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Obras Rodoviárias – Analista de Infraestrutura – DNIT 2012

Teoria e Questões
Profs. Fábio Amorim e Marcus V. Campiteli – Aula 3

Olá pessoal! Nesta aula iremos abordar os itens 4 e 6 do conteúdo


específico do programa do concurso para o cargo de Técnico em
Infraestrutura de Transportes.

Na aula de hoje iremos recapitular algumas informações da Aula 0


e da aula anterior.

Os assuntos cobrados nestes itens 4 e 6 do edital ainda não foram


objeto de questões anteriores da ESAF, pois são novidade neste
concurso. Contudo, vocês poderão ver que abrangem informações
fáceis de assimilar.

Grande abraço e bons estudos!

AULA 3: VEÍCULOS TRANSPORTADORES DE CARGAS


E EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES

SUMÁRIO PÁGINA

1. Veículos transportadores de cargas 2

1.1 Convencionais 2

1.2 Tanques 5

1.3 Especiais 6

1.4 Elevadores de Carga 9

1.5 Betoneira 10

1.6 Vagões 11

1.7 Vagonetas 11

2. Equipamentos complementares 12

2.1 Fábrica de Artefatos de Concreto 12

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2.2 Compressores de Ar 23

2.3 Ferramentas Pneumáticas 26

2.4 Guindastes 28

2.5 Elevadores de inspeção e manutenção 30

3. QUESTÕES COMENTADAS 30

4. LISTA DE QUESTÕES APRESENTADAS NESTA


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AULA

5. GABARITO 35

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 35

1 VEÍCULOS TRANSPORTADORES DE CARGAS

1.1 Convencionais

Pessoal, os veículos transportadores de cargas


convencionais são as unidades de transporte que vimos na Aula 0 e
que vale a pena recapitular nesta aula, de forma a atender essa parte
do item 4 do edital.

As unidades transportadoras são utilizadas na


terraplenagem quando as distâncias de transporte são de tal
grandeza que o emprego de moto-scraper ou scraper rebocado se
torna antieconômico para transportar o material.

Assim, para grandes distâncias, deve-se optar pelo uso de


equipamentos mais rápidos, de baixo custo e com maior produção.
Para esses casos, são utilizados, basicamente, os caminhões
basculantes comuns e os caminhões basculantes “fora-de-estrada”.

Além disso, são utilizados caminhões do tipo tanque, para o


transporte de água, conforme veremos a seguir.

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Caminhões Basculantes

Os caminhões basculantes são equipamentos destinados ao


transporte de solos e até de pedras. Esses equipamentos são usados
com maior eficiência quando as distâncias de transporte são grandes,
isto é, quando são superiores a 1.000m, preferencialmente superiores
a 5 km. O solo transportado pelo caminhão pode ser carregado por
carregadeiras, por escavadeiras ou até por retroescavadeiras em
alguns casos.

Caminhões basculantes

Caminhões Basculantes “Fora-de-estrada”

Na Aula 0 falamos que os caminhões basculantes “fora-de-


estrada” são caminhões de estrutura reforçada, que se destinam a
trabalhos muito pesados e em condições muito severas. São
utilizados, principalmente, para o transporte de pedras.

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Caminhão basculante “fora-de-estrada”

Cavalos mecânicos

São caminhões de potência elevada equipados com a 5ª roda.


Essa 5ª roda é simplesmente um dispositivo de apoio da prancha
destinada ao transporte dos demais equipamentos.

O cavalo mecânico também serve para transportar conjuntos


móveis de britagem, usinas de asfalto móveis e outros.

Cavalo Mecânico

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Caminhões comboios de lubrificação

São caminhões onde é adaptada uma carroceria especialmente


construída para os serviços de abastecimento de combustível e
lubrificação, onde são instalados: reservatório para óleo diesel;
compressor de ar; mangueiras; tambores de lubrificantes; e
tambores de graxa. Destinam-se ao abastecimento de combustível e
à troca de lubrificantes e filtros das máquinas no campo. Evita-se,
assim, que máquinas pesadas e lentas realizem grandes
deslocamentos para o abastecimento e manutenção.

Caminhão Comboio de Lubrificação

1.2 Caminhões Tanque

Os caminhões tanque (pipas) são caminhões utilizados no


umedecimento dos solos durante o processo de compactação.

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Caminhão tanque

1.3 Veículos Especiais

Dumper

O dumper é uma máquina projetada para atender as mais


variadas condições de transporte de materiais nos mais variados
segmentos tais como construção, indústria, agricultura e mineração.

Os dumpers (trator transportador) possuem grande vantagem


sobre os demais tipos de equipamento de transporte, pela forma de
sua construção reversível.

Com chassi articulado e tração simples (4x2) ou dupla (4x4),


obtendo maior resistência ao solo, principalmente em lugares
pantanosos e solos de irregulares.

Caçamba basculante acionada hidraulicamente (ou por


gravidade conforme o modelo), que facilita sua descarga
proporcional, com a quantidade de material pretendido, em lugar
certo.

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Eles transportam areia, concreto, terra, pedra, entulho,


madeira, adubo, sementes, hortaliças, etc.

Sua versatilidade é tal que podem ser fornecidas com


motorização à gasolina, álcool, diesel ou GLP - propano, isto é, de
acordo com o tipo de local de trabalho.

Veículos escavo-elevadores

Constituem uma variante dos escavocarregadores, pois


executam as mesmas funções de escavar e carregar as unidades de
transporte.

A diferença entre eles é que os escavocarregadores possuem


ciclo de produção descontínuo enquanto os escavo-elevadores têm
produção contínua. Por esta razão, a produção destes é elevada.

A elevação é feita através de esteira transportadora de


movimento contínuo, acionada por um motor independente, e a
operação de corte por meio de lâmina semelhante às das unidades
escavo-empurradoras.

Existem dois tipos principais de escavo-elevadores: rebocado e


autopropelido.

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Uma variante das escavo-elevadoras são as escavadeiras


rotativas, cuja lâmina de corte é substituída por dispositivo de corte
de roda giratória, com caçambas na sua circunferência que escavam
o material em bancadas com talude vertical e descarregam numa
esteira elevatória.

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A aplicação das escavo-elevadoras é bastante limitada, pois


exige terrenos com topografia muito favorável (terreno plano ou
levemente ondulado), difícil de se encontrar.

O seu uso torna-se viável apenas em obras de grande porte,


devido ao seu alto custo aliado à sua alta produtividade (> 800
m3/h).

1.4 Elevadores de Carga

Elevador de materiais

Conjunto de guincho, torre e cabina para transporte vertical de


materiais.

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Elevador de caçamba

Caixa metálica utilizada no transporte vertical de material a


granel.

Elevador de Cremalheira

Elevadores do tipo cremalheira são equipamentos de transporte


vertical de cargas ou passageiros. Caracteriza-se pelo sistema de
redução e transmissão de movimento por pinhão e cremalheira.
Seu uso se tornou muito comum na Construção Civil e em instalações
industriais. Permite capacidade de carga útil de 600 kg a 2.000 kg,
podendo chegar a altura máxima de 220 m de acordo com tipo de
elemento de torre.

1.5 Caminhões betoneira

São caminhões equipados com betoneira, utilizados na mistura


e transporte de concreto de Cimento Portland.

Caminhão Betoneira

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1.6 Vagões

São unidades de porte, com grande capacidade, geralmente


rebocados por tratores de pneus semelhantes aos utilizados nos
moto-scrapers. Executam apenas as operações de transporte e
descarga, sendo carregados por unidades escavocarregadoras.

Os vagões diferenciam-se entre si, já que podem fazer a


descarga por:

- fundo móvel (“bottom-dump”)

- traseira, por basculagem da caçamba (“rear-dump”)

- lateral (“side-dump”)

A figura abaixo mostra um tipo de vagão com descarga pelo


fundo, acionado por pistões comandados por um sistema hidráulico.
O volume da caçamba é de 133 jardas cúbicas, ou seja, cerca de 102
m3, atingindo a velocidade máxima de 60 km/h.

1.7 Vagonetas

De acordo com o Glossário de Termos Ferroviários, a vagoneta


ou vagonete é uma espécie de trole usado nos trabalhos de terra. É
provido de estrado e caixa, sem tampa, onde se carregam terra e
outros materiais.

Trole é um pequeno veículo, acionado manualmente, rebocado


ou motorizado (trole-motor), que se desloca sobre via férrea.

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2. EQUIPAMENTOS COMPLEMENTARES

2.1 Fábricas de Artefatos de Concreto

Os artefatos de concreto são peças de concreto pré-fabricadas,


ou seja, elas são produzidas na fábrica de artefatos de concreto e
levadas prontas, depois de endurecidas, para o local de aplicação na
obra.

Se falarmos em concreto moldado in loco ou no local, significa


que o concreto é lançado ainda fresco em um sistema de fôrmas
montado no local definitivo da obra, vibrado e curado neste mesmo
local até endurecer definitivamente.

No caso das peças pré-fabricadas, essas etapas são executadas


na fábrica de artefatos.

A cura consiste em manter a superfície do concreto úmida para


que ele não perca a sua água interna necessária para as reações
químicas com o cimento para o seu endurecimento (ganho de
resistência) e para que a peça de concreto não fissure devido à saída
rápida da água interna por evaporação.

Muitos são os artefatos de concreto aplicados nas obras


rodoviárias, tais como: bueiros, tubos de concreto, canaletas para
sarjetas, guias meio-fio, entradas e saídas de bueiros, muretas de
proteção “New Jersey” (pontes), moirões de concreto, blocos de
concreto, bloquetes, entre outros.

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Tubos de concreto

Tubos de concreto

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Tubos perfurados para dreno

Aduelas para drenagem

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Bloquetes

Blocos de pavimentação

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Placas hexagonais de pavimentação

Moirões de concreto

Agora vamos ver como esses artefatos são fabricados.

Na aula passada vocês viram como se produz o concreto, que


consiste na mistura de cimento, areia, brita e água. Naquela aula, o
concreto era produzido em centrais de concreto e destinado à
execução de pavimentos rígidos.

Nesta aula, sobre a fabricação de artefatos de concreto, a


diferença consiste em que as peças de concreto são vibradas,
lançadas nas formas e sofrem a pega (processo de endurecimento)
antes da aplicação na obra.

A fabricação de artefatos de concreto divide-se, basicamente,


em quatro fases principais:

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1) preparação dos materiais, com a armazenagem das matérias


primas (areia, brita, cimento, aditivos e água), dosagem e mistura
para a confecção do concreto;

2) Transporte do concreto fresco, utilizando-se de carrinhos de


mão, meios hidráulicos ou mecânicos;

3) Lançamento do concreto em formas ou moldes, com


vibração prévia ou na própria forma. Prensagem ou compactação do
com contramoldes, desmolde e cura dos elementos durante a pega;

4) armazenagem dos elementos, com o transporte das peças


até o canteiro de obras.

Detalhando essas fases de forma esquematizada:

- Recepção de Matéria Prima

- Depósito de Matéria Prima

- silo de agregados

- silo de cimento

- Fabricação de Concreto

- misturador

- prensa para artefatos de concreto

- mesa vibratória

- molde e contramolde (prensamento)

- Sala de Cura úmida

- Depósito de Produtos Acabados

- Expedição

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Nada melhor que um conjunto de imagens1 para facilitar o


entendimento das etapas:

Baias de armazenagem de agregados – areia

1
http://www.brasibloco.com.br e http://www.tuboscopel.com.br, acessados em 02/12/2012.

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Baias de armazenagem de agregados – brita

A dosagem do concreto na usina pode ser automatizada


(dosador automatizado), com controle gravimétrico (por peso) dos
agregados

Misturador dos elementos constituintes do concreto

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Concreto usinado levado às prensas para artefatos de concreto

Na prensa, o concreto é vibrado e prensado nos moldes

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Artefatos de concreto permanecem na câmera de cura – ambiente


saturado de vapor

No caso apresentado acima, vimos a fabricação de blocos de


concreto por meio de prensa. Contudo, a depender da finalidade, o
concreto usinado pode ser lançado em diferentes equipamentos e
formas, conforme a seguir.

Para a fabricação de guias e sarjetas pode-se adotar a Máquina


Extrusora para Guia e Sarjeta, autopropulsora, com motor a gasolina
ou diesel. São capazes de produzir em média de 700 a 1000 m de
guias ou sarjetas por dia.

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Máquina Extrusora para Guia e Sarjeta

Para a fabricação de tubos de concreto pode-se adotar uma


forma cilíndrica giratória, com um cilindro interno de menor diâmetro,
concêntrico, conforme a figura a seguir:

Forma giratória e vibratória para confecção de tubos de concreto

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2.2 Compressores de Ar

Os compressores de ar são utilizados para diversas


finalidades em obras rodoviárias, tais como a perfuração de
rochas, limpeza de juntas de pavimentos rígidos,
desagregação de peças de concreto para posterior
recomposição, limpeza de cortes superficiais em
revestimentos asfálticos para a sua recuperação, entre
outros.

Os compressores de ar são máquinas que aspiram o ar da


atmosfera, comprimindo-o, reduzindo, portanto, seu volume e
aumentando a pressão.

Eles podem ser estacionários ou portáteis. São estacionários


quando montados sobre bases rígidas e de difícil deslocamento e, na
maioria dos casos, movidos por motor elétrico. São portáteis quando
montados sobre rodas dotadas de pneus. Utilizam normalmente
motor a diesel e são rebocáveis através de uma barra de tração.

Dependendo da distância entre o compressor e os


equipamentos o ar comprimido pode ser enviado por mangueiras
flexíveis ou tubos metálicos.

Para a perfuração de rochas, os compressores de ar trabalham


associados a perfuratrizes leves, médias ou pesadas. Em seguida,
instalam-se explosivos nessas perfurações para detonação de
maciços rochosos.

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Os blocos de rocha oriundos da detonação são levados para os


britadores, que os fragmentam e peneiram resultando em pedras
britadas a serem utilizadas para diversos fins em obras rodoviárias,
em especial para camadas de pavimentos: base de brita graduada,
base de brita corrida, solo-brita, revestimentos asfálticos, placas de
concreto, peças pré-moldadas ou artefatos de concreto etc.

No dimensionamento da produtividade dos serviços do DNIT


que possuem a etapa de britagem, conforme o Manual do SICRO,
adotam-se compressores de ar de 764 pcm, o qual trabalha em
conjunto com perfuratrizes, conforme a composição do SICRO a
seguir para o serviço de Escavação, Carga e Transporte de material
de 3ª categoria:

Os compressores de ar utilizados na escavação de rochas são


basicamente os de deslocamento positivo. Os compressores
dinâmicos não são usados para essa finalidade.

Adotam-se também compressores de ar para a limpeza de


juntas de pavimentos de concreto, retirando-se com jato de ar todo o

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material solto. Nesse caso, os compressores de ar são de 180 pcm ou


59 kW, conforme a composição do SICRO a seguir:

Os compressores também são adotados para a execução de


reparos de defeitos dos pavimentos betuminosos em áreas restritas,
em conjunto com perfuratrizes pneumáticas com implemento de corte
ou equipados com marteletes tipo pá para o corte do material
comprometido.

Para a demolição de placas de concreto para posterior


recomposição adotam-se os compressores de ar em conjunto com
dois rompedores.

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Utilizam-se também compressores de ar com martelete para


demolição de fragmentos para posterior recomposição de guarda-
corpos de concreto em pontes.

E também nas remoções de matacões:

2.3 Ferramentas Pneumáticas

As ferramentas pneumáticas são movidas a ar comprimido


produzido por compressores de ar.

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O motor de uma ferramenta Pneumática é constituído por


palhetas -como uma pequena turbina- que giram para movimentar as
engrenagens que fazem a ferramenta funcionar sem qualquer contato
com energia elétrica.

Como exemplos de ferramentas pneumáticas temos:


rompedores, furadeiras, parafusadeiras, chaves de impacto, chaves
de catraca, esmerilhadeiras, lixadeiras etc.

Um exemplo de ferramenta comumente utilizada em serviços


de conservação rodoviária é o rompedor pneumático, com o qual se
corta o revestimento asfáltico ou de concreto a ser recuperado,
conforme a imagem a seguir:

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2.4 Guindastes

Também chamado de gruas, são equipamentos muito utilizados


em obras de construção civil para o transporte vertical e horizontal de
cargas e materiais.

Um guindaste é composto por:

O guincho oferece grande mobilidade para realizar as


operações, porque tanto pode ser erguido ou baixado verticalmente
quanto girar horizontalmente, em círculo, acompanhando sua
superestrutura.

A torre serve de suporte para o braço horizontal que se


prolonga em direções opostas e em comprimentos distintos. A
extremidade mais curta do braço possui um contrapeso; na outra, o
mecanismo de suspensão movimenta-se sobre um trole. A
capacidade de carga aumenta à medida que o trole trabalha mais
próximo da torre central.

Há três tipos de gruas ou guindastes: fixa, ascensional e móvel


sobre trilhos.

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- Fixa: caracteriza-se por ter base da torre chumbada dentro de um


bloco de concreto. Sua ascensão e ancoragem são feitas de acordo
com a necessidade da obra, sendo que a fixação da ancoragem e a
altura livre serão limitadas de acordo com cada fabricante, e a
capacidade de cada equipamento.

- Ascencional: é fixado entre lajes normalmente instalada dentro do


poço do elevador por meio de gravatas metálicas.

- Móvel: montado sobre base metálica com lastro e trucks de


translação que por sua vez se move sobre trilhos, permitindo que
todo conjunto se desloque horizontalmente.

Grua Fixa Grua Móvel Grua Ascensional

Não é permitido o transporte de operários por guindastes, gruas


e equipamentos correlatos. Os equipamentos de guindar, quando em
operação, deverão estar sempre seguramente apoiados e
contraventados. Quando forem usados cabos de contraventamento, o
ângulo com a horizontal terá de ser no máximo de 60°. Os ganchos
de equipamento de guindar terão fechos de segurança para evitar
que as cargas içadas possam se desprender.

Quando o equipamento de guindar não estiver em operação, a


lança tem de ser colocada em posição de repouso. É proibido
qualquer trabalho sob intempéries ou outras condições desfavoráveis
que exponham a risco os trabalhadores da área.

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2.5 Elevadores de Inspeção e Manutenção

Há vários tipos de elevadores de manutenção ou de inspeção.


Entre eles podemos citar os torre telescópica, os pantográficos e os
com pistão central telescópico (serviços leves), conforme as imagens2
a seguir, respectivamente:

3 – QUESTÕES COMENTADAS

(46 - PF Nacional/2002) Com relação a equipamentos para


execução de obras civis, julgue os itens abaixo.

2
http://www.zetec.com.br e http://www.zeloso.com.br, acessados em 02/12/2012.

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1) 1 - O elevador para transporte de materiais deve possuir


trava de segurança para mantê-lo parado em suspensão, além
de freio do motor.

Pessoal, esta questão trata de detalhes trazidos pela NR-18


(Condições de Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Civil), que trago aqui a vocês para complemento das informações da
teoria, caso a banca resolva se basear nesta norma acerca dos
elevadores.

Os elevadores de materiais devem dispor de:

a) sistema de frenagem automática;

b) Sistema de segurança eletromecânica no limite superior,


instalado a 2,00m (dois metros) abaixo da viga superior da torre;

c) sistema de trava de segurança para mantê-lo parado


em altura, além do freio do motor;

d) Interruptor de corrente para que só se movimente com


portas ou painéis fechados.

Gabarito: Correta

2) 2 - A grua é um equipamento para o transporte de


materiais no canteiro de obras.

Conforme a NR-18, a grua é um equipamento pesado utilizado


no transporte horizontal e vertical de materiais.
Além disso, há várias exigências para as gruas, dentre as quais
selecionei algumas:
- a ponta da lança e o cabo de aço de levantamento da carga
devem ficar, no mínimo, a 3m (três metros) de qualquer obstáculo e

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ter afastamento da rede elétrica que atenda à orientação da


concessionária local;
- para distanciamentos inferiores a 3m (três metros), a
interferência deverá ser objeto de análise técnica, por profissional
habilitado, dentro do plano de cargas;
- a área de cobertura da grua, bem como interferências com
áreas além do limite da obra, deverão estar previstas no plano de
cargas respectivo;
- é proibida a utilização de gruas para o transporte de pessoas;
- é proibido qualquer trabalho sob intempéries ou outras
condições desfavoráveis que exponham os trabalhadores a risco;
- a grua deve dispor de dispositivo automático com
alarme sonoro que indique a ocorrência de ventos superiores a
42 Km/h, devendo-se interromper a operação com a grua
acima desse limite, salvo mediante operação assistida;
- sob nenhuma condição é permitida a operação com
gruas quando da ocorrência de ventos com velocidade
superior a 72 Km/h;
- é proibida a utilização da grua para arrastar peças, içar cargas
inclinadas ou em diagonal ou potencialmente ancoradas como
desforma de elementos pré-moldados.

Gabarito: Correta

3) (42 – TRE-MA/2005 – Cespe) Em uma construção, a grua


é um

A) registro de controle de efluentes sanitários.


B) equipamento destinado ao transporte de materiais no
canteiro de obras.
C) sistema de proteção contra a queda de objetos e materiais
de construção sobre operários e transeuntes.

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D) sistema de formas para reforço de estruturas de concreto.


E) tipo especial de betoneira para a produção de concreto.

Conforme vimos na questão anterior, a grua é um equipamento


destinado ao transporte de materiais no canteiro de obras.

Gabarito: B

4) (116 – Hemobras/2008 – Cespe) É proibida a utilização


de grua para arrastar peças no canteiro de obras.

Exato pessoal, esta proibição consta na NR-18. Além desta, a


norma traz também:

18.14.24.9 É proibida a utilização da grua para arrastar peças,


içar cargas inclinadas ou em diagonal ou potencialmente
ancoradas como desforma de elementos pré-moldados.
18.14.24.9.1 Nesse caso, o içamento por grua só deve ser
iniciado quando as partes estiverem totalmente desprendidas
de qualquer ponto da estrutura ou do solo.

Gabarito: Correta

5) (33-C – SEAD-EGPA/2005 – Cespe) Os elevadores de


caçamba podem ser utilizados para transporte de pessoas e
material a granel.
De acordo com a NR-18, os elevadores de caçamba devem ser
utilizados apenas para o transporte de material a granel.

Gabarito: Errada

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4 – QUESTÕES APRESENTADAS NESTA AULA

(46 - PF Nacional/2002) Com relação a equipamentos para


execução de obras civis, julgue os itens abaixo.

1) 1 - O elevador para transporte de materiais deve possuir


trava de segurança para mantê-lo parado em suspensão, além
de freio do motor.

2) 2 - A grua é um equipamento para o transporte de


materiais no canteiro de obras.

3) (42 – TRE-MA/2005 – Cespe) Em uma construção, a grua


é um

A) registro de controle de efluentes sanitários.


B) equipamento destinado ao transporte de materiais no
canteiro de obras.
C) sistema de proteção contra a queda de objetos e materiais
de construção sobre operários e transeuntes.
D) sistema de formas para reforço de estruturas de concreto.
E) tipo especial de betoneira para a produção de concreto.

4) (116 – Hemobras/2008 – Cespe) É proibida a utilização


de grua para arrastar peças no canteiro de obras.
5) (33-C – SEAD-EGPA/2005 – Cespe) Os elevadores de
caçamba podem ser utilizados para transporte de pessoas e
material a granel.

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Obras Rodoviárias – Analista de Infraestrutura – DNIT 2012
Teoria e Questões
Profs. Fábio Amorim e Marcus V. Campiteli – Aula 3

5 - GABARITO

1) Correta 2) Correta 3) B 4) Correta

5) Errada

6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DNIT. Manual de Implantação Básica de Rodovias. 2010.

DNIT. Glossário de Termos Ferroviários.

RICARDO, Hélio de Souza e CATALANI, Guilherme. Manual Prático


de Escavação – Terraplenagem e Escavação de Rocha. Pini:
2007.

- http://tubostipo.blogspot.com.br/2011/06/tubos-de-concreto.html

- http://parquessustentaveis.blogspot.com.br/2012/01/piso-intertravado-para-
calcadas.html

http://construcaocivilpet.wordpress.com/2012/05/16/o-uso-de-concreto-permeavel-
na-pavimentacao/

http://www.artefatos-aco-concreto.com.br/artefatos-de-concreto-premol-
mendes.html

http://www.saocarlos.sp.gov.br/index.php/fabrica-artefatos-cimento.html

http://www.tesmec.com/pt/catalog/6/82

http://www.construindo.com.br/

http://www.centrallocadora.com.br

http://pcc2302.pcc.usp.br

http://www.brasibloco.com.br/

http://www.bosch.com.br

http://www.zeloso.com.br

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