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Sumário
1 Introdução: escalares e vetores 2
2 Transformação de coordenadas 4
2.1 Representação matricial de transformação de coordenadas . . . . . . . . . 6
2.2 Sistema de coordenadas não ortogonais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1
6 Coordenadas generalizadas 32
6.1 Fator de escala . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
6.2 Diferencial de comprimento de arco (elemento de linha) . . . . . . . . . . . 35
6.3 Diferenciais de superfícies . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
6.4 Diferencial de volume . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
6.5 Jacobiano da Transformação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
6.6 Operadores vetoriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
6.6.1 O gradiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
6.6.2 A divergência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
6.6.3 O Laplaciano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
q
a = |~a| = a2x + a2y + a2z . (2)
Alternativamente, um vetor pode ser decomposto em função dos seus cossenos diretores
α, β γ , tais que
ax ay az
cos α = , cos β = , cos γ = , (3)
a a a
2
tal que cos2 α + cos2 β + cos2 γ = 1.
Os vetores, similarmente ao escalares, possuem propriedades de soma, diferença, mul-
tiplicação. Consideremos um escalar β e três vetores ~a, ~b e ~c, com os quais tempos
Soma:
Diferença:
Produto escalar:
β = ~a · ~b = ax bx + ay by + az bz = |~a||~b| cos α,
onde α é o ângulo entre os dois vetores. Por denição esta operação resulta em um
escalar. Um dica, para entender o resultado acima é usar a tabela de multiplicação
escalar,
· ı̂ ̂ k̂
ı̂ 1 0 0
̂ 0 1 0
k̂ 0 1 0
Produto vetorial:
que por denição esta operação resulta em um novo vetor, perpendicular aos dois
vetores simultaneamente. Um dica, para entender o resultado acima é usar a tabela
de multiplicação vetorial,
3
× ı̂ ̂ k̂
ı̂ 0 k̂ −̂
̂ −k̂ 0 ı̂
k̂ ̂ −ı̂ 0
2 Transformação de coordenadas
0
Consideremos um sistema (x , y0z0) rotado em relação ao primeiro sistema (x, yz ) e,
seja, ~
A um objeto geométrico independente do sistema de coordenadas. Nosso objetivo
é encontrar como se relacionam os componentes Ai vistos desde sistema rotado, i.e., A0i ,
para (i = 1, 2, 3).
Projetando os vetores unitários do sistema x̂ no sistema x̂0
4
Usando as Eqs. (46) e considerando que A0m = A · m̂, m = (1, 2, 3) e m̂ = (ı̂0 , ̂0 , k̂ 0 ) temos
~ · ı̂ = t11 A
A1 = A ~ · ı̂0 + t12 A
~ · ̂0 + t13 A
~ · k̂ 0
= t11 A01 + t12 A02 + t13 A03
X 3
= t1i A0i (7)
i=1
~ · ̂ = t21 A
A2 = A ~ · ı̂0 + t22 A
~ · ̂0 + t23 A
~ · k̂ 0 ,
X 3
= t2i A0i (8)
i=1
~ · k̂ = t31 A
A3 = A ~ · ı̂0 + t32 A
~ · ̂0 + t33 A
~ · k̂ 0 ,
X 3
= t3i A0i (9)
i=1
3
X
An = tnm A0m . (10)
m=1
ı̂0 = (ı̂ · ı̂0 )ı̂ + (̂ · ı̂0 )̂ + (k̂ · ı̂0 )k̂
= t11 ı̂ + t21 ̂ + t31 k̂, (11)
̂0 = (ı̂ · ̂0 )ı̂ + (̂ · ̂0 )̂ + (k̂ · ̂0 )k̂
= t12 ı̂ + t22 ̂ + t32 k̂, (12)
Usando as Eqs. (1113) e considerando que Am = A · m̂, m = (1, 2, 3) e m̂ = (ı̂, ̂, k̂)
5
temos
~ · ı̂0 = t11 A
A01 = A ~ · ı̂ + t21 A
~ · ̂ + t31 A
~ · k̂
= t11 A01 + t12 A02 + t13 A03
X 3
= ti1 Ai (14)
i=1
~ · ̂0 = t12 A
A02 = A ~ · ı̂ + t22 A
~ · ̂ + t32 A
~ · k̂,
X 3
= ti2 Ai (15)
i=1
~ · k̂ 0 = t31 A
A03 = A ~ · ı̂ + t32 A
~ · ̂ + t33 A
~ · k̂5/,
X 3
= ti3 Ai (16)
i=1
3
X
A0m = tmn An . (17)
m=1
A01
~ = [t11 t12 t13 ] A02 ,
A1 = ı̂ · A (19)
A03
0
A1
~
A2 = ̂ · A = [t21 t22 t23 ] A02
(20)
A03
e
A01
~ = [t31 t32 t33 ] A02 .
A3 = k̂ · A (21)
A03
6
Das Eqs. (19)(21), podemos construir uma matriz quadrada de 3×3 que contenha a
informação da transformação de coordenadas
t11 t12 t13
T = t21 t22 t23 , (22)
t31 t32 t33
de modo que a transformação de coordenadas pode ser escrita em forma compacta segundo
0
A1 t11 t12 t13 A1
0
A = T A = A2 = t21 t22 t23
A02 (23)
A3 t31 t32 t33 A03
A01
t11 t21 t31 A1
A0 = T̃ A = A02 = t12 t22 t32 A2 , (24)
A03 t13 t23 t33 A3
observando que a matriz na Eq. (24) é a transposta da matriz na Eq. (23). Ainda mais,
calculemos o produto dessas duas matrizes
P3 P3 P3
t 1m t 1n t1m t2n t1m t3n 1 0 0
Pi=1 P3i=1 P3i=1
T T̃ = 3i=1 t2m t1n t2m t2n t t = 0 1 0 , (25)
P3 i=1
P3 P3i=1 2m 3n
i=1 t3m t1n i=1 t3m t2n i=1 t3m t3n
0 0 1
3
X
tmn tmk = δnk . (26)
m=1
O resultado acima, naturalmente, indica que uma matriz é a inversa da outra, caracterís-
tica de uma transformação ortogonal de coordenadas.
Sendo assim, para saber se uma matriz T representa uma matriz de transformação de
coordenadas ortogonais, deve ser satisfeito que T T̃ = I , I =matriz identidade.
7
Primeiro, precisa-se encontrar os elementos tij . Para
isso, as relações de transformação são dadas por (ver gura
do lado)
cos θ sin θ cos θ − sin θ
T = , T̃ = , (27)
− sin θ cos θ sin θ cos θ
0
cos θ sin θ 0 x1 cos θ sin θ 0 x1
T = − sin θ cos θ 0 ⇒ x02 = − sin θ cos θ 0 x2
0 0 1 x03 0 0 1 x3
Uma dica:
Uma forma prática de obter os coecientes da matriz de transformação de coordenadas,
é considerar a seguinte relação
Exercícios:
8
2.2 Sistema de coordenadas não ortogonais
Seja A~ um vetor que tentaremos de representá-lo em função de três vetores não coplanares
b̂1 , b̂2 e b̂3 . Considerando esses três vetores como sendo uma base, devem satisfazer a
condição de ser linearmente independentes, i.e.,
Então
~ = (Ax , Ay , Az ) = α1? b̂1 + α2? b̂2 + α3? b̂3
A (28)
9
Substituindo Eqs. (30)(32) na Eq. (28) temos
~= 1
~ ~ ~
A A · (b̂2 × b̂3 )b̂1 + A · (b̂3 × b̂1 )b̂2 + A · (b̂1 × b̂2 )b̂3 . (33)
b̂1 · (b̂2 × b̂3 )
satisfazendo
1, i = j;
n̂i · b̂j = δij (35)
6 j.
0, i =
Logo, das Eqs. (3032) e de (34) obtemos que
~ · n̂i ,
αi? = A i = 1, 2, 3.
Logo, temos
~ ~ ~ ~
A = A · n̂1 b̂1 + A · n̂2 b̂2 + A · n̂3 b̂3 . (36)
Propriedade:
O triple produto escalar dos vetores inversos recíprocos satisfaz
1
n̂1 · (n̂2 × n̂3 ) = .
b̂1 · b̂2 × b̂3
10
3 Conceito de escalares e vetores
Em base à denição de transformação de coordenadas, se pode redenir os conceitos de
escalares e vetores.
Escalares : Grandezas que são invariantes sob uma transformação de coordenadas. Ex.
O potencial gravitacional, a equação de Poisson.
Observando que
1. Esta denição desenvolveu-se devido a que é útil e adequado para descrever nosso
mundo físico. Muitas das equações vetoriais têm que ser independentes de qualquer
sistema de coordenadas em particular. Ex., as equações de Maxwell.
A01
cos θ sin θ −y
= . (37)
A02 − sin θ cos θ x
Agora, suponha-se que A02 = x0 , se deve satisfazer que [A] = [T̃ ][A0 ], i.e.,
A01 = −y 0 e
−y 0 −y = −y 0 cos θ − x0 sin θ,
−y cos θ − sin θ
⇒
x sin θ cos θ x0 x = −y 0 sin θ + x0 cos θ,
11
3.1 Álgebra vetorial desde o ponto de vista de transformações de
coordenadas
Sejam os vetores ~ = (A1 , A2 , A3 ), B
A ~ = (B1 , B2 , B3 ) e ~ = (C1 , C2 , C3 )
C e os escalares ϕ e
ζ. Dene-se
3.1.1 Soma
3
X X
~+B
A ~ = (Ai + Bi ) = ~ + A.
(Bi + Ai ) = B ~
i=1 i=1
Como ~
A e ~
B são vetores, temos que
3
X
Ai = tji A0j ,
j=1
3
X
Bi = tji Bj0 .
j=1
3 3
! 3 3
X X X X X
~ ~ 0 0 ~0 + B
A0j + Bj0 = A ~ 0.
A+B = (Ai + Bi ) = tji (Ai + Bi ) = tji
i=1 i=1 j=1 i=1 j=1
3
X 3
X
~ ~ ~
A+ B+C = [Ai + (Bi + Ci )] = ~ + B)
[(Ai + Bi ) + Ci ] = (A ~ + C.
~
i=1 i=1
3.1.2 Diferença
~−B
A ~ 6= B
~ − A,
~
Denamos ~ = ζA
B ~, e lembrando que ζ é um invariante sob uma transformação de coor-
denadas, temos que vericar se B ~ 0 = ζA
~ 0 é satisfeita.
Como sabemos, A ~ é um vetor, então A ~ 0 = P3 tji Aj . Agora, suponha-se que B
~ é um
i j=1
vetor, então, deve ser satisfeita a seguinte relação
3
X
~0 =
B tji Bj ,
i
j=1
12
mas Bj = ζAj , logo
3
X 3
X
Bi0 = tji (ζAj ) = ζ ~ 0 = ζA
(tji Aj ) = ζA0i ⇒ B ~0
j=1 j=1
Portanto, ~ = ζA
B ~ é um vetor.
Vamos denir os vetores unitários ao longo dos eixos xi como sendo êi , (i = 1, 2, 3). Sendo
assim
3
X
~ = A1 ê1 + A2 ê2 + A3 ê3 ≡
A Ai êi ,
i=1
X3
~ = B1 ê1 + B2 ê2 + B3 ê3 ≡
B Bi êi .
i=1
Logo, temos que o produto escalar entre dois vetores, é denido como
3
! 3
! 3 X
3
X X X
~·B
A ~ = Ai êi Bj êj = Ai Bj êi · êj .
i=1 j=1 i=1 j=1
~·B
A ~ = A1 B1 δ11 + A1 B2 δ12 + A1 B3 δ13 +
A2 B1 δ21 + A2 B2 δ22 + A2 B3 δ23 +
A3 B1 δ31 + A3 B2 δ32 + A3 B3 δ33 .
Considerando a denição da delta de Kronecker acima (Eq. 38), temos
~·B
A ~ = A1 B1 + A2 B2 + A3 B3 .
13
e substituindo-as na expressão (39), fazendo m = n, temos
3
X 3
X
~·B
A ~ = δij tmi tmj A0m Bm
0
,
i,j=1 m=1
3
X 3
X
= (δij ) 2
A0m Bm
0
,
i,j=1 m=1
~ 0B
= A ~ 0,
cujo módulo ~ = |A
|C| ~ × B|
~ = |A||
~ B|sinθ
~ corresponde à area formada por ~
A e ~,
B com um
ângulo θ entre eles.
Em uma forma mais prática, o produto vetorial pode ser escrito em função do seguinte
determinante
ê1 ê2 ê3
~×B
~ = A1 A2 A3 = (A2 B3 − B2 A3 ) ê1 + (A3 B1 − A1 B3 ) ê2 + (A1 B2 − B1 A2 ) ê3 .
A
B1 B2 B3
(40)
Mas, na verdade, na denição acima foi considerado que
onde
0, Se dois subíndices são iguais
ijk = 1, Se i.j, k formam permutações pares
1, Se i.j, k formam permutações ímpares
14
Assim, podemos compactar a denição do produto vetorial como sendo
3
X
~×B
A ~ = ijk Ai Bj êk . (42)
i,j,k=1
3
X
ijk δij = 0 (43)
i,j=1
3
X
ijk ljk = 2δil (44)
j,k=1
3
X
ijk ijk = 6 (45)
i,j,k=1
3
X
ijk lmk = δil δjm − δim δjl (46)
k=1
? A @@
~~
~ @@ ~· B
A ~ ×C
~ =B~· C~ ×A
~ =C~· A~×B
~
~~ @@
~~ @
C o B
Propriedade:
Uma das aplicações mais importantes desta operação é a construção de uma estrutura
cristalina recíproca (ver Sec. 2.2) na Física do Estado Sólido.
15
3.1.7 Triple produto vetorial
De fato, o resultado acima pode ser obtido usando a denição do produto vetorial (Eq.
40) e a propriedade do operador de Levi-Civita (Eq. 46).
3
!
X
~× B
A ~ ×C
~ ~×
= A ijk Bi Cj êk
i,j,k=1
3
X
= mkn ijk Am Bi Cj ên
m,n,i,j,k=1
3
X 3
X
= − Bi Cj Am ên ijk mnk (mkn = −mnk )
m,n,i,j=1 k=1
3
X
= − Bi Cj Am ên (δim δjn − δin δjm ) ,
m,n,i,j=1
3
X X 3
X 3
X
= Bi ên δin Cj Am δjm − Cj ên δjn Bi Am δim
i,n=1 j,m=1 j,n=1 i,m=1
| {z }| {z } | {z }| {z }
~
B ~ A
C· ~ ~
C ~B
A· ~
16
4 Campos escalares e vetoriais
Matematicamente podemos falar de um campo com um conjunto de funções das coor-
denadas de um ponto no espaço. Sendo assim, podemos classicar os campos em dois
tipos:
Campo escalar: Chama-se assim, quando a cada ponto de uma região do espaço se lhe
pode associar uma quantidade escalar. Por exemplo:
• A pressão.
• A temperatura de um uído.
Observando que
Campo vetorial: Chama-se assim, quando pode-se associar uma quantidade vetorial
a cada ponto de uma região do espaço. Por exemplo:
• Campos de Forças.
Observando que
17
As propriedades da derivada direcional são similares as propriedades das derivadas
comuns, i.e.,
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
dϕ = dx + dy + dz,
∂x ∂y ∂z
o qual pode ser re-escrito como
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
dϕ = ı̂ + ̂ + k̂ · dxı̂ + dŷ + dz k̂ (51)
∂x ∂y ∂z
−→
Se a variação torna-se na direção PQ e ds = |d~r| a distância percorrida, então
dϕ ∂ϕ dx ∂ϕ dy ∂ϕ dz
= + + , (52)
ds ∂x ds ∂y ds ∂z ds
−→
correspondendo à derivada direcional de ϕ na direção P Q, i.e., D−
−→ ϕ. Nesse ponto pode
PQ
existir a derivada de ϕ em várias direções. Em particular, da Eq. (51), a quantidade
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
ı̂ + ̂ + k̂
∂x ∂y ∂z
é chamada de gradiente de ϕ e é um vetor, i.e.,
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
gradϕ = ı̂ + ̂ + k̂, (53)
∂x ∂y ∂z
de onde temos
dϕ = gradϕ · d~r. (54)
Fazendo
dϕ d~r
= gradϕ · ,
ds ds
18
e como ds = |d~r|, então, d~r/ds é um vetor unitário na direção P~Q. Portanto
dϕ
é a derivada de ϕ na direção d~r
ds
Assim,
d~r
gradϕ · é o componente do gradϕ na direção d~r.
ds
Observações
1. gradϕ é um vetor que tem como componente em uma direção qualquer a derivada
de ϕ nessa direção.
ϕ(x, y, z) = ϕ(x0 , y0 , z0 ),
19
Sendo assim,
gradϕ
n̂ = (x ,y ,z ) (55)
|gradϕ| 0 0 0
Propriedades
Sejam φ e ϕ, funções escalares, a partir das quais verica-se
Teorema 1
Seja φ = φ(x.y.z) uma função escalar que tem primeiras derivadas parciais contínuas,
então, o grad φ existe e é um vetor, se em um ponto P , grad φ 6= 0 e tem a direção do
máximo incremento de φ no ponto P .
Para demostrar este teorema, é suciente supor que se grad φ é um vetor, então,
deve ter o módulo e direção, sendo estas características independentes do sistema de
coordenadas. Lembrando que a derivada direcional é
dφ
= b̂ · gradφ ⇒ |b̂||grad φ| cos α,
ds
onde α é o ângulo entre b̂ e grad φ. O valor máximo da expressão acima é quando α=0
e como |b̂| = 1, então temos
dφ
= |grad φ|.
ds
Assim, temos mostrado que existe a grandeza |grad φ| que tem uma direção para um
determinado ângulo, correspondendo o máximo valor quando α = 0, ou seja, quando b̂ e
grad φ são paralelos.
Teorema 2
A direção do vetor gradiente de uma função escalar φ é aquela segundo a qual esta
função varia muito rápido.
Teorema 3
O modulo de grad φ é igual ao limite da razão entre o incremento de φ (dφ) por um
deslocamento na direção da máxima variação e o valor do deslocamento quando este tende
a zero (|d~
r| → 0). Ou seja,
dφ
|grad φ| = lim .
r|→0 |d~
|d~ r|
20
4.2.1 Superfície de nível
Chama-se linas de gradiente de um campo escalar φ às que em cada ponto têm a tangente
na direção do grad φ, signicando que a direção de grad φ coincide com a do deslocamento
sobre a curva.
Uma propriedade interessante é que as linhas de gradiente coincidem com as trajetórias
ortogonais das superfícies de nível.
Para demonstrar esta propriedade, considere que se as linhas de gradiente são ortogonais
as superfícies de nível, então grad φ deve ser paralelo ao ao vetor deslocamento da curva
d~r, i.e.,
grad φ × d~r = 0.
Desenvolvendo o produto vetorial temos
∂φ ∂φ ∂φ ∂φ ∂φ ∂φ
dz − dy ı̂ + dx − dz ̂ + dy − dx k̂ = 0 ı̂ + 0 ̂ + 0 k̂,
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Logo, aplicando a igualdade de vetores, temos a equação diferencial das linhas de gradi-
ente, i.e.,
dx dy dz
= = .
∂φ ∂φ ∂φ
∂x ∂y ∂z
Na física, se descrevem alguns campos vetoriais e estão dados por funções vetoriais que
são obtidas a partir do gradiente de funções escalares (potenciais). Uma função escalar
deste tipo é chamada de função potencial, como por exemplo, o campo gravitacional, o
campo elétrico.
21
4.3.1 Integrais de Linha
onde t é um parâmetro variando (a ≤ t ≤ b). A partir desse vetor, foi denido o vetor
deslocamento innitesimal, dado por
Pois bem, a diferença das integrais unidimensionais, as integrais nas quais o caminho de
integração é feito ao longo de d~r são chamadas de integrais de linha. A forma de resolver
estas integrais não tem nada de especial em comparação as integrais unidimensionais. Por
exemplo, para uma função F (x, y, z) resolver a integral de linha equivale a uma integração
unidimensional de F (x, y, z) ao longo de
• dx (mantendo y e z constantes),
• dy (mantendo x e z constantes),
• dz (mantendo x e y constantes).
onde ds = |d~r|.
∂ ∂ ∂
∇ = ı̂ + ̂ + k̂ , (64)
∂x ∂y ∂z
o qual tem dois papeis, de operador diferencial e de vetor.
22
Comparando com a Eq. (53) temos que
gradφ = ∇φ.
Propriedades
2. Se ϕ = (~r × ~a) · (~r × ~b), onde ~a e ~b são vetores constantes, temos que
∂ϕ ∂ϕ
dϕ = dt + d~r · ∇ϕ = dt + (d~r · ∇)ϕ.
∂t ∂t
4. Se ϕ(x, y, z, t, ) = tn φ(x, y, z) então temos
5. Se ϕ = ϕ(|~r|) então,
dϕ ~r dϕ
∇ϕ(|~r|) = = r̂. (65)
dr r dr
6. Satisfaz também a regra de Leibniz. Por exemplo, se f (u), onde u = u(x, y, z) temos
df
∇f (u) = f 0 (u)∇u, f 0 (u) = .
du
5.1 Divergência de um vetor
A divergência de um vetor dene-se como o limite da integral de superfície por unidade
de volume, quando o volume contido dentro da superfície tende para zero. Seja ~
A um
vetor
~ = A1 ı̂ + A2 ̂ + A3 k̂ = Ax (x, y, z) ı̂ + Ay (x, y, z) ̂ + Az (x, y, z) k̂.
A
Logo, I I
~ = lim 1
divA ~ · dS,
A ~ (66)
∆V →0 ∆V
II 3 ZZ
X 3 ZZ
X
~ · dS
A ~= ~ · dS
A ~k + ~ · dS
A ~k0 , (67)
k=1 k=1
onde ~ 0 = −dS
dS ~k . Para entender melhor este cálculo, usemos a gura a seguir
k
A partir da qual podemos identicar os vetores diferenciais de superfície:
23
~1 = dy dzı̂.
Cara (1) dS
~2 = dx dẑ.
Cara (2) dS
~3 = dx dy k̂ .
Cara (3) dS
~ 0 = −dx dy k̂ .
Cara Oposta (3) dS3
Com esta informação, calculemos cada termo da Eq. (64), usando a denição do produto
escalar de dois vetores.
24
Para as superfícies ao longo do eixo y:
ZZ ZZ h i
~ · dS
A ~2 = Ax (x, y + ∆y, z)ı̂ + Ay (x, y + ∆y, z)̂ + Az (x, y + ∆y, z)k̂ · (dxdẑ)
ZZ
= Ay (x, y + ∆y, z)dx dz (70)
ZZ ZZ h i
~ · dS
A ~0 = Ax (x, y, z)ı̂ + Ay (x, y, z)̂ + Az (x, y, z)k̂ · (−dxdẑ)
2
ZZ
= − Ay (x, y, z)dx dz (71)
Como tanto o volume quanto as superfícies são de tamanho diferencial, então, podemos
aproximar a integral acima como sendo
II
~ · dS
A ~ ' [Ax (x + ∆x, y, z) − Ax (x, y, z)] ∆y ∆z +
25
ou seja
X
Al = aml A0m ,
m=1
∂Al X X ∂A0
= akl aml m , (79)
∂xl k m
∂x0k
X ∂Al
~ =∇·A
divA ~=
l
∂xl
~=
XXX ∂A0m
∇·A akl aml . (80)
l k m
∂x0k
X
akl aml = δkm ,
l
26
pelo que a Eq. (77) ca
~=
XX ∂A0m
∇·A δkm
k m
∂x0k
e fazendo m = k, considerando x1 = x, x2 = y, x3 = z , temos nalmente
~=
X ∂A0 ∂A0x ∂A0y ∂A0z ~ 0.
∇·A m
= + + = ∇0 · A (81)
m
∂x0m ∂x0 ∂y 0 ∂z 0
Propriedades da divergência
Sejam ϕ e ~u uma função escalar e vetorial, respectivamente, e ~r o vetor posição
1. ∇ · ~r = 3
2. ∇ · (ϕ~u) = ϕ∇ · ~u + ~u · ∇ϕ
∂ 2ϕ ∂ 2ϕ ∂ 2ϕ
3. ∇ · (∇ϕ) = 2
+ 2 + 2 = ∇2 ϕ (Laplaciano)
∂x ∂y ∂z
~r
4. Seja F~ = 3 (forças dependentes do inverso quadrado da distância), tem-se
r
∇ · F~ = 0,
onde foi usado a propriedade (2), com ϕ = r−3 e ~u = ~r, e a Eq. (62).
Usando a mesma gura que a usada para o cálculo da divergência, podemos identicar
os vetores diferenciais de superfície:
~1 = dy dzı̂.
Cara (1) dS
~ 0 = −dy dzı̂.
Cara Oposta (1) dS1
~2 = dx dẑ.
Cara (2) dS
27
~ 0 = −dx dẑ.
Cara Oposta (2) dS2
~3 = dx dy k̂ .
Cara (3) dS
~30 = −dx dy k̂ .
Cara Oposta (3) dS
Com esta informação, calculemos cada termo da Eq. (79), usando a denição do produto
vetorial. Primeiro que tudo, lembremos que ~×B
A ~ = −B~ ×A
~ , assim
I I 3 ZZ
X 3 ZZ
X
~ ×A
dS ~=− ~ ~
A × dSk − ~ × dS
A ~0 , (83)
k
k=1 Sx k=1 Sx
onde ~ 0 = −dS
dS ~k . E usando a seguinte tabela de multiplicação vetorial
k
× ı̂ ̂ k̂
ı̂ 0 k̂ −̂
̂ −k̂ 0 ı̂
k̂ ̂ −ı̂ 0
28
Logo, temos
ZZ ZZ
~ × (dS
A ~ 1 + dS
~10 ) = − [Ay (x + ∆x, y, z) − Ay (x, y, z)] dy dz k̂
ZZ
+ [Az (x + ∆x, y, z) − Az (x, y, z)] dy dz ̂ (84)
Logo, temos
ZZ ZZ
~ × (dS
A ~2 + dS
~20 ) = [Ax (x, y + ∆y, z) − Ax (x, y, z)] dx dz k̂
ZZ
− [Az (x, y + ∆y, z) − Az (x, y, z)] dx dz ̂ (85)
Logo, temos
ZZ ZZ
~ × (dS
A ~ 3 + dS
~0 ) = − [Ax (x, y, z + ∆z) − Ax (x, y, z)] dx dy ̂
3
ZZ
+ [Ay (x, y, z + ∆z) − Ay (x, y, z)] dx dy ı̂ (86)
~ A~ ' ∆S×
~ A~ e lembrando
HH
Substituindo as Eqs. (81)(82) em (80),aproximando dS×
29
que ∆V = ∆x∆y∆z , temos
Az (x, y + ∆y, z) − Az (x, y, z) Ay (x, y, z + ∆z) − Ay (x, y, z)
I I
1 ~ ×A
~
dS ' − ı̂
∆V ∆y ∆z
Ax (x, y, z + ∆z) − Ax (x, y, z) Az (x + ∆x, y, z) − Az (x, y, z)
+ − ̂
∆z ∆x
Ay (x + ∆x, y, z) − Ay (x, y, z) Ax (x, y + ∆y, z) − Ax (x, y, z)
+ − k̂,
∆x ∆y
I I ~ ×A
dS ~ ∂Az ∂Ay
∂Ax ∂Az
∂Ay ∂Ax
~ = lim
rotA = − ı̂ + − ̂ + − k̂,
∆V →0 ∆V ∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
(87)
onde Ax ≡ Ax (x, y, z), Ay ≡ Ay (x, y, z) e Az ≡ Ax (x, y, z).
Observe que da denição do operador Nabla"(Eq. 61) e da denição de produto
vetorial, a expressão acima é equivalente à
ı̂ ̂ k̂
~ =∇×A
~=
∂ ∂ ∂
rot A . (88)
∂x ∂y ∂z
Ax (x, y, z) Ay (x, y, z) Az (x, y, z)
Interpretação Física
O rotacional de um campo vetorial indica a rotação de uma partícula dentro de dito
campo e que o vetor ~ é perpendicular ao campo vetorial em um determinado ponto.
∇×A
Os campos vetoriais que apresentam um rotacional são campos turbulentos (partículas
girando) que dissipam energia. Esses campos, dizem-se não conservativos, como o campo
magnético, o campo de velocidades de um rio turbulento ou o movimento de massas de
um ciclone.
Propriedades do rotacional
Seja ϕ, F~ , G
~ campos escalar e vetoriais, respectivamente, com os quais temos
• ∇ × (ϕF~ ) = ϕ∇ × F~ + ∇ϕ × F~
• ∇ × (F~ × G)
~ = (∇ · G)
~ F~ − (∇ · F~ )G
~
30
a) O Laplaciano, que é denido como
∂ 2ϕ ∂ 2ϕ ∂ 2ϕ
∇2 ϕ = ∇ · (∇ϕ) = + 2 + 2. (89)
∂x2 ∂y ∂z
∇2 ϕ = κρ.
∇ × (∇ × F~ ) = ∇(∇ · F~ ) − (∇ · ∇)F~ ,
31
5.3.1 Resumo de propriedades do operador ∇
∇(A~ · ~r) = A,
~ (94)
~ · ∇)~r = A,
(A ~ (95)
∇ϕ(u) = ϕ0 (u)∇u, 0
u = u(x, y, z), f (u) = df /du, (96)
~ · ∇)B
(A ~ × ~r = B~ × A,
~ (97)
~ = ϕ∇ · A
∇ · (ϕA) ~ + (∇ϕ) · A,
~ (98)
~ × B)
∇ · (A ~ = (∇ × A)
~ ·B~ − (∇ × B)
~ · A,
~ (99)
~ = 0,
∇ · (∇ × A) (100)
∇ · ~r = 3, (101)
∇ · (~r/r3 ) = 0, (102)
~r dF~
∇ · F~ (r) = · , (103)
r dr
∇ × (ϕA) ~ = ϕ∇ × A ~ + (∇ϕ) × A, ~ (104)
∇ × (∇ϕ) = 0, (105)
~ × B)
∇ × (A ~ = (∇ · B)
~ A ~ − (∇ · A)
~ B~ (106)
~ = ∇(∇ · A)
∇ × (∇ × A) ~ − (∇ · ∇)A,
~ (107)
∇ × ~r = 0, (108)
∇ × (A~ × ~r) = 2A
~ (109)
∂ϕ
dϕ = (dr · ∇)ϕ + dt, ϕ = ϕ(~r, t) (110)
∂t
6 Coordenadas generalizadas
Em muitos problemas de física, indo desde mecânica até gravitação e cosmologia, trabalhar
com sistemas de coordenadas cartesianas, torna os cálculos dispendiosos. Entretanto,
fazendo uma escolha adequada de um sistema de coordenadas em função das simetrias
que ele possuir os cálculos podem ser reduzidos grandemente.
Sabemos que um vetor ~r pode ser expressado em coordenadas cartesianas como
~r = r1 ı̂ + r2 ̂ + r3 k̂.
Mas também ele pode ser expressado em um sistema de coordenadas generalizadas ou
coordenadas curvilíneas cujos vetores bases sejam êi (i = 1, 2, 3), i.e.,
32
A partir da expressão acima, o vetor tangente à linha ui (i = 1, 2, 3) é dado por
∂~r
.
∂ui
Os vetor base, na direção tangente à linha ui , é dado por
∂~r ∂~r
êi = / , (111)
∂ui ∂ui
1
os quais formam um sistema ortogonal de direita
Por outro lado, lembrando que dois conjuntos de vetores ~ai e ~bi são recíprocos (ver
Sect. 2.2) se
onde
∂ui ∂ui ∂ui
∇ui = ê1 + ê2 + ê3 . (116)
∂r1 ∂r2 ∂r3
Entretanto, não há uma dependência explicita de ui (~u), pelo que, da expressão (112)
podemos vericar automaticamente que
dui ∂~r
= δij = ∇ui · ,
duj ∂uj
pelo que obtemos
∂~r
∇ui · = δij ,
∂uj
ou seja, os vetores ∇ui e ∂~r/∂uj são vetores recíprocos.
Com estas principais denições que desenvolveremos as expressões para a maioria das
quantidades escalares e vetoriais que são necessárias nos problemas de física.
33
6.1 Fator de escala
É o módulo do vetor tangente a uma linha ui em um ponto e o chamaremos de hi . Ele
está denido por
s 2 2 2
∂~r ∂r1 ∂r2 ∂r3
hi =
= + + , (117)
∂ui ∂ui ∂ui ∂ui
para cada i = 1, 2, 3.
Em base a estes fatores de escala, os vetores tangentes às linhas ui são dados por
onde foi usada a Eq. (115) para passar da primeira para segunda linha. Por exemplo,
embora seja trivial, no caso de coordenadas cartesianas, temos
u1 = x, u2 = y, u3 = z,
h1 = h2 = h3 = 1
e
ê1 = ı̂, ê2 = ̂, ê3 = k̂,
pelo que
d~r = dxı̂ + dŷ + dz k̂.
Por outro lado, usando (Eq. 115) e lembrando que os vetores êi (i = 1, 2, 3) formam
um sistema ortogonal de direita (109) temos
ê2 ê3
∇u2 = , ∇u3 = .
h2 h3
34
× ê1 ê2 ê3
ê1 0 ê3 −ê2
ê2 −ê3 0 ê1
ê3 ê2 −ê1 0
d~a1 = h1 du1 ê1 , d~a2 = h2 du2 ê2 , d~a3 = h3 du3 ê3 , (124)
que denem o paralelepípedo da gura, a partir das quais, vamos denir as seguintes
quantidades.
p
ds = h1 2 du1 2 + h2 2 du2 2 + h3 2 du3 2 . (125)
35
De forma que a área diferencial, vetorial, formado por qualquer um dos dois vetores
diferenciais é denida como
Naturalmente, as áreas nas caras opostas, têm a mesma expressão que as de acima, com
a única diferença que precisam ser substituídos êi por −êi .
onde usamos a Eq. (121) e o fato que os vetores unitários satisfazem (109)
36
6.6 Operadores vetoriais
A seguir, deduziremos as expressões para os principais operadores vetoriais, baseados no
operador de Hamilton.
6.6.1 O gradiente
Sabemos que para toda função escalar ϕ, com primeiras derivadas parciais contínuas,
deniu-se o gradiente (53). Assim, usando a regra de Leibniz em cada um dos termos da
Eq. (53) temos
∂ϕ ∂u1 ∂u1 ∂u1 ∂ϕ ∂u2 ∂u2 ∂u2
∇ϕ = ê1 + ê2 + ê3 + ê1 + ê2 + ê3 +
∂u1 ∂x ∂x ∂x ∂u2 ∂x ∂x ∂x
∂ϕ ∂u3 ∂u3 ∂u3
ê1 + ê2 + ê3
∂u3 ∂x ∂x ∂x
∂ϕ ∂ϕ ∂ϕ
∇ϕ = ∇u1 + ∇u2 + ∇u3 .
∂u1 ∂u2 ∂u3
1 ∂ϕ 1 ∂ϕ 1 ∂ϕ
∇ϕ = ê1 + ê2 + ê3 . (135)
h1 ∂u1 h2 ∂u2 h3 ∂u3
6.6.2 A divergência
Sabemos que
37
onde os êi = hi ∇ui (i = 1, 2, 3) forma um sistema ortogonal. Assim
∇ · (ϕF~ ) = ϕ∇ · F~ + F~ · ∇ϕ (139)
∇ × (∇ϕ) = 0 (141)
Logo
= h2 h3 F1 ∇u3 (∇ × ∇u2 ) −∇u2 (∇ × ∇u3 )+ (∇u2 × ∇u3 ) ·∇(h2 h3 F1 ) por (137138)
| {z } | {z } | {z }
0 0 ê1 /(h2 h3 )
ê1
= · ∇(h2 h3 F1 ). (142)
h2 h3
1 ∂
∇ · (F1 ê1 ) = (h2 h3 F1 ). (143)
h1 h2 h3 ∂u1
1 ∂
∇ · (F2 ê2 ) = (h1 h3 F2 ) (144)
h1 h2 h3 ∂u2
1 ∂
∇ · (F3 ê3 ) = (h1 h2 F3 ) (145)
h1 h2 h3 ∂u3
1 ∂ ∂ ∂
divF~ = ∇ · F~ = (h2 h3 F1 ) + (h1 h3 F2 ) + (h1 h2 F3 ) . (146)
h1 h2 h3 ∂u1 ∂u2 ∂u3
38
6.6.3 O Laplaciano
1 ∂ϕ
Fi = ,
hi ∂ui
x = r cos φ, (148)
y = r sin φ, (149)
z = z, (150)
onde
39
De (145) e (146) temos
r 2 = x2 + y 2 , (152)
y
φ = arctan , (153)
x
A família de superfícies são
1. Cilindros retos com eixo comum z, que são obtidos de (149), fazendo r = const.
2. Planos médios através do eixo z, que são obtidos de (150), fazendo φ = const.
3. Planos paralelos ao plano xy , fazendo z = const.
Os casos particulares em 2D corresponde à descrição de discos (z = 0) e, no caso 1D para
descrever aros (r = const, z = 0).
O vetor posição, a partir das Eqs. (145)(147), é dado por
∂~r
= cos φ ı̂ + sin φ ̂ (155)
∂r
∂~r
= −r sin φ ı̂ + r cos φ ̂ (156)
∂φ
∂~r
= k̂. (157)
∂z
Os fatores de escala (Eq. 114) são
hr = 1, hφ = r, hz = 1 (158)
40
Diferencias de volume: Usando Eq. (127) temos
∂ϕ êφ ∂ϕ ∂ϕ
∇ϕ = êr + + êz , ϕ ≡ ϕ(r, φ, z). (167)
∂r r ∂φ ∂z
1 ∂ 1 ∂Fφ ∂Fz
∇ · F~ = (rFr ) + + . (168)
r ∂r r ∂φ ∂z
1 ∂ 2ϕ ∂ 2ϕ
2 1 ∂ ∂ϕ
∇ ϕ= r + 2 2 + 2, ϕ ≡ ϕ(r, φ, z). (169)
r ∂r ∂r r ∂φ ∂z
z = r cos θ, (172)
41
onde
0 ≤ r < ∞, 0 ≤ φ ≤ 2π, 0 ≤ θ < π. (173)
r 2 = x2 + y 2 + z 2 , (174)
y
φ = arctan , (175)
x !
z
θ = arccos p . (176)
x2 + y 2 + z 2
A família de superfícies são
∂~r
= cos φ sin θ ı̂ + sin φ sin θ ̂ + cos θ k̂, (178)
∂r
∂~r
= −r sin φ sin θ ı̂ + r cos φ sin θ ̂ (179)
∂φ
∂~r
= r cos φ cos θ ı̂ + r sin φ cos θ ̂ − r sin θ k̂, . (180)
∂z
Os fatores de escala (Eq. 114) são
hr = 1, hφ = r sin θ, hθ = r (181)
42
Diferenciais de superfícies: Usando as Eqs. (124)(126), temos
∂ϕ êφ ∂ϕ êθ ∂ϕ
∇ϕ = êr + + , ϕ ≡ ϕ(r, φ, θ). (190)
∂r r sin θ ∂φ r ∂θ
Divergência Considerando a função
1 ∂ 1 ∂Fφ 1 ∂
∇ · F~ = 2 (r2 Fr ) + + (sin θFθ ). (191)
r ∂r r sin θ ∂φ r sin θ ∂θ
Laplaciano Usando Eq. (144) temos
1 ∂ 2ϕ
2 1 ∂ 2 ∂ϕ 1 ∂ ∂ϕ
∇ ϕ= 2 r + 2 + sin θ , ϕ ≡ ϕ(r, φ, θ).
r ∂r ∂r r sin θ ∂φ2 r2 sin θ ∂θ ∂θ
(192)
43