVA
su perfície e preferencialmente no mesmo dia.
• Deve estar seca, isenta de materiais soltos ou conta-
minações como óleo, graxa, ferrugem e carepas de
laminação. Não deve apresentar contaminações cau-
sadas pela exposição a atmosferas agressivas do tipo
industrial ou marítimo ou devido ao contato com pro-
dutos químicos agressivos.
78 79
Condições ambientais para a execução da pintura ras ou ausência de contraste de cores entre demãos, o
nível de iluminação deve ser aumentado. Tapintura de
Recomenda-se aplicar o sistema de pintura nas superfícies internas onde se observa incidência de luz
condições ambientais descritas a seguir: contra os olhos do pintor (parte interna de vitrô), deve-
se colocar um anteparo contra a luz.
Condições de temperatura e umidade: pintar à tempe-
ratura ambiente entre 10°Ca 40°C e com umidade relati- Aplicação da tinta
va do ar inferior a 80%, a menos que o fabricante do
produto estabeleça outras condições de aplicação. Abertura de embalagens: as tintas dentro da embala-
gem não devem apresentar elevada sedimentação, coa-
Movimento do ar e vento: as superfícies externas devem gulação, geleificação, separação de pigmentos,
ser pintada na ausência de ventos fones, de partículas em empedramento, formação de pele, odor desagradável,
suspensão na atmosfera, de chuvas, de umidade superficial ou sinais de corrosão na superfície do produto.
ou excessiva do ar, como a condensação de vapor ou a
neblina. O mesmo cuidado deve ser mantido em todas as Homogeneização da tinta: os produtos devem ser ade-
demãos do sistema de pintura. As superfícies internas de- quadamente homogeneizados sob agitação manual ou
vem ser pintadas quando não há condensação de vapor na mecânica, antes da aplicação. Os pigmentos, eventual-
superfície a ser pintada e em condições climáticasque per- mente presentes, depositados no fundo da embalagem,
mitam que portas e janelas fiquem abertas. devem ser incorporados às tintas. Para melhor mistura
da tinta, a fração líquida da embalagem original deve ser
Fatores sazonais: recomenda-se programar a execução removida transferindo-se para uma outra embalagem,
do sistema de pintura nas estações do ano menos chu- isenta de sujeiras e corrosão. A fração sedimentada deve
vosas, em paredes sem incidência direta do sol e sem ser misturada, com a espátula ou "mexedores", com
condensação de umidade. movimentos de baixo para cima. ão devem ser utiliza-
dos objetos arredondados. Gradativamente, devolver a
Poluição atmosférica: as superfícies expostas em ambien- fração líquida do produto à embalagem original, conti-
tes com elevada poluição atmosférica devem ser muito nuando a agitação até completa homogeneização. De-
bem limpas antes da aplicação da pintura, e o intervalo volver a tinta da embalagem original para outra embala-
de aplicação entre demãos deve ser o menor possível. gem e vice-versa, repetindo esta operação diversas ve-
zes a fim de garantir total homogeneização.
Iluminação e ventilação: a aplicação do sistema de pin-
tura deve ser realizada em ambiente com boa ilumina- Diluição: geralmente os produtos são recebidos com a
ção e ventilação, e, em caso de a iluminação natural ser diluição indicada para a aplicação com rolos e pincéis.
insuficiente, esta pode ser substituída por iluminação Em caso de utilização de produtos que necessitem de
incandescente ou fria. Em caso de pintura de cores escu- diluição em obra, observar o seguintes itens:
80
81
~l
1) A diluição deve ser feita com água ou solvente apropria- fundo da bandeja, na parte rasa. A pintura deve ser ini-
do de acordo com o tipo e com a proporção indicada ciada de cima para baixo, procurando cobrir o maior
na' embalagem do produto ou do fabricante. comprimento possível. As emendas devem ser disfarça das
2) Geralmente é recomendada a adição de aguarrás para passando-se o rolo suavemente pela superfície de modo
produtos de base solvente, como o esmalte sintético, ;inta transversal às pinceladas.
a óleo e verniz e suas respectivas tintas de fundo e Iíqui-
dos preparadores. Na aplicação por pulverização pode Aplicação por pulverização: este tipo de aplicação deve
haver necessidade de maiores diluições, sendo sempre ser realizado conforme recomendação do fabricante da
importante usar a proporção indicada pelo fabricante. tinta, tipo de equipamento, condições de trabalho e ca-
3) Às vezes há necessidade de diluir as tintas de fundo, racterísticas de diluição da tinta.
tanto para melhorar a penetração no substrato como para
facilitar a aplicação. TÉCNICA GERAL DE APLICAÇÃO
Misturas: produtos de diferentes marcas comerciais não A quantidade de material aplicada em cada demão deve
devem ser misturados sem consulta prévia aos respecti- ser a mínima possível e espalhada ao máximo, de maneira
vos fabricantes. que a cobertura da superfície seja obtida através da apli-
cação de várias demãos. Cada demão deve ser aplicada
Aplicação com pincel; trincha ou broxa: devem ser com espessura uniforme e livre de poros, escorrimentos
merzulbados nos produtos somente até a metade do ete. Quaisquer falhas de pintura devem ser corrigidas, res-
com~rimento das cerdas. O excesso deve ser retirado peitando-se o tempo de secagem previsto antes da aplica-
espremendo-os contra a embalagem. As pinceladas de- ção da demão subseqüente. Cada demão deve ser aplica-
vem ser curtas, procurando depositar quantidades uru- da quando a anterior estiver suficientement seca, de modo
formes de material, de modo a formar uma camada lisa a não provocar enrugamento, descolamento ete. A última
e de espessura uniforme. O nivelamento e o alisamento demão deve propiciar à superfície uma película uniforme,
da película devem ser obtidos por meio de pinceladas sem escorrimentos, sem falhas ou imperfeições.
transversais longas em relação às primeiras, tomando-s ' Escorrimentos ou salpicos de tinta nas superfícies não
o cuidado de passar suavemente o pincel, de modo a destinadas à pintura (Vidros, pisos, concreto aparente ete.)
não deixar marcas novas. devem ser evitados. Os salpicos devem ser removidos
quando frescos, empregando-se pano úmido embebido
Aplicação com rolo: a molhagem do rolo deve ser f it:l em produtos à base de água e pano embebido com remo-
em recipiente apropriado. O rolo é colocado na parte vedor apropriado em produtos de base solvente.
rasa da bandeja e rolado até a parte mais funda cont '11 Para melhor proteção do substrato, deve ser aplicado
do tinta. Repetir o procedimento várias vezes para qu . () um número maior de demãos de tinta em superfícies mui-
rolo fique uniformemente impregnado. O excesso -; n: to porosas, ou com contornos angulosos, ou com certa
movido pressionando-o e rolando-o suavemente p ·It) inclinação.
82 83
A pintura recém-aplicada deve ser protegida contra
incidência de poeira e água, ou mesmo contra contatos
acidentais, durante a secagem.
De modo geral, cada demão do sistema deve estar seca
antes da aplicação da demão subseqüente. Como as con-
dições atmosféricas influem no tempo de secagem e con-
seqüentemente no intervalo entre dernãos, este não deve
ser inferior àquele recomendado na embalagem do pro-
duto ou pelo fabricante. Tintas de base água não exigem
longos períodos de secagem, podendo a demão seguinte
ser aplicada algumas horas após a primeira.
RECOMI§NDAÇÕES PARA A
INSPEÇAO DE TRABALHOS
DE PINTURA
84
Níveis de inspeção
87
Uma forma prática de verificação de conformidade é
a avaliação comparativa com um padrão acordado entre
o construtor e o fornecedor. A amostragem deve ser rea- Tolerâ ncia de
lizada com os representantes de ambas as partes, deven- variaç ão (*)
do fazer em lata fechada sem uso, após a homogeneização
do produto. Deve ser registrado o número do lote. ± 2%
Basicamente podem ser utilizados os seguintes tipos
de verificações: ± 2%
± 2%
UNIFORMIDADE DOS LOTES DE PRODUTOS
± 2%
São ensaios rápidos, simples, geralmente determina-
dos por métodos químicos e físico-químicos, conforme Oev em
apres entar
exemplos mostrados na Tabela 10. Os produtos devem
espectro gramas
ser caracterizados segundo estes ensaios, os lotes subse-
de me smas
qüentes entregues na obra devem ser controlados pelos caracte rísticas
mesmos ensaios e os resultados devem apresentar as to-
lerâncias de variação especificadas nesta mesma tabela. Massa específica NBR-5829 NBR-5829 ±O, 1%
Estes ensaios são recomendados para obras de grande Viscosidade ASTMO-562 ASTM 0-562 ±5 %
porte ou de grande responsabilidade. Muitas vezes, eco- (-) Tolerância em relação aos valores indicados pelo fornecedor ou em relação à mostra inicial de refcrência.
nomicamente, é inviável a realização destes ensaios; neste Tabela 10 - Ensaios de controle de uniformidade
caso, recomenda-se guardar uma amostra colhida na re- de lote de tintas e vernizes
cepção e que poderá ser ensaiada futuramente, no caso
de dúvidas quanto às características dos produtos acei-
tos. de referência de superfície como base para a ins peção.
O aspecto de~sas su perfícies pode ser avaliado po r rné-
AVALIAÇÃO QUALITATIVA todos qua~ltatlvos sen oriais, como por comparaç ão vi-
sual do bnlho, da textura, da cor etc.
Podem ser realizadas avaliações qualitativas por com-
paração visual, em relação a uma amostra previamente ENSAIOS DE DESEMPENHO
acordada entre o fornecedor e o construtor. As caracte-
rísticas das su perfícies a serem pintadas e o aspecto das São ensaios que simulam as condições reais d uso.
pinturas podem ser registrados preparando-se padrões Podem ser feitos por laboratórios qualificados com base
88 89
~
em ensaios normalizados, mas alguns de fácil execução solvente), número de demãos, material para aplicação
podem ser realizados sobre superfícies existentes na pró- do produto etc. Em caso de não-atendimento dessas con-
pria obra, por técnico treinado para esta finalidade, como, dições, o inspetor deve determinar a interrupção dos tra-
por exemplo: rendimento, poder de cobertura "prático", balhos.
resistência à água, resistência de aderência e/ou coesão Durante a aplicação verificar se os produtos estão
da argamassa, resistência a produtos químicos domésti- diluídos corretamente e, se necessário, fazer a amostragem
cos, porosidade. do material que esteja sendo aplicado.
Certificar-se de que os produtos não estão sendo adul-
Inspeção terados. Em caso de dúvida, o produto deve ser avaliado
por um laboratório independente. As amostras coletadas
CONDiÇÕES DOS SUBSTRATOS para a realização dos ensaios devem estar em suas em-
balagens originais. A amostragem dos produtos e os en-
saios fazem parte dos procedimentos de inspeção.
É importante verificar se os substratos estão em con-
dições adequadas para receber pintura conforme de cri-
to no item "Princípios gerais para a execução de s~ste- RECEPÇÃO DOS TRABALHOS
mas de pintura".
A inspeção final a ser realizada pelo inspetor deve
ser efetuada junto com o contratante dos serviços, antes
EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
da retirada dos andaimes.
Ao término dos serviços, deve ser verificado o estado
Durante a inspeção é importante verificar se os pro- das superfícies pintadas. A pintura deve estar uniforme,
dutos estão adequadamente selecionados, em conformi- sem imperfeições, sem escorrimentos e sem salpicos de
dade com o item "Recomendações para a especificação tinta nas superfícies adjacentes, não destinadas à pintu-
de sistemas de pintura". Em todas as etapas verificar se a ra. Caso contrário, a inspeção deve recomendar o reparo
execução está sendo realizada dentro do padrão de mão- localizado de trechos de pintura ou mesmo repintura de
de-obra e qualidade exigidas pela construtora e/ou con- ambientes completos. As correções podem ser realiza-
forme os procedimentos usuais de execução. das por repintura simples ou mesmo raspagem e posteri-
Em cada uma das etapas de execução dos serviços or repintura correta.
verificar se estão sendo obedecidas as recomendações O tipo de observação durante a inspeção varia con-
indica das no item "Princípios gerais para a execução de forme a função da pintura, se de proteção ou decorativa.
sistemas de pintura" quanto às condições para limpeza Em tintas de proteção o aspecto estético não é essencial.
das superfícies, forma de preparação do substrato, dilui-
ção dos produtos (proporção de diluição e tipo de
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FUNÇÃO DO INSPETOR • a manutenção dos registros da inspeção e preparação
do relatório final;
o inspetor deve ser um indivíduo com bons conheci- • a realização da inspeção final ao término dos serviços.
mentos sobre materiais, processos e técnicas empregadas,
e cabe a ele assegurar: No esquema a seguir estão relacionadas as etapas para
a realização da inspeção.
• que os produtos não estejam deteriorados:
• que os produtos estejam em conformidade com as espe-
cificações;
• que as amostras de produtos sejam colhidas e guarda-
das para a realização de ensaios posteriores, caso haja
necessidade de pesquisar eventuais defeitos;
• que as condições de segurança para a execução dos
serviços estejam satisfatórias, eventualmente requeren-
do as providências necessárias;
• que os substratos e tejarn em condições adequadas
. para receber pintura, inclusive quanto ao teor de umi-
dade;
• que as condições ambientais para a execução das pin-
turas estejam adequadas;
• que as superfícies adjacentes, não destinadas à pintu-
ra, estejam convenientemente protegidas;
• que os produtos estejam sendo aplicados na seqüência
correta, inclusive o número de demãos, espessura da
película, cor, tipo de acabamento, e que estejam con-
forme as recomendações do fabricante do produto. A
demão subseqüente só deve ser iniciada após a visto-
ria e aprovação do serviço anterior executado;
• o volume de tinta consumido, contando as embala-
gens originais vazias;
• a homogeneização dos produtos aplicados, observando
o aspecto das embalagens originais vazias e comparan-
do com o volume de material gasto na área aplicada;
92 93
INSPEÇÃO DOS TRABALHOS DE PINTURA
99
Os procedimentos de aplicação aqui propostos não
BIBLIOGRAFIA
são os únicos e, por isso, devem ser conferidos com as
recomendações dos fabricantes dos produtos. Assim, as
informações descritas no livro devem passar por uma aná-
ASSOCIAçÃoBRASILEIRA
DE NORMAS CABNT).Execução
TÉCNICAS
lise e uma adaptação conforme as características das obras
a serem pintadas, a realidade regional do País e as carac-
de pinturas em edificações não industriais.
terísticas dos produtos a serem aplicados Procedimento BR 1324. Rio de Janeiro, 1991.
Code ofpracticeforpainting
BRITISHSTAl DARDSII STITUTION.
of buildings. CBS 6150). Londres, 1991.
100 101
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