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Jesus
ישוע, Yeshua
O mais antigo
painel iconográfico do Cristo Pantocrator.
século VI. Mosteiro de Santa Catarina, Egito
Nascimento 7-2 a.C[nota 1]
Judeia, Império Romano[5]
Morte 30-33 d.C[nota 2]
Jerusalém, Judeia, Império Romano
Progenitores Mãe: Maria
Pai: José[nota 3]
Ocupação Carpinteiro, profeta itinerante
e rabino
Índice
1Etimologia
2Cronologia
3Vida e ensinamentos no Novo Testamento
o 3.1Descrição nos evangelhos canónicos
o 3.2Genealogia e Natividade
o 3.3Infância
o 3.4Batismo e Tentação
o 3.5Ministério público
o 3.6Ensinamentos, sermões e milagres
o 3.7Proclamação de Cristo e Transfiguração
o 3.8Última semana: traição, prisão, julgamento e morte
3.8.1Entrada final em Jerusalém
3.8.2Última Ceia
3.8.3Agonia no jardim, traição e prisão
3.8.4Julgamentos pelo Sinédrio, Herodes e Pilatos
3.8.5Crucificação e deposição
o 3.9Ressurreição e ascensão
4Perspetiva histórica
o 4.1Existência
o 4.2Historicidade dos eventos
o 4.3Retratos de Jesus
o 4.4Língua, alfabetização, etnia e aparência
o 4.5Arqueologia
5Perspetivas religiosas
o 5.1Perspetivas cristãs
o 5.2Perspetivas judaicas
o 5.3Perspetiva islâmica
o 5.4Outras perspetivas
6Relíquias associadas a Jesus
7Representação na arte
8Ver também
9Notas
10Referências
11Bibliografia
Etimologia
Ver também: Santo Nome de Jesus e Yeshua
Um judeu contemporâneo de Jesus possuía um único nome, por vezes
complementado com o nome do pai ou cidade de origem. [22] Ao longo do Novo
Testamento, Jesus é denominado "Jesus de Nazaré" (Mateus 26:71), "Filho de
José" (Lucas 4:22) ou "Jesus, filho de José de Nazaré" (João 1:45). No entanto,
em Marcos 6:3, em vez de ser chamado "filho de José", é referido como "o filho
de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão". O nome "Jesus",
comum em várias línguas modernas, deriva do latim "Iesus",
uma transliteração do grego Ἰησοῦς (Iesous).[23] A forma grega é uma tradução
do aramaico ( ישועYeshua), o qual deriva do hebraico ( יהושעYehoshua).[24]
[25]
Aparentemente, o nome Yeshua foi usado na Judeia na época do
nascimento de Jesus.[26] Os textos do historiador Flávio Josefo, escritos durante
o século I em grego helenístico, a mesma língua do Novo Testamento,
[27]
referem pelo menos vinte pessoas diferentes com o nome Jesus
(i.e. Ἰησοῦς).[28] A etimologia do nome de Jesus no contexto do Novo
Testamento é geralmente indicada como "Javé é a salvação".[29]
Desde os primórdios do cristianismo os cristãos se referem a Jesus como
"Jesus Cristo".[30] A palavra Cristo tem origem no grego Χριστός (Christos),[23][31] o
qual é uma tradução do hebraico ַמָ שִׁ יח (Masiah), e que significa "o ungido" e é
geralmente traduzido como Messias.[32][33] Jesus é denominado pelos cristãos de
“Cristo”, uma vez que acreditam que ele é o Messias esperado, profetizado
na Bíblia Hebraica. Embora originalmente se tratasse de um título, ao longo
dos séculos o termo “Cristo” foi sendo associado a um apelido – parte de
“Jesus Cristo”.[34][35] O termo “cristão”, que significa “aquele que professa a
religião de Cristo”, tem sido usado desde o século I.[36][37]
Cronologia
A maior parte dos académicos concorda que Jesus foi um judeu da Galileia,
nascido por volta do início do primeiro século, [nota 1] e que morreu entre os anos
30 e 36 d.C.[nota 2] na Judeia.[38][39] O consenso académico é que Jesus foi
contemporâneo de João Batista e foi crucificado por ordem do governador
romano Pôncio Pilatos, que governou entre 26 e 36 d.C.[18] Grande parte dos
académicos sustentam que Jesus viveu na Galileia e na Judeia e que não
pregou ou estudou em qualquer outro local. [40]
Os evangelhos oferecem diversas pistas no que diz respeito ao ano de
nascimento de Jesus. Mateus 2:1 associa o nascimento de Jesus ao reinado
de Herodes, o Grande, que morreu cerca de 4 a.C., enquanto que Lucas
1:5 menciona que Herodes reinava pouco antes do nascimento de Jesus, [41]
[42]
embora este evangelho também associe o nascimento com o censo de
Quirino, que decorreu dez anos mais tarde.[43][44] Lucas 3:23 declara que Jesus
tinha cerca de trinta anos de idade no início do seu ministério; ministério esse
que, de acordo com Atos 10:37, foi precedido pelo ministério de João,
que Lucas 3:1 afirma ter começado no 15º ano do reinado de Tibério (28 ou 29
d.C.).[42][45] Ao comparar os relatos do evangelho com dados históricos e usando
vários outros métodos, a maior parte dos académicos determina a data de
nascimento de Jesus entre 6 e 4 a.C.[45] [46]
Os anos do ministério de Jesus foram estimados usando diversas abordagens
diferentes.[47][48] Uma delas aplica as referências em Lucas 3:1, Atos 10:37 e as
datas do reinado de Tibério, que são conhecidas com precisão, para
determinar a data de início em 28-29 d.C.[49] Outra abordagem usa a declaração
em João 2:13-20, que afirma que no início do ministério de Jesus o Templo de
Jerusalém se encontrava no seu 46º ano de construção; sabendo que a
reconstrução do templo foi iniciada por Herodes no 18º ano do seu reino,
estima-se que a data seja 27-29 d.C..[47][50] Outro método usa a data da morte de
João Batista e o casamento de Herodes Antipas com Herodíade, com base no
testemunho de Josefo, relacionando-os com Mateus 14:4 e Marcos 6:18.[51]
[52]
Dado que a maior parte dos investigadores data o casamento em 28-35 d.C.,
isto determina a data do ministério entre 28 e 29 d.C.[48]
Têm sido usadas várias abordagens diferentes para estimar o ano
da crucificação de Jesus. A maior parte dos académicos concorda que ele
morreu entre os anos 30 e 33 d.C.[6] [53] Os evangelhos declaram que o evento
ocorreu durante o governo de Pilatos, que governou a Judeia entre 26 e 36
d.C.[54][55][56] A data para a conversão de Paulo (estimada entre 33 e 36 d.C.) é o
limite superior para a data de crucificação. As datas da conversão de Paulo e
do ministério podem ser determinadas através da análise das epístolas de
Paulo e do Livro dos Atos.[57][58] Desde Isaac Newton que os astrónomos tentam
estimar a data precisa da crucificação através da análise do movimento lunar e
do cálculo das datas históricas do Pessach, um festival com base no calendário
hebraico lunissolar. As datas mais aceites a partir deste método são 7 de abril
de 30 d.C. e 3 de abril de 33 d.C. (ambas julianas).[59]
Representação da cena batismal, na qual o céu se abre e o Espírito Santo desce na forma de uma
pomba. Francesco Trevisani, 1723[109]
Todas as narrativas do batismo de Jesus nos evangelhos são antecedidas por
informações sobre o ministério de João Batista.[110][111][112] Em todas, João é
retratado a pregar a penitência e arrependimento para remissão dos pecados e
a encorajar a oferta de esmolas aos pobres (Lucas 3:11) enquanto batiza os
crentes no rio Jordão, nas proximidades de Pereia, por volta da época em que
Jesus inicia o seu ministério. O Evangelho de João (João 1:28) refere
inicialmente "Betânia" e posteriormente (João 3:23) na margem oposta.[113][114]
Nos evangelhos, refere-se que João tinha vindo a anunciar (Lucas 3:16) a
chegada de alguém mais poderoso que ele,[115][116] o que também é referido
por Paulo de Tarso (Atos 19:4).[63] Em Mateus 3:14, durante o encontro com
Jesus, João afirma "Eu preciso de ser batizado por ti", embora seja persuadido
por Jesus a ser ele a batizá-lo.[117] Depois de o fazer e de Jesus emergir das
águas, o céu abre-se e ouve-se uma voz celestial: "Este é o meu Filho amado,
de quem me agrado" (Mateus 3:17). O Espírito Santo desce então até Jesus na
forma de uma pomba.[115][116] [117] Este é um de dois eventos descritos nos
evangelhos nos quais uma voz celestial chama a Jesus "Filho", sendo a outra a
Transfiguração.[118][119]
Após o batismo, os evangelhos sinópticos descrevem a Tentação de Cristo, na
qual Jesus resiste a tentações do Diabo enquanto jejua por quarenta dias e
noites no deserto da Judeia.[120][121] O batismo e tentação de Jesus servem de
preparação para o seu ministério público.[122] O Evangelho de João não
menciona nenhum dos eventos, embora inclua um testemunho de João no qual
ele vê o Espírito a descer sobre Jesus (João 1:32).[116] [123]
Ministério público