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Obras Rodoviárias – Técnico em Estradas – DNIT 2012

Teoria e Questões Comentadas


Profs. Fábio Amorim e Marcus V. Campiteli – Aula 2

Olá pessoal! Nesta aula iremos abordar o item 3 do conteúdo


específico do programa do concurso para o cargo de Técnico em
Infraestrutura de Transportes.

Imagino que o conteúdo do concurso representa muita informação


nova para vocês, por isso, qualquer dúvida, utilizem nosso fórum.

Grande abraço e bons estudos!

AULA 2: EQUIPAMENTOS DE PAVIMENTAÇÃO

SUMÁRIO PÁGINA

1. Pavimento 2

2. Usina de Solos 8

3. Misturadores (Estabilizadores de solos) 14

4. Usinas de Asfalto 17

5. Tanques de armazenamento de asfalto 27

6. Vibroacabadoras 28

7. Fresadoras 32

8. Recicladoras 36

9. Distribuidores 41

10. Espargidores 44

11. Rolos Compactadores 45

12. Centrais de Concreto 49

13. Pavimentadoras de Concreto 54

14. QUESTÕES COMENTADAS 59

15. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NA AULA 69

16. GABARITO 73

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1. Pavimento

Pessoal, antes de falarmos sobre o tema da aula de hoje


(equipamentos de pavimentação) precisamos conhecer um pouco do
que é o pavimento.

Introdução

O pavimento representa a superestrutura de uma rodovia,


sendo construído sobre a superfície obtida pelos serviços de
terraplenagem (subleito).

Em resumo, o pavimento da rodovia tem como funções


principais resistir às ações impostas pelo tráfego de veículos,
proporcionar conforto e segurança aos usuários, além de economia
aos veículos.

PAVIMENTO

Subleito

O pavimento é constituído de variadas camadas, diferentes entre si,


sendo que as camadas superiores são mais resistentes que as
camadas inferiores. A razão disso é que o esforço imposto pela ação
do tráfego é maior nas camadas mais superficiais, de modo que ao
atingir a camada de terraplenagem, grande parte desse esforço já foi
absorvida pelas camadas do pavimento.

Camadas do Pavimento

Uma seção transversal típica de um pavimento, com todas as


camadas possíveis, consta de uma camada de revestimento, superior,

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além das camadas de base, sub-base e reforço do subleito. Essas


camadas são assentes por uma fundação, chamada subleito,
conforme citamos anteriormente.

A figura a seguir mostra a constituição de um pavimento típico.

Revestimento

Base

Sub-base

Reforço do Subleito
(Opcional)
Subleito

Vamos conhecer cada uma dessas camadas!

Revestimento

O revestimento, também chamado de capa de rolamento, é a camada


impermeável que recebe diretamente a ação do tráfego e é destinada
a melhorar a superfície de rolamento quanto às condições de conforto
e segurança, além de resistir ao desgaste (esforços horizontais),
portanto, aumentando a durabilidade da estrutura.

O revestimento é a camada mais nobre do pavimento, por isso, é


constituída de material mais qualificado, apto a garantir eficiência no
seu comportamento, e, ainda, é a camada de maior custo de
execução.

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Base

É a camada destinada a resistir aos esforços verticais oriundos do


tráfego e distribuí-los à camada adjacente. Deve possuir
características tecnológicas superiores à da sub-base.

Sub-base

É a camada complementar à base, quando, por circunstâncias


técnicas e econômicas, não for aconselhável construir a base
diretamente sobre a regularização ou reforço do subleito.

Com raras exceções (pavimento de estrutura invertida), o material


constituinte da sub-base deverá ter características tecnológicas
superiores às do material de reforço do subleito e do subleito.

Reforço do Subleito

É uma camada de construída, se necessário, acima do subleito, com


características tecnológicas superiores às da camada final de
terraplenagem e inferiores às da camada imediatamente superior, ou
seja, a sub-base. Devido ao nome de reforço do subleito, essa
camada é, às vezes, associada à terraplenagem. No entanto, o
reforço do subleito é parte constituinte do pavimento e tem
funções de complemento da sub-base. Assim, o reforço do subleito
também resiste e distribui esforços verticais, não tendo as
características de absorver definitivamente esses esforços, o que é
característica específica do subleito.

Classificação

Os pavimentos são classificados em três tipos principais:

Flexível: aquele em que todas as camadas sofrem deformações


elásticas significativas (daí o nome flexível). Essa deformação se

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justifica pelo fato de os esforços produzidos pelo tráfego se


distribuírem em parcelas aproximadamente equivalentes à resistência
de cada camada. Exemplo: pavimento construído com revestimento
de concreto asfáltico e camadas inferiores de materiais granulares.

Pavimento com revestimento asfáltico

Esse tipo de pavimento é o mais comum em obras rodoviárias, e sua


estrutura pode ser composta por até quatro camadas: revestimento,
base, sub-base e reforço do subleito (opcional). Falaremos sobre
essas camadas durante toda a aula!

As figuras a seguir mostram a constituição de um pavimento flexível.

SUBLEITO A

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Seção A – A

Revestimento

Base

Sub-base

Reforço do Subleito
(Opcional)
Subleito

Rígido: é o pavimento em que a camada mais próxima à superfície


possui uma elevada rigidez em comparação às camadas inferiores, e,
portanto, absorve praticamente todas as tensões provenientes da
ação do tráfego. Exemplo: pavimento construído com concreto de
cimento Portland.

Pavimento Rígido

Nesse pavimento, a camada de revestimento e a camada de base


formam uma só camada, construída de concreto de cimento Portland.
A sub-base dos pavimentos rígidos é uma camada delgada, com a
função de uniformizar o suporte do pavimento, intercalando a
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camada de concreto e o subleito. Normalmente, são utilizados como


sub-base materiais granulares, materiais granulares com adição de
cimento, ou então, concretos com baixo teor de cimento.

As figuras abaixo representam o pavimento rígido.

SUBLEITO A

Seção A – A

Revestimento e Base

Sub-base

Subleito

Semirrígido: esse pavimento constitui uma situação intermediária


entre os pavimentos flexíveis e os rígidos.

A característica principal desses pavimentos é a presença de uma


base aditivada por algum aglutinante como, por exemplo, o cimento
ou a cal.

Um exemplo típico desses pavimentos são aqueles de revestimentos


asfálticos assentes sobre camadas de solo cimento ou solo cal.

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Pessoal, agora que conhecemos um pouco sobre os diversos tipos de


pavimento, vamos conhecer os equipamentos relacionados à
execução das camadas do pavimento.

2. Usinas de Solos

A usina de solos é um equipamento instalado no canteiro de obras,


ou então em um local pré-determinado ao longo da obra, e tem como
objetivo misturar dois ou mais materiais encontrados ao longo da
rodovia.

As misturas produzidas por essas usinas podem ser feitas a partir dos
seguintes materiais:

a) Dois ou mais solos;

b) Solos e agregados (brita, areia);

c) Agregados provenientes de britagem (britas);

d) Solos e agregados com ligantes asfálticos;

e) Solos e agregados com aglomerantes (cal ou cimento).

Essas misturas podem ser utilizadas na confecção de camadas do


pavimento flexível – itens “a” a “d “ – (reforço do subleito, sub-base
e base), ou camadas do pavimento semirrígido – item “e “ – (sub-
base, base).

A usina de solos pode ser do tipo fixa1 ou móvel. A usina fixa é o


equipamento mais encontrado nas obras, e possui uma estrutura
mais robusta, ao contrário das usinas móveis que possuem uma
maior mobilidade na montagem e desmontagem do equipamento.

1
Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=umSKKwLh568
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Usina fixa e Usina móvel

A mistura dos solos, incluindo a proporção dos materiais, é projetada


em laboratório, quando são verificadas sua resistência e diversas
outras características exigíveis da mistura.

Ao se projetar uma mistura de solos para ser aplicada no pavimento,


é necessário que essa mistura, quando produzida em campo,
apresente a mesma uniformidade e proporção previstas em projeto.

Com a utilização da usina de solos, a uniformidade da mistura é


praticamente perfeita, ao contrário de quando a mistura é realizada
na própria pista, com a motoniveladora.

O funcionamento da usina de solos pode ser verificado com base no


esquema a seguir.
Misturador
Correia
Silos Transportadora
Silo de descarga

Veremos agora as principais peças que compõem a usina:

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Silos de solos – são depósitos destinados a receber os materiais a


serem utilizados na mistura e descarregá-los nas correias
transportadoras, nas proporções estabelecidas no projeto.

Silos de Solos

São constituídos de chapas metálicas, em forma de tronco de


pirâmide invertido, com capacidade para permitir a produção
contínua da mistura, nas quantidades requeridas.

O carregamento dos silos da usina de solos é normalmente realizado


com carregadeiras de pneus, e a usina deve ser instalada,
preferencialmente, junto à jazida cujo material tem maior
porcentagem na mistura, diminuindo, assim, os custos com o
transporte do material.

Correias transportadoras – possuem a função de receber os solos


liberados pelos silos, e transportá-los até o misturador. As correias

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possuem inclinação suficiente para despejar os materiais no


misturador em altura conveniente, para que o carregamento dos
caminhões se faça por gravidade.

Correia Transportadora

Carregamento dos caminhões

Depósito de água – deve fornecer a água necessária para se atingir


o teor ideal de umidade da mistura. Os depósitos se conectam
diretamente aos misturadores e são abastecidos por caminhões
tanque ou por bombeamento de alguma fonte d’água.

Misturador – geralmente é constituído por dois eixos dotados de


pás, tipo “pug-mill”. Os eixos giram em sentido contrário, jogando os
materiais contra as paredes do misturador. É conveniente que,
inicialmente, seja feita apenas a mistura com os solos; após a
homogeneização dessa mistura “seca”, adiciona-se água de acordo
com a proporção prevista.

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Misturador

Detalhe das pás do tipo “pug-mill”

Assim, após a mistura, o material usinado é descarregado em


caminhão basculante e transportado para a pista.

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Misturas com cimento ou cal

Os componentes básicos mostrados anteriormente se referem a


misturas básicas, como entre solos, solos e agregados, e entre
agregados. Porém, é possível realizar a mistura desses materiais,
inclusive, com cimento e cal, devendo a usina de solos conter
implementos capazes de produzir essas misturas.

A imagem a seguir mostra uma usina de solos dotada de silo de


cimento, para produção de solo-cimento utilizado nos pavimentos
semirrígidos.

Silos de cimento

Usina de solo-cimento

Misturas com material asfáltico

A usina também pode produzir misturas de agregados (britas e


areias) com ligante asfáltico a frio. São as chamadas “usinas de
pré-misturado a frio”, e esse material é utilizado em serviços de
conservação e restauração de rodovias.

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O ligante asfáltico utilizado é a emulsão asfáltica, que consiste


numa mistura de cimento asfáltico de petróleo2 e água, com agentes
emulsificantes.

Para essa produção, as usinas deverão ser dotadas de tanques para a


armazenagem da emulsão asfáltica, a qual é levada até o misturador
por meio de bombas próprias ou por gravidade.

Tanque de asfalto a frio (emulsão)

Correia
Silos Transportadora

Usina de pré-misturado a frio

3. Misturadores (Estabilizadores de solos)

Pessoal, vimos que por meio da usina de solos é possível realizar a


mistura de diversos tipos de solos, agregados, e até cimento ou cal
com vistas a produzir materiais resistentes a serem utilizados nas
camadas do pavimento, mais especificamente: base, sub-base ou
reforço do subleito.

2
Material asfáltico, oriundo do petróleo, obtido especialmente para apresentar as qualidades próprias
para o uso direto na construção de pavimentos.
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Entretanto, a mistura desses materiais pode ser realizada na própria


pista, sem a necessidade de transportar os componentes da mistura
até uma usina, e depois, a mistura da usina até a pista. Isso é
possível graças aos equipamentos chamados de misturadores ou
estabilizadores de solos.

Assim, por definição, os misturadores são equipamentos que realizam


a mistura de aglomerantes químicos (cal, cimento) ou naturais (areia,
brita) à camada de solo existente, com vistas a aumentar o
desempenho e resistência dessa camada. Esses misturadores podem
agir tanto em camadas de reforço do subleito quanto em camadas de
sub-base ou base.

Os misturadores podem se apresentar em dois tipos diferentes:


rebocado por trator ou autopropelido.

Rebocado3

Equipamento misturador rebocado

No equipamento rebocado por trator, o material a misturar (cal,


cimento, etc.) é colocado previamente sobre a camada a ser

3
Vídeo explicativo em
http://www.wirtgen.de/en/aktuelles_und_presse/videos/videos_bodenstabilisierer/produktvideos_2/b
odenstabilisierer_detail_125.html
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estabilizada. A mistura é realizada por rolos misturadores, dotados


de bits, capazes de realizar a mistura de solos com espessuras da
ordem de até 50cm.

Bits

Rolo misturador com bits

Autopropelido

Os misturadores autopropelidos apresentam as mesmas


funcionalidades dos equipamentos rebocados, diferenciando-se,
apenas, pelo fato de dotar de um motor próprio que traciona o
equipamento.

Visão Geral – equipamento misturador


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Direção do Misturador

Direção do Rolo

Detalhe do esquema de funcionamento do rolo misturador

4. Usinas de Asfalto

O concreto betuminoso usinado a quente (CBUQ) ou também


chamado de concreto asfáltico (CA) é o material aplicado em
camadas de revestimento dos pavimentos flexíveis e semirrígidos,
conforme vimos no início desta aula.

O concreto asfáltico constitui-se de uma mistura dos seguintes


elementos: cimento asfáltico de petróleo (CAP), agregados (brita,
pedrisco, areia, pó-de-pedra), fíler4, e eventuais aditivos.

A produção do concreto asfáltico é feita em usinas de asfalto, as


quais podem ter variadas capacidades de produção. Existem dois
tipos básicos de usina:

a) Usinas descontínuas (gravimétricas)


b) Usinas contínuas (volumétricas)

Resumidamente, a produção do concreto asfáltico é feita pelas usinas


de asfalto em três etapas: dosagem, secagem e mistura. Os

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Material mineral inerte, não plástico, muito fino, utilizado na produção de concretos asfálticos.
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processos de dosagem e secagem dos agregados são semelhantes


entre os tipos de usinas. Na etapa de mistura é que residem
principais as diferenças entre as usinas contínuas e descontínuas.

O esquema a seguir dá uma visão geral sobre cada tipo de usina.

Usina Contínua

Usina Descontínua

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Elementos Comuns

Tanto a usina do tipo contínua quanto a do tipo descontínua,


possuem elementos em comum, que são: silos frios, correias
transportadoras, secadores de agregados, sistema coletor de
pó. Vamos conhecer, inicialmente, esses elementos em comum.

Silos frios – os silos frios são constituídos de chapas metálicas em


forma de tronco de pirâmide invertido, e destinam-se a receber os
agregados que vão ser utilizados no preparo do concreto asfáltico.

Na parte inferior desses silos localizam-se os chamados


alimentadores frios, que permitem regular o fluxo do agregado, na
quantidade definida para a mistura.

Os silos frios das usinas de asfalto apresentam a mesma sistemática


dos silos das usinas de solos, conforme vimos anteriormente, e
realizam a dosagem volumétrica do material de cada silo.

Importante destacar que os agregados devem estar protegidos da


umidade!

Silos frios de uma usina de asfalto


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Correias transportadoras – possuem a função de conduzir os


agregados provenientes dos alimentadores até o secador. Algumas
usinas dispõem de sensores unidos às esteiras, com o objetivo de
pesar os materiais e garantir uma maior precisão na dosagem.

Secadores de agregados – a função do secador é promover a


remoção de água contida nos agregados, por meio do aquecimento
até a temperatura especificada em projeto.

O secador é um longo cilindro de aço assente sobre roletes os quais


imprimem ao cilindro um movimento de rotação. É revestido,
internamente, com material refratário na zona de combustão do
queimador, e tem um conjunto de alelas dispostas ao longo da
circunferência interna do secador, que faz com que a mistura de
agregados caia obrigatoriamente no fluxo de gases quentes,
provenientes da chama do queimador.

O secador deve deixar a mistura de agregados com um teor de


umidade inferior a 1,0%.

Há dois tipos básicos de secadores, os de fluxo paralelo e os de


contrafluxo. Nos secadores de fluxo paralelo, o agregado e o ar fluem
na mesma direção. Nesses secadores, o agregado frio é introduzido
no secador na mesma extremidade onde existe o queimador e
movimenta-se na direção da outra extremidade.

Entretanto, as usinas mais modernas têm optado por um sistema de


contrafluxo, onde o agregado e o fluxo de ar movimentam-se em
direções opostas, propiciando, assim, uma melhor eficiência na
secagem do agregado.

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Sistema de secagem do agregado por contrafluxo

Sistema coletor de pó – o ar que flui através do secador carrega


com ele gases de exaustão e pequena quantidade de partículas de pó
do agregado. Essas partículas devem ser recolhidas por meio de um
sistema de controle de emissões antes que sejam descarregadas na
atmosfera. Esse sistema é composto, na maioria das usinas de
asfalto, por coletores de pó, primários e secundários.

O coletor primário tem como função recolher as partículas maiores de


pó contidas nos gases de exaustão. O coletor secundário filtra e
recolhe as partículas de pó mais finas. O pó recuperado neste último
processo não pode ser reincorporado à mistura asfáltica em
produção.

Sistema Coletor de pó

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Usina Descontínua

Pessoal, agora que falamos sobre os elementos comuns às usinas


contínuas e descontínuas, vamos falar especificadamente sobre cada
uma, ressaltando as diferenças entre elas.

Elevador Quente

Na usina descontínua, o agregado após a secagem é transportado por


meio de um elevador quente, o qual é recoberto por uma estrutura
metálica de seção retangular à qual se conecta com a estrutura da
peneira e dos silos quentes, como mostra a imagem a seguir.

Peneiras e Silos
Quentes

Elevador Quente

Ao chegar à plataforma superior, o agregado seco e aquecido passa


por uma série de peneiras vibratórias que separam os agregados em
diversos tamanhos diferentes, e que são depositadas em silos
quentes, conforme mostra a figura a seguir.

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Agregados

Silos Quentes – possuem a função de receber e armazenar os


agregados aquecidos provenientes do peneiramento.

O número de silos que a usina dispõe condiciona o número de frações


em que será dividida a mistura de agregados.

Os silos quentes das usinas descontínuas dispõem, em suas bases, de


comportas acionadas por alavancas, localizadas diretamente sobre o
receptor da balança.

Balanças – nas usinas descontínuas, o estágio final da dosagem dos


agregados é efetuado sob a forma de pesagens cumulativas em uma
balança, trazendo precisão à dosagem da mistura.

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Misturador - após a pesagem dos agregados, as frações dos


agregados são pesadas e transferidas a um misturador logo abaixo,
onde os agregados são misturados primeiramente com o fíler
(agregado muito fino, normalmente cal, cimento ou pó-de-pedra), no
que chamamos de mistura seca do misturador. Após isso, na fase
úmida, o ligante asfáltico (cimento asfáltico de petróleo) é adicionado
ao misturador em proporção predeterminada (em torno de 5%).

O tempo da mistura úmida deve ser suficiente para que todas as


partículas da mistura de agregados e fíler estejam recobertas
uniformemente pelo ligante.

O tempo de mistura seca e mistura total (seca + úmida) deve ser de,
no mínimo, 20 e 40 segundos, respectivamente.

A seguir mostramos um esquema do funcionamento do misturador.

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Após a mistura úmida, a comporta do misturador abre e carrega o


caminhão com o concreto asfáltico propriamente dito. Por fim, esse
caminhão levará essa mistura até o local da obra.

Usina Contínua

Nesse tipo de usina, a grande diferença, em relação às gravimétricas,


é a eliminação das peneiras vibratórias, e dos silos quentes. Em
usinas do tipo Drum-mixer, há a eliminação também do misturador,
já que o tambor do secador também faz a função de misturador.

Nessas usinas, a proporcionalidade dos agregados dentro da mistura


é feita por meio da dosagem volumétrica dos silos frios. Entretanto,
na busca de uma maior precisão, pode-se adaptar o chamado
controle ponderal, que pesa eletronicamente a quantidade de
agregado em um determinado comprimento da correia
transportadora.

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O fíler é também incorporado aos agregados já na correia


transportadora. Como se pode notar, o fíler, na usina contínua, é
incorporado aos agregados antes da entrada deles no secador.

Secador – nas usinas contínuas, os agregados misturados e o fíler


são transportados pelas correias transportadoras até o secador de
agregados. A partir daí, distinguem-se dois tipos de usinas contínuas:

Misturador externo – onde o secador é semelhante ao utilizado nas


usinas descontínuas (paralelo ou contrafluxo). Nesse tipo de usina
contínua, secador e misturador não se confundem, de modo que o
misturador é um elemento externo ao secador;

Drum-mixer – onde o secador e o misturador se confundem num


mesmo equipamento. Para esse tipo de secador, também existem os
processos de secagem por fluxo paralelo e por contrafluxo, conforme
as figuras a seguir.

Fluxo paralelo

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Contrafluxo

Após a mistura concluída, o concreto asfáltico é conduzido por meio


do elevador quente até uma plataforma superior, e é posteriormente
despejado no caminhão, o qual transporta o concreto asfáltico até o
local de execução do revestimento do pavimento.

Como visto, o processo de obtenção do concreto asfáltico é bem mais


simplificado nas usinas contínuas, implicando, portanto, em uma
estrutura menor em comparação às usinas descontínuas.

Por fim, vale ressaltar que a usina contínua é a adequada para


realizar a reciclagem de asfaltos velhos. Veremos isso mais adiante!

5. Tanques de armazenamento de asfalto

O cimento asfáltico de petróleo (CAP) utilizado na confecção do


concreto asfáltico é um material oriundo da destilação do petróleo.

Em temperatura ambiente, o CAP apresenta um comportamento


extremamente viscoso. Em razão disso, o CAP deve ser aquecido em
altas temperaturas durante a sua estocagem, manuseio e aplicação.

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A estocagem do CAP é feita por meio de tanques especiais, dotados


de um sistema de aquecimento que propicia a obtenção da
temperatura ideal do CAP quando da mistura deste com os agregados
durante a produção do concreto asfáltico na usina de asfalto.

A temperatura de aquecimento varia de acordo com o projetado,


porém, deve ficar entre 107 e 177ºC.

Tanque de estocagem do CAP

6. Vibroacabadoras

As vibroacabadoras, ou pavimentadoras asfálticas, são os


equipamentos responsáveis por lançar o concreto asfáltico na
rodovia, por meio de uma camada uniforme, nas medidas projetadas,
deixando o revestimento pronto para a compactação.

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Vibroacabadora de asfalto

As vibroacabadoras são compostas por duas partes ou unidades: a


tratora e a de nivelamento.

A unidade tratora é apoiada sobre um par de esteiras ou sobre pneus.


Essa unidade tem como funções o deslocamento da vibroacabadora e

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o recebimento, condução e lançamento uniforme da carga de mistura


asfáltica à frente da unidade de nivelamento.

Principais componentes da vibroacabadora

A unidade de nivelamento é formada por uma mesa flutuante e


vibratória ligada à unidade tratora por braços de nivelamento fixados
por meio de articulações próximas à parte central do equipamento.
Suas funções são nivelar e pré-compactar a mistura asfáltica sobre a
superfície em que foi lançada, de acordo com especificações de
geometria previamente definidas.

O funcionamento da vibroacabadora é, em resumo, o seguinte: o silo


de carga recebe o asfalto do caminhão basculante originário da usina
de asfalto. Esse silo é dotado de abas que permitem o recebimento
do concreto asfáltico de acordo com a largura da caçamba do
caminhão, e permitem a condução desse material até a unidade de
nivelamento.

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Recebimento do concreto asfáltico

Detalhe do silo de carga com abas

Posteriormente, esse asfalto é conduzido até a unidade de


nivelamento, que lança a camada de asfalto na rodovia e molda a
camada de concreto asfáltico às medidas determinadas em projeto.

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Detalhe do asfalto moldado pela mesa niveladora

Após essa etapa, é procedida a etapa de compactação do concreto


asfáltico, com os rolos compactadores, conforme veremos ainda
nessa aula.

7. Fresadoras

Vamos falar agora de equipamentos relacionados à restauração de


pavimentos!

As fresadoras são os equipamentos responsáveis pela fresagem de


revestimentos asfálticos ou de concreto existentes. Mas, o que é
fresagem?

Fresagem de um revestimento é o corte ou remoção de uma ou mais


camadas do pavimento, com espessura predeterminada, por meio de
processo mecânico realizado a quente ou a frio, empregado no meio
rodoviário com o objetivo de restaurar os pavimentos.

Processo a frio – a fresadora efetua a remoção da estrutura do


pavimento por meio simples, abrasivo;

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Processo a quente – a fresadora utiliza-se de um pré-aquecimento


da estrutura para facilitar a fresagem da mesma.

Nos pavimentos asfálticos, a fresadora realiza a remoção do


revestimento existente, ou parte dele, com o objetivo de renovar o
pavimento com a aplicação de um novo revestimento. Inclusive, o
material removido pode ser utilizado como matéria-prima para a
produção desse novo revestimento a ser aplicado na pista.

A figura abaixo demonstra a estrutura da fresadora:

Rolo com bits

Nos revestimentos de concreto, sua principal utilização é na fresagem


de microcamadas, com o objetivo de regularizar as irregularidades
que porventura venha a aparecer no pavimento.

No mercado, existem diversos tipos de fresadoras, cuja capacidade


está relacionada à espessura e largura de fresagem, bem como a sua
capacidade produtiva horária.

Funcionamento

Para realizar a remoção do revestimento, as fresadoras se utilizam de


rolos especiais munidos de pontas (bits) cortantes.

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Detalhe dos rolos com bits

Esse rolo realiza movimentos rotativos contínuos, e o contato dos bits


com o pavimento é que possibilita a fresagem dos materiais.

O material fresado é conduzido por uma correia transportadora até a


caçamba do caminhão basculante.

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Material fresado conduzido até o caminhão basculante

Aspecto da rodovia após um fresagem

Por fim, o asfalto removido é transportado por caminhões até a usina


de asfalto para que seja aproveitado na confecção de um novo
concreto asfáltico para o pavimento.

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8. Recicladoras

Pessoal, neste item vamos conhecer outro equipamento empregado


em restauração de pavimentos! Trata-se da recicladora de
pavimentos!

A reciclagem consiste em reutilizar o pavimento desgastado na


construção de uma nova camada, mediante a fresagem do pavimento
existente até uma determinada profundidade, e reutilização do
material fresado na nova camada do pavimento.

Em outras palavras, por meio da reciclagem, o material do pavimento


existente é removido, misturado com materiais novos no próprio local
da remoção ou em usinas apropriadas, espalhado e compactado, de
forma a constituir uma nova base do pavimento ou então outra
camada estruturante do novo pavimento.

A reciclagem dos pavimentos existentes apresenta-se como uma


solução para muitos problemas rodoviários e oferece inúmeras
vantagens em relação à utilização convencional de materiais novos.

Entre os benefícios podemos citar:

a) Economia de agregados, de ligantes asfálticos e de energia;


b) Preservação do meio ambiente;
c) Restauração das condições geométricas existentes.

Basicamente, essa reciclagem pode ser feita de duas formas: in situ,


onde o processo é realizado todo na pista da rodovia, e em usina,
onde o material é fresado e transportado para uma usina para a
produção de uma nova mistura para o pavimento.

Nesse contexto, as recicladoras são equipamentos que possibilitam a


reciclagem in situ do pavimento da rodovia. E, para a reciclagem em
usina, basta a utilização das fresadoras.

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Recicladora de pavimento

Tipos de reciclagem

A reciclagem pode ser feita de duas formas:

A frio – o processo de reciclagem a frio é o mais utilizado, e envolve


a remoção de toda a estrutura do pavimento, ou parte dela, com
redução do material a dimensões apropriadas para ser misturada a
frio na construção de uma nova camada, onde poderão ser
adicionados os seguintes materiais:

a) Reciclagem com adição de material asfáltico – consiste na


mistura do revestimento e da base existentes, com a adição de
um material asfáltico a frio (emulsão asfáltica), para que se
possa produzir uma nova camada de base para a rodovia,
estabilizada com o produto asfáltico.

O esquema abaixo ilustra o processo de reciclagem nesses casos:

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Esquema da reciclagem com adição de material asfáltico a frio

A seguir encontram-se imagens desse tipo de recicladora.

Recicladora – visão geral

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Recicladora – constituição de uma nova base para o pavimento

b) Reciclagem com adição de estabilizante químico –


consiste na pulverização de estabilizantes químicos (cal,
cimento ou cinzas volantes) e mistura desses materiais com a
camada removida do revestimento, da base, da sub-base, do
subleito ou de qualquer combinação entre essas, para produzir
uma base estabilizada quimicamente. Nesse caso, a quantidade
adequada desses aditivos deve ser previamente espalhada na
pista de rolamento antes da fresagem e mistura. Todavia, há
equipamentos modernos que possibilitam a mistura sem a
necessidade do prévio espalhamento.

A quente – a reciclagem in situ a quente é um processo mais


moderno5, que envolve o corte e a fragmentação do antigo
revestimento asfáltico, a mistura com agente rejuvenescedor,
agregado virgem, material ou mistura asfáltica, e a posterior

5
Disponível em
http://www.wirtgen.de/en/aktuelles_und_presse/videos/videos_heissrecycler/heissrecycler_detail_2562
.html
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distribuição da mistura reciclada sobre o pavimento, sem a remoção


do material reciclado do local de origem.

Essa reciclagem pode ser realizada tanto como uma operação de


passagem única, onde o pavimento reciclado torna-se a última
camada de revestimento, ou como uma operação de passagem dupla,
onde a mistura reciclada é recompactada, e seguida da aplicação de
uma nova camada de revestimento asfáltico.

O equipamento que realiza esse tipo de reciclagem é ilustrado a


seguir.

Ele constitui-se de unidades fresadoras conjugadas com câmaras de


aquecimento, que efetuam a fresagem a quente do pavimento
existente. A aquecedora amolece o revestimento existente e a
fresadora remove-o em uma única passada.

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Equipamento de reciclagem a quente

O material fresado é processado diretamente na rodovia em um


misturador do tipo “pug-mill”, acoplado ao equipamento, e é
posteriormente lançado na pista por um sistema distribuidor. Um
agente rejuvenescedor também pode ser adicionado ao revestimento
antigo. Outra possibilidade é a adição de uma nova mistura asfáltica
no processo de mistura reciclada, ou então, a utilização da camada
reciclada sob uma nova camada de revestimento.

9. Distribuidores

Introdução

Nesta aula já conhecemos os equipamentos que realizam a usinagem


e a execução na pista do concreto asfáltico, que é o revestimento
mais utilizado em pavimentos flexíveis e semirrígidos em obras
rodoviárias.

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Porém, existem outros tipos de revestimentos que são aplicados na


construção de rodovias de baixo tráfego: são os tratamentos
superficiais.

No concreto asfáltico, a mistura dos elementos (CAP, agregados, fíler


e aditivos) é toda realizada na usina de asfalto, de modo que a
mistura chega à rodovia pronta para a aplicação. Assim, dizemos que
esse revestimento é do tipo revestimento asfáltico por mistura.

Por sua vez, nos tratamentos superficiais, a mistura entre o material


asfáltico e os agregados é realizado na pista da rodovia a ser
construída. Assim, chamamos esse revestimento com tratamento
superficial como revestimento asfáltico por penetração.

Assim, os tratamentos superficiais consistem em aplicar de forma


intercalada camadas de material asfáltico (nesse caso as emulsões
asfálticas) e camadas de agregados (pedras britadas), sem mistura
prévia.

De acordo com o número de camadas de emulsão asfáltica e


agregados, chamamos o tratamento superficial de simples, duplo ou
triplo. O simples possui uma camada de emulsão e uma camada de
agregado. Duplo, duas camadas de emulsão conjugadas ao
agregado, e o triplo, três camadas conjugadas.

Para a realização desse serviço, utilizam-se equipamentos


diferenciados em relação ao concreto asfáltico.

O distribuidor de agregados é um desses equipamentos.

Distribuidor de Agregados

Assim, os distribuidores de agregados são equipamentos cuja função


é de espalhar agregados (areia, brita) de forma homogênea, na

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quantidade especificada em projeto, na execução de revestimentos


como o tratamento superficial.

Os equipamentos distribuidores podem ser rebocados pelos


caminhões basculantes, ou então autopropelidos.

Equipamento Autopropelido

Distribuidor de agregados rebocado

Além da utilização para construção de camadas de revestimento, esse


equipamento pode ser utilizado na construção de camadas de sub-
base e base do pavimento.

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Nas camadas de sub--base


base e base, os distribuidores de agregados são
utilizados para o espalhamento de camadas de agregados pétreos
(brita), ou de misturas usinadas (solo-brita,
(solo solo-cimento,
cimento, etc).

10. Espargidores

Na execução do tratamento superficial, vimos que a camada


ca de
agregados é espalhada pelos distribuidores de agregados.

Já a camada de emulsão asfáltica é espalhada por equipamentos


chamados de caminhões espargidores de asfalto.

Caminhão espargidor de asfalto

Esses equipamentos são dotados basicamente de um tanque para


armazenar o material asfáltico, um sistema de aquecimento, e uma
barra espargidora, dotada de bicos que espalham uniformemente o
material asfáltico.

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Detalhe da barra espargidora

Outras utilizações

Entre a execução da camada de base e a execução da camada de


revestimento de um pavimento, é aplicada uma camada de um
material asfáltico denominado asfalto diluído, e tem por objetivo
impermeabilizar a camada de base. É o que chamamos de
imprimação da camada de base.

Para espalhar esse material asfáltico também são utilizados os


caminhões espargidores de asfalto.

Além disso, para que a camada de concreto asfáltico possa se ligar à


camada de base, anteriormente à execução do concreto asfáltico é
aplicada com o caminhão espargidor uma camada de material
asfáltico denominado de emulsão asfáltica. Esse serviço é chamado
de pintura de ligação.

11. Rolos Compactadores

Pessoal, estão lembrados da aula 0? Lá abordamos os equipamentos


de compactação utilizados na terraplenagem de rodovias. Pois é, para
a compactação de camadas do pavimento, os rolos compactadores
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utilizados são os mesmos: rolos de pneus, rolos lisos e rolos pé-de-


carneiro.

Vamos abordar alguns aspectos referentes a esses equipamentos nos


serviços de pavimentação.

Rolo pé-de-carneiro

O rolo pé-de-carneiro possui esse nome em função das patas que


fazem parte do tambor compactador.

Rolo compactador pé-de-carneiro

Na aula 1 vimos que esse tipo de equipamento é adequado para


realizar a compactação de solos com características argilosas.

Pois bem, em camadas do pavimento, esse tipo de solo, com


características argilosas, não é bem visto nas camadas de reforço do
sub-leito, sub-base e base. Os solos utilizados em camadas do
pavimento devem possuir características granulares ou arenosas, de
pouca plasticidade. Desse modo, a utilização do rolo pé-de-carneiro

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em camadas do pavimento é feita juntamente com dispositivos


vibratórios acoplados aos rolos.

Esse equipamento não é utilizado na camada de revestimento!

Rolo de Pneus

Apenas para relembrar, o rolo de pneus,


pneus, ou rolo pneumático, é
constituído por uma plataforma metálica, apoiada
apoiada em dois eixos com
pneumáticos de pressão regulável. Para melhor cobertura do terreno
a ser compactado, as rodas dos eixos são desencontradas em seu
alinhamento, de maneira que as do eixo traseiro correm nos espaços
deixados pelas rodas do eixo dianteiro.

Rolo de pneus compactando o revestimento asfáltico

Em pavimentação, esse
esse tipo de rolo é utilizado principalmente na
compactação dos revestimentos asfálticos. Tanto nas camadas de
d
concreto asfáltico (vide foto acima) quanto nas camadas de
tratamentos superficiais.

No concreto asfáltico, segundo as normas do DNIT, o rolo de pneus


inicia a compactação das camadas, sendo sucedido pelo rolo liso,
estático. A compactação é realizada, inicialmente
inicialmente com baixa pressão
nos pneus, a qual será aumentada à medida que a mistura for sendo

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compactada e, consequentemente, suportando pressões mais


elevadas.

Esse rolo também é utilizado na compactação de camadas de sub-


base e base de materiais granulares ou arenosos, em parceria
também com o rolo liso.

Rolo Liso

O rolo liso, ou rolo tandem, conforme vimos nas aulas 0 e 1, é um


equipamento dotado de tambores que realizam a compactação de
forma estática ou vibratória.

Nas camadas de pavimento como a sub-base e a base, a presença de


solos granulares ou arenosos implica na utilização dos rolos lisos para
a compactação dessas camadas, de forma vibratória, em parceria
com os rolos de pneus ou pé-de-carneiro vibratório, conforme vimos
anteriormente.

Nas camadas de revestimento asfáltico, o rolo liso atua mais como


uma camada de nivelamento, atuando de forma estática, e não
vibratória.

Rolo liso compactando uma camada de concreto asfáltico

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12. Centrais de Concreto

Pessoal, a partir de agora falaremos dos principais equipamentos


envolvidos na pavimentação rígida, ou seja, de revestimento de
concreto de cimento Portland.

Começaremos pela produção do concreto, o qual é feito em usinas de


concreto, também conhecidas como centrais de concreto.

O concreto é fabricado a partir da mistura de diversos componentes


como o cimento, agregados (brita e areia), água, e alguns aditivos
químicos se necessário.

Normalmente, as usinas de concreto comerciais apenas efetuam a


dosagem do concreto (usinas dosadoras). A dosagem consiste em
selecionar as quantidades corretas de cada componente da mistura, o
qual é feito por pesagem, na proporção definida em projeto. A
mistura propriamente dita é realizada por caminhão betoneira, que
transporta o concreto até seu local de aplicação.

Porém, para os concretos fabricados na pavimentação rígida, a


dosagem e a mistura são feitas na própria usina ou central de
concreto (usinas dosadoras e misturadoras). Assim, o concreto
fabricado é transportado em caminhões basculantes, garantindo uma
maior produtividade ao serviço.

Como o assunto da presente aula são os equipamentos empregados


em pavimentação, nos ateremos a descrever os componentes e o
funcionamento das usinas dosadoras e misturadoras.

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Esquema de produção de uma usina dosadora e misturadora

O modo de funcionamento das centrais varia de acordo com o


fabricante e com a capacidade esperada, porém, exige-se das
centrais, ao mínimo, o controle por pesagem de cada insumo utilizado
no concreto, garantindo, assim, uma maior precisão na dosagem do
concreto. Vamos conhecer um pouco mais sobre cada componente
dessas usinas.

Silo de agregados e Dosagem – Assim como as usinas de solos e


de asfalto, a central de concreto possui silos de agregados com a
função de armazenar a areia e a brita utilizada no concreto.
Normalmente, são abastecidos por carregadeiras, (vide imagem a
seguir).

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Detalhe do carregamento do silo pela carregadeira de pneus.

A dosagem é realizada pelas comportas pneumáticas acopladas nos


silos que liberam o material para a esteira. A esteira transportadora
possui células de carga que possibilitam a pesagem de cada
agregado. Posteriormente, o agregado é transportado até uma
caçamba chamada skip.

Silos de agregados

Skip – é uma caçamba que possui a função de transportar os


agregados devidamente dosados até o misturador. É tracionado por
um cabo de aço que corre sobre trilhos.

Há modelos em que esse transporte é efetuado por correias


transportadoras, nos moldes vistos na usina de solos, e não pelo skip.
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Skip transportador dos agregados já dosados

Silo de Cimento – o cimento é armazenado em silos especiais,


conforme mostra a figura abaixo.

Balança de cimento – assim como os agregados, o cimento


também deve possuir uma precisão na sua dosagem, de modo que se
faz necessária a existência de balança para a sua pesagem. O
cimento é levado à central misturadora por meio de um sistema
transportador helicoidal.

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Dosadores de aditivos e água – as usinas também são dotadas de


dispositivos dosadores de aditivos e água, os quais controlam a
quantidade de cada um desses componentes conforme o projetado.

Misturador – o misturador recebe as quantidades exatas de todos os


componentes do concreto, e realiza a mistura e homogeneização do
concreto. Assim, no interior desse equipamento, devido aos seus
movimentos, é que a massa composta por cimento, areia, brita, água
e aditivos, transforma-se no produto final, ou seja, no concreto.

Para obter essa homogeneidade na distribuição em todo o concreto,


os misturadores mais usuais no mercado brasileiro são os modelos
com dois eixos em posição horizontal e os planetários. Neste último,
os braços giram em torno de um eixo vertical para a movimentação
dos agitadores e pás. Em geral, os misturadores planetários oferecem
menor volume de produção e se destacam pela eficiência nas
misturas com agregados de maior diâmetro. Os misturadores de
duplo eixo horizontal, por sua vez, destinam-se a grandes volumes,
sendo os indicados para obras de infraestrutura.

Como a produção de concreto para pavimentos rígidos requer uma


grande produtividade da usina de concreto (cerca de 120 m³/h), o
misturador mais recomendado para esse serviço é, pois, o misturador
de duplo eixo horizontal.

Misturador em duplo eixo horizontal e misturador planetário.

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Com a mistura finalizada, o concreto é descarregado nos caminhões


basculantes, os quais transportam o concreto até o local da obra.

Concreto sendo descarregado em caminhões basculantes para a


execução do pavimento rígido.

13. Pavimentadoras de Concreto

Ao chegar à obra, o caminhão basculante realiza a descarga do


concreto na pista, deixando a cargo das pavimentadoras de concreto,
a construção do pavimento rígido propriamente dito.

As pavimentadoras são equipamentos robustos, capazes de efetuar,


hoje em dia, praticamente todas as operações que envolvem a
construção do pavimento rígido.

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O esquema a seguir mostra as principais partes de uma


pavimentadora.

O funcionamento da pavimentadora segue, basicamente, a seguinte


sequência:

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Após a distribuição do concreto pelo caminhão à frente da


pavimentadora, ocorre uma primeira distribuição do concreto,
efetuada por equipamentos distribuidores acoplados à própria
pavimentadora com o auxílio de uma escavadeira de pneus.
Esse espalhamento inicial permite à pavimentadora avançar
sobre o concreto.

Sentidos do movimento

Espalhamento do concreto à frente da pavimentadora

Após isso, os moldes da pavimentadora dão forma ao


pavimento rígido. Durante a passagem dos moldes, vibradores
elétricos emitem vibrações de alta frequência que garantem a
compactação ideal do concreto.
Os equipamentos mais modernos são capazes também de
realizar a inserção automática de barras de ligação (nas juntas
longitudinais) e das barras de transferência (nas juntas
transversais).

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Colocação das barras de transferência (acima) e barras de ligação


(abaixo).

O acabamento superficial do pavimento é feito por réguas


instaladas na parte traseira da máquina, deixando a superfície
nivelada, lisa e sem imperfeições.

Acabamento superficial do pavimento

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Posteriormente, entra em ação a vassoura texturizadora, que


efetua ranhuras no pavimento com o objetivo de melhorar a
resistência à derrapagem do revestimento de concreto.

Texturizadora e aparência do pavimento após a texturização

Por fim, a pavimentadora efetua a cura química do concreto,


que tem como objetivo evitar a retração do mesmo pela perda
de água, o que causaria trincas precoces e indesejáveis no
pavimento.

Cura química do pavimento de concreto

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14. QUESTÕES COMENTADAS

1) (35 – CGU/2008 – ESAF) O pavimento de uma rodovia é


a superestrutura constituída de camadas de espessuras finitas
assentes sobre o terreno de fundação, designado de subleito.
Considerando uma seção transversal típica de um pavimento
flexível, é correto afirmar que:

a) o reforço do subleito é uma camada de espessura irregular,


usada para conformar o subleito e melhorar sua capacidade de
carga.
b) a sub-base é uma camada complementar à base sendo
usada quando, por razões técnicas e econômicas, não for
aconselhável construir a base diretamente sobre o reforço do
subleito, devendo ser executada com material de melhor
qualidade do que o da base.
c) a camada mais nobre do pavimento é o revestimento. Sua
principal função é resistir aos esforços verticais do tráfego e
distribuí-los às camadas inferiores.
d) o pavimento pode ser considerado composto de base e
revestimento, sendo que a base poderá ou não ser completada
pela sub-base e pelo reforço do subleito.
e) no dimensionamento dos pavimentos os subleitos de boa
qualidade podem dispensar o uso do reforço do subleito,
desde que as demais camadas (base e sub-base) se tornem
mais espessas.

Pessoal, esta questão é importante, pois é necessário que vocês


familiarizem-se com as camadas de um pavimento para melhor
entenderem os equipamentos utilizados para a sua execução.

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Basicamente, as camadas do pavimento asfáltico ou flexível


estão representadas na figura abaixo:

Fonte: Manual de Implantação Básica de Rodovia do DNIT

Pela figura já se vê que o revestimento é a última camada do


pavimento, construída sobre a base. Deve-se atentar para os
pavimentos rígidos, constituídos por placas de concreto, que não
exigem a base.

De acordo com o Manual de Pavimentação do DNIT, o


pavimento de uma rodovia é a superestrutura constituída por um
sistema de camadas de espessuras finitas, assentes sobre um semi-
espaço considerado teoricamente como infinito – a infraestrutura ou
terreno de fundação, a qual é designada como subleito. É o terreno
de fundação do pavimento.

Além disso, o pavimento é a estrutura construída após a


terraplenagem e destinada, econômica e simultaneamente em seu
conjunto, a:
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- resistir e distribuir ao subleito os esforços verticais oriundos do


tráfego;

- melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e


conforto;

- resistir aos esforços horizontais (desgaste), tornando mais durável a


superfície de rolamento.

Camadas do Pavimento:

Regularização – operação destinada a conformar o leito


estradal, transversal e longitudinalmente, obedecendo às larguras e
cotas constantes das notas de serviço de regularização do projeto de
terraplenagem, compreendendo cortes ou aterros até 20 cm de
espessura. (DNIT 137/2010-ES)

Reforço do subleito – camada estabilizada


granulometricamente, executada sobre o subleito devidamente
compactado e regularizado, utilizada quando se torna necessário
reduzir espessuras elevadas da camada de sub-base, originadas pela
baixa capacidade de suporte do subleito. (DNIT 138/2010-ES)

Sub-base – é a camada complementar à base, quando por


circunstâncias técnico-econômicas não for aconselhável construir a
base diretamento sobre a regularização. (Manual de Pavimentação)

Base – é a camada destinada a resistir e distribuir os esforços


oriundos do tráfego sobre o qual se constrói o revestimento. (Manual
de Pavimentação)

Revestimento – é a camada, tanto quanto possível


impermeável, que recebe diretamente a ação do rolamento dos
veículos e destinada a melhorá-la, quanto à comodidade e segurança
e a resistir ao desgaste. (Manual de Pavimentação)

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Segue abaixo o esquema da seção transversal do pavimento,


conforme consta no Manual de Pavimentação do DNIT:

Fonte: Manual de Implantação Básica de Rodovia do DNIT

A depender da qualidade do subleito, algumas camadas podem


ser dispensadas, a exemplo do reforço do subleito e a sub-base.

Portanto, voltando à questão:

a) o reforço do subleito é uma camada de espessura irregular,


usada para conformar o subleito e melhorar sua capacidade de
carga.

Conforme vimos, quem apresenta espessura variável de até 20


cm é a regularização do subleito. Assim como nessa etapa conforma-
se o subleito e melhora-se a sua capacidade de carga, pois se
procede a nova compactação dessa camada (revolve-se o solo
superficial, leva-o à umidade ótima e compacta-o na energia de
compactação especificada).

b) a sub-base é uma camada complementar à base sendo


usada quando, por razões técnicas e econômicas, não for
aconselhável construir a base diretamente sobre o reforço do

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subleito, devendo ser executada com material de melhor


qualidade do que o da base.

Pessoal, essa redação é capaz de enganar muitos candidatos,


mas o erro está na parte final, que apresenta a execução do reforço
do subleito com material de melhor qualidade que o da base. A base
representa a última camada sob o revestimento, e a qualidade dos
materiais do pavimento melhora de baixo para cima.

c) a camada mais nobre do pavimento é o revestimento. Sua


principal função é resistir aos esforços verticais do tráfego e
distribuí-los às camadas inferiores.

Conforme vimos, a função de resistir aos esforços verticais no


pavimento flexível é da base. O revestimento tem a função de
melhorar as condições de rolamento quanto à comodidade e conforto,
assim como a segurança.

d) o pavimento pode ser considerado composto de base e


revestimento, sendo que a base poderá ou não ser completada
pela sub-base e pelo reforço do subleito.

Exato, a depender da capacidade de suporte e da qualidade do


subleito, pode-se dispensar o reforço do subleito e a sub-base. Com
isso, pode-se ter diferentes combinações:
- Base + Revestimento;
- Sub-Base + Base + Revestimento; ou
- Reforço do SL + Sub-Base + Base + Revestimento.

e) no dimensionamento dos pavimentos os subleitos de boa


qualidade podem dispensar o uso do reforço do subleito,

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desde que as demais camadas (base e sub-base) se tornem


mais espessas.

Pessoal, conforme visto acima, quanto mais próxima do


revestimento está a camada, ou seja, quanto mais acima, maior
deverá ser a sua capacidade de suporte e qualidade. Isso implica na
necessidade de materiais mais nobres nas camadas superiores.
Portanto, é mais econômico aumentar a espessura da camada de
reforço do subleito, do que a espessura das camadas acima (sub-
base e base).
Portanto, ao contrário do que diz a questão, adota-se o Reforço
do Subleito com o objetivo de reduzir a espessura das camadas de
base e sub-base, pois nestas, em especial na base, utilizam-se
materiais mais nobres.

Gabarito: D

2) (37 – CGU/2012 – ESAF) A superestrutura de uma


rodovia é constituída de camadas com espessuras finitas
destinadas a resistir às cargas oriundas do tráfego de veículos
e transmitir estes esforços ao subleito. Assim, considerando
uma seção transversal típica de um pavimento flexível, é
incorreto afirmar que

a) o revestimento é a camada impermeável que recebe


diretamente a ação do tráfego e cuja função principal é resistir
aos esforços horizontais.

b) a sub-base é uma camada complementar à base, sendo


executada com material de melhor qualidade do que o da
base.

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c) o reforço do subleito é uma camada de utilização eventual


com a finalidade de melhorar as condições de suporte do
subleito.

d) a base é a camada mais nobre do pavimento, cuja função é


resistir aos esforços verticais oriundos do tráfego e distribuí-
los às camadas inferiores do pavimento.

e) a qualidade dos parâmetros geotécnicos das camadas mais


superficiais deve ser sempre superior ao das camadas mais
inferiores do pavimento.

O erro dessa questão encontra-se no subitem B quando diz que


a sub-base é executada com material de melhor qualidade do que o
da base. Pelo contrário, o material da base é mais nobre que o da
sub-base e das demais camadas granulares.

Gabarito: B

3) (37-1 - PF/2002 - Cespe) Sub-base é a denominação


dada ao terreno de fundação de um pavimento ou
revestimento.

A fundação de um pavimento é o subleito. Não confundam


pavimento com revestimento. Este faz parte daquele.

Gabarito: Errada

4) (71 - PETROBRAS/2004 - Cespe) O subleito é o terreno


de fundação de um pavimento ou revestimento.

Como vimos, o subleito é a fundação do pavimento.

Gabarito: Correta
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5) (92-B - PETROBRAS/2008 - Cespe) Base é a camada


abaixo do subleito.

Conforme já vimos, o subleito é a fundação do pavimento.


Portanto, a base fica acima dele.

Gabarito: Errada

6) (99-A - TCE-AC/2008 - Cespe) A estrutura de pavimentos


flexíveis é composta por várias camadas de materiais
diferentes.

Conforme apresentado na questão anterior, cada camada deve


apresentar um desempenho mínimo diferente. Para isto, é necessário
combinar-se diferentes materiais (solos, agregados e outros) para se
obter as características necessárias. Além do revestimento, que pode
ser asfáltico ou por calçamento.

Gabarito: Correta

7) (84 - TRE-BA/2010-Cespe) A estabilização


granulométrica pode ser feita com material natural
proveniente de jazidas, como saibro ou cascalho.

A estabilização granulométrica é a compactação de um material


ou de uma mistura de materiais que apresentem uma granulometria
apropriada e índices geotécnicos específicos, fixados em
especificações, a fim de constituírem camadas puramente granulares
e flexíveis que atendam aos parâmetros de resistência desejados.

Segundo o Manual de Pavimentação, quando esses materiais


ocorrem em jazidas, com designações tais como cascalhos, saibros,

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etc., tem-se o caso de utilização de materiais naturais (solo in


natura).

Gabarito: Correta

8) (85 - TRE-BA/2010-Cespe) A estabilização com cimento


é classificada como estabilização granulométrica.

De acordo com o Manual de Pavimentação, as bases são


classificadas conforme a seguir:

Verifica-se que a estabilização com cimento enquadra-se nas


bases estabilizadas com aditivos em vez de bases estabilizadas
granulometricamente.

Gabarito: Errada

9) (97 - SEPLAG-DETRAN-DF/2009 - Cespe) O concreto


betuminoso usinado a quente (CBUQ), o mais nobre dos
revestimentos flexíveis, consiste na mistura íntima de betume
devidamente dosado, de agregados satisfazendo

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especificações rigorosas, de cimento hidráulico ou outro fíler e


de água.

Pessoal, esta questão ajuda vocês a entenderem melhor a


estrutura de uma usina de asfalto ou CBUQ.

De fato o CBUQ é considerado o mais nobre dos revestimentos,


que consiste na mistura de betume, agregados e filer, não se
admitindo a presença de água.

O fíler adotado na composição do CBUQ é o cimento.

Gabarito: Errada

10) (54 - MPE-AM/2008 - Cespe) Na execução de


revestimento betuminoso pelo método denominado pré-
misturado a quente, os componentes devem ser misturados a
temperatura ambiente e aquecidos na aplicação.

Segundo o Manual de Pavimentação, denominam-se as


misturas de pré-misturadas a quente quando o ligante e o agregado
são misturados e espalhados na pista ainda quentes.

Logo, os componentes devem ser misturados a quente.

Questão: Errada

11) (75 - INMETRO/2007 - Cespe) A compactação do


concreto asfáltico no pavimento flexível deve ser feita com
rolo pé-de-carneiro.

A norma DNIT 031/2006-ES prevê que os equipamentos para


compactação do CBUQ devem ser o rolo pneumático e o rolo liso, tipo
tandem ou vibratório.

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Gabarito: Errada

12) (21-C - TJ-PA/2006 - Cespe) As emulsões asfálticas são


misturas homogêneas de cimento asfáltico com solvente de
hidrocarboneto de baixa volatilidade.

As emulsões asfálticas são obtidas a partir da mistura, em meio


intensamente agitado, de asfalto aquecido, água e agentes
emulsificantes.

Não há solvente.

Gabarito: Errada

15. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA

1) (35 – CGU/2008 – ESAF) O pavimento de uma rodovia é


a superestrutura constituída de camadas de espessuras finitas
assentes sobre o terreno de fundação, designado de subleito.
Considerando uma seção transversal típica de um pavimento
flexível, é correto afirmar que:

a) o reforço do subleito é uma camada de espessura irregular,


usada para conformar o subleito e melhorar sua capacidade de
carga.
b) a sub-base é uma camada complementar à base sendo
usada quando, por razões técnicas e econômicas, não for
aconselhável construir a base diretamente sobre o reforço do
subleito, devendo ser executada com material de melhor
qualidade do que o da base.

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c) a camada mais nobre do pavimento é o revestimento. Sua


principal função é resistir aos esforços verticais do tráfego e
distribuí-los às camadas inferiores.
d) o pavimento pode ser considerado composto de base e
revestimento, sendo que a base poderá ou não ser completada
pela sub-base e pelo reforço do subleito.
e) no dimensionamento dos pavimentos os subleitos de boa
qualidade podem dispensar o uso do reforço do subleito,
desde que as demais camadas (base e sub-base) se tornem
mais espessas.

2) (37 – CGU/2012 – ESAF) A superestrutura de uma


rodovia é constituída de camadas com espessuras finitas
destinadas a resistir às cargas oriundas do tráfego de veículos
e transmitir estes esforços ao subleito. Assim, considerando
uma seção transversal típica de um pavimento flexível, é
incorreto afirmar que

a) o revestimento é a camada impermeável que recebe


diretamente a ação do tráfego e cuja função principal é resistir
aos esforços horizontais.

b) a sub-base é uma camada complementar à base, sendo


executada com material de melhor qualidade do que o da
base.

c) o reforço do subleito é uma camada de utilização eventual


com a finalidade de melhorar as condições de suporte do
subleito.

d) a base é a camada mais nobre do pavimento, cuja função é


resistir aos esforços verticais oriundos do tráfego e distribuí-
los às camadas inferiores do pavimento.

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e) a qualidade dos parâmetros geotécnicos das camadas mais


superficiais deve ser sempre superior ao das camadas mais
inferiores do pavimento.

3) (37-1 - PF/2002 - Cespe) Sub-base é a denominação


dada ao terreno de fundação de um pavimento ou
revestimento.

4) (71 - PETROBRAS/2004 - Cespe) O subleito é o terreno


de fundação de um pavimento ou revestimento.

5) (92-B - PETROBRAS/2008 - Cespe) Base é a camada


abaixo do subleito.

6) (99-A - TCE-AC/2008 - Cespe) A estrutura de pavimentos


flexíveis é composta por várias camadas de materiais
diferentes.

7) (84 - TRE-BA/2010-Cespe) A estabilização


granulométrica pode ser feita com material natural
proveniente de jazidas, como saibro ou cascalho.

8) (85 - TRE-BA/2010-Cespe) A estabilização com cimento


é classificada como estabilização granulométrica.

9) (97 - SEPLAG-DETRAN-DF/2009 - Cespe) O concreto


betuminoso usinado a quente (CBUQ), o mais nobre dos
revestimentos flexíveis, consiste na mistura íntima de betume
devidamente dosado, de agregados satisfazendo
especificações rigorosas, de cimento hidráulico ou outro fíler e
de água.

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10) (54 - MPE-AM/2008 - Cespe) Na execução de


revestimento betuminoso pelo método denominado pré-
misturado a quente, os componentes devem ser misturados a
temperatura ambiente e aquecidos na aplicação.

11) (75 - INMETRO/2007 - Cespe) A compactação do


concreto asfáltico no pavimento flexível deve ser feita com
rolo pé-de-carneiro.

12) (21-C - TJ-PA/2006 - Cespe) As emulsões asfálticas são


misturas homogêneas de cimento asfáltico com solvente de
hidrocarboneto de baixa volatilidade.

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16. GABARITO

1) D 5) Errada 9) Errada
2) B 6) Correta 10) Errada
3) Errada 7) Correta 11) Errada
4) Correta 8) Errada 12) Errada

Referências Bibliográficas

1. DNIT. Manual de Pavimentação, 3ª Edição, 2006.


2. BERNUCCI, L. B [et.al] - "Pavimentação Asfáltica". Rio de Janeiro,
2010.
3. Catálogos de equipamentos em http://www.wirtgenbrasil.com.br/pt/
4. DE SENÇO, W. – “Manual de Técnicas de Pavimentação”, vol. 1, 2ª
Ed. São Paulo. PINI. 2007
5. DE SENÇO, W. – “Manual de Técnicas de Pavimentação”, vol. 2, 2ª
Ed. São Paulo. PINI. 2008

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