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Diretrizes de topologia e funcionalidades

técnicas Rede Metro Ethernet

CPE
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E ENGENHARIA

Janeiro - 2015

Núcleo de Backbone IP
Definições de topologias
-Anel de POP/PIA
Anel de POP/PIA são anéis de rede metro composto exclusivamente por pontos
de presença da própria Algar Telecom, sendo esses ELI ou ELR com toda a
infraestrutura de climatização, energia e banco de baterias.

POP POP POP

-Anel de cliente
Anel de cliente são anéis de rede metro composto por infraestrutura do cliente,
onde a Algar Telecom utiliza total ou parcialmente a estrutura do cliente para instalar
seus equipamentos. Podendo ser utilizado rack, ar condicionado e/ou energia.
Normalmente nessas instalações a Algar Telecom não tem autonomia de manutenção
das facilidades de infraestrutura.

POP Cliente Cliente

-Anel misto
Anel de rede metro composto por POP Algar Telecom e também por ambiente
de cliente. Normalmente utilizado em regiões metropolitanas com escassez de fibra
ótica. Esse cenário é caso de exceção e não deve ser usado na rede.

POP Cliente POP


-Topologia Flat
São redes metro Ethernet construídas sem redundância de anel, normalmente
o Atendimento é feito com uma fibra ou radio saindo diretamente do POP principal da
Algar Telecom até o ambiente do cliente.
Os mini-pops são um exemplo desse tipo de topologia.

POP
Cliente

- Subanel

São anéis de rede metro, tanto de POP como de cliente que derivam de uma
outra estação e foram um novo subanel.

POP POP POP

Sub-anel
- Segmento incompleto

Segmento são anéis incompletos, ou seja, são segmentos de rede baseado em


fibra ou rádio que não tem terminação no mesmo POP, mas sim em POPs
distintos. Normalmente motivados por questões de caminho ou distância das
fibras/rádio. Não são comuns tais topologias, mas podem ocorrer.

POP
POP
POP Segmento

Diretriz de protocolos
Diretriz: Somente os protocolos abaixo devem ser utilizados na rede metro Ethernet
da Algar Telecom.

- Protocolo REP

Resilient Ethernet Protection (REP), é um protocolo proprietário da Cisco que


pode ser aplicado as topologias de anel, subanel e também de segmento.
Também pode ser aplicado com o recurso de “no-neighbor”, onde um switch
do anel, e apenas um, pode não rodar o protocolo e ser transparente as
configurações.
Também permite que o ponto de bloqueio do anel seja definido pelo operador.
Infelizmente é um protocolo fechado e não temos nenhum outro fornecedor
além da Cisco que implementa o mesmo.

- Protocolo EAPS

Ethernet Automatic Protection Switching (EAPS), é um protocolo que deixou de


ser proprietário da Extreme e passou a ser de domínio público e pode ser
aplicado as topologias de anel e subanel. Não será permitida o uso do
protocolo de maneira transparente.
Não permite que o ponto de bloqueio do anel seja definido pelo operador.
Sendo obrigatório que o switch “master” tenha o ponto de bloqueio do anel.
Protocolo implementado por fornecedores como Extreme e Datacom.
- Protocolo G.8032

Ethernet Ring Protection Switching, definido pela ITU-T na norma G.8032, é um


protocolo aberto que pode ser aplicado as topologias de anel e subanel
somente (está em desenvolvimento o G.8032v2 que permitirá topologia de
segmentos incompletos). Não pode ser aplicado com o recurso de
“transparência” sendo necessário que todos os switches do anel rodem o
protocolo.
Protocolo aberto e disponível na grande maioria dos switches metro Ethernet
disponíveis hoje.

- Protocolo MPLS

MPLS, é um protocolo aberto de camada 2.5 que pode ser aplicado as


topologias de anel, subanel, segmento e quaisquer outras topologias. Não pode
ser aplicado com o recurso de “transparência” sendo necessário que todos os
switches do anel rodem o protocolo.
Protocolo aberto e disponível na grande maioria dos switches L3 Ethernet
disponíveis hoje.
O transporte de circuitos L2 nas redes MPLS é realizada com o uso do
pseudowire, na maioria dos casos circuitos ponto-a-ponto com a tecnologia
VPWS (Virtual Private Wire Service).

Diretriz de aplicação dos protocolos por


topologia
Diretriz: É proibido a utilização de anéis de rede metro sem protocolo de resiliência
ou com outro protocolo que não esteja especificado nesse documento.
Diretriz: Os anéis com protocolo EAPS somente no cabeça de anel, e os outros
switches configurados de maneira transparente, estão proibidos.

-Topologia de anel e subanel: Podem ser utilizados os 4 protocolos, REP, EAPS


G.8032 e MPLS. Deve-se preferir o protocolo MPLS que tem a velocidade de
comutação mais rápida e é Inter operável por vários fornecedores permitindo
assim o uso de anéis com switches de diferentes fabricantes e com topologias
diversas. Não sendo possível o uso do MPLS o protocolo de escolha dever ser o
G.8032 que permite o uso de diversos fornecedores no mesmo anel.
Caso não seja possível o uso do protocolo G.8032, na topologia de anel e
subanel deverá ser utilizado o protocolo REP.

-Topologia de segmento: Podem ser utilizados 2 protocolos, MPLS e REP. Deve-


se preferir o protocolo MPLS que tem a velocidade de comutação mais rápida e
é Inter operável por vários fornecedores permitindo assim o uso de anéis com
switches de diferentes fabricantes e com topologias diversas. Não sendo
possível o uso do MPLS o protocolo de escolha dever ser o REP que permite tal
topologia.

Diretriz de integração do anel metro ao


roteador PE do Backbone IP
Diretriz: Todo anel de rede metro deve terminar no mesmo PE ou mesmo cabeça de
anel.
Diretriz: Na conexão do cabeça de anel com o PE está proibido o uso do protocolo
LACP.
Diretriz: Preferencialmente os anéis devem ligar ao switch cabeça de anel, e deve
ser evitada a topologia onde o anel termina no próximo PE.

Deve-se obrigatoriamente terminar os anéis de rede metro no mesmo POP, ou seja, as


duas vias do anel, leste e oeste, devem terminar no mesmo switch. Permitindo assim a
aplicação dos protocolos listados acima.

PE

POP POP POP principal


Topologia com anel de rede metro terminando em dois PE IP/MPLS diferentes estão
proibidas.

PE

POP POP POP


Backbone
IP
PE

A conexão do anel Metro com o roteador PE deve preferencialmente ser realizada por
interface única, de alta capacidade, evitando o uso das portas do roteador PE que
apresentam um custo mais elevado.
Não sendo possível o uso de apenas uma porta entre o switch Metro e o roteador PE,
devem ser adicionadas quantas portas forem necessárias de maneira independente
uma da outra, evitando o uso de protocolo de agregação LACP. Tal agregação impede
o uso de diversas funcionalidades do roteador PE.

PE

Diretriz capacidade dos anéis metro


ethernet
Diretriz: A quantidade de elementos Ethernet por anel e subanel é de 20 switches no
máximo.
Todos os protocolos utilizados nas redes metro da Algar Telecom (REP,EAPS,ERPS e
MPLS) permitem o uso de anéis com uma quantidade bastante elevada de elementos
por anel.
Como atuamos em diversas regiões, com características de rede e comerciais bastante
diferentes, a definição de um número máximo de elementos por anel é de difícil
embasamento técnico e por definição conjunta da Engenharia e Operação o número
máximo de elementos por anel é de 20 switches.
Toda ativação deverá preceder de uma análise de capacidade do anel, principalmente
de banda e quantidade de portas disponíveis. E um anel de rede metro deve ter como
meta não trabalhar com mais de 70% de sua capacidade em Gbps ocupada.

Diretriz de infraestrutura

Para os switches instalados em POPs da Algar Telecom, deve-se sempre preferir a


aquisição de equipamentos com dupla fonte redundante e alimentação -48V.
Para os switches instalados em ambiente de cliente é preferencialmente utilizada
alimentação -48V e quando não disponível é utilizado o 127VAC.
Em todos os cenários deve ser prevista a ligação do switch em rede de energia
condicionada e estabilizada, preferencialmente com redundância de banco de baterias
ou no-break.
Não sendo possível ligar o equipamento a um no-break, ou ainda, não sendo de
administração da Algar Telecom a energia que alimenta o switch, deve-se realizar a
instalação de uma chave ótica modelo “bypass”, que conecta as vias leste e oeste em
caso de desligamento ou falta de energia. Exemplo: Asga CMCOP
Exceção: No cenário de topologia MPLS e REP “no-neighbor”, não deve ser utilizado o
recurso da chave-ótica, pois a mesma não tem efeito por conta do funcionamento
desses protocolos.
No caso de REP “no-neighbor” a chave não pode ser usada no switch que tem tal
configuração. Os outros switches do anel, que rodam o protocolo REP normal, podem
e devem utilizar chave ótica quando necessário.

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