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XIV Encontro Anual da ABEM Belo Horizonte, 25 a 28 de outubro de 2005

Formação de orquestras de cordas iniciantes no Conservatório de Tatuí

Inez Beatriz de Castro Martins

O presente resumo discorre sobre a experiência profissional vivida pela autora como
regente junto ao projeto de formação de orquestras iniciantes no Conservatório de Tatuí
(São Paulo), idealizadas pelo professor Ms. Dario Sotelo, no período de 1995 a 2001. As
orquestras de cordas1 iniciantes foram criadas, principalmente, para serem estágios
preparatórios aos alunos antes deles ingressarem na Orquestra Sinfônica Jovem do
Conservatório. Introduziam-nos na prática de orquestra preparando-os progressivamente
para o repertório sinfônico, de maior complexidade técnica e sonora. Outros objetivos:
1. Reforçar a matéria vista nas aulas individuais.
2. Desenvolver a sonoridade mediante o trabalho exclusivo dos instrumentos de
cordas.
3. Desenvolver a compreensão dos sinais específicos da regência, bem como a
atenção, concentração, disciplina do grupo.
4. Desenvolver uma aprendizagem informal por meio da experiência dos colegas
de classes mais avançadas.
Foram divididas em cinco níveis:
1. Primeiro ano do preparatório.
2. Segundo ano do preparatório.
3. Primeira série.
4. Segunda série.
5. Terceira série.
A partir da quarta série passavam a integrar a Orquestra Sinfônica Jovem. A
metodologia do ensaio seguia um padrão: afinação dos instrumentos, aquecimento, leitura
total da peça nova, estudo segmentado da(s) peça(s). O aquecimento das orquestras do nível
preparatório baseavam-se em exercícios de primeira posição em cada corda variando a
localização do semitom. Nos níveis seguintes, o trabalho era feito por escalas e, no último
nível, mesclando arcos e dinâmica. A duração do ensaio também tinha o caráter progressivo

1
Ao mencionar instrumentos de cordas nos referimos apenas aos de arcos.

1
desenvolvendo a capacidade de manutenção da concentração e atenção dos alunos. Variava
conforme o nível, desde uma hora e meia até três horas com intervalo. Todas ensaiavam
uma vez por semana. Por fim, o repertório, que era trabalhado durante dois meses,
finalizava num concerto. O estilo contemplava do barroco ao contemporâneo, com solistas,
com coro ou, só as cordas, buscando uma diversidade que enriquecesse o grupo.

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