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Universidade Federal do Paraná

Engenharia Ambiental

Saneamento Ambiental I

Aula 06 – Redes de Distribuição de Água

Profª Heloise G. Knapik

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Qualidade de Água em Reservatórios

Crescimento de
Longos tempos de detenção bactérias/nitrificação

Possibilidade do aparecimento de Baixos valores do residual


zonas de estagnação desinfetante

Localização das tubulações de Jusante: mesma entrada e saída /


entrada e de saída dos reservatórios Montante: tubulações distintas

Nitrificação (aclimatação de
Ausência de luz solar bactérias)

Substrato para crescimento de


Deterioração do concreto microorganismos
Tubulações e configurações
Exemplos de reservatórios
Operação de Reservatórios - Otimização

• Redução dos gastos com energia elétrica


• Minimização das falhas no atendimento a demanda
• Redução de perdas físicas em função das pressões na rede
• Flexibilidade na operação de sistemas com múltiplos
reservatórios interligados

• Gestão de Risco e Economia!!

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Dimensionamento de redes: etapas

Etapas do dimensionamento de redes:


• Análise hidráulica (vazões, pressão, velocidades)
• Zonas de pressão (mínima e máxima)
• Velocidades mínimas e máximas em cada trecho
• Diâmetros mínimos
• Dimensionamento de redes: função do tipo de rede,
topografia, existência de diferentes zonas de pressão

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Vazões de Dimensionamento dos Componentes
de um Sistema de Abastecimento de Água
PRODUÇÃO DISTRIBUIÇÃO

Dimensionamento Demanda máxima


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Dimensionamento de redes: vazão
Vazão de distribuição para a rede:

𝑘1 . 𝑘2 . 𝑞𝑝𝑐. 𝑃
𝑄𝐷𝑖𝑠𝑡 =
86400

𝑄𝐷 : vazão de distribuição (L/s)


𝑘1 : coeficiente do dia de maior consumo
𝑘2 : coeficiente da hora de maior consumo
𝑞: consumo médio per capita incluindo perdas(L/hab.dia)
𝑃: população de projeto da área considerada (hab)

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Dimensionamento de redes: vazão
Vazão específica de distribuição relativa à área:

𝑘1 𝑘2 𝑞𝑃 𝑄𝐷
𝑞𝑎 = =
86400 𝐴 𝐴

𝑞𝑎 : vazão específica de distribuição por área (L/s.ha)


𝐴: área de projeto (ha)

Vazão específica de distribuição relativa à extensão da rede:

𝑘1 𝑘2 𝑞𝑃 𝑄𝐷𝑖𝑠𝑡
𝑞𝑚 = =
86400 𝐿 𝐿

𝑞𝑚 : vazão específica de distribuição em marcha ou por metro da tubulação (L/s.m)


𝐿: extensão total da rede (m)
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Dimensionamento de redes: área de projeto

Pequenas Adota-se um único tipo de ocupação


comunidades
Mesma densidade populacional

Cidades maiores Vazões específicas de distribuição

Área específica da rede de distribuição

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Dimensionamento de redes: Tipos de redes

• Tipos de canalizações:
• Principal – Conduto tronco ou canalização mestra
• Maior diâmetro
• Abastece a canalização secundária

• Secundária
• Menor diâmetro
• Abastece diretamente os pontos de consumo

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Tipos de redes – Disposição das Canalizações

Ramificada

Malhada

Mista

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Dimensionamento de redes: Tipos de redes

• Rede ramificada:
• Típica de regiões com desenvolvimento linear em que as
ruas não se conectam (topografia ou traçado urbano)
• Abastecimento a partir de uma tubulação tronco
• Em caso de problemas, toda a tubulação de jusante ficará
com o abastecimento comprometido

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Dimensionamento de redes: Tipos de redes

• Rede malhada:
• Típica de áreas com ruas formando malhas viárias
• Formação de anéis ou blocos
• Vantagens para a qualidade da água (fluxo nos dois sentidos
– evita-se zonas mortas)
• Maior facilidade de manutenção e operações com o mínimo
de interrupção

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Dimensionamento de redes: Recomendações

• Localização para redução de custos:


• Ruas sem pavimentação ou com pavimentação menos
onerosa
• Ruas de menor intensidade de trânsito
• Proximidade de grandes consumidores
• Proximidade das áreas e de edifícios que devem ser
protegidos contra incêndio
• Dispostas preferencialmente sob os passeios
• Procurar limitar em 600 m a tubulação secundária (depende
da malha urbana)

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Dimensionamento de redes
Análise hidráulica

Condições de escoamento (velocidade, vazão, pressão, perdas


de carga) nos trechos e nós da rede

Dimensionamento de projeto: há várias soluções !

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Dimensionamento de redes: zonas de pressão

Para correto funcionamento da rede:

• Pressão mínima: para vencer os desníveis topográficos e


perdas de carga

 Pressão dinâmica mínima: é a pressão referida ao nível do eixo da


via pública, no dia e hora de maior consumo e nível mínimo no
reservatório

• Pressão máxima: para não danificar a rede e diminuir a


perda de água na tubulação

 Pressão estática máxima: é a pressão referida ao nível do eixo da


via pública, sob consumo nulo e nível máximo no reservatório
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Dimensionamento de redes: zonas de pressão

• Pressão dinâmica mínima: 10 mca


• Pressão estática máxima: 50 mca
Reservatório (R)

10 mca

40 mca

B C
Área a ser abastecida por R
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Dimensionamento de redes

Velocidades mínimas e máximas na rede:


Segurança, durabilidade, custo de implantação e operação

↓ Velocidade : ↑ Velocidade :
• ↑ Durabilidade • ↓ Diâmetro: ↓ $ de implantação
• ↑ Depósito de sedimentos • ↑ Perda de Carga: ↑ $
bombeamento, reservatórios
elevados manutenção devido a
desgastes de peças

Velocidade mínima recomendada: 0,6 m/s


Velocidade máxima recomendada: 3,5 m/s

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Dimensionamento de redes

Diâmetro mínimo

Função das perdas de carga e das vazões disponíveis

Recomendação de diâmetro mínimo igual a 50 mm para


tubulações secundárias

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Dimensionamento de redes

Redes ramificadas Método tradicional

Métodos de
dimensionamento Método do
seccionamento
Método da correção de
Redes malhadas
vazões (Hardy-Cross)
Método de cálculos
interativos
Método da linearização
(matricial)

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Exercício em aula: Rede ramificada
Dimensionar a rede ramificada apresentada abaixo, considerando os seguintes dados:

- População: 5.000 hab.;


- Consumo per capita médio (qpc): 200 L/hab.dia;
- K1=1,2 e K2=1,5;
- Rugosidade da tubulação (C): 130
-Cotas do terreno e extensão de cada trecho indicadas na figura.

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Exercício em aula: Rede ramificada
Coluna 1: Identificação do trecho
Coluna 2: Extensão relativa a cada trecho (diagrama)

Coluna 3: Vazão em marcha


Coluna 4: Ponto de extremidade a vazão é nula. Para cada trecho, multiplica-se a vazão de marcha pelo
comprimento do trecho
Coluna 5: Vazão a montante é a soma da vazão a jusante do trecho e a vazão do trecho
Coluna 6: Vazão fictícia é a média entre a vazão de montante e de jusante (vazão utilizada para dimensionamento)
Coluna 7: Diâmetro a partir de dados tabelados em função da vazão fictícia - vazão de dimensionamento (variável
de ajuste após tentativas)

Coluna 8: Velocidade através da equação da continuidade Q=V.A

Coluna 9: Perda de carga unitária calculada pela equação de Hazen-Williams


Coluna 10: Cota piezométrica de montante soma-se as perdas de carga em cada trecho

Coluna 11: Perda de carga no trecho multiplicada pela extensão do trecho


Coluna 12: Garantir a cota piezométrica no ponto mais a jusante igual a 10 mca (mais desfavorável). Restantes
trabalha-se com o balanço da perda de carga no trecho (cota piezométrica de montante > cota piezométrica de
jusante)

Colunas 13 e 14: Cotas do terreno de acordo com o diagrama


Coluna 15 e 16: Pressão disponível a montante e jusante calculadas pela diferença com as cotas piezométricas e as
cotas do terreno
Exercício em aula: Rede ramificada

[76.0]
[81.0]

150 m

100 m
[85.0] [78.2]
[70.0]
Local do 450 m 150 m [72.0] 100 m
Reservatório

[60.2] 200 m [72.5]


120 m [74.0] 80 m

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