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ILMO. SR.

PRESIDENTE DA COMISSÃO DE PROCESSO ADMINISTRATIVO


DISCIPLINAR, PREFEITURA MUNICIPAL DE CASCAVEL/PR.
PROCESSO N°: 37969/2019

Edson Ribeiro Krone, servidor público municipal, devidamente registrado


sob a matrícula n° 19.038, ocupante do cargo de Guarda Patrimonial, através de seu
defensor dativo que subscreve, vem à presença de vossa senhoria, apresentar
DEFESA FINAL, com fulcro no artigo 231 da Lei Municipal n° 2.215/1991.

1 – DOS FATOS

Mediante a Portaria n° 882/2019 – GAB, o servidor foi indiciado tendo em


vista:

 Conforme documentos acostados teriam supostos indícios que o servidor


estaria cometendo a falta de Desídia no desempenho de sua função.

2 – DO DIREITO

2.1 - DO ITEM “A” DA PORTARIA EXORDIAL, AUSÊNCIA DE


MATERIALIDADE, INEXISTÊNCIA DOS FATOS; IN DUBIO PRO REO.

2.2 - ITEM “A” DA PORTARIA EXORDIAL, AUSÊNCIA DO ELEMENTO


SUBJETIVO OBRIGATÓRIO (ANIMUS).

3 – DOS PEDIDOS

3.1- pela ratificação de todos os argumentos presente em defesa prévia de fls.


15-20, considerando que a instrução não trouxe elementos que desabonem as
questões de direito já manifestadas pela defesa naquela oportunidade;

3.2 - pugna-se pela absolvição do Indiciado quanto ao item “a” da Portaria


Exordial, por restar evidente a falta de provas da existência do fato. Sendo que em
momento nenhum as testemunhas de acusação descreveram que viram o servidor
dentro do seu veículo particular, conforme seus depoimentos. Eventualmente, caso
não seja este entendimento, resta ao menos dúvida quanto à ocorrência, pugnando-
se pela absolvição pautando-se no in dúbio pro reo.

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3.3 - Pugna-se pela absolvição do Indiciado quanto ao item “a” da Portaria
Exordial, diante da falta de materialidade da conduta. Eventualmente, pela
absolvição pautando-se na dúvida quanto à ocorrência do que lhe foi imputado, a
desídia decorre de um comportamento rebelde do servidor público, voltado para uma
negligencia intencional, esta é a desídia habitual, onde o servidor causa transtornos
ao andamento dos serviços, com prejuízos verificados pelo mau desempenho ou
má vontade. Sucede que a desídia pode ser fortuita ou ocasional, a que pode vir por
descuido do momento, por uma desatenção não intencional não constituindo, dessa
forma, motivo de punição para o servidor. A razoabilidade exige que o poder público
faça essa avaliação para que os problemas psicológicos ou de momento, não
maculem o servidor que eventualmente se tornou desidioso, por problemas alheios a
sua vontade. O fator intencional é de suma importância para o enquadramento “sub
examem”. E de acordo com os depoimentos dos Supervisores e Guardas Municipais
o mesmo sempre estava em prontidão.

3.4 - Pugna-se pela absolvição do indiciado quanto ao item “a” da Portaria


Inaugural, estando claramente ausente elemento subjetivo essencial para configurar
a conduta descrita no art. 17, § X da Lei Municipal n° 6.532/2015 e a Lei n°
2.215/1991.

Acreditando-se que esta Comissão, com a função de opinar e trazer clareza


aos fatos reservar-se-á em manter-se nos princípios do bom direito, pautando-se na
imparcialidade, legalidade, razoabilidade e proporcionalidade opinará pelo pleito
pretendido.

Cascavel, 14 de julho de 2019.

OSVALDO CEZAR GONÇALVES DE ANDRADE


DEFENSOR DATIVO

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