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CABEAMENTO: COAXIAL,

PAR TRANÇADO E FIBRA


ÓTICA
REDE DE COMPUTADORES I
TÉCNICO EM INFORMÁTICA
IFPA - ALTAMIRA
PROFESSOR MSC. GILBERTO DE MELO JUNIOR
INTRODUÇÃO
• Um sistema de cabeamento estruturado é regido por normas
internacionais e nacionais, utilizando conectores padronizados, que
permitem a conexão de qualquer equipamento em qualquer ponto do
cabeamento;
• ANSI (American National Standards Institute): regulamenta dispositivos
instaldos em uma rede de computadores;
• TIA (Telecommunications Industries Association): instalações relacionadas a
Data Center;
• EIA (Eletronic Industries Alliance): padrão categoriza cabeamentos;
• ISO (International Organization for Standardization): também categoriza
cabeamentos;
• ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): cabeamento residencial;
• IEEE (Institute of Electrical and Eletronics Engineers): padrões para redes
wireless;
INTRODUÇÃO
• Estatisticamente, cerca de 70% dos problemas que ocorrem em uma
rede de computadores deve-se ao cabeamento;
• Os softwares costumam passar por uma evolução a cada 2 ou 3 anos,
e o hardware geralmente tem uma vida útil de 5 anos. No entanto,
você terá de viver 15 anos ou mais com seu cabeamento de rede;
• Até a criação dos atuais padrões ANSI/EIA/TIA não existia qualquer
tipo de padronização independente de fabricante que fornecesse uma
orientação quanto à instalação de sistema de cabeamento;
• Dentro dos padrões de cabeamento foram criados grupos de
especificações chamados “categorias” ou “níveis”, (a nomenclatura
varia dependendo do padrão), que definem a aplicação dos cabos e
dos conectores em função da banda de frequência de operação;
PROBLEMAS DE CABEAMENTO
• Atenuação – É a perda de potência que o sinal sofre ao percorrer o
meio entre o transmissor e o receptor, expressa em dB;
• Paradiafonia ou NEXT (Near End Crosstalk) – É a imunidade à
interferência dos pares de um cabo em relação ao sinal de entrada
que trafega em um par específico no mesmo cabo e na mesma
extremidade, expressa em dB;
• Telediafonia ou FEXT (Far End Crosstalk) – É o mesmo caso do
NEXT, porém na extremidade oposta à entrada do sinal, expressa
em dB;
• Atraso de Propagação ou DELAY – Tempo que o sinal leva para
percorrer o meio de transmissão, expresso em nanossegundos;
PROBLEMAS DE CABEAMENTO
• Perda de Retorno ou RL (Return Loss) – É a medida, expressa em
dB, do sinal refletido causado por defeitos na fabricação ou dobras
dos cabos metálicos ou ainda pelo descasamento de impedância
entre o cabo e os dispositivos de conexão de rede;
• PSNEXT (Power Sum NEXT) – É o somatório dos níveis de ruído
gerado entre três pares do cabo metálico, expresso em dB;
• ELFEXT (Equal Level Far End Crosstalk) – É a interferência de um
sinal que trafega por um determinado par, sobre um par vizinho na
outra extremidade do cabo, em dB;
• PSELFEXT (PowerSum ELFEXT) – É o somatório dos níveis de ruído
gerado por múltiplas fontes de sinal na extremidade distante do
cabo, com referência ao sinal de entrada nesse mesmo cabo,
expresso em dB.
MEIOS FÍSICOS GUIADOS
• Os meios físicos guiados são utilizados em redes de
computadores para conectar os diversos equipamentos entre si;
• Diferem com relação à banda passante, potencial para conexão,
limitação geográfica devido à atenuação característica do meio,
imunidade ao ruído, custo, disponibilidade de componentes e
confiabilidade;
• Os mais comumente utilizados são:
• cabo coaxial;
• cabo de pares trançados;
• fibra óptica.
CABO COAXIAL
• Um cabo coaxial consiste em um fio de cobre rígido que forma o
núcleo, envolto por um material isolante que, por sua vez, é
envolto por um condutor cilíndrico externo na forma de uma malha
metálica entrelaçada ou uma lâmina metálica. Esse condutor
externo é coberto por uma capa plástica protetora.
• Inicialmente foi o tipo de mídia mais utilizado nas primeiras redes
locais de computadores e para a transmissão a longa distância
nos sistemas de transmissão das concessionárias de telefonia fixa.
CABO COAXIAL
CABO COAXIAL
• Vantagens:
• Sua blindagem permite que o cabo coaxial seja mais longo do que os
cabos do tipo par trançado;
• Permite o uso de redes com transmissão banda larga;
• Melhor imunidade contra ruídos e contra atenuação do sinal que o par
trançado sem blindagem;
CABO COAXIAL
• Desvantagens:
• Por não ser flexível o suficiente, quebra e apresenta mau contato com
facilidade;
• Pelo mesmo motivo é difícil de passa-lo através de conduítes, dificultando
a instalação em da rede em ambiente de trabalho;
• Normalmente utilizado em topologia linear, onde caso o cabo quebre ou
apresente mau contato, o segmento inteiro da rede deixa de funcionar;
• A topologia linear dificulta a adição e remoção de máquinas na rede,
bem como a passagem de cabos;
• Normalmente limitado a 10 Mbps, enquanto que com cabos do tipo par
trançado é possível trabalhar a pelo menos 100 Mbps.
CABO COAXIAL
CABO COAXIAL
Exemplo de uma rede usando cabo coaxial fino.
CABO COAXIAL
Aumentando o comprimento máximo do cabo usando um repetidor
CABO COAXIAL
Tipos de conectores para cabos coaxiais e alicates
CABO COAXIAL
Sequencia de montagem de um conector BNC
PAR TRANÇADO
• Os projetos de redes de computadores atuais vêm utilizando o cabo de
par trançado em substituição ao cabo coaxial fino, principalmente
devido ao seu preço e à facilidade de instalação e manutenção;
• O cabo de par trançado é normalmente utilizado em redes para a
transmissão em banda básica. Pode ser empregado também em redes
locais com taxas de transferência maiores, trabalhando não somente a
10Mbps, mas também com taxas desde 100Mbps até 1Gbps;
• Sua transmissão pode ser tanto analógica quanto digital;
• A desvantagem do par trançado é sua sensibilidade às interferências e
ao ruído elétrico.
PAR TRANÇADO
• O nome de cabo de par trançado é devido ao fato dos pares de
fios se entrelaçarem por toda a extensão do cabo, evitando assim
interferências externas ou entre os próprios condutores do cabo;
• Os fios de um par são enrolados em espiral a fim de, através do
efeito de cancelamento, reduzir o ruído e manter constantes as
propriedades elétricas por toda a sua extensão;
• O efeito de cancelamento reduz a diafonia entre os pares de fios,
diminuindo o nível de interferência eletromagnética e de
radiofrequência e aumentando a sua capacidade de transmissão.
PAR TRANÇADO
• Tipos de cabos par-trançado:
• UTP - Unshielded Twisted Pair ou Par Trançado sem Blindagem;
• STP - Shielded Twisted Pair ou Par Trançado Blindado;
• FTP - Foil Twisted Pair / ScTP - Screened Twisted Pair ou Par Trançado
Folheado ou Par Trançado com Malha.
PAR TRANÇADO UTP
• Sua estrutura é de quatro pares de fios entrelaçados e revestidos por
uma capa de PVC;
• Sem blindagem;
• Pela falta de blindagem este tipo de cabo não é recomendado ser
instalado próximo a equipamentos que possam gerar campos
magnéticos (fios de rede elétrica, motores, inversores de frequência);
• 4 pares;
• Impedância 100 Ohms;
• Bitola de 24 AWG e 22 AWG (0,51 mm e 0,64 mm);
• Usado tanto em redes domésticas quanto em grandes redes industriais
devido ao fácil manuseio, instalação;
PAR TRANÇADO UTP
• Em redes Ethernet:
• 10Base-T (10 Mbps);
• 100Base-T (100 Mbps);
• 1000Base-T (1 Gbps);
• 10GBase-T (10 Gbps);
•É o mais barato para distâncias de até 100 metros (sempre
deixar 10 metros de “folga” para manutenção);
• Apresenta a vantagem do baixo custo dos equipamentos terminais
quando comparado com a fibra e a facilidade de manuseio
durante a sua instalação;
• Não podem ficar em ambientes com umidade.
PAR TRANÇADO UTP
• Categorias TIA/EIA – 568:
• Categoria 1: é o cabo par trançado usado em cabos
telefônicos. Só pode ser usado em transmissões de 1 MHz (1
Mbps);
• Categoria 2: usado em redes Token Ring de 4 Mbps.
Atualmente não é mais usado;
• Categoria 3: permite transmissões até 16 MHz, é possível obter
transmissões de até 16 Mbps. Foi o cabo usado em redes
Ethernet padrão (10 Mbps) usando cabo par trançado
(10Base-T) antes de cabos categoria cinco se tornarem o
padrão. Cabos categoria três não são mais usados.
PAR TRANÇADO UTP
• Categorias TIA/EIA – 568:
• Categoria 4: permite transmissões a até 20 MHz. Usado por redes Token
Ring de 16 Mbps. Atualmente não é mais usado;
• Categoria 5: permite transmissões a até 100 MHz, podendo ser usado
por redes operando a até 1 Gbps, embora a categoria 5e tenha sido
especificada com parâmetros para melhor comportar transmissões a 1
Gbps. Foi substituído pela categoria 5e e atualmente não é mais usado;
• Categoria 5e: idêntico ao cabo categoria 5, porém com especificações
mais apertadas para a paradiafonia para melhor comportar transmissões
a 1 Gbps (Gigabit Ethernet). Atualmente todos os cabos categoria cinco
são na realidade 5e (pois oficialmente a categoria cinco não existe mais);
• Categoria 6: permite transmissões até 250 MHz. Alguns data centers
preferem o uso deste cabo em vez de cabos categoria 5e para garantir
um menor nível de interferência eletromagnética e, com isso, uma possível
maior taxa de transferência prática (throughput);
PAR TRANÇADO UTP
• Categorias TIA/EIA – 568:
• Categoria 6a: permite transmissões a até 500 MHz, sendo o padrão usado por
redes 10G Ethernet (10 Gbps) usando par trançado;
• Categoria 7: trata-se de um padrão para cabo par trançado com blindagem
permitindo transmissões a até 600 MHz. Notar que, tal como ocorre com as
categorias um e dois, o termo “categoria 7” oficialmente não existe, sendo um
nome informal. Repare que este não é um padrão de par trançado sem
blindagem, mas sim com blindagem;
• Categoria 7a: idem acima, com frequência máxima de 1 GHz.
• Categoria 8: Os cabos de categoria 8 conseguem chegar perto do nível da
fibra ótica em termos de velocidade de transmissão, conseguindo atingir até
40Gbps a 2000Mhz. A única barreira desta categoria é a distância, pois só é
possível atingir essas velocidades e frequência em um comprimento de até 30
metros, ou seja, se você necessitar de uma distância maior do que essa para
cobrir, é mais indicado ficar com os cabos CAT7.
PAR TRANÇADO UTP
PAR TRANÇADO UTP
PAR TRANÇADO UTP
PAR TRANÇADO STP
• Cabo com blindagem de Malha;
• Blindagem em cada par;
• 4 pares;
• Impedância 100 Ohms;
• Bitola de 24 AWG (0,51 mm);
• É recomendado para ambientes com interferência eletromagnética
acentuada;
• Por causa de sua blindagem especial em cada par acaba possuindo um
custo mais elevado;
• Caso o ambiente possua umidade, grande interferência
eletromagnética;
• Distâncias até 100 metros.
PAR TRANÇADO STP
PAR TRANÇADO STP
• Cabo com blindagem de Malha;
• Blindagem em cada par;
• 4 pares;
• Impedância 100 Ohms;
• Bitola de 24 AWG (0,51 mm);
• É recomendado para ambientes com interferência eletromagnética
acentuada;
• Por causa de sua blindagem especial em cada par acaba possuindo um
custo mais elevado;
• Caso o ambiente possua umidade, grande interferência
eletromagnética;
• Distâncias até 100 metros.
TIPOS DE ISOLAMENTOS/BLINDAGENS
• Para representar os tipos de isolamentos nos cabos é utilizado a
nomenclatura X/Y, onde X representa o isolamento global do cabo e Y o
isolamento individual dos fios. Com isso, basicamente podemos ter as
seguintes variações de acordo com a norma ISO/IEC 11801:
• U/UTP – Não existe blindagem global nem nos fios individuais;
• U/FTP – Sem blindagem global mas blindagem com folha de metal nos pares de fios;
• S/UTP – Blindagem global com trama de metal mas sem blindagem nos pares de fios;
• F/UTP – Blindagem global com folha de metal mas sem blindagem nos pares de fios;
• S/FTP – Blindagem global com trama de metal e blindagem com folha de metal nos
pares de fios;
• F/FTP – Blindagem global com folha de metal e blindagem com folha de metal nos
pares de fios;
• SF/UTP – Blindagem global com trama e folha de metal mas sem blindagem nos pares
de fios;
• SF/FTP – Blindagem global com trama e folha de metal e blindagem com folha de metal
nos pares de fios.
TIPOS DE ISOLAMENTOS/BLINDAGENS
CABO F/FTP

CABO SF/UTP
CABO U/FTP
TIPOS DE ISOLAMENTOS/BLINDAGENS
• Mesmo com a nomenclatura para os tipos de isolamentos, é importante seguir as
abreviações comumente utilizadas na indústria. Sendo assim, a tabela abaixo serve
de referência para associar detalhadamente cada tipo:
Nomenclatura Oficial Nomencalturas Comuns na Indústria
U/UTP UTP ou TP
U/FTP STP ou ScTP ou PiMF
F/UTP FTP ou STP ou ScTP
S/UTP STP ou ScTP
SF/UTP SFTP ou S-FTP ou STP
F/FTP FFTP ou STP
S/FTP SSTP ou SFTP ou ST ou STP PiMF
SF/FTP SSTP ou SFTP ou STP
TERMINAÇÕES DE PAR TRANÇADO
• Um Registered Jack (RJ) é uma interface física padronizada;
• Esse padrão descreve utilização tanto para conexão de telefones como
conexão de redes de dados;
• O padrão de desenvolvimento para estes conectores e a fiação elétrica mais
populares são chamados de: RJ11, RJ14, RJ45, etc.
• Estes padrões de interface são mundialmente usados.
TERMINAÇÕES DE PAR TRANÇADO
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• As redes mais populares utilizam a arquitetura Ethernet usando par trançado sem
blindagem (UTP);
• Nessa arquitetura, há a necessidade de um dispositivo concentrador, tipicamente um
hub ou um switch, para fazer a conexão entre os computadores, já que o par
trançado só pode ser usado para ligar dois dispositivos;
• Em redes pequenas, o cabeamento não é um ponto que atrapalhe o dia a dia da
empresa, já que apenas um ou dois dispositivos concentradores são necessários para
interligar todos os computadores;
• Entretanto, em redes médias e grandes a quantidade de cabos e o gerenciamento
dessas conexões podem atrapalhar o dia a dia da empresa. A simples conexão de
um novo computador na rede pode significar horas de trabalho (passando cabos e
tentando achar uma porta livre em um hub ou switch).
CABEAMENTO ESTRUTURADO
•É aí que entra o cabeamento estruturado. A ideia básica do cabeamento
estruturado é fornecer ao ambiente de trabalho um sistema de cabeamento
que facilite a instalação e remoção de equipamentos, sem muita perda de
tempo, igual ao que ocorre com o sistema elétrico do prédio: para instalar um
novo equipamento elétrico, basta ter uma tomada de força disponível. Nada
mais justo que, para instalar um novo computador a uma rede, seja suficiente
ter uma tomada de rede disponível;
• O cabeamento estruturado é baseado em seis subsistemas:
• Entrada do prédio;
• Sala de equipamentos;
• Sala de telecomunicações;
• Cabeamento de backbone;
• Cabeamento horizontal;
• Componentes da área de trabalho.
CABEAMENTO ESTRUTURADO
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Entrada do prédio: ponto do prédio onde há a conexão com o mundo
externo;
• Sala de equipamentos: sala contendo equipamentos que serão usados pelos
usuários, tais como servidores. Apesar de o termo ser “sala”, em muitos casos
é implementado na forma de um rack ou armário;
• Sala de telecomunicações: sala contendo equipamentos que farão a
conexão entre o cabeamento de backbone e o cabeamento horizontal, tais
como hubs e switches, além de dispositivos organizadores de cabos chamados
patch panels. Apesar de o termo ser “sala” em muitos casos é implementado
na forma de um rack ou armário e por isso alguns autores preferem chamar
este subsistema de “armário de telecomunicações” em vez de “sala”. É
também possível termos a sala de comunicações e a sala de equipamentos
implementadas em um mesmo rack ou armário;
CABEAMENTO ESTRUTURADO
• Cabeamento de backbone: também chamado cabeamento vertical, é o cabeamento
usado na conexão entre a entrada do prédio e as salas de equipamentos e de
telecomunicações. Tradicionalmente o cabeamento de backbone utiliza um sistema
com maior velocidade do que o cabeamento horizontal;
• Cabeamento horizontal: cabeamento usado na conexão entre as salas de
telecomunicações e as tomadas de rede. Por padrão este cabeamento, quando
usados cabos par trançado, tem um limite de 90 metros de comprimento. Como o
cabo par trançado pode ter um máximo de 100 metros de comprimento, é dada
uma folga de 10 metros para ser usada pelo cabo que ligará o computador à
tomada de rede e pelos cabos presentes nas salas de telecomunicações;
• Componentes da área de trabalho: componentes que ligam a máquina do usuário à
rede, o que tipicamente inclui uma tomada de rede e um cabo. O tamanho máximo
sugerido para este cabo é de três metros.
CABEAMENTO ESTRUTURADO (RACKS E ARMÁRIOS)
• Racks e armários possuem uma largura padrão e são usados para a instalação de
periféricos tais como hubs, switches, roteadores, patch panels e servidores;
• Em redes caseiras ou de pequenos escritórios tais periféricos usam um tamanho reduzido,
diferente do padrão usado em redes maiores, visto que com eles você possivelmente não
utilizará o cabeamento estruturado;
• O rack é “aberto”, enquanto que o armário é “fechado”;
• O armário pode ter ou não uma porta, e esta pode ser inteiramente sólida, pode ser
gradeada para melhor ventilação ou pode ter uma janela de vidro;
• Além de hubs, switches, roteadores, patch panels e gabinetes para servidores, existem vários
outros equipamentos voltados a racks e armários, tais como: Tomadas de força para a
alimentação de todos os equipamentos instalados no rack ou armário; Nobreaks e filtros de
linha profissionais; Monitor de vídeo LCD e gaveta contendo teclado para quando é
necessário o acesso local ao(s) servidor(es) localizado(s) no rack ou armário (uma outra
opção para o acesso local aos servidores é um carrinho contendo monitor, teclado e mouse);
Prateleiras vazias que podem ser usadas para colocar no rack ou armário um servidor que
use gabinete do tipo torre em vez de usar um gabinete próprio para racks, que é o mais
recomendado;
CABEAMENTO ESTRUTURADO (RACKS E ARMÁRIOS)
CABEAMENTO ESTRUTURADO (PATCH PANEL)
•O patch panel é um concentrador de cabos usado na sala de
telecomunicações;
• Em vez de os cabos que vêm das tomadas de rede localizadas na área de
trabalho conectarem-se diretamente ao hub ou switch, eles são conectados ao
patch panel, que é um sistema passivo (isto é, não possui nenhum circuito
eletrônico) contendo apenas conectores;
• Ou seja, normalmente o cabeamento horizontal da rede é conectado em uma
ponta à tomada presente na área de trabalho e, na outra, ao patch panel
presente na sala de telecomunicações;
• O patch panel possui a largura padrão para racks (19”), naturalmente, e sua
altura dependerá de quantos conectores (portas) ele tiver. Ele deverá ser
certificado para operar na mesma categoria do cabeamento da sua rede ou
superior.
CABEAMENTO ESTRUTURADO (PATCH PANEL)
• Do patch panel você faz as conexões necessárias ao periférico concentrador
(hub ou switch) através de cabos pino a pino. Se o periférico concentrador
estiver fisicamente localizado no mesmo armário ou rack, o cabo para esta
conexão será bastante curto (40 cm, normalmente). Esse tipo de cabo é
chamado patch cord;
• O uso de patch panels facilita enormemente a manutenção de redes médias
e grandes. Por exemplo, se for necessário trocar dispositivos, adicionar novos
dispositivos (hubs e switches, por exemplo), alterar a configuração de cabos
etc., basta trocar a conexão dos dispositivos no patch panel, sem a
necessidade de alterar os cabos que vão até os computadores;
• Cada porta do patch panel possui uma pequena área para você rotulá-la,
isto é, colocar uma etiqueta informando onde a porta está fisicamente
conectada.
CABEAMENTO ESTRUTURADO (PATCH PANEL)
CABEAMENTO ESTRUTURADO (TOMADAS)
• No cabeamento estruturado, o cabeamento horizontal chega até a área de
trabalho e é disponibilizado através de uma tomada de rede;
• Muitos prédios modernos já são construídos com dutos próprios para a
instalação do cabeamento de redes, muitas vezes com as tomadas e o
cabeamento horizontal já instalados;
• Existem diversos tipos de tomadas, algumas para serem embutidas na parede
(de modo a aproveitar um sistema de dutos que já exista embutido na
parede), outras externas, para a instalação em locais onde não existam dutos
embutidos na parede (e onde possivelmente você instalará um sistema de
dutos externo para ocultar o cabeamento da rede);
• Algumas tomadas inclusive apresentam conectores de telefone, para você
aproveitar o espaço da tomada para usar como ponto de ramal telefônico.
CABEAMENTO ESTRUTURADO (TOMADAS)
FIBRA ÓPTICA
•A fibra óptica transmite informações através de sinais luminosos, em vez de
sinais elétricos;
• Há duas grandes vantagens da fibra óptica em relação aos cabos
tradicionais:
• Primeiro, interferências eletromagnéticas não ocorrem no tráfego da luz; logo, a fibra
óptica é totalmente imune a ruídos. Isso significa comunicações mais rápidas, já que
praticamente não haverá a necessidade de retransmissões de dados (já que raramente
os dados chegarão corrompidos ao receptor).
• Segundo, o sinal sofre menos o efeito da atenuação; logo, conseguimos ter um cabo de
fibra óptica muito mais longo sem a necessidade do uso de repetidores. A distância
máxima de um segmento do tipo de fibra óptica mais usado é de 2 km (compare com o
limite de 185 metros do cabo coaxial fino e com o limite de 100 metros do par
trançado). Há fibras ópticas que permitem um segmento maior, enquanto outros tipos de
fibra óptica possuem um limite menor de distância.
FIBRA ÓPTICA
• Como a luz só pode ser transmitida em uma direção por vez, o cabo de fibra
óptica possui duas fibras, uma para a transmissão de dados e outra para a
recepção, permitindo, dessa forma, comunicações full-duplex;
• Interessante notar que a fibra óptica é bastante fina e flexível. Sua espessura
é similar à espessura do cabo par trançado sem blindagem. Com isso, dutos,
racks e dispositivos similares usados no cabeamento estruturado também
podem ser usados pela fibra óptica sem qualquer problema;
• OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Você nunca pode olhar diretamente para
uma fibra óptica. Como ela transmite luz concentrada, olhar para uma
fibra óptica queimará a sua retina, deixando-o cego (literalmente). Note
que a luz transmitida na fibra óptica possui um comprimento de onda
invisível ao olho humano; logo, você não verá a fibra óptica se “acender”
e poderá pensar que a luz não está sendo transmitida.
FIBRA ÓPTICA
• As fibras ópticas possuem três elementos:
• Núcleo: é o elemento que transmite a luz, podendo ser feito de vidro (dióxido de silício
com impurezas como germânio ou fósforo adicionadas para aumentar o índice de
refração) ou plástico. O material mais usado em fibras para redes de computadores é o
vidro, com diâmetros típicos de 9 μm, 50 μm, 62,5 μm ou 100 μm;
• Revestimento: o revestimento envolve o núcleo, possuindo um índice de refração menor
do que o do núcleo para permitir o funcionamento da fibra. Quando o núcleo é feito de
vidro, o revestimento e o núcleo são fabricados juntos, porém mais impurezas são
adicionadas para que o índice de refração seja diferente do usado no núcleo. Os
diâmetros típicos do revestimento são de 125 μm (normalmente usado com fibras com
núcleos de 9 μm, 50 μm e 62,5 μm de diâmetro) e 140 μm (normalmente usado com
fibras com núcleo de 100 μm de diâmetro);
• Capa: a capa protege a fibra óptica, possuindo um diâmetro de 250 μm ou de 500 μm.
Dois outros elementos são adicionados quando a fibra óptica é alojada dentro de um
cabo: fibras fortalecedoras – que previnem a quebra da fibra óptica durante o seu
manuseio e instalação – e o revestimento externo.
FIBRA ÓPTICA
REFERÊNCIAS
• Torres,
G. (2018). Redes de Computadores. 2ª ed. Clube do Hardware. Rio
de Janeiro. ISBN: 978-85-52971-00-9.
• Tanenbaum, A. S. (2003). Redes de computadores. Ed. Campus-Tradução da
Terceira Edição, Rio de Janeiro.
DÚVIDAS?

gilberto.melo@ifpa.edu.br

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