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Conselho Nacional
Conselho Regional
Presidente Nato
Heitor José Müller
Presidente do Sistema FIERGS
José Zortea
Diretoria do SENAI-RS
José Zortea
Diretor Regional
X0 X1 Y0 X0
Y0
X0 X1
LD X0
AND X1
Y0
OUT Y0
Y0 = X0 . X1
EXPRESSÃO LÓGICA
FlipFlop
SR
%lW3 >= VarOut
S1 Q1
%MW3 Varln
R
Cada ação pode ser programada em qualquer uma das linguagens do IEC,
podendo se misturar mais do que uma linguagem em um mesmo programa.
Uma das grandes vantagens é que o programa realiza sequências paralelas,
como se faz necessário em algumas situações.
A seguir, trazemos um exemplo de programa em linguagem sequencial.
S0
t1 t3
S1 S2
& t2 t4
S3
t5
LD START
ORN Button
ANDN EmStop
S Motor
Figura 14 - Exemplo de programa em Lista de Instruções
Fonte: Autor
Recapitulando
5.1 Conceitos
Vamos relembrar agora alguns conceitos lógicos que serão extremamente necessários para
a utilização das memórias de qualquer CLP.
BIT (ponto) – É a menor unidade para o sistema, utilizada na base binária. Podemos dizer que
o bit é a unidade básica de informação, e pode assumir o valor 0 (Zero/False) ou 1 (Um/True).
BYTE (octeto) – É a unidade construída pela união de 8 bits consecutivos, e pode assumir
valores na faixa de 0 a 255.
7 6 5 4 3 2 1 0
Figura 16 - Representação do byte
Fonte: Autor
WORD (palavra) – É a unidade construída pelo conjunto de 2 bytes consecutivos e pode assumir
valores na faixa de –32768 a +32767 (com sinal), ou valores na faixa de 0 a 65535 (sem sinal).
F E D C B A 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0
Figura 17 - Representação do word
Fonte: Autor
Executiva
Sistema
Imagem
Dados
Usuário
Recapitulando
Por razões de segurança, o controle das máquinas utiliza componentes de baixa tensão,
pois eles devem permitir que o operador e/ou o técnico de manutenção toque neles sem
a possibilidade de lhe causar lesões. Como exemplo, normas brasileiras como ABNT –
NBR 5410 (Instalações Elétricas de baixa tensão) e a NR 10(Norma Regulamentadora para
segurança em instalações e serviços em eletricidade).
Para máquinas que exigem eficiência aplicam-se tensões mais elevadas, como 380Vac.
Contudo, as linhas de comando devem sempre ser reduzidas para 127Vac ou outro valor
menor. Para essa função, utilizaremos um transformador de controle ou uma fonte de
alimentação. A figura 19 mostra o diagrama elétrico do transformador de controle. Na
simbologia, podemos notar que o primário está no topo, e o secundário, na parte inferior.
X Y Z
1 T2
127 Vca/380Vca
500VA 1
U V W
6.2 Interruptores
6.2.1 Botoeiras
Figura 21 - Botoeiras
Fonte: EATON, 2007
NA NF
Figura 22 - Diagrama elétrico dos contratos dos interruptores
Fonte: Autor
Existem as chaves seletoras que funcionam com duas, três ou mais posições.
Não há interligações elétricas entre os contatos das diferentes posições. Caso as
interligações sejam necessárias, o projetista deverá prever essas ligações.
6.2.5 Relés
Bobina
A B
Contactos
Bobina Contactos
Eléctricos
Figura 27 - Elementos do relé/contactor
Fonte: SENAI - CETEMP, 2005
Quando o relé é energizado, uma corrente elétrica passa pela bobina, na qual o
campo magnético movimenta uma haste dentro do núcleo, modificando o estado dos
contatos. Dois pares de contatos estão montados, e quando o relé não está energizado
o par superior é fechado; quando a bobina é energizada, o par inferior é fechado.
A ação dos contatos é resultado da energização e da desenergização do relé.
Os contatos superiores são os contatos NF, pois sem energia na bobina eles estão
fechados. Os contatos inferiores são os contatos NA, pois sem energia eles os
contatos estão abertos. Ou seja, os contatos sempre são referidos conforme o
estado da bobina desenergizada.
A figura 29 representa o diagrama elétrico do relé.
1k4
+
24Vdc NA NF
1.5B 1.6B
1K4
11
21
1k4
1K4
14 22
Figura 29 - Diagrama elétrico do relé
Fonte: Autor
UP
1.5
1.0 0
2,5
0.5
0 3,0
omron
H2C
CASOS E RELATOS
UP
1.5
1.0 0
#### 2,5
###### 0.5
### 3,0
0
omron
H2C
A 001 = nI
V 005 = eU
In = 100 CA º 54 = T O
nOn
Ue = 500 VA .TAC
T A=K45 º C V eU
04 032 0K H521 WD
52 514/ 083 06 - 05
Cc 61 044 2H
O
ffOff
21 005
51 K1 = 50% 521 Icu m
IEC 947 -2 ETSET
ucI %05 = 1K
2- 749 CEI 001 - H 5
21 WD
EC
2- 7490C NE I
Apesar de esta nomenclatura ainda ser utilizada, não significa que devemos
manter essa prática. Cada empresa ou projetista pode desenvolver seu próprio
padrão de nomes. No caso de mais de um elemento igual, como, por exemplo, o relé –
CR, podemos utilizar a sequência numérica, do tipo CR1, CR2, CR3, e assim por diante.
Recapitulando
Neste capítulo aprendemos que há equipamentos que podem ser instalados nas
entradas e saídas do CLPs, e possuem uma representação de contato (NA ou NF) em
sua programação. Apresentamos o transformador de controle, os interruptores, as
botoeiras, as chaves seletoras, os interruptores de limite, as lâmpadas indicadoras,
os relés eletromecânicos e os relés temporizados (TON e TOF).
6 Componentes Básicos e seus Símbolos
49
Anotações:
Lógicas Booleanas
OR Inputs Output
A porta lógica “E” retorna um valor de saída em 1 quando todas as suas entradas
estiverem com o valor lógico 1. A figura 33 ilustra a operação de uma porta lógica
“E”, com a respectiva Tabela Verdade, que expressa a operação lógica do sistema.
Inputs Output
X1 X2 Y
0 0 0
X1 X2 Y
0 1 0
1 0 0
115 V 1 1 1
- +
a b
Figura 33 - a) Representação das portas lógicas “E”; b) Representação da Tabela Verdade.
Fonte: GROOVER, 1987
A porta lógica “OU” retorna um valor de saída em 1 quando qualquer uma das
entradas estiver com o valor lógico 1. A figura 34 ilustra a operação de uma porta lógica
“OU, com a respectiva Tabela Verdade, que expressa a operação lógica do sistema.
Inputs Output
X1 X2 Y
X1
0 0 0
Y
0 1 1
X2
1 0 1
115 V 1 1 1
- +
a b
Figura 34 - a) Representação das portas lógicas “OU”; b) Representação da Tabela Verdade..
Fonte: GROOVER, 1987
A porta lógica “NEGADA” tem apenas uma entrada e retorna na saída o valor
invertido; ou seja, se a entrada estiver em 1, então a saída terá valor lógico de 0
(zero) e vice-versa. A figura 35 ilustra a operação de uma porta lógica “NEGADA”,
com a respectiva Tabela Verdade, que expressa a operação lógica do sistema.
Inputs Output
X1 X1 X2 Y
Y
X2
0 0 1
a 0 1 0
1 0 0
X1 1 1 0
Y
X2
b c
Figura 37 - a) Representação das portas lógicas “NÃO OU”; b) Representação da Tabela Verdade.
Fonte: GROOVER, 1987
Recapitulando
Anotações:
Sistemas de controle:
conceitos e terminologia
Suponha que tivéssemos que controlar, por exemplo, a velocidade de uma bomba hidráulica
para que em regime de operação ela forneça uma determinada vazão, independentemente
da força exercida pelos atuadores? Ou, ainda, como garantir um processo de pressão e
temperatura constante, indiferentemente a fatores externos? Tentaremos responder a essas
perguntas, neste capítulo. Estudaremos um tema amplamente utilizado em todas as áreas em
que precisamos de um controle extremamente preciso para uma ou mais grandezas físicas: o
controle PID.
O objetivo de um sistema de controle é igualar a variável de processo ao set-point
programado, da maneira mais rápida e sem overshoots. Dependendo do processo, os objetivos
podem variar. Alguns processos toleram overshoots e outros não. Como exemplo de controle
sem overshoot temos o controle de pressão de gases e de controle que aceita overshoot temos
o controle de nível em reservatórios da água tratada que vai para nossas casas.
No quadro 2 temos o diagrama de blocos de um controlador PID inserido em um processo,
com a definição de seus elementos.
Diagrama de blocos de um controlador PID inserido em um
processo
SP: Conhecido como Set- No caso de controladores microprocessados, geralmente é
point, Reference Value, especificado em unidades de engenharia ou em uma escala
ou Ponto de Ajuste). pré-definida, por exemplo, 0 a 100, 0 a 1000.
PV: Conhecido como Variável do processo cujo valor desejamos igualar ao setpoint.
Process Variable (Variável Nesse item, entendamos que o controlador recebe esta variável
de Processo), Controlled de um sensor (por exemplo, transmissor de temperatura) e a
Variable (Variável transforma internamente para ser comparada com o SP.
Controlada) e Variável
Medida.
MV: Conhecido como É a saída com a qual o controlador atua no processo a fim de
Manipulated Variable, ou obter a igualdade PV = SP. Neste item, entendamos que o con-
Valor Atuado. trolador lógico programável utiliza transdutores (por exemplo,
4-20 mA) para atuar sobre algum dispositivo de controle (por
exemplo, válvula).
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
58
Distúrbio
SP Controlador MV
Processo
PID
PV
Figura 38 - Diagramas de Bloco do Controlador PID
Fonte: Autor
Kc
T1 * s +
e + LS
SP + Kc MV
+ LI
- Kc* Td* s -
PV BI
Figura 39 - Diagramas de Bloco de um PID e seus símbolos
Fonte: Autor
A ação proporcional é definida pelo termo Kc*, e quanto maior for a Kc, maior será
a variação de MV em função de um erro. Em outras palavras, quanto maior for a Kc
menor será o erro necessário para provocar uma variação de fundo de escala em MV.
Uma forma alternativa de expressar o ganho Kc é por meio da banda
proporcional (PB), que é a variação percentual do erro necessária para provocar
100% de variação em MV: PB = 100 / Kc.
Existem controladores comerciais em que, em vez de ajustar a Kc, ajustamos
a PB. O ganho proporcional, entretanto, não é suficiente para eliminar o erro em
regime permanente ou offset. Consideramos que num controlador puramente
proporcional a equação de MV vale: MV = Kc * e + BI.
CASOS E RELATOS
Suponha que BI tenha sido ajustado para provocar erro nulo sob determinadas
condições consideradas normais de temperatura da água, fluxo de água e temperatura
ambiente. Nesse caso, MV = BI. Se, a partir desse momento, houver algum distúrbio
que tire o fluxo de água ou a temperatura ambiente das condições normais, ou se for
modificado o SP (setpoint), torna-se óbvio que um novo valor de MV (diferente de BI)
deverá ser estabelecido para manter a temperatura em SP. Nesse caso, é claro que o
erro não pode se anular, pois MV seria igual a BI.
O erro em regime permanente num sistema puramente proporcional
vale, portanto, (MVn – BI) / Kc, onde MVn é o novo valor que deveria ser
atingido por MV para atingir o SP (na prática o erro não pode ser zerado).
Por essa equação, percebemos também que o erro em regime permanente
pode ser diminuído aumentando Kc. Entretanto, aumentar Kc acima de
determinados limites leva o sistema à instabilidade, provocando oscilações
em PV. Tais oscilações são causadas por atrasos nos sinais que se propagam
em torno da malha de controle.
DMVI
DMVP
MV
tempo
Ti
Embora a ação integral seja efetiva para eliminar o erro em regime permanente
(ou offset), ela é mais lenta do que a ação proporcional porque age depois de
um período de tempo (ver atraso Ti). Um modo ainda mais rápido do que a ação
proporcional é o modo derivativo. A ação derivativa é representada pelo termo PV
* Kc * Td * s, em que Kc é o ganho proporcional e Td é o tempo derivativo.
O tempo derivativo é aquele que a ação proporcional leva para produzir
a mesma variação em MV produzida instantaneamente pela ação derivativa,
quando o erro tem derivada constante (rampa de erro). Observe, na figura 41, a
DMVP (proporcional) = DMVD (derivativa).
PV
DMVD
DMVP
DMVD
MV
Td tempo
Vimos nos tópicos anteriores uma breve explicação sobre Controle PID. A
maioria dos controladores lógicos programáveis do mercado oferece esse tipo
de função. Estudaremos esse tópico no capítulo “A aplicação de controladores
PID”. Para compreender como funciona o controlador PID na prática, utilizaremos
o controlador lógico programável da Omron, pois oferece uma resposta bem
melhor ao que desejamos fazer aqui.
PID (190)
S S: Input word
C C: First parameter word
D D: Output word
Se o flag de Erro não ativar, significa que tudo está configurado corretamente
e, a partir desse ponto, a função já está sendo executada. A operação de
amortecimento (bumpless) não é utilizada neste momento, mas possui a
funcionalidade de monitorar a saída da função para evitar que ela sofra variações
fortes e repentinas. Quando iniciamos a execução da função, a variável de
processo passa a ser processada durante o período de amostragem.
Recapitulando
Anotações:
Blocos de Funções (Function Block) e
Movimentação de Variáveis
CASOS E RELATOS
Suponha uma fábrica que possui mais de 100 setores. Cada setor possui uma IHM (Interface
Homem Máquina) que, de hora em hora, mostra a média de produção realizada na fábrica, por
setor. Por serem mais de 100 setores, será necessário realizar o cálculo várias vezes.
Nesse caso, criaremos uma função para cálculo de média e a replicaremos para cada
um dos setores. Assim, será necessário o desenvolvimento de apenas um cálculo, bastando
alterar os pontos de entrada e saída do bloco para cada setor.
CASOS E RELATOS
CLP # 1
MESTRE
MEM CLP
.
MEMCLP
LOGICA .
1 CTR .
MOV
1,2,3 ÁREA
X
LO ESCRAVO
AREA CIC AREA 1 CICLO 1
x 1
2
MOV ÁREA
X CICLO 2 ESCRAVO
AREA 2 2
CICLO 3 ÁREA
3
MOV ESCRAVO
X 3
AREA 3 .
.
.
Figura 44 - Esquemático da transferência de dados de rede Modbus-RTU com 3 escravos
Fonte: Autor
AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL
68
Recapitulando
Anotações:
Referências
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Diana Neri
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Júlio Damian
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Fernando R. G. Schirmbeck
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