Geoscan Geologia e Geofísica LTDA

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Rua Vicente de Castro Filho, 1700, sala 101
Eng. Luciano Cavalcante Fortaleza Ceará
CEP: (85) 4101-9199 // (85) 3085-9701

RECONHECIMENTO DE REGIÕES FAVORÁVEIS PARA

MINERALIZAÇÕES DE COBRE E OURO - RENCA

PARÁ - BRASIL

Marabá, março de 2020

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RESERVA NACIONAL DO COBRE E ASSOCIADOS – RENCA

A área está localizada no limite entre o noroeste do Pará e o sudoeste do Amapá, na qual
está inserido o polígono que define a RENCA, reserva mineral constituída através do Decreto
89.404, de 24 de fevereiro de 1984. Esse decreto foi extinguido em 2017 pelo então presidente
da República Michel Temer, o qual revogou a sua própria decisão após forte pressão popular.

A região foi afetada por processos geológicos polifásicos, orogenéticos com intenso
retrabalhamento magmático que proporcionaram a formação de depósitos minerais de Ouro,
Cobre, Ferro e Manganês. Apesar de grande da área do RENCA estar requerida, é possível
observar porções relevantes de área livres, inclusive com ocorrências minerais, ao qual podem
ser desenvolvidas pesquisas geológicas.

Segundo moradores locais a garimpagem de ouro na região tem decaído ao longo dos
últimos anos em função, principalmente, de que as ocorrências aluvionares estarem exauridas.
Sendo necessário, dessa forma, etapas de pesquisas mais avançadas para descobertas de novas
reservas minerais.

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CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL

A respeito do contexto geológico regional a RENCA está localizada no norte do Cráton

Amazônico, sudeste do Escudo das Guianas, em sua maior parte no contexto de uma faixa
orogenética paleoproterozoica evoluída entre 2,26 e 1,99 Ga, onde são reconhecidos terrenos
tectônicos distintos, designados Bloco Amapá, Domínio Carecuru e Domínio Paru.

O Bloco Amapá representa um terreno continental arqueano com embasamento de alto

grau metamórfico, com idades dominantes entre 2,85 e 2,60 Ga, e intensamente retrabalhado
durante a orogênese paleoproterozoica. O Domínio Carecuru é definido principalmente por uma
associação de granitoides cálcioalcalinos e sequências metavulcanossedimentares, evoluída
entre 2,22 e 2,14 Ga, a partir da formação de arcos magmáticos continentais. O Domínio Paru
configura um inlier arqueano de alto grau no interior do Domínio Carecuru.

A zona de articulação entre o Bloco Amapá e o Domínio Carecuru é delineada pela faixa
metavulcanossedimentar do Grupo Ipitinga (2,26 Ga), que inclui rochas
metamáficoultramáficas e metassedimentares químico-exalativas e clásticas, fortemente
tectonizadas pela Zona de Cisalhamento Ipitinga, de direção NW-SE, trend estrutural mais
proeminente da área.

O Grupo Ipitinga, juntamente com a associação tipo granitoide-greenstone do Domínio

Carecuru, representam as unidades de maior potencial metalogenético, especialmente para Au,
Cu e Fe. Há diversos garimpos de ouro primário e aluvionar neste contexto, e a mineralização
primária é caracterizada como do tipo ouro orogênico, relacionada a veios de quartzo e zonas
hidrotermais, hospedadas em zonas de cisalhamento ou juntas, NW-SE ou NE-SW.

A única ocorrência de cobre conhecida está associada ao Grupo Ipitinga, para a qual foi
definido um modelo singenético vulcanogênico-exalativo (VMS) para a mineralização
sulfetada (pirrotita+pirita±calcopirita±esfalerita). Grandes corpos de formação ferrífera
relacionados às sequências metavulcanossedimentares paleoproterozoicas, especialmente ao
Grupo Ipitinga, sugerem a presença de depósitos importantes de Fe.

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CONCLUSÃO

A região é propicia para o desenvolvimento de pesquisas minerais, o ambiente geológico

foi fortemente construído através de processos favoráveis a formação e concentração de metais.
A RENCA tem como ponto favorável os dados geofísicos e de mapeamento geológico
disponibilizados pela CPRM (em anexo), entretanto, a questão regulatória deve ser levada em
consideração, tendo em vista, que até o presente momento não é possível executar atividades
de lavra na região.

PROVÍNCIA AURÍFERA DE ALTA FLORESTA

Essa província é localizada na poção oeste do Mato Grosso, nas proximidades com o
limite do estado do Pará. A área já teve mapeamentos realizado pela Geoscan e possui áreas em
potencial para minério de manganês. Nas áreas delimitadas dentro da província aurífera de Alta
Floresta não há áreas livres para serem requeridas, entretanto, ao norte de alta floresta, já no
município paraense de Jacareacanga existem diversas áreas livres.

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CONTEXTO GEOLÓGICO REGIONAL

Foram identificados nesta região três domínios geotectônicos com características

distintas, marcados pela abundância de rochas graníticas associadas a vulcânicas ácidas a
intermediárias

O primeiro situa-se na porção nordeste da área é caracterizado por rochas com idade
modelo Sm/Nd de 2,3Ga e idade U-Pb em torno de 1,9Ga, representadas por gnaisses do
Complexo Cuiú-Cuiú, granitóides pouco deformados da Suíte Intrusiva Matupá e rochas
básicas da Suíte Intrusiva Flor da Serra. Possivelmente representando um prolongamento do
Arco Magmático Cuiú-Cuiú e os granitos orogênicos e pós-orogênicos, definidos na região do
Tapajós (Vasques et al., 2002).

O segundo domínio abrange a maior parte da área e apresenta idade modelo Sm/Nd de
2,1Ga e idade U-Pb entre 1,85 e 1,75Ga. É caracterizado por dois segmentos crustais distintos:
terreno plutovulcânico pouco deformado, em regime rúptil a rúptil-dúctil (suítes Juruena,
Paranaíta, Colíder, Alcalina Cristalino e granitos Nhandu e Teles Pires) e terreno de médio a
alto grau metamórfico, domínio dúctil (Complexos Bacaeri-Mogno e Nova Monte Verde, Suíte
Vitória e granitos São Pedro, São Romão e Apiacás).Estes dois terrenos foram denominados
neste estudo de Arco Magmático Juruena com direção geral NW-SE.

Localizado a sul/sudoeste da área e justaposto ao Arco Juruena, o último domínio

constitui um provável arco magmático acrescionário, caracterizado por um terreno
metavulcano-sedimentar, deformado em regime dúctil, representado por uma bacia tipo back-
arc (Grupo São Marcelo-Cabeça).

CONCLUSÃO

A região ao norte de alta floresta é uma área com poucas informações geológicas,
diferentemente da área demarcada da província aurífera de Alta Floresta. Pela proximidade com
a província aurífera e a escassez de campanhas geológica, a área pode ser um alvo interessante
para pesquisas geológicas, além de que, há diversas áreas livres para requerimento.

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