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Índice

CAPITULO I........................................................................................................4

1.1. Introdução......................................................................................................4

1.2.Formulação do Problema................................................................................6

1.3.Hipóteses.........................................................................................................8

1.4.Justificativa.....................................................................................................8

1.5.A vantagem do livro físico.............................................................................9

1.5.1.Sensação de Algo Físico..............................................................................9

1.5.2.A Concentração.........................................................................................10

1.5.3.Menos Cansaço..........................................................................................10

1.6.Objectivos.....................................................................................................10

1.6.1. Geral.........................................................................................................10

1.6.2.Específicos.................................................................................................10

CAPÍTULO II.....................................................................................................11

2.METODOLOGICOS.......................................................................................11

2.1.Metodologia..................................................................................................11

2.2.População......................................................................................................12

2.3. Amostra........................................................................................................12

2.4.Instrumento de Colecta de dados..................................................................12

2.4.1.Entrevistas..................................................................................................13

2.4.2.Observação directa.....................................................................................13

CAPITULO III....................................................................................................14

3.ENQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUAL...................................14

1
3.1. Historial do Design de Equipamento...........................................................14

3.2.Historial de Vendedores de Livros (Sebos ou Alfarrabistas).......................15

3.3. Semiótica.....................................................................................................16

3.4.A Semiótica Aplicada à Estante de Livro.....................................................16

3.5.Análise Comunicacional Design...................................................................17

3.6. Biónica.........................................................................................................18

3.7.Ergonomia.....................................................................................................18

3.8. Ergonomia no Design de Equipamento.......................................................19

CAPÍTULO IV...................................................................................................21

4. FASE DA CONSTRUÇÃO DA PROPOSTA...............................................21

4.1.Princípios do Design de Interior e de Produto..............................................21

4.2. Postura Sobre os Mercados e Feiras de Conselho Municipal de Maputo....22

4.3.A Importância da Leitura..............................................................................23

4.4.Impacto dos Livros e da Leitura na Geração do Conhecimento...................24

4.5. A poética da Construção do Trabalho (Biónica).........................................27

4.6.Sustentabilidade de Materiais.......................................................................28

CAPÍTULO V.....................................................................................................30

5. PROCEDIMENTO TÉCNICO.......................................................................30

5.1.Investigação e Análise de Soluções Existentes............................................30

5.2.Referencial da Forma de Inspiração na Estante............................................31

5.3.Formação das Propostas...............................................................................33

5.4. Proposta Final..............................................................................................35

5.5.Justificativa para a Escolha da Proposta Final..............................................36

5.6.Desenho Técnico..........................................................................................37

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5.6.Técnica e Material.................................................................................................................39

6. Apresentação da alternativa em 3D................................................................43

6.1 MemóriaDescritiva.......................................................................................44

6.2. Composição e Modo de Construção da Estante...........................................44

6.3. Aplicação de Cor.........................................................................................44

6.4. Capacidade da Estante.................................................................................44

7.CONCLUSÃO.................................................................................................44

8.Referências Bibliográfica................................................................................46

Apêndice.............................................................................................................47

CAPITULO I: INTRODUÇÃO
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1.1.Introdução

O presente trabalho pretende analisar a venda de livros, fazendo - se um enfoque nos


passeios das avenidas da cidade de Maputo

A actividade do homem realiza-se sempre no quadro de determinadas relações e estruturas


económicas e sociais. Traduz não só a sua actividade em relação aos objectos de trabalho,
mas também a ajuda e participação colectiva das pessoas, adquirindo assim, o carácter duma
actividade conjunta. A actividade humana contém duas características inteiramente ligadas e
inseparáveis: a acção material e o pensamento. Nenhuma ideia, objectivo ou desejo do
homem podem ser alcançados sem a realização duma actividade física, sem a utilização de
meios materiais e de instrumentos de trabalho, (GUREVITC: 247).

O conceito acima apresentado, amostram uma concordância da compreensão das actividades


dos vendedores que fazem a venda de livros nos passeios das avenidas, procurando melhores
condições de vida.

A presente monografia tem como tema "Princípios da semiótica como base para o resgate
do gosto pela leitura: estudo do caso: venda de livros nos passeios das ruas e avenidas da
cidade de Maputo".

Entretanto, procura-se criar uma solução que incorpore uma boa conservação dos livros,
transmitindo conforto e segurança no comprador e por meio da mesma, incentivar o gosto
pela leitura e a cultura de compra de livros.

Assim sendo, o Design se denomina como qualquer processo técnico e criativo relacionado
à configuração, concepção, elaboração e especificação de um artefacto, onde esse processo,
normalmente é orientado por uma intenção ou objectivo, buscando a solução de um
problema, então buscar-se-á uma solução a nível de Design baseando-se em princípios
metodológicos da semiótica e ergonomia como factor chave na busca desta solução
alternativa para conservação e venda de livros.

A metodologia de Design recorre à semiótica, ergonomia à antropometria e às outras áreas do


saber para melhoria da qualidade de vida dos indivíduos, visando dar resposta às suas
necessidades e melhorando o seu bem-estar. Esta pesquisa é um desafio e uma oportunidade
para encontrarmos a melhor forma de conservação dos livros, partindo do princípio que é
possível, através da solução que pretendemos criar, incentivar a compra de livros e o gosto
pela leitura.

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A parte metodológica deste trabalho, será compostapelos Capítulos I, II, III, IV e V.
No Capítulo I, trazemos a introdução, os objectivos, o problema, o levantamento das
hipóteses, e a justificativa. E por fim, o enquadramento teórico e conceptual.
No Capítulo II, procuramos trazer a Metodologia, o Instrumento de Colecta de dados, a
Pesquisa bibliográfica, as Entrevistas, e a Observação directa.
No Capítulo III, trazemos a história do Design de equipamento; a sua definição;a da
semiótica e a da ergonomia, bem como as suas aplicações nos produtos de Design.
No Capítulo IV
, será iniciado o processo de criação ou desenvolvimento da nossa solução.
E no Capitulo V, os procedimentos técnicos.

TIRA ISSO PORQUE É JUSTIFICATIVA ISSO TUDO

O Design representa um papel relevante no desenvolvimento da cultura material, na medida


em que abrange a actividade de planeamento, as decisões e práticas que afectam directa ou
indirectamente a vida das pessoas, inclusive a dos próprios designers que é, ao mesmo tempo,
sujeito e objecto da dinâmica cultural, como sustenta Boniepe (1988).

Assim sendo, Design industrial é a imaginação, projecção, criação e concepção de objectos


industrialmente produzidos, e o objectivo da área de Design é buscar soluções que possam
satisfazer as aspirações dos indivíduos na sociedade: Estudo do caso: venda de livro nos
passeios das avenidas na cidade de Maputo. A escolha destes locais (passeios das ruas e
avenidas), deve-se ao facto de termos participado nestes eventos onde constatámos essa falta
de boa conservação que acaba causando a degradação dos livros, e também criando
dificuldades, a nível ergonómico,à apreciação que podia servir de atractivo para os clientes.

1.2. Formulação do Problema

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os problemas notados na actividade exercida pelos os vendedores de livros nos passeios das
ruas da cidade de Maputo, é mais notória a má conservação dos mesmos, Nota-se que nas
suas actividades expõem os livros no chão dificultam na escolha, na leitura dos títulos na
observação e no ato de clientes ao abaixam para os folhear, isso diminui as chances de o
indivíduo interessar-se pela compra dos livros. Causando facilmente a degradação. E não só,
mas também dificultando, a nível ergonómico, a apreciação e compra dos clientes.

Assim sendo, existe, no meio social, uma certa responsabilidade por parte dos Designers no
que diz respeito à satisfação das necessidades dos usuários, a partir do ambiente em que as
pessoas vivem até aos objectos e equipamentos que esses mesmos indivíduos usam para
realização das suas actividades. Nesta actividade nota-se que falta um suporte como uma
solução, a nível da semiótica e ergonomia, que possa facilitar, não só a apreciação e venda
dos livros como também, incentivar o velho hábito do gosto pela leitura.

E isso leva-nos a seguinte pergunta de partida:

Até que ponto as bases usadas para a venda de livros nos passeios das avenidas podem
incentivar a compra do livro e para o resgate do gosto pela leitura?

Justificativa

6
A escolha do tema justifica-se pelo facto de se considerar que o problema de venda de
livros nos passeios das avenidas da cidade de Maputo está a assumir um contributo aos
vendedores de livros, melhorando o bom estado do meio ambiente e da própria
qualidade da avenida ou do vendedor.

Este tema mostra-se de grande importância porque retrata o problema de muitos


lugares do país e no concerne a cidade de Maputo a maior parte dos cidadãos adquirem
os livros mais raros com o preço mais acessível de se adquirir. E só a compra, mais
também aceitam fazer a diferença dos livros.

Este trabalho também se justifica pelo facto de se tratar de elementos da nossa sociedade com
necessidade da intervenção do Design para melhorarem a sua situação económica, tendo em
conta que são pais de famílias que exercem esta actividade para o sustento da mesma e, como
se não bastasse, são cidadãos de um país que atravessa uma grande crise, não só financeira
como também intelectual e de valores morais.

1.3.Hipóteses

Dadas as pesquisas feitas no campo em particular as observações das vendas de livros nos
passeios das avenidas, temos como hipótese o seguinte:

 Há uma necessidade de se adaptar uma base de livros,em forma de uma mini


biblioteca, com fundamento nos princípios semióticos e ergonómicos e com
características próprias daquela actividade, de modo a facilitar as vendas destes
livros, possibilitar conforto aos compradores e incentivá-los de modo a alavancarem
o gosto pela leitura.

1.6. Objectivos

1.6.1. Geral

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 Analisar um conjunto de elementos de base para venda de livros e propor uma
solução baseando-se em princípios da semiótica como fonte apropriada parao resgate
do gosto pela leitura.

1.6.2.Específicos

 Observar o processo de desenvolvimento dos procedimentos nas actividades dos


vendedores de livros nos passeios das avenidas da cidade de Maputo.
 Identificar as dificuldades por que os compradores passam no processo de apreciação
e compra desses livros;
 Criar um projecto com o qual se possa suprir as dificuldades eaumentar as aspirações
que estes compradores têm a nível semiótico e ergonómico e, a partir do mesmo,
incentivar o gosto pela leitura.

CAPÍTULO II: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

2.1.Metodologia

O resultado de uma determinada pesquisa depende muito do método usado para se avaliar as
alternativas para acção Científica (Lakatos& Marconi, 1991: 39).

A pesquisa possibilita uma aproximação e entendimento da realidade a investigar. Este


trabalho foi desenvolvido a partir de uma pesquisa bibliográfica e qualitativa que consistiu na
leitura e análise de diversos conteúdos extraídos em livros, internet, teses, dissertações e
catálogos que, para além de envolver leitura textual, também implicou uma leitura visual de
algumas obras de artistas, o que ajudougrandemente na dissertação do trabalho.

De acordo com Lakatos& Marconi, a pesquisa é um procedimento reflexivo, sistemático,


controlado e crítico que permite descobrir novos factos ou dados, relações ou leis, em
qualquer área do saber. André, 1978 apoda Marconi &Lakatos (2003: 155).

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Para abordar a questão “princípios da semiótica como base o resgate do gosto pela leitura,
tomando como referencia o caso da venda dos livros nos passeios das avenidas”, foi feita uma
análise quantitativa que visava fazer um estudo descritivo dos locais escolhidos e outras
entidades do ramo independente que julgámos estarem dentro do assunto (do tema escolhido
para pesquisa). Foi feito também um levantamento de dados através de relatórios das várias
actividades realizadas, bem como entrevistas abertas aos vendedores de livros.

A escolha de uma pesquisa a este tipo de empreendimento deveu-se ao bastante tempo que
ele permanece no mercado, o que nos permitiu pensar que estes vendedores possuem uma
vasta experiência que,de algum modo,nos pode ajudar a identificar alguns factores que
influenciam no sucesso e/ou fracasso de empreendimentos culturais.
De acordo com Bogdan e Biklen (1994), algumas características conferem aos estudos
qualitativos atributos que os diferenciam.
1. A pesquisa qualitativa tem, no ambiente natural, a sua fonte directa de dados e o
pesquisador como instrumentos fundamentais.
2. Os dados colectados são predominantemente descritivos e, portanto, pretendem
assegurar a riqueza dos detalhes e a integridade das informações;
3. A preocupação com o processo é maior do que com o produto enquanto resultado
isolado;
4. O “significado” que as pessoas atribuem às coisas éum foco de atenção e,desta
forma, é importante a interacção entre o pesquisador e os participantes numa
perspectiva de diálogo e respeito;
5. A análise dos dados tende a seguir um processo indutivo. Desta forma, não se busca
comprovar hipóteses previamente definidas, mas formá-las a partir do confronto com
os dados.

O universo ou população é o conjunto de seres animados que apresentam uma característica


comumenquanto que a delimitação da população consiste em explicar que as pessoas, coisas
ou fenómenos, etc. é que constituem a população de uma pesquisa,(Marconi &Lakatos,
2007).Por exemplo, indivíduos cuja localização geográfica é a cidade de Maputo.

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2.3.Amostra

Neste ponto, é definida amostracomo sendo uma parcela convenientemente seleccionada do


universo, ou seja, um subconjunto do universo, (Marconi Lakatos, 2007).

A nossa amostra é constituída por elementos ou indivíduos que praticam, como sua
actividade económica básica, a venda de livros nos passeios das avenidas da cidade de
Maputo.

2.4.Instrumentos de Colecta de dados

No que tange aos instrumentos de recolha de dados,foram privilegiadas as entrevistas abertas,


obedecendo um roteiro de entrevista, previamente formulado. A etnografia permite focar as
relações entre as pessoas, o ambiente e os produtos ou artefactos, com objectivo de
compreender, descrever e explicar as relações, criticas e convenções nas quais se fundam as
acções sociais de um grupo, organização e comunidade.Neste caso, o envolvimento dos
actores locais e a observação participativa são indispensáveis para a construção dos
objectivos e requisitos do projecto, pois permitem a colecta de informações directamente do
contexto em que o pesquisador está inserido, isto dentro dos conhecimentos locais no
processo criativo de design (Araújo, 2012, p 9).

IDENTIFIQUE ESSES INSTRUMENTOS AQUI

Não tem instrumentos aqui

Bons pesquisadores também usam diferentes ferramentas para documentar as experiências,


levando-os a conclusões. A “triangulação” de entrevistas, gravações, anotações de campo e
fotografias ajudam a confirmar as observações do pesquisador. Além disso, muitas
investigações etnográficas ocorrem durante um período prolongado de tempo, com uma
profunda imersão do pesquisador, aumentando a validade do estudo (O Grady, (2006, p. 26).

2.5.Entrevistas

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Segundo Quivy e Campenhoudt (1998,p.22), a entrevista distingue-se de outras técnicas de
recolha de dados pela real aplicação dos processos fundamentais de comunicação e interacção
humana. Se bem estruturada, a entrevista permite reter um conjunto de informações e
elementos de reflexão de enorme riqueza. Neste contexto, os casos de estudo em que ”o
universo é restrito, a realização de entrevistas é um método directo de recolha de dados muito
útil, sobretudo na fase de trabalho exploratório, por permitir ao investigador perceber como
os entrevistados interpretam as suas vivências sobre o tema”.
Deve ter um AUTOR A CITAR NÃO DOIS 2
Minayo (2008) define “entrevistas abertas ou em profundidade como “aquelas em que o
informante é convidado a falar livremente sobre um tema e as perguntas do investigador,
quando são feitas, buscam dar mais profundidade às reflexões”. A escolha desta modalidade
de entrevista por nós visa explorar o máximo das informações aos entrevistados, criando-lhes
uma liberdade de eles falarem tudo que possa ser útil para a materialização deste estudo. As
entrevistas não obedeceram a um guião rígido e fechado, mas permitiram a sua
reformulação/adaptação no decorrer das mesmas, isto é, o entrevistado teve tanta liberdade
chegando até a comentar assuntos não previstos na entrevista.

Voltado para o melhor mapeamento dos participantes do estudo e para o levantamento de


informações que permitissem caracterizar o seu perfil,o questionário foi aplicado a100
vendedores de livros na cidade de Maputo. O instrumento foi estruturado objectivando o
levantamento de dados pessoais e informações gerais sobre áreas de actuação, pré-disposição
para participar da pesquisa, bem como disponibilidade de tempo.

2.6.Observação directa
AQUI TAMBEM

Para a recolha de dados, apoia-se no método do trabalho de campo, concretamente, a


observação directa. Ela consiste "numa técnica de colecta de dados que os sentidos da visão e
audição,são instrumentos funcionais, vendo, ouvindo e examinando os factos e fenómenos
para posterior tratamento, (Marconi &Lakatos, 2003).
FALA DA TUA OBSERVAÇÃO AQUI, NÃO SO CITACAO

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CAPITULO III: ENQUADRAMENTO TEÓRICO E CONCEPTUAL
3.1.Historial do Design de Equipamento

O Design surgiu no começo do século XIX, juntamente com o processo da industrialização.


Neste momento, a criação de novos produtos destinados à produção, passou para a
responsabilidade de um novo profissional - o designer -, mas foi somente após o início do
século XX que esta actividade passou a ser valorizada como uma técnica de estímulos ao
consumo e, a partir deste momento, estabeleceu-se uma ligação definitiva entre este
profissional do designe a sociedade, a tecnologia e o processo de produção industrial.

Ao longo do tempo, o Design tem sido entendido segundo três tipos distintos de prática e
conhecimento. “No primeiro, o Design é visto como actividade artística, em que é valorizado
no profissional o seu compromisso como artífice, com a fruição do uso. No segundo,
entende-se por Design ofenómeno de invençãoou um planeamento em que o Designer tem
compromisso prioritário com a produtividade do processo de fabricação e com a actualização
tecnológica. Finalmente, no terceiro, aparece o Design como coordenação, onde o Designer
tem a função de integrar os aportes de diferentes especialistas, desde a especificação da
matéria-prima, passando pela produção à utilização e ao destino final do produto.

Neste caso, a interdisciplinaridade é a tónica. Estes conceitos tanto se sucederam como


coexistiram, criando uma tensão entre as diferentes tendências simultâneas” (BAXTER,
2008). Entende-se por Design a melhoria dos aspectos funcionais, ergonómicos e visuais do
produto, de modo a atender às necessidades do consumidor, melhorando o conforto, a
segurança e a satisfação dos usuários. “O Design é o meio de adicionar valor aos produtos
industrializados, levando à conquista de novos mercados. As empresas têm usado o Design
como poderoso instrumento para introduzir diferenciações nos produtos e destacarem-se no
mercado, perante os seus concorrentes” (NIEMEYER, 2007).

Denomina-se por Design qualquer processo técnico e criativo relacionado à configuração,


concepção, elaboração e especificação de um artefacto. Esse processo, normalmente é
orientado por uma intenção ou objectivo, ou para a solução de um problema. Exemplos de
coisas que se podem projectar incluem muitos tipos de objectos, como utensílios domésticos,
vestimentas, máquinas, ambientes, e também imagens, como em peças gráficas, famílias de
letras, livros e interfaces digitais de softwares ou de páginas da internet, entre outros.

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O Design, para além do desígnio (ideia), tem em consideração o estudo tecnológico, social,
histórico, antropométrico, ecológico e de gestão para conseguir um produto de qualidade.
(LOBACH, 2001). o produto é o resultado material da necessidade, de uma demanda ou de
um desejo do usuário. Desta forma, os requisitos desse produto têm como meta satisfazer as
necessidades do usuário, dentro de limitações económicas, sociais e culturais de determinado
contexto. A obtenção de produtos e objectos vem desde o surgimento do homem, o qual
sempre buscou melhorar a utilidade, o desempenho e a forma das suas criações, através do
material escolhido e de estética, procurando satisfazer os usuários.Design é uma ideia, um
projecto ou um plano para a solução de um problema determinado.

3.2.Historial dos Vendedores de Livros (Sebos ou Alfarrabistas)

Sebo ou alfarrabistas é o nome popular dado a Livrarias que comprame vendem livros
usados. (Dicionário Língua Portuguesa; 2004). Segundo alguns Dicionários actuais
(Dicionário Língua Portuguesa; 2014), são considerados sebos os que levam ou
disponibilizam uma oferta mais ampla de autores do que as livrarias tradicionais que exigem
muito dinheiro. Também, o preço dos livros vendidos em sebos ou alfarrabistas são
geralmente mais baixos, com excepção de livros raros, autografados, primeiras edições, os
que levam encadernação de luxo, que podem ter um custo maior pelo seu valor histórico.
Estas lojas de livros usados costumam ser bastante frequentados por curiosos, estudiosos e
coleccionadores.

Os primeiros sebos surgiram na Europa, no século XVI, quando os mercadores começaram


a vender papiros e documentos importantes da época a pesquisadores. Segundo o historiador
Leonardo Dantas Silva, estes eram chamados alfarrabistas, nome que os acompanha até hoje
em países como a França e a Bélgica, onde a actividade dos sebos é  considerada essencial
para os historiadores e os pesquisadores em geral. Os primeiros sebos surgiram no país no
final do século XIX e o nome está associado ao tempo em que não havia ainda energia
eléctrica e as pessoas liam à luz de velas amarelentas, sujando e engordurando os livros.

Nos sebos, podemos descobrir grandes histórias através de muitos livros com aspecto de
empoeirados. Em muitos desses locais, encontramos obras-primas de vários autores
consagrados da literatura brasileira e mundial. Também é possível descobrir livros com
dedicatórias, edições esgotadas ou primeiros exemplares de importantes volumes,além de
obras de diversos países e autores.  Esses “fantásticos” espaços, de cheiro bastante particular

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e com corredores estreitos, são o ponto de encontro de intelectuais e pesquisadores,
alfarrabistas (coleccionadores de livros antigos e raros), bibliográficos, estudantes e também
dos apaixonados pelos próprios sebos.

3.3.Semiótica

Segundo Niemeyer (2010:30), semiótica é o estudo conceptual lógico das coisas que nós
fazemos no nosso dia-a-dia e, sob ponto de vista da semiótica, o mundo é fácil de entender. A
semiótica oferece ao design uma metodologia que, quando aplicada, auxilia o processo de
comunicação e geração de sentidos e ideias a serem transmitidas e estudadas. Em
Moçambique, muitos profissionais da área de design não a utilizam, principalmente pela falta
de prática no assunto, deixando de lado uma poderosa ferramenta.Neste projecto, usaremos a
semiótica como uma estratégia na comunicação de mensagens, podendo ser assim facilmente
transmitida, comunicando conceitos complexos e importantes de maneira simplese
aumentado as chances de sucesso no produto por conceber

A semiótica ilumina o processo no qual se faz a construção de um sistema de significação.


Desse modo, o produto de design é tratado como portador de representações, participante de
um processo de comunicação. A semiótica, aplicada a um projecto, introduz apartes para
resolver as questões decorrentes da preocupação da comunicação pelo produto de design.
Esta teoria fornece base teórica para os designers resolverem as questões comunicacionais e
de significação e tratarem do processo de geração de sentido do produto. Assertiva de Pinto
(199;39), na medida em que objecto tende a se revelar por meio de seus signos, a semiose
seria, então, o processo que abre a possibilidade contínua de uma futura restauração desse
objecto.

3.4.A Semiótica Aplicada à Estante de Livro

O surgimento de um produto é resultante e expressão de um cenárioeconómico, social e


cultural, dentro das dimensões as e geográficas. Uma estante está sujeita a várias
interferênciasdeterminadas pelas contingências do sistema em que participa,na sua interacção
com o cliente, onde entram em acção os filtros que actuam nesse processo;

 Filtros fisiológicos (acuidade de percepção)


 Filtros culturais (ambiente, experiencia individual)
 Filtros emocionais ( emocionam a tenção, motivação).

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A percepção da estante dependerá do julgamento aque for submetida. Dai, face a sua
estrutura mental, o cliente reage ou responde a estaestanteem processo de interacção com o
objecto de estudo de diferentes áreas de conhecimento: a ergonomia, a antropologia etc.Uma
delas é a semiótica

3.5.Analise Comunicacional Design

Para que algo seja gerado ou produzido,os empresários designer articulam-se e constroem o
lugar que denominamos gerador. Para projectar ou produzir, o gerador vai lançar mão de um
conhecimento que pode cessar, seja do âmbitotecnológico seja do cultural. A partir desse
acervo,o produto toma forma e carrega os elementos que viabilizaram a sua
comunicação.Esses elementos ceram algo que se destina, não só ao usuário, mas a todo um
leque de indivíduos que não necessariamente utilizao produto, mas o conheceu e actuou para
que o produto estruturasse um processo de identificação.

Daí que não empregamos o termo destinatário para essa estância,mas assim, a de
interpretadora, uma denominação mais exclusiva.O interpretador de um produto não é só um
individuo único. Ele é multiplicável em vários sujeitos: usuários e consumidores.A
mensagem circula por diferentes canais ou caminhos até chegar aos seus públicos-alvo.O
projecto de design pode envolver, desde o cliente que contratou o serviçoaté ao usuário ou
consumidor final, passando por fornecedores e pessoas que estarão envolvidas na
comercialização e na difusão do produto gerado.

Portanto, o designer deve conhecer as intenções, metas, exigências e limitações doseu cliente
e preocupar-se com as características geográficas, temporais e sócio económicas, não só do
usuário visado mas até mesmo da comunidade em geral e daqueles que, dificilmente, se
aproximarão, de facto, ao produto. O gerador e o interpretador são os interlocutores do
processo de comunicação. São elementos activos no envio e recebimento da mensagem, num
processo de alternância de posições com a sua reacção.O Interpretador passa a produzir
mensagens que, por sua vez, são processadas (ou não) pelo gerador.

A mensagem tem como objectivos, em primeiro lugar, fazer crer e, em segundo, levar o
Interpretador a fazer algo, tomar uma decisão. Ele é crítico o suficiente para seleccionar suas
acções em virtude da compreensão da mensagem.O repertório é um recorte do acervo que
cada indivíduo constrói no decorrer da sua vida. São todos os valores, conhecimentos
históricos, afectivos, culturais, religiosos, profissionais e experiências vividas.

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3.6.Biónica
No processo de criação de trabalhos de design,é importante ter em conta a forma do produto
em relação à solução de problemas para determinadas funções. Esse estudo dos sistemas
vivos ou assimiláveis pelos vivos tem o nome de biónica.
Segundo MUNARI (1981;340),abiónica estuda os sistemas vivos ou assimiláveis aos vivos, e
tende a descobrir processostécnicos e novos princípios aplicáveis a tecnologias. Examina os
princípios, as características e os sistemas com transposição de matérias, com extensão de
comandos, com transferência de energia e de informação.

BONSIEPE (1975;174), na sua obra “Teoria e prática do Design industrial”, classifica a


biónica como uma ferramenta que analisa os sistemas biológicos, os seus princípios e as suas
características funcionais sobo ponto de vista qualitativo, de forma a retirar inspiração para o
desenvolvimento de novas orientações, no projecto de sistema técnico, que tenham
características análogas.

Neste caso, a biónica contribui para a obtenção da melhor forma de produto, na solução de
problemas para determinadas funções e nos materiais necessários para o projecto
optimizandobem também a quantidade necessária destes materiais. Segundo alguns autores,
pode se considerar a biónica como uma ferramenta, assim como uma ciência. A Biónica
como uma ciência é bastante recente, porém, o homem já estudava a vida à sua volta para
criar algo que necessitava.

3.7.Ergonomia

Embora a ergonomia seja uma disciplina recente, podemos afirmar que certas preocupações e
problemas do seu domínio foram levados e estudados desde há já alguns séculos. Segundo
ROCHA (1998:23),a ergonomia deve-se à junção de duas palavras: Ergon, que em grego
significa trabalho e nomos, que quer dizer princípios ou leis. Enquanto ciência, a ergonomia
pode desempenhar uma função muito importante na busca de uma resposta satisfatória aos
requisitos de uso, sobretudo no que respeita aos instrumentos de trabalho.

Assim, os riscos à saúde do usuário, riscos de acidentes durante o uso de produtos, nos
postos de trabalho e interfaces inadequadas podem ser evitados na fase de concepção de
produto, uma vez que muitas vezes ocorrem quando o homem tenta adaptar-se a um produto
mal projectado”. De entre várias definições, pesquisámos a de MUNARI, (1981;352) que

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define ergonomia como uma ciência que estuda as maneiras de melhorar as condições dos
trabalhadores no seu local de trabalho.

Vale-se dos atributos que lhe podem advir do conhecimento da anatomia humanae da
fisiologia da medicina do trabalho. Foi na revolução industrial que a ergonomia começou a
surgir. Nas grandes guerras, ela teve uma importância fundamental no desenvolvimento de
armas e equipamentos bélicos que deveriam ser precisos e habilitados para serem usados por
soldados de vários países com medidas antropométricas diferentes. sendo assim, “ela surgiu
em função da necessidade de o ser humano precisar, cada vez mais,de aplicar menos esforço
físico e mental nas actividades diárias”.(MAGALHÃES, 2010: 30)

O objectivo da ergonomia é adequar, desde as ferramentas e ambientes de trabalho até aos


produtos de uso pessoal, para atender as necessidades, habilidades e limitações dos diferentes
tipos de usuário.

3.8.Ergonomia no Design de Equipamentos

A metodologia do Design recorre à ergonomia para optimizar a qualidade da vida dos


indivíduos, visando dar resposta às necessidades e melhorando o seu conforto. Nesta ordem
de ideias, a ergonomia é tida como um conjunto de conhecimentos sobre o Homem em
actividade, quer física, quer intelectual, necessários para poderem ser concebidos
instrumentos, máquinas, dispositivos e sistemas de onde se possa obter o máximo de
segurança, conforto e eficiência. E, no nosso caso específico, a ergonomia vem como sendo o
modo ou maneira de optimizar as actividades desenvolvidas pelos vendedores ambulantes no
que diz respeito à segurança, conforto e eficiência. Com issogarante-se o bom
funcionamento, não só das suas actividades, como também do grupo alvo no qual os
vendedores vendem seus produtos.

Para explicar o significado de design de produto,utiliza-se Santos 2000, que o define como
sendo uma actividade projectual que visa a concretização física de ideias e conceitos
abstractos, salientando ainda que o projecto desenvolvido pelo designer deve ser entre a
concepção e fabricação do produto, pois esta é uma actividade em que se deve considerar a
dimensão sociocultural do objecto. Projectar não se resume apenas desenvolver um produto,
mas avaliá-lo no contexto de uso. Projectar é a actividade principal de quem desenvolve
produtos. O desenvolvimento de um projecto de produtos pode ser definido como um
conjunto de actividades que envolvem quase todos os departamentos da indústria e têm como

17
objectivo a transformação das necessidades de mercado em produtos economicamente
viáveis.

O processo de desenvolvimento de produtos engloba desde o projecto do produto em si, que é


a fase principal, até à avaliação do produto pelo consumidor, passando pela fabricação. Por
meio destas definições e atribuições, é possível verificar que design, mais especificamente
design de produto, materializado em um projecto, é muito mais que uma melhoria na parte
estética do objecto, significa isto,também, o aumento da eficiência global na fabricação,
dentro de uma abordagem ampla de carácter multidisciplinar, envolvendo todas as etapas do
desenvolvimento, da concepção à sua materialização, tendo o homem como componente
principal do processo inserido no seu contexto e habitado.

18
CAPÍTULO IV: FASE DA CONSTRUÇÃO DA PROPOSTA
4.1.Princípios do Design de Interior e de Produto

O design de Interiores, assim como de Produto segue as etapas básicas dos projectos. O
design precisa de um método que lhe permita realizar o projecto com o material correcto,
com técnicas mais adequadas e na forma correspondenteà função (inclusive a função
psicológica). Deve-se produzir um objecto que não só possua qualidades estéticas, mas cujos
componentes, inclusive o económico, sejam considerados no mesmo nível MUNARI, (1997;
p.342)
Designde produto deve ser entendido como uma ferramenta para a diferenciação competitiva
do produto, como uma força de integração entre todas as outras ferramentas ligadas à
produção dos objectos produzidos em série e como uma actividade que transforma
necessidades humanas em critérios projectais, sejam elas de ordem física, emocional,
funcional ou estética. Os princípios do design regem as relações entre os elementos utilizados
e organizam a composição tridimensional do ambiente como um todo.
Um projecto bemsucedido apoia-se nos princípios que regem as decisões para se atender as
questões estéticas funcionais e simbólicas do ambiente, conferindo harmonia entre os
elementos.
A maioria dos projectos é baseada no design de interiores. Uns
designers de interiores podem desenvolver um projecto
inovador, quanto mais entender e respeitar esses princípios,
internacionalmente, pode estender os limites da experimentação
a diferentes conceitos e harmonias. Isso pode incluir a mistura
do design linear com o clássico abrindo espaços, criando um
incomum layout assimétrico, especificando diferentes materiais,
com acabamentos comuns ou cores de uma forma inovadora.
(GBBS, 2005 P 38).

Refere-se à escala e proporção do mesmo princípio, porém, aborda referências aos sistemas
de proporção. A escala representa o tamanho real de alguma coisa em relação ao padrão
reconhecido,, enquanto a proporção se refere à relação entre as partes de uma composição.
Sistemas de proporção têm sido desenvolvidos ao longo do tempo para tentar estabelecer
uma medida ideal de beleza. Este também permite que os designers e arquitectos
estabeleçam um conjunto coerente de relações que criem harmonia e equilíbrio. Ideias

19
contemporâneas sobre a escala e as proporções são ainda, em grande parte, baseadas em
sistemas de proporção clássica como afirmam (GIBBS, 2005; P. 68).

Descrevem três tipos de equilíbrios visuais: Simetria, Radical e Assimetria. O equilíbrio


simetria, na maior parte das vezes, resulta em equilíbrio tranquilo, silencioso e estável que é
imediatamente aparente, especialmente quando orientado num plano vertical. Ele produz
uma composição centralizada que enfatiza o segundo plano como ponto de vista. A
assimetria é reconhecida como a falta de correspondência em tamanho, forma, cor ou
posição relativa entre os elementos de uma composição. Enquanto uma composição
simétrica requer o uso de par de elementos idênticos, uma composição assimétrica incorpora
elementos distintos (CHING BINGELI, 2006, p.139, 141).

Harmonia é relativa à composição do todo, está relacionada com a consonância, por meio da
combinação das peculiaridades comuns dos elementos (tamanho, cores, valores formas,
texturas, materiais e iluminação). Textura é a qualidade específica de uma superfície que
resulta da sua estrutura tridimensional. Há dois tipos de textura básicos que são: textura
táctile real, e pode ser sentida através do tacto; e textura visualque é percebida pelos olhos.
Entretanto, todas as texturas tácteis também são textura visual. A textura visual, por outro
lado, pode ser ilusória ou real. Para fins de conceituação, o design de interior é, aqui,
considerado uma profissão em que soluções criativas e técnicas são aplicadas ao ambiente
interior já constituído. Estas soluções são funcionais e estéticas e têm o propósito de
melhorar a qualidade de vida.

4.2.Postura Sobre os Mercados e Feiras do Conselho Municipal de Maputo

Considerando o perfil municipal, de acordo com a resolução nº 94/AM/2008, de Outubro,


do artigo 1, nº 8, “Venda Ambulante é a venda a retalho exercida por pessoas singulares, de
uma gama diversificada de produtos, excluindo os proibidos por diploma legal especifico ou
que carecem de autorização especial, levados ou nãoem transporte de capacidade não
superior 500kg e feito, normalmente,emtodos os casos sujeitos a licenciamento nos termos
da postura especifica. Também, o artigo 11 do mesmo perfil Municipal, adverte sobre a
ilegalidade dos vendedores ou ao exercício das suas actividades sem condições adequadas.
Condições essas que partem do espaço ocupado pelos vendedores desde o produto de venda
até ao material de suporte.

20
4.3.A Importância da Leitura

A leitura das palavras está inserida no contexto da educação humana, assim como a fala, as
imagens, os números que juntos promovem uma melhor leitura de mundo. O acto de ler é
uma magia para uma criança e uma clarividência para um adulto, que sem tal habilidade
enxergaria o mundo pelos “olhos dos outros”. Paulo Freire (1988) é muito feliz quando fala
da leitura do mundo pelos sujeitos, em seu próprio tempo histórico, ao afirmar que: “A leitura
do mundo precede sempre a leitura da palavra”.

O acto de ler veio ocorrendo na sua experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo;
do pequeno mundo em que se movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre, ao longo
da escolarização, foi a leitura da “palavra mundo”. Na verdade, aquele mundo especial dava-
se a ele como o mundo da sua actividade perspectiva.Por isso, mesmo como o mundo de
primeiras leituras. Os “textos”, as “palavras”, as “letras” daquele contexto em cuja percepção
experimentava e, quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber, se
encarnavam numa série de coisas, de objectos, de sinais, cuja compreensão se ia aprendendo
no seu trato com eles, na sua relação com seus irmãos mais velhos e com seus pais,FREIRE,
(1988; p. 22).

Há, entretanto, uma condição para que a leitura seja, de fato,prazerosa e válida: o desejo do
leitor. Como afirma Pennac (1998 citado por VOLTANI, 2007), “o verbo ler não suporta o
imperativo”. O Projecto Mini bibliotecas transformado em obrigação, a leitura resume-senum
simples enfado. Para suscitar esse desejo e garantir o prazer da leitura, Pennac prescreve
alguns direitos do leitor, como o de escolher o que quer ler, o de reler, o de ler em qualquer
lugar, ou, até mesmo, o de não ler. Respeitados esses direitos, o leitor, da mesma forma,
passa a respeitar e valorizar a leitura.

A leitura passa a ser um imã que atrai e prende o leitor, numa relação de amor da qual ele,
por sua vez, não deseja se desprender. Ler é essencial. Através da leitura, testamos os nossos
próprios valores e experiências com as dos outros. No final de cada livro, ficamos
enriquecidos com novas experiências, novas ideias, novas pessoas. Eventualmente,
conheceremos melhor o mundo e um pouco melhor de nós mesmos. “Ler é fazer amor com as

21
palavras. E essa relação com a leitura se inicia antes que as crianças saibam os nomes das
letras. Sem saber ler, elas já são sensíveis.” ALVES, (2008; p. 20).

Nada desenvolve mais a capacidade verbal que a leitura de livros. Na escola aprendemos
gramática e vocabulário. Contudo, essa aprendizagem nada é comparada com o que se pode
absorver de forma natural e sem custo, através da leitura regular de livros. Um texto bem
escrito é multifacetado e complexo. É precisamente essa diversidade e complexidade que
fazem da literatura uma actividade recompensadora e estimulante.

Muitas vezes um livro tem que ser lido mais de uma vez e com abordagens diferentes. Essas
abordagens podem incluir: uma primeira leitura superficial e relaxada para ficar com as
principais ideias e a narrativa; uma leitura mais lenta e detalhada, focando as nuances do
texto, concentrando-se no que nos parece ser as passagens-chave; e ler o texto de forma
aleatória, andando para trás e para frente através do texto, a fim de examinar características
particulares, tais como temas, narrativa e caracterização das personagens. Todoo leitor tem a
sua abordagem individual, mas o melhor método, sem dúvida, de extrair o máximo de um
livro é lê-lo várias vezes.

4.4.Impacto dos Livros e da Leitura na Geração do Conhecimento.

 Ler é saber. O primeiro resultado da leitura é o aumento de conhecimento geral ou


específico.
 Ler é trocar. Ler não é só receber. Ler é comparar as experiências próprias com as
narradas pelo escritor, comparar o próprio ponto de vista com o dele, recriando ideias
e revendo conceitos.
 Ler é dialogar. Quando lemos, estabelecemos um diálogo com a obra, compreendendo
as intenções do autor. Somos levados a fazer perguntas e a procurar respostas.
 Ler é exercitar o discernimento. Quando lemos, colocamo-nos de modo favorável ou
não aos pontos de vista, pesamos argumentos e argumentamos dentro de nós mesmos,
reflectimos sobre as opções das personagens ou sobre as ideias defendidas pelo autor;
ler é ampliar a percepção.
 Ler é ser motivado à observação de aspectos da vida que antes nos passavam
despercebidos. E ler bons livros é capacitar-se para ler a vida. (FOLKER, 2009).

22
Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mas gratificante. Ninguém lê ou estuda
autenticamente se não assume, diante do texto ou do objecto da curiosidade, a forma crítica
de ser ou de estar, sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do processo de
conhecer em que se acha. Ler é procurar buscar, criar a compreensão do lido; daí, entre
outros pontos fundamentais, a importância do ensino correcto da leitura e da escrita. É que
ensinar a ler é engajar-se numa experiência criativa em torno da compreensão; Da
compreensão e da comunicação. (FREIRE, 2001).

A leitura do mundo precede sempre a leitura da palavra. O ato de ler se veio


dando na sua experiência existencial. Primeiro, a “leitura” do mundo do
pequeno mundo em que se movia; depois, a leitura da palavra que nem sempre,
ao longo da escolarização, foi a leitura da “palavra mundo”. Na verdade,
aquele mundo especial se dava a ele como o mundo da sua actividade
perspectiva, por isso, mesmo como o mundo de primeiras leituras. Os “textos”,
as “palavras”, as “letras” daquele contexto em cuja percepção experimentava
e, quando mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber, se
encarnavam série de coisas, de objectos, de sinais, cuja compreensão ia
aprendendo no seu trato com eles, na sua relação com seus irmãos mais velhos
e com seus pais. FREIRE, (1988, p. 22).

Para Freire (1992) a forma crítica de compreender e de realizar a leitura da palavra e a leitura
do mundo está, de um lado, na não negação da linguagem simples, “desarmada”, ingénua, na
sua não desvalorização por se constituir de conceitos criados na quotidianidade, no mundo da
experiência sensorial; de outro modo, na recusa ao que se chama de “linguagem difícil”,
impossível, porque, desenvolvendo-se em torno de conceitos abstractos, reconhece, todavia,
que o escritor, ao usar a linguagem científica, académica, ao dever procurar tornar-se
acessível, menos fechado, mais claro, menos difícil, mais simples, não pode ser simplista.
Assim são as Mini bibliotecas.

Através da utilização de técnicas lógicas, criativas e controle de tempo para garantir um bom
resultado final deste produto. Claro, tudo isso aliado a muita criatividade. “A criatividade é o
coração do design, em todos os estágios do projecto. O projecto mais excitante e desafiador é
aquele que exige inovações de fato, a criação de algo radicalmente novo, nada parecido com

23
tudo que se encontra no mercado”, BAXTER, (2011; p. 51), e “jogo de cintura” para
imaginar, esboçar, criar, desenvolver, projectar, fabricar e lançar ao mercado do Design um
novo produtoque,Desta forma, os quesitos agregados a este produto buscam satisfazer as
necessidades do usuário
.A actividade de desenvolvimento de um novo produto não é tarefa
simples. Ela requer pesquisa, planeamento cuidadoso, controle
meticuloso e, mais importante, o uso de métodos sistemáticos de projecto
exige uma abordagem interdisciplinar, abrangendo métodos de
marketing, engenharia de métodos e aplicação de conhecimentos sobre
estética e estilo. BAXTER, (2000; p.3)

Para este equilíbrio, alguns factores devem ser considerados: conhecimento técnico, arte,
prazer e gosto pela leitura. A técnica é definida pelo desenho, ergonomia e construção. A arte
define-se na harmonia visual, na escolha das cores e texturas, na definição das posições e dos
ambientes. Portanto, o êxito do projecto está centrado na capacidade criativa e artística, bem
como no resgate do gosto pela leitura e, inseridos no projecto com flexibilidade, ao mesmo
tempo, com disciplina. Seu efeito deverá demonstrar proporcionalidade e combinação de
forma a incentivar os estudantes ao gosto pela leitura e à cultura da compra de livros para a
melhoria do ensino e aprendizagem.

Desde as últimas décadas, tem havido uma imensurável aceleração do processo de


desenvolvimento, particularmente nas áreas científicas, técnica e tecnológica, exigindo uma
corrida vertiginosa para o conhecimento e um significativo esforço de adaptação às mudanças
do mundo moderno. Essa aceleração vem determinando uma necessidade de intensificação
das relações humanas, de diversificação de actividades, de busca do conforto, do prazer pela
leitura, na perspectiva de uma melhor qualidade do conhecimento científico.

As transformações no mundo do trabalho vêm requisitando profissionais da área de Design


que, além da criatividade, possuam raciocínio abstracto, assimilação rápida de informações e
de habilidades, flexibilidade para enfrentar situações novas, capacidade para compreender as
bases sociais, económicas, técnicas e científicas relacionadas ao seu trabalho. O mercado de
trabalho na área, segundo opinião de especialistas, está aberto, mas é extremamente selectivo.
As empresas empregadoras exigem profissionais criativos, com sólida base de

24
conhecimentos, flexibilidade para actuar em situações adversas e capacidade de acção e
adaptação para acompanhar as já mencionadas mudanças do mundo moderno.

O processo de produção na área de Design compreende funções identificadas a partir da


análise de competências requeridas para o exercício das actividades profissionais, envolvendo
a criação, o planeamento e a execução de projectos relacionados a produtos e serviços,
optimizando aspectos estéticos, formais e funcionais e adequando-os aos conceitos de
informação e comunicação, ajustados aos apelos de mercados lógicos e às necessidades e
preferências dos clientes. As competências e habilidades, quando trabalhadas do ponto de
vista da formação de pessoas para o exercício de actividades produtivas, apontam para a
necessidade da apropriação das bases tecnológicas ou paraum conjunto sistematizado de
conceitos, métodos, técnicas, normas, padrões, princípios e processos tecnológicos,
resultantes, em geral, da aplicação de conhecimentos científicos nessa essa área produtiva e
que dão suporte às competências.

Essas bases tecnológicas, por sua vez, requisitam o conhecimento dos conceitos e princípios
das ciências nas quais se apoiem e o domínio das ferramentas básicas que possibilitem a sua
efectiva compreensão e utilização. Estas bases científicas e instrumentais devem ser
constituídas no ensino e aprendizagem, para garantirem o aprendizado das competências e
habilidades requeridas para a formação na área profissional. Assim, os vendedores de livros
devem ser construídos a partir da identificação das suas funções que caracterizam o processo
produtivo da área científica, seguida da identificação das competências e habilidades, bem
como das bases tecnológicas que dão suporte a estas como livros em formados electrónicos
pdf.

4.5.A poética da Construção do Trabalho (Biónica)

A minha inspiração surge através do estudo da natureza, tendo uma relação de criatividade
com a percepção visual diante dos vendedoresde livros. Sendo assim, é propósito o
desenvolvimento de uma pesquisa relacionada a aspectos da biónica e do mobiliária que
apresentará, por meio dos atributos oferecidos pela águia. Os suportes terãoa características
das patas de uma águia, assim como as suas assas,em posiçãode abertas para voar. Então, a
estante abrirá do mesmo jeito. Desta forma, pode-se construir uma estante inovada,

25
sustentável, moderna e funcional. Uma estante de livros tem a função de armazenar livros
quotidianos ou de decorar o ambientee dar suporte a equipamentos.

Pelas suas características, uma estante pode ainda adaptar-se a qualquer ambiente,
adequando-se de acordo com o seu tamanho, formato, estrutura ou função. Geralmente, as
estantes são apoiadas ao piso ou encostadas na parede. Esta estanteem alusão apresentará
prateleiras horizontais, que suportam os livros, como também apoios verticais para a sua
sustentação. Elaé dobrável para reduzir o espaço a ocupar, quando se transportadaou
armazenada. Uma estante dobrável é, portanto, mais prática. Esta estante será produzida,
geralmente,com madeira de pinho, pregos de aço, vidro plástico ou com a combinação de
alguns destes componentes.

A criação de estantes, prateleiras horizontais e verticais é uma alternativa para facilitar a


organização dos livros e, ao mesmo tempo, criar elementos de decoração de ambientes,
através de peças de destaque. Para a criação destetipo de estante, é preciso estar munido de
conhecimentos suficientes sobre os possíveis materiais aplicáveis e os processos de
construção quegarantam a sua sustentabilidade.

4.6.Sustentabilidade dos Materiais

Segundo Lima (2006), os designers devem desenvolver uma estratégia adequada àconstrução
de uma estante, por forma a causar um mínimo possível de impacto ao meio ambiente,
através de soluções criativas. A preocupação envolve a busca de diferentes ferramentas, de
materiais, processos, manufactura e descarte que colaborem para que o design seja
sustentável. Para uma boa eficiência, e ainda aponta recomendações para a construção de um
produto sustentável, tal como reduzir a quantidade do material empregue, a quantidade de
componentes, facilitar a desmontagem, procurar manter a sua integridade estrutural para uma
fácil separação após o usoe privilegiar o usode materiais e processos menos poluentes.

Utilizar fontes renováveis, procurar utilizar materiais que sejam absorvidos com facilidade
pela natureza quando estes forem descartados. Como afirma Vemzke e Nascimento (2002),
quando se projecta um produto, é necessário considerar que quanto mais puros forem os
materiais, mais fácil será a sua reciclagem, a redução do consumo da matéria-prima, além da
economia do mesmo, o que significa, também, redução da quantidade de resíduos gerados.

26
Morris (2010, p. 112) aponta que "entender as propriedades básicas dos materiais permite
uma compreensão melhor do processo de selecção".
O material utilizado na construção de um objecto possui um grande impacto sobre o meio-
ambiente, influenciando na sua eficiência energética no acto da fabricação e na utilização.
Para ele, “considerar materiais com baixo impacto ambiental, como também fontes
renováveis não tóxicos e de fácil reciclagem, são escolhas inteligentes”
Cabaças (2011) afirma que se deve optar por utilizar matérias-primas renováveis,
substituindo as não-renováveis. São materiais como o bambu, as tintas de origem vegetal
(substituindo as químicas), as madeiras de reflorestamento e os plásticos reciclados. Sendo
assim, esse trabalho especifica alguns materiais que podem ser utilizados na fabricação de
móveis, tendo como ponto principal a sustentabilidade.

Segundo Ramos e Sell (1994), a formalização da biónica como uma ciência é bastante
recente.Porém, desde os tempos longínquos, homem já estudava a vida à sua volta para criar
algo que necessitasse.Assim, a biónica é “Ciência multidisciplinar que pesquisa, nos sistemas
naturais, princípios e/ou propriedades (estruturas, processos, funções, organizações e
relações) e seus mecanismos com o objectivo de os aplicar na criação de novos produtos ou
para solucionar problemas técnicos existentes nos produtos já concebidos”.

A natureza, seu modo de adaptação, movimento, mecanismos de defesa e preservação, suas


cores e formas, podem orientar a criação dos mais diversos produtos e soluções, a fim de
solucionar problemas técnicos existentes. Esta natureza pode ser interpretada de várias
maneiras, servindo como fonte de inspiração e criatividade para o designer. Esta estante
apresentará os seus suportes em forma de pés de águia para garantir a sua estabilidade do
peso e,o processo de sua abertura, inspirou-se noformato das asas de uma águia.
Com estaestante, concebida para os vendedores de livros,estar-se-á perante uma acção
inovadora, tendo produzido um objecto sustentável, moderno e funcional. Propor o design
para a sustentabilidade significa promover a capacidade do sistema produtivo para responder
à procura social do bem-estar, utilizando uma quantidade mínima de recursos naturais. Junto
a esta questão do desenvolvimento sustentável, aparece o conceito de produtos sustentáveis
chamados de Estante de livro como a firma (MANZINI E VEZZOLLI, 2002)

27
CAPÍTULO V: PROCEDIMENTO TÉCNICO
5.1.Investigação e Análise de Soluções Existentes

Fig6:Adaptação precária.

Fig7:Estantes colocadas no jardim.

28
Fig.7:Mini biblioteca.

5.2.Referência de Inspiração na Estante

Fig 8: Referência de inspiração 1

29
Fig9:Referencialde inspiração 2

Fig 10:Estante incorporado na bicicleta.

30
As figuras 1 e 2, são as soluções mais comuns na venda informal de livro nas ruas, uissão
adaptadas pelos próprios vendedores logo no início da sua aderênciaà venda de livros nas
ruas. Quanto à figura 3, é uma solução criada em Portugal, onde os telefones públicos já
estavam abandonados e estragados.Então, a biblioteca de Lisboa pensou em transformar as
cabines telefónicas em mini bibliotecas e esta solução foi bem recebida pela população
daquele país, visto que nestas cabines se encontravam livros antigos que os leitores gostavam
e, com a sua leitura, recordavammuitas coisas histórias.

Afigura 4 é uma solução criada pelos vendedores ambulantes de livros, no Brasil, com o
intuito de responder à demanda dos leitores, principalmente em jardins. Nesta solução,
buscou-se incorporar a estante na parte traseira da bicicleta, facilitando assim, o seu
transporte para diferentes lugares.

5.3. Formação das Propostas


Para este projecto, apresentaremos a proposta em esboços de forma criativa,proposta esta que
irá espelhar as soluções dos problemas encontrados no campo.

Fig. 11: Primeira alternativa

31
Fig. 12: Segunda alternativa

Fig 13: Terceira alternativa

32
Fig 14: Quarta alternativa (a escolhida)

Fig 15: Proposta Final

33
5.4.Justificativa para a Escolha da Proposta Final
Esta escolha baseou-se na parte cidade do objecto, tendo em conta que a forma da estante
criada não foge de algumas soluções existentes, tanto em Moçambique como noutros países,
e o objecto escolhido respeita alguns princípios a nível do design, princípios estes que são
cruciais para a minimização dos problemas, tanto dos vendedores como do seu público-alvo,
que são os compradores de livros. Esta proposta permite que o vendedor arrume os livros de
forma conservada e de forma a expô-los para a venda.

34
5.5.Desenho Técnico

35
36
5.6.Técnica e Material

Fig 16: Formação das bases principais.

Fig17: Incorporação das divisões.

37
Fig 18: Incorporação do painel de madeira.

Fig19: Incorporação da madeira pinho das divisões.

38
Fig 20: Suportes para exposição de livro.

Fig 21: Dobradiça para junção das duas bases.

39
Fig 22: Perna da estante.

Fig 23: Pega para o transporte da estante.

40
6.Apresentação da alternativa em 3D

Fig 24: Vista de perfil.

Fig 25: Vista de frente.

41
6.1. Memória Descritiva
A presente memória descritiva diz respeito ao projecto de criação de uma estante de livros
para os vendedores informais da cidade de Maputo, com o objectivo de melhorar a
conservação dos livros e incentivar a população ao gosto pela leitura. Édaí que, nesta ordem
de ideias, as seguirvamos descrever o objecto acima em alusão:

6.2. Composição e Modo de Construção da Estante

Esta estante será construída pelos seguintes materiais: Madeira de pinho, madeira prensada
(painel), dobradiças para união de duas peças e fechaduras simples. Em primeiro lugar será
feito o recorte da madeira e os painéis com as medidas adequadas; em seguida, serão unidas
com base em pregos, formando assim o esqueleto da estante; depois serão preenchidas as
partes da divisória interna com painéis, de forma a criar espaço para albergar os livros
e,finalmente, serão pregadas as dobradiças que permitirão a junção das três peças principais
que constituem a estantee serão colocadasasfechaduras.

6.3. Aplicação da Cor

A esta estante será aplicado verniz, substância que dá brilho ao material a madeira, não só,
como também a protege dos agentes externos prejudiciais.

6.4. Capacidade da Estante

Este objecto terá capacidade para 70 livros de tamanho A4,com 250 páginas cada, tendo em
conta que as divisórias serão feitas de maneira capaz de acolher livros de diferentes tamanhos
como A3, B5 e outros tamanhos. Assim, ela pode suportar até 50kg de livros.

42
7.CONCLUSÃO
Actualmente percebe-se a importância da adequação de mobiliário de tipo estante para os
vendedores de livros, a fim de melhor a organização e a decoração destes objectosde trabalho.
Para um ambiente de grandiosa particularidade que contem e armazena livros e outras
ferramentas de trabalho, há necessidade da existênciade uma estante e da criação de um bom
ambiente de trabalho que seja adequado e atractivopara os compradores e leitores de livros.

Neste contexto,a estante de livros direcciona-se, aqui, aos profissionais da área de criação:
Designers, arquitectos e engenheiros que enfrentam dificuldades diárias para desenvolverem
os seus projectos; tantos problemas com o espaço físicoe, principalmente, com a própria
estante.Portanto, através deste projecto de produto, buscou-se analisar as principais bases
usadaspelos vendedores de livros nas ruas e avenidas da cidade de Maputo. Quanto à
ergonomia, materiais, mobilidade, função e armazenamento de livros devem ser
direccionados aos vendedores para, posteriormente, servirem como base para o resgate do
gosto pela leitura, por partedos leitores.

No decorrer desta pesquisa, através da aplicação de um questionário, foi constatado que 90%
dos vendedores de livros,entrevistados, não possui um ambiente de trabalho adequado, com
deficiência em termos de espaço, organização e funcionalidade de espaço. Para eles havia,
sim, necessidade deaquisição de uma estante de livros exclusiva para facilitar o trabalho
diário.Por se tratar de questões descritivas, alguns vendedores de livros descreveram a sua
opinião quanto às características que uma estante adequada devia ter, como poderia
desmontar e que deveria ser de fácil manuseio.

Também 90% considerou interessante adaptar-se a essa nova forma de trabalhar, o usode uma
estante.Diante dos resultados obtidos nesta satisfatória pesquisa monográfica, concluiu- se
que esta estantetem inserção no mercado de mobiliário como uma proposta inovadora,
original e que agrega qualidade, funcionalidade, boa organização dos livros e produtividade
aos vendedores de livros.

Devido estudos realizados, pode-se obter dados e estatísticas relevantespar ao tema e o


público-alvo, entendendo e enfatizando a importância de uma estante adequada a cada
vendedor de livros.

43
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Nennewitz I., Nutsch W., Peschel P., Seifert G., “Manual de Tecnologia da Madeira”, Editora
Blucher, 2008.
BONSIEPE, Gui;“Teoria e Pratica do Design Industrial”, CPDeditora, 1 edição, Junho de
1992
Dicionário Língua Portuguesa (2004) Porto Editora, Lisboa, 1ª edição. Dicionário Moderno
da Língua Portuguesa (s/d), Escola Editora, 1ª edição

45
Apêndices

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Protótipo antes da aplicação de verniz

Protótipo depois da aplicação de verniz

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Inquérito

Com este questionário, pretende-se recolher informações acerca da venda de livros no chão
das ruas, principalmente na cidade de Maputo. O inquérito é direccionado aos vendedores de
livros nas avenidas e ruas na cidade de Maputo. Este instrumento metodológico enquadra-se
numa investigação no âmbito da licenciatura em Design, pelo Instituto Superior de Artes e
Cultura(ISArC), a fim de que seja possível produzir a tese respectiva.

Todas as informações recolhidas são estritamente confidenciais. Os Dados de identificação


solicitados servem apenas para efeitos de interpretação de outras respostas. Por favor,
responda com sinceridade porque não há respostas correctas ou incorrectas. A sua opinião é
muito importante.

Preencha, sempre que possível, com um X.

Nome:
___________________________________________________________________________

Nb: não é obrigatório preencher a parte do nome.

1. Idade _____anos
2. Género: Masculino______ feminino_____

3. A quanto tempo exerce esta Profissão?


A. 1Ano ________
B. 2 Anos ______
C. 3 Anos ______
D. 4 Anos ou mais _____

4. Quantas horas por dia exerce esse trabalho?


A. 1 Hora _____
B. 2Horas_____

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C. 3Horas, 4 ou mais ______

5. Quantos clientes no máximo compraram, em média, por dia?


A. 1-5_____
B. 6-10 _____
C. 11-15 _____
D. 16 ou mais _____
6. Este espaço é ideal para exercer o seu trabalho?
A. Sim _____
B. Não _____
C. Talvez _____
D. Nenhuma das opções _____

Porque?
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
____________________

7. Gostaria de ter um espaço melhorado para seu trabalho?


A. Sim_____
B. Não _____
8. Que tipo de espaço gostaria de ter?

________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________

9. Quais são as vantagens de vender aqui na Rua/A avenida?

________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________

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10. Quais são as dificuldades que tem enfrentando aqui na rua/avenida?

________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________

11. Qual é o tamanho dos livros que vende?


A. A6 _____
B. A5______
C. A4______
D. Outros tamanhos ______
12. Acha que é seguro vender aqui no chão?
A. Sim _____
B. Não _____
13. Como é que faz nos dias de chuva?

________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
__________________

14. E nos dias de muita ventania?

________________________________________________________________________
_______________________________________________________________________.

15. Como é que faz para movimentar os livros?

________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________

16. Como é que arruma para casa?

________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
___________________

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17. Consegue cuidar dos livros nos chão?
A. Sim ______
B. Não ______
18. Tem sofrido roubos?

________________________________________________________________________
__________

19. Tem tido problemas com a polícia por vender no chão?


A. Sim_____
B. Não _____
20. Que tipo de material gostaria de ter para não enfrentar todos esses problemas?

Obrigado pela colaboração

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