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1. Introdução
Neste artigo apresentaremos um estudo sobre o sistema operacional Haiku, com uma
breve história e suas principais características, bem como seu maior objetivo ligado as
questões de segurança de um sistema operacional no que tange seu sistema de arquivo
e chamada de sistemas. Este estudo irá abranger práticas sobre o Haiku em um estudo
de caso.
Em seu desenvolvimento, serão abordados alguns itens como: visão geral que
dará uma abrangência rápida sobre a história e o futuro deste SO (Haiku),
características e as funcionalidades, aspectos de segurança, sistema de arquivos,
chamada de sistemas e um estudo de caso que contará com uma parte prática que
mostrará as funcionalidades e vulnerabilidades deste sistema.
A apresentação prática será ilustrada neste artigo em forma de fotos.
2. Visão Geral
Ao contrário do que muitos pensam o BeOS não foi baseado em Unix, mas sim foi
escrito do zero. Ele visava ser um sistema operacional extremamente rápido, e
econômico, pois através do uso de vários processadores baratos iria se alcançar o
desempenho de um mais caro, por isso ele foi desenvolvido para ser Multi Threading,
e realmente conseguiu. Enquanto o Sistemas Windows mais atuais conseguem um
desempenho de processamento 70% melhor usando 2 processadores, o BeOS
conseguia 99%. O desenvolvimento do BeOS foi descontinuado em 2001, ano em que
a Be Incorporated foi adquirida pela Palm Incorporated.
Com a descontinuidade do BeOS surgiu a necessidade de se desenvolver um
sistema operacional capaz de suportar as aplicações existentes e de dar apoio a
comunidade de usuários. Nasce então o OpenBeOS que por questões de propriedade
intelectual o foi alterado para Haiku.
O nome "Haiku" que significa mensagens poéticas japonesas que tenha 5, 7 e
5 sílabas respectivamente, comentando sobre a natureza ou as estações, já para o
sistemas operacional "Haiku" surgiu para as mensagens de erros pelo navegador e
outros programas, associando ao nome do sistema operacional.
O Haiku é desenvolvido pela Haiku Incorporated, empresa de sem fins lucrativos,
fundada em 2003. O sistema operacional recebe apoio para desenvolvimento além de
sua equipe do projeto do GSoC (Google Summer of Code).
A base do sistema operacional Haiku foi desenvolvida em C++ e tem uma API
(Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicações)
orientada a objetos. Atualmente Haiku se encontra na versão Alpha 2.
3. Característica e Funcionalidades
O Haiku foi e continua sendo projetado para ser um ambiente de trabalho de fácil
utilização, eficaz e leve, no qual suas especificações técnicas, mínimas exigidas,
confirmam isso.
O Haiku exige um computador Pentium III com 256MB de memória RAM e
HD com 2 GB de espaço de armazenamento, ou seja, não chega nem no mínimo
utilizado hoje no mercado. Contudo, ele funciona apenas em sistemas x86-32 bits da
Intel, AMD ou compatíveis.
Apesar da modesta configuração mínima exigida pelo sistema, o mesmo foi
desenvolvido para gerenciar processadores multitarefa de forma muito eficaz. O
sistema possui diversos aplicativos e jogos instalados em seu sistema, além de possuir
o navegador Bom Echo, desenvolvido pela Mozila, que apresenta a mesma estrutura
do Firefox e complementa com diversos recursos multimídias que usamos
diariamente.
A quantidade de ferramentas para edição de áudio e vídeo enriquece as
características do sistema, pois somando a quantidade que hoje possuem o Windows e
o Linux não chega o que está disponível para Haiku.
Como o Haiku foi desenvolvido em base do BeOS e para adequar ao seu
projeto Haiku literalmente teve uma reestrutura quase que total, onde hoje seu kernel
é híbrido sendo assim parte de seu kernel é microkernel e a outra parte é monolítica.
Na construção do Microkernel Mr. Joche Liedtke (cientista alemão) explicava
que o microkernel minimiza a parte obrigatória do Sistema Operacional, fornecendo
um micronúcleo de mecanismos que aumentam a flexibilidade da aplicação, ou seja,
se for parado o servidor de comunicação de rede o sistema operacional não para como
um todo, somente este serviço. Por sua vez a parte do kernel do Haiku que é
monolítica, ela se comporta de um único bloco de kernel, onde houver a parada desse
bloco o sistema para como um todo.
Segue abaixo as características apontadas:
Multitarefa com "multi-threading" pervasivo - Haiku suporta múltiplas
CPUs e múltiplas cores.
Baixa latência para serviços de kernel e de mídia. O Haiku é o que
podemos chamar de um SO "soft-realtime" (um sistema assim garante
tempos médios muito baixos para as tarefas de baixo nível. Um "hard-
realtime" garante um tempo máximo - que pode ser alto ou não - para
tarefas de baixo nível);
Sistema de arquivos de 64 bits, "multi-threaded", orientado a objetos e
com recursos similares a uma base de dados;
Interface com usuário simples e intuitiva;
"Orientado ao usuário". Basicamente a resposta ao usuário é mais
importante que qualquer outra coisa no SO. Por exemplo: não existe o
conceito da ampulheta e similares no Haiku. O sistema nunca está
ocupado demais pra responder ao usuário.
6. Estudo de caso
Como foi abordado no capitulo anterior, o Haiku implementa uma quantidade
inferior de syscalls quando comparado com outros sistemas operacionais com mais
features de segurança. Para a apresentação do estudo de caso utilizaremos o comando
strace. Este é um aplicativo presente em diversos sistemas operacionais. O comando é
bastante útil para se verificar quais chamadas de sistema são utilizadas.
O estudo de caso consiste em comparar o número de chamadas de sistemas
disparadas o uso do comando cat para ler um arquivo texto no Haiku e em um
Sistema Operacional Linux – Ubuntu.
Figura 2: Haiku
Figura 3: Linux
Como pode ser percebido número de chamadas de sistemas no Linux foi muito
maior quando comparado ao número no Haiku.
5. Conclusão
O sistema Operacional Haiku cumpre o que promete no quesito desempenho e
velocidade de respostas ao usuário, porém ainda precisa evoluir muito na parte de
gerencia de contas de usuários, criação de ferramentas nativas para segurança do
sistema operacional.
Existe a necessidade iminente da criação de uma versão para instalação que
independa de virtualizacão, pois somente assim poderá ser testada toda a
potencialidade e funções do sistema operacional HAIKU.
6. Referências
Jaeger, Trent. (2008) “Operating System Security”. Morgan & Claypool
Publishers. Estados Unidos.