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Lei nº 8.

666

Conceito:

-é o procedimento administrativo que se destina a selecionar a proposta mais vantajosa


para a Administração

-art. 37, XXI, da CF

ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e


alienações serão contratados mediante processo de licitação pública que assegure
igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as


administrações públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas
públicas e sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;

Abrangência das normas gerais (MJF):

a) requisitos mínimos necessários e indispensáveis à validade da contratação


administrativa;

b) hipóteses de obrigatoriedade e de não obrigatoriedade de licitação;

c) requisitos de participação em licitação;

d) modalidades de licitação;

e) tipos de licitação;

f) regime jurídico da contratação administrativa.

Objetivos
_garantir a observância do princípio constitucional da isonomia;

_selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração;

_promoção do desenvolvimento nacional sustentável.

Obrigatoriedade de licitar

-todos os poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,


os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades controladas
direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios (art. 1.º
da LLC).

Obrigatoriedade de licitar

Os conselhos de classe devem licitar?

Regra: sim – A Lei 9.649 pretendeu em seu art. 58 eliminar o cunho autárquico
dessas entidades. Entretanto, o dispositivo foi declarado inconstitucional pelo
STF na ADI nº 1.717.

Exceção: OAB – ADI 3026 – O STF entendeu que não integra a Administração
Pública e afastou a sua submissão ao regime correspondente.

Obrigatoriedade de licitar

Consórcio deve licitar?

O art. 7º, § 1º, do Decreto nº 6.017/07 determina a obrigatoriedade da observância das


normas licitatórias para os consórcios públicos, ainda que sejam constituídos com
personalidade de direito privado.

Obrigatoriedade de licitar

-as sociedades de economia mista e as empresas públicas que desempenhem


atividade econômica terão suas contratações e licitações regidas por estatuto próprio,
com submissão aos princípios da Administração Pública (arts. 22, XXVII e 173,
parágrafo 1º, III, CF)

-as sociedades de economia mista e as empresas públicas:

I – prestadoras de serviços públicos: devem licitar;

II – exploradoras da atividade econômica: devem licitar para as atividades de meio; não


precisam licitar para as atividades fins.
Petrobras: STF, por meio de liminares, vem admitindo o procedimento simplificado de
licitação nos termos da Lei nº 9.478/97 e do Decreto 2.745/98 (MS 25888);

TCU é contra (Acórdão nº 422/2008 Plenário)

Terceiro Setor e Licitação:

TCU (Acórdãos 146/2007, 38/2008 e 88/2008) exige a observância de regulamentos


próprios, devidamente publicados, os quais devem se pautar em princípios gerais do
processo licitatório, do Direito Administrativo (art. 37, caput, da CR) e da Administração
Pública, em especial legalidade, moralidade, impessoalidade, isonomia e publicidade.

Objeto da Licitação

Contratação de obras, serviços, compras, alienações e locações.

Princípios da licitação

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da


isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
(Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

1) Princípio da vinculação ao instrumento convocatório:

-o instrumento convocatório (edital ou carta-convite) é a “lei interna” das licitações

-a Administração não pode descumprir as normas e condições do edital, ao qual se


acha estritamente vinculada (art. 41, caput).

O Poder Discricionário da Administração esgota-se com a elaboração do Edital de


Licitação. A partir daí, nos termos do vocábulo constante da própria Lei, a
Administração Pública vincula-se "estritamente" a ele. (REsp 421.946 de 07-02-06 e
STF RMS-AgR 24555 de 21-02-06)

2) Princípio do julgamento objetivo:

-no julgamento das propostas não é permitido o uso de critérios subjetivos ou que não
tenham sido previstos no edital (arts. 44 e 45, caput).

- TCU Acórdão 549/2006: a ausência de critérios pré-definidos para a seleção da


proposta mais vantajosa viola mandamentos básicos da impessoalidade, isonomia e do
julgamento objetivo estampados no art. 37, caput e inciso XXI da CF/88 e art. 3º da Lei
8.666/93

Tipos de Licitação: menor preço; melhor técnica; técnica e preço; e, maior lance ou
oferta (art. 45, §1º, Lei 8.666/93).

Menor preço: não impede que se determine requisitos de qualidade técnica mínima;

Melhor técnica e técnica e preço: contratação de serviços em que a atividade seja


predominantemente intelectual;

Melhor técnica: A Administração contratará pelo menor preço, considerando os


licitantes cujas técnicas foram aceitas.

3) Adjudicação compulsória ao vencedor:

impede em regra que a Administração, concluído o procedimento licitatório, atribua seu


objeto a outrem que não o legítimo vencedor.

Orientação tradicional: O vencedor não tem direito adquirido a ser contratado. Seu
direito é de não ser preterido.

4) Sigilo das propostas:

Art. 3, § 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e acessíveis ao público os


atos de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até a respectiva
abertura.

Regra: Licitação

Pressupostos da Licitação (CABM):

1º) Lógico: pluralidade de objetos e de ofertantes;

2º) Jurídico: Licitação não é um fim em si mesmo, é um meio para se chegar a um


resultado: constituição de certa relação jurídica;

3º) Fático: existência de interessados em disputá-la.

Regra: Licitação

Exceções:

1ª) Inexigibilidade de licitação (inviabilidade de competição);

2ª) Dispensa de licitação (competição viável):


a) Licitação Dispensável;

b) Licitação Dispensada.

Inexigibilidade de licitação: inviabilidade de competição -art. 25 da LLC (rol


exemplificativo);

É inviável a competição diante da:

I – Ausência de pluralidade de soluções;

II – Serviços não alienáveis objetivamente;

III – Profissional do setor artístico.

Art. 25 da LLC: “é inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em


especial:

I – para aquisição de materiais/equipamentos/ gêneros fornecidos por


produtor/empresa/ representante comercial exclusivo;

II – para a contratação de serviços técnicos enumerados no artigo 13, de natureza


singular, com profissionais/empresas de notória especialização, vedada a
inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;

III – para contratação de profissional de qualquer setor artístico, consagrado pela crítica
especializada ou pela opinião pública”

Art. 25, I, da LLC - fornecedor exclusivo:

“A indicação de marca na licitação deve ser precedida da apresentação de justificativas


técnicas que demonstrem, de forma clara e inafastável, que a alternativa adotada é a
mais vantajosa e a única que atende às necessidades da Administração” (TCU
Acórdão 636/2006).

Art. 25 da LLC:

§ 1o Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito


no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos,
experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros
requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é
essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do
contrato.

Art. 25, II, da LLC – natureza singular:


Não significa ausência de pluralidade de sujeitos em condições de desempenhar o
objeto, pois singular é a natureza do serviço, não o número de pessoas capacitadas
para executá-lo.

MJF: “A natureza singular caracteriza-se como uma situação anômala, incomum,


impossível de ser enfrentada satisfatoriamente por todo e qualquer 'profissional
especializado'”.

Licitação dispensável:

-licitação dispensável (discricionariedade do Administrador)

-art. 24 da LLC (rol taxativo)

Art. 24. É dispensável a licitação:

I - para obras e serviços de engenharia de valor até R$ 15.000,00.

OBS: para obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedades de


economia mista e empresas públicas, bem como por autarquia ou fundação
qualificadas como agências executivas, os limites serão o dobro (R$ 30.000,00)

Art. 24, II - para outros serviços e compras de valor até R$ 8.000,00.

OBS: para obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedades de


economia mista e empresas públicas, bem como por autarquia ou fundação
qualificadas como agências executivas, os limites serão o dobro (R$ 16.000,00)

IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública;

V - quando não acudirem interessados à licitação anterior(é a chamada “licitação


deserta”) e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem prejuízo para a
Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas;

XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em


conseqüência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da
licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor,
inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido;

Emergência fabricada e posição do TCU:

A situação adversa, dada como de emergência ou de calamidade pública, não tenha se


originado, total ou parcialmente, da falta de planejamento, da desídia administrativa ou
da má gestão dos recursos disponíveis, ou seja, que ela não possa, em alguma
medida, ser atribuída à culpa ou dolo do(s) agente(s) público(s) que tinha(m) o dever
de agir para prevenir a ocorrência de tal situação (TCU Decisão 347/1994).
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos
urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,
efetuados por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas
físicas de baixa renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais
recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as normas técnicas,
ambientais e de saúde pública. (Redação dada pela Lei nº 11.445, de 2007).

XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que


envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional,
mediante parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do
órgão. (Incluído pela Lei nº 11.484, de 2007).

XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos


estratégicos para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19
de setembro de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS,
inclusive por ocasião da aquisição destes produtos durante as etapas de absorção
tecnológica. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)

XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a


implementação de cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para
consumo humano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa
renda atingidas pela seca ou falta regular de água. (Incluído pela Lei nº 12.873, de
2013)

Licitação dispensada:

-licitação já dispensada

-utilizada para alienações (art. 17, I e II), da Lei 8.666/93

Art. 17, I, trata da alienação de bens imóveis:

Requisitos: existência de interesse público e de autorização legislativa quando


pertencerem à Administração Direta e entidades autárquicas e fundacionais. Avaliação
prévia e, em regra, licitação na modalidade concorrência, para os bens pertencentes às
entidades supracitadas, bem como para as empresas públicas e sociedades de
economia mista.

Será dispensada a licitação nas hipóteses das alíneas do inciso I do art. 17.

Art. 17, II, trata da alienação de bens móveis:

Requisitos: comprovação de interesse público, de avaliação prévia e de licitação.


Para os bens móveis avaliados até R$ 650.000,00, a licitação poderá ser
realizada na modalidade leilão.
Será dispensada a licitação nas hipóteses das alíneas do inciso II do art. 17.

Modalidades de licitação

_Concorrência;

_Tomada de preços;

_Convite;

_Concurso;

_Leilão;

_Pregão;

_Consulta.

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo


anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor
estimado da contratação:

I - para obras e serviços de engenharia:

a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais);

b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais);

Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo


anterior serão determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor
estimado da contratação:

II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior:

a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);

b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);

c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).

- nos casos em que couber convite, a Administração poderá utilizar a tomada de preços
e, em qualquer caso, a concorrência (art. 23, § 4.º)

Lei nº 8.666
Modalidades de licitação

_Concorrência;

_Tomada de preços;

_Convite;

_Concurso;

_Leilão;

_Pregão;

_Consulta.

1) Concorrência:

- é a modalidade mais complexa de licitação

-realizada entre quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar,


comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para
execução de seu objeto (art. 22, § 1.º)

-utilização da concorrência (MSZP):

• obras e serviços de engenharia de mais de 1 milhão e 500 mil reais (v. art 120 da
LLC);

• compras e serviços que não sejam de engenharia de mais de 650 mil reais (v. art.
120, da LLC);

• compra e alienação de bens imóveis, qualquer que seja seu valor, ressalvado o
disposto no artigo 19, que admite concorrência ou leilão para alienação de bens
adquiridos em procedimentos judiciais ou mediante dação em pagamento (art. 23, §
3.º);

• concessões de direito real de uso (art. 23, § 3.º);

• licitações internacionais, com a ressalva para a tomada de preços e para o convite


(art. 23, § 3.º);
• alienação de bens móveis cujo valor seja superior ao previsto no artigo 23, II, “b” =
R$650.000,00 (art. 17, § 6.º);

• registro de preços (art. 15, § 3.º, I), ressalvada a hipótese de uso do pregão (arts. 11 e
12, Lei 10.520/02)

Concessões Florestais (Lei 11.284/06);

Concessão de Serviço Público (Lei 8.987/95);

Parceria Público-Privada (Lei 11.079/2004).

2) Tomada de preços:

-modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que


atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior
à data do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação (art. 22, §
2.º)

-para licitações de médio vulto (art. 23, I, “b”, e II, “b”)

3) Convite:

- modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente a seu objeto,


cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela unidade
administrativa, a qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e
o estenderá aos demais cadastrados na correspondente especialidade que
manifestarem seu interesse com antecedência de até 24 horas da apresentação das
propostas (art. 22, § 3.º).

- é a mais simples das modalidades licitatórias, utilizada em contratações de pequeno


valor

- não se exige publicação do instrumento convocatório (a carta-convite) na imprensa


oficial, basta que ele seja afixado “em local apropriado”

-a comissão de licitação pode ser substituída por servidor formalmente designado pela
autoridade competente (art. 51, § 1.º)

-caso haja na praça mais de três possíveis interessados, a cada novo convite, realizado
para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigatório o convite a, no mínimo, mais um
interessado, enquanto existirem cadastrados não convidados nas últimas licitações (art.
22, § 6.º)

Lei n. 8.666/93 – Art. 22, § 7º:


Quando, por limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, for
impossível a obtenção do número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo,
essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas no processo, sob pena de
repetição do convite.

Súmula 248 TCU:

Não se obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas à seleção, na licitação
sob a modalidade Convite, impõe-se a repetição do ato, com a convocação de outros
possíveis interessados, ressalvadas as hipóteses previstas no parágrafo 7º, do art. 22,
da Lei nº 8.666/1993.

5) Concurso:

- é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho


técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou remuneração aos
vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com
antecedência mínima de 45 dias (art. 22, § 4.º)

-julgamento por uma comissão especial integrada por pessoas de reputação ilibada e
reconhecido conhecimento da matéria em exame, servidores públicos ou não (art. 51, §
5.º)

-não podem ser utilizados os tipos de licitação (art. 45, §1º)

4) Leilão:

- modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis


inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou
penhorados, ou para a alienação de bens imóveis prevista no artigo 19 da Lei de
Licitações, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação (art.
22, § 5.º).

-o leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou a servidor designado pela


Administração, procedendo-se na forma da legislação pertinente, e deve ter seu edital
amplamente divulgado, principalmente no Município em que se realizará (art. 53).

6) Pregão:

- modalidade de licitação para aquisição de bens e serviços comuns, qualquer que seja
o valor estimado da contratação

-Bens e serviços comuns: são aqueles cujos padrões de desempenho e qualidade


possam ser objetivamente definidos pelo edital, por meio de especificações usuais no
mercado (art. 1.º, parágrafo único, Lei 10.520/02).
• Inversão de fases

– a fase da habilitação troca de lugar com a fase da classificação/julgamento das


propostas

• Etapa de lances:

– depois de oferecer sua proposta, o autor da oferta de valor mais baixo e os das
ofertas com preços até 10% superiores àquela passam para os lances

-não havendo pelo menos três ofertas, os autores das melhores propostas (ainda que
acima dos citados 10%), até o máximo de três, quaisquer que sejam os preços
oferecidos, passam para a etapa de lances (art. 4,º, VIII e IX, Lei 10.520/02).

-os licitantes que chegarem à etapa de lances poderão dar novos lances verbais e
sucessivos, até a proclamação do vencedor

-critério de julgamento: menor preço.

Decreto n.º 5.450/05:

Art. 4o Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória a
modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.

§ 1o O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de comprovada
inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente

Art. 6o A licitação na modalidade de pregão, na forma eletrônica, não se aplica às


contratações de obras de engenharia, bem como às locações imobiliárias e alienações
em geral.

Lei 10.520/2002

Art. 5º É vedada a exigência de:

I - garantia de proposta;

II - aquisição do edital pelos licitantes, como condição para participação no certame; e

III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os referentes a fornecimento do edital,


que não serão superiores ao custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de
utilização de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso.

7) Consulta:

Modalidade de licitação exclusiva das agências reguladoras, para a aquisição de bens


e serviços não comuns, excetuados obras e serviços de engenharia civil, na qual as
propostas serão julgadas por um juri, de acordo com critérios fixados na convocação
que devem viabilizar a ponderação entre o custo e o benefício de cada proposta.

Trata-se de modalidade que surgiu na Lei Geral de Telecomunicações (Lei n.


94.72/97); A Lei n. 9.986/00 estendeu para as demais Agências Reguladoras
(Constitucional - ADI 1668)

Envolve ao menos 5 pessoas, físicas ou jurídicas, de elevada qualificação que


apresentarão propostas para o fornecimento de bens e serviços não comuns.

O Jurí será composto de pelo menos 3 pessoas de elevado padrão profissional e


moral, servidores ou não da agência reguladora.

FASES DA LICITAÇÃO

1. Fase interna:

-fase em que a Administração Pública está tomando as providências internas, prévias à


divulgação do instrumento convocatório

-começa com a abertura do processo administrativo devidamente autuado, protocolado


e numerado, contendo a autorização respectiva e a indicação sucinta de seu objeto e
do recurso próprio para a despesa (art. 38, caput, da LLC).

2. Fase externa:

-começa com a divulgação do instrumento convocatório

2.1. EDITAL

-ato que divulga a abertura da licitação, fixa as condições de participação, define o


objeto e as condições básicas do contrato e convida todos os interessados para que
apresentem suas propostas (MSZP)

2.2. HABILITAÇÃO

- momento em que se verifica a aptidão do licitante para contratar com a Administração

-documentação exigida: relativa à habilitação jurídica, à qualificação técnica, à


qualificação econômico-financeira, à regularidade fiscal/trabalhista e ao cumprimento
do disposto no artigo 7.º, XXXIII, da Constituição Federal (art. 27)

2.2. Habilitação (cont.):

Art. 48, § 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou todas as propostas forem
desclassificadas, a administração poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis
para a apresentação de nova documentação ou de outras propostas escoimadas das
causas referidas neste artigo, facultada, no caso de convite, a redução deste prazo
para três dias úteis.

2.2. Habilitação (cont.):

-se apenas um licitante for habilitado, a licitação continuará (desde que os outros
licitantes excluídos não tenham apresentado recurso contra a inabilitação, que possui
efeito suspensivo).

2.3.CLASSIFICAÇÃO (tb chamada de “JULGAMENTO”):

-fase em que a Administração abre os envelopes com as propostas, julgando-as e


classificando-as pela ordem de preferência, segundo critérios objetivos definidos no
edital

-julgamento segundo critérios objetivos definidos no edital ou convite (art. 44, caput).

-julgamento de acordo com o tipo de licitação:

a) menor preço;

b) melhor técnica;

c) técnica e preço;

d) maior lance ou oferta

O julgamento das propostas, assim como a habilitação dos licitantes, será efetivado por
uma comissão (permanente ou especial) composta de, no mínimo, três membros,
sendo pelo menos dois deles servidores permanentes dos quadros da Administração
(servidores estáveis), no termos do caput do art. 51 da Lei n. 8.666/93.

2.4. HOMOLOGAÇÃO:

-aprovação do procedimento após exame, pela autoridade competente, dos atos do


procedimento licitatório.

-a autoridade competente para a aprovação do procedimento somente poderá revogar


a licitação por razões de interesse público decorrente de fato superveniente
devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta, devendo
anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer
escrito e devidamente fundamentado (art. 49, caput).

-A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera obrigação de


indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 da LLC
-A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o disposto no
parágrafo único do art. 59 da LLC

Art. 59, Parágrafo único. A nulidade não exonera a Administração do dever de


indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for
declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não lhe seja
imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

2.5. ADJUDICAÇÃO:

- ato declaratório, vinculado, por meio do qual a autoridade competente (a mesma que
homologa) atribui ao licitante vencedor o objeto da licitação

“...oriente a comissão de Licitação quanto aos limites de sua competência, reservando


o ato de adjudicação para a autoridade de hierarquia superior da Unidade, bem como
observe a seqüência legal e competência para a efetivação dos atos, de modo que a
adjudicação do objeto, a ser efetuada pela autoridade competente, somente ocorra
após a homologação do procedimento licitatório, conforme previsto na Lei de
Licitações;” (TCU Acórdão 816) – STJ Resp 579043)

“ADMINISTRATIVO – LICITAÇÃO – REVOGAÇÃO APÓS ADJUDICAÇÃO.

1. No procedimento licitatório, a homologação é o ato declaratório pelo qual a


Administração diz que o melhor concorrente foi o indicado em primeiro lugar,
constituindo-se a adjudicação na certeza de que será contratado aquele indicado na
homologação.

2. Após a adjudicação, o compromisso da Administração pode ser rompido pela


ocorrência de fatos supervenientes, anulando o certame se descobertas ilicitudes ou
revogando-o por razões de conveniência e oportunidade.” (STJ MS 12.047)

FASES EXTERNAS DO PREGÃO

Inversão de Fases:

_Publicação do Edital;

_Julgamento das Propostas;

_Habilitação;

_Adjudicação;

_Homologação
Lei nº 8.666

Objetivos da Licitação

Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da


isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do
desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita
conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da
moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação
ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.
(Redação dada pela Lei nº 12.349, de 2010)

MEs e EPPs

Lei Complementar n.º 123/06:

Art. 42. Nas licitações públicas, a comprovação de regularidade fiscal das


microempresas e empresas de pequeno porte somente será exigida para efeito de
assinatura do contrato.

MEs e EPPs

Art. 43. As microempresas e empresas de pequeno porte, por ocasião da participação


em certames licitatórios, deverão apresentar toda a documentação exigida para efeito
de comprovação de regularidade fiscal, mesmo que esta apresente alguma restrição.

MEs e EPPs

§ 1o Havendo alguma restrição na comprovação da regularidade fiscal, será


assegurado o prazo de 2 (dois) dias úteis, cujo termo inicial corresponderá ao momento
em que o proponente for declarado o vencedor do certame, prorrogáveis por igual
período, a critério da Administração Pública, para a regularização da documentação,
pagamento ou parcelamento do débito, e emissão de eventuais certidões negativas ou
positivas com efeito de certidão negativa

MEs e EPPs

§ 2o A não-regularização da documentação, no prazo previsto no § 1o deste artigo,


implicará decadência do direito à contratação, sem prejuízo das sanções previstas no
art. 81 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, sendo facultado à Administração
convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para a assinatura do
contrato, ou revogar a licitação.

MEs e EPPs

Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de
contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.

§ 1o Entende-se por empate aquelas situações em que as propostas apresentadas


pelas microempresas e empresas de pequeno porte sejam iguais ou até 10% (dez por
cento) superiores à proposta mais bem classificada.

§ 2o Na modalidade de pregão, o intervalo percentual estabelecido no § 1o deste


artigo será de até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço

MEs e EPPs

Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o
empate, proceder-se-á da seguinte forma:

I - a microempresa ou empresa de pequeno porte mais bem classificada poderá


apresentar proposta de preço inferior àquela considerada vencedora do certame,
situação em que será adjudicado em seu favor o objeto licitado;

II - não ocorrendo a contratação da microempresa ou empresa de pequeno porte, na


forma do inciso I do caput deste artigo, serão convocadas as remanescentes que
porventura se enquadrem na hipótese dos §§ 1o e 2o do art. 44 desta Lei
Complementar, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito;

MEs e EPPs

Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o
empate, proceder-se-á da seguinte forma:

III - no caso de equivalência dos valores apresentados pelas microempresas e


empresas de pequeno porte que se encontrem nos intervalos estabelecidos nos §§ 1o e
2o do art. 44 desta Lei Complementar, será realizado sorteio entre elas para que se
identifique aquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta.

MEs e EPPs

Princípios da impessoalidade e da igualdade:

Exceção:
ME e EPP (TCU Acórdão 1.231/2008 – Tratamento diferenciado da LC 123 não infringe
a CR que admite expressamente o cabimento de preferências em favor de ME e EPP –
arts. 170, IX e 179).

Registro de preços

-Art. 15, da LLC, Art. 11 da Lei 10.520/02 e Decreto n.º 7892/2013:

- Sistema de Registro de Preços: é um sistema de contratação, visando o registro


formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para
contratações futuras e eventuais.

- -A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de


concorrência ou de pregão.

“5. Sistema de registro de preços, conforme definido no art. 1º, parágrafo único, inciso I,
do Decreto nº 3.931/2001, é conjunto de procedimentos para registro formal de preços
relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações futuras. As
licitações, quando efetuadas por esse sistema, observam uma sistemática diferenciada.
Podem ser realizadas por meio de concorrência ou pregão e buscam, como em
qualquer procedimento licitatório, selecionar a proposta mais vantajosa, observado o
princípio da isonomia, com o diferencial de que é para eventual e futura contratação por
parte da Administração.” (TCU – Acórdão 531)

Decreto 7892: Art. 3º O Sistema de Registro de Preços poderá ser adotado nas
seguintes hipóteses:

I - quando, pelas características do bem ou serviço, houver necessidade de


contratações frequentes;

II - quando for conveniente a aquisição de bens com previsão de entregas parceladas


ou contratação de serviços remunerados por unidade de medida ou em regime de
tarefa;

III - quando for conveniente a aquisição de bens ou a contratação de serviços para


atendimento a mais de um órgão ou entidade, ou a programas de governo; ou

IV - quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente o quantitativo
a ser demandado pela Administração.

Art. 15, § 4o A existência de preços registrados não obriga a Administração a firmar as


contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros
meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurado ao beneficiário
do registro preferência em igualdade de condições.
Embora o sistema de registro de preços seja comumente utilizado para as compras, a
legislação citada que regulamenta a matéria não faz ressalvas quanto a sua utilização
para a contratação de serviços.

Assim, não há dúvidas de que é possível sim a contratação de serviços por meio de
sistema de registro de preços.

Algum questionamento poderia ser levantado na contratação de serviço contínuo, uma


vez que seu contrato pode ser prorrogado por até sessenta meses (art. 57, II da Lei
8.666/93), enquanto a ata de registro de preços possui duração limitada a apenas 12
meses.

Neste ponto, esclarecemos que o prazo de vigência da ata não se confunde com o
prazo de vigência dos contratos que dela se originarem. Isto porque os contratos, uma
vez celebrados, são independentes da ata de registro de preços e estão submetidos ao
regime jurídico dos contratos administrativos previsto na Lei 8.666/93, aplicando-se,
pois, o seu art. 57, que trata da duração dos contratos.

Quanto à possibilidade de prorrogação da Ata de Registro de Preços, anotamos que a


Lei 8.666/93 prevê que sua validade não poderá ser superior a um ano, e o Decreto
7892/2013 admite também a sua prorrogação, quando a proposta continuar se
mostrando mais vantajosa, satisfeitos os demais requisitos desta norma.

Ressalte-se que o entendimento do Tribunal de Contas da União segue na mesma


linha, pois em Acórdão recente decidiu que a duração das Atas de Registro de Preços
deve se restringir a 12 (doze) meses, incluídas aí as possíveis prorrogações.

Esse também é o posicionamento da AGU na Orientação Normativa 19/2009.

Decreto 7892:Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de preços não será
superior a doze meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º
do art. 15 da Lei nº 8.666, de 1993.

§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de


preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será


definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº
8.666, de 1993.

§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser


alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado no


prazo de validade da ata de registro de preços.
Finalmente, quanto ao questionamento sobre a necessidade de indicação de dotação
orçamentária para a realização do sistema de registro de preços, a Advocacia-Geral da
União em sua Orientação Normativa 20/2009 entendeu ser prescindível e exigível
apenas antes da assinatura do contrato.

Lei nº 8.666

Conceito:

“Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou
entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um acordo de vontades
para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a
denominação utilizada” (art. 2.º, parágrafo único, da Lei de Licitações)

A expressão órgão foi utilizada para indicar a validade jurídica de contratações pelas
repartições administrativas dotadas de autonomia administrativa, ainda que sem
personalidade jurídica própria. No entanto, todos os efeitos jurídicos da contratação
acabam refletindo sobre a pessoa jurídica a que estiver vinculado o órgão. Ex. Contrato
avençado pelo Ministério da Defesa vincula a União.

Três teorias:

a) não existem contratos administrativos (ausência de igualdade entre as partes,


autonomia de vontade e força obrigatória das convenções);

b) todo contrato da Administração é contrato administrativo;

c) há contratos administrativos e contratos de direito privado da Administração.

1. Contratos da Administração (gênero):

a) Contratos Administrativos:

-ajustes celebrados pela Administração Pública, nessa qualidade, com objetivos de


interesse público, segundo regime jurídico de direito público, derrogatório e exorbitante
do direito comum (MSZP)

b) Contratos de Direito Privado da Administração:


-ajustes em que a Administração não se vale dos seus privilégios, submetendo-se a
normas de direito privado. Nunca será absoluta a aplicação desse regime, pois sempre
haverá derrogação pelas normas de direito público (condições e formalidades
estipuladas pelo Direito Administrativo).

Art. 62, §3.º, da Lei n.º 8.666/93:

Ҥ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais, no


que couber:

I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público seja


locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de
direito privado”

Regime jurídico:

“Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta Lei regulam-se pelas suas
cláusulas e pelos preceitos de direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os
princípios da teoria geral dos contratos e as disposições de direito privado”.

Características

1) Presença do Poder Público agindo com suas prerrogativas

2) Obediência à forma prescrita em lei

-é obrigatória a forma do instrumento de contrato nos casos de concorrência e de


tomada de preços, bem como nas dispensas/inexigibilidades cujos preços estejam
compreendidos nos limites dessas duas modalidades de licitação (art. 62, caput, da
LLC)

Art. 62, §4.º, da Lei 8.666/93:

“§ 4o É dispensável o "termo de contrato" e facultada a substituição prevista neste


artigo, a critério da Administração e independentemente de seu valor, nos casos de
compra com entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais não resultem
obrigações futuras, inclusive assistência técnica

“no § 4º desse mesmo artigo, é prevista a possibilidade de dispensa do instrumento


contratual, independentemente do seu valor, nos casos de compra para entrega
imediata e integral dos bens e serviços adquiridos, da qual não resulte obrigações
futuras, sendo permitido que o contrato seja substituído por carta-contrato, nota de
empenho de despesa, autorização de compra ou ordem de execução do serviço,
instrumentos bem mais singelos que um contrato. O objetivo desse permissivo é
desburocratizar o procedimento de compra naquelas hipóteses em que esteja
evidenciado que o contrato será de pouca serventia para a Administração Pública
devido à ausência de riscos na aquisição em questão.” (Acórdão 367/2003 Plenário
TCU)

- contratos verbais são permitidos para pequenas compras de pronto pagamento


(compras de valor não superior a 5% do limite estabelecido no artigo 23, II, “a”, da LLC
= R$4.000,00), feitas em regime de adiantamento - art. 60, §único da LLC.

3) Natureza intuitu personae:

-pois o contrato é firmado em razão das condições pessoais do contratado, verificadas


na licitação

-é causa de rescisão do contrato a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a


associação do contratado com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem
como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato (art. 78, VI)

Lei n. 8.666: Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das
responsabilidades contratuais e legais, poderá subcontratar partes da obra, serviço ou
fornecimento, até o limite admitido, em cada caso, pela Administração.

4) Natureza de contrato de adesão:

-o particular simplesmente adere ao contrato, sem poder intervir em seu conteúdo (que
é determinado pela lei e pela Administração)

5) Presença de cláusulas exorbitantes:

-são aquelas que não são encontradas, normalmente, nos contratos de direito privado
(pois seriam nulas como contrárias à ordem pública), introduzidas pela Administração
em virtude de preocupações de interesse público, estranhas às pessoas de direito
privado quando contratam entre si (JCJr)

(a) Poder de alterar unilateralmente o contrato (art. 58, I, e 65 da LLC)

(b) Poder de rescisão unilateral do contrato (art. 79, I, e 78)

(c) Fiscalização da execução do contrato (art. 67)

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:

I - unilateralmente pela Administração:

a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor


adequação técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de acréscimo
ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;

Art. 65, § 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais,
os acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25%
(vinte e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de
reforma de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinqüenta por cento) para
os seus acréscimos.

TCU Decisão 215/1999

O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo Relator, DECIDE:

a) tanto as alterações contratuais quantitativas - que modificam a dimensão do objeto -


quanto as unilaterais qualitativas - que mantêm intangível o objeto, em natureza e em
dimensão, estão sujeitas aos limites preestabelecidos nos §§ 1º e 2º do art. 65 da Lei
nº 8.666/93, em face do respeito aos direitos do contratado, prescrito no art. 58, I, da
mesma Lei, do princípio da proporcionalidade e da necessidade de esses limites serem
obrigatoriamente fixados em lei;

TCU Decisão 215/1999

O Tribunal Pleno, diante das razões expostas pelo Relator, DECIDE:

b) nas hipóteses de alterações contratuais consensuais, qualitativas e


excepcionalíssimas de contratos de obras e serviços, é facultado à Administração
ultrapassar os limites aludidos no item anterior, observados os princípios da finalidade,
da razoabilidade e da proporcionalidade, além dos direitos patrimoniais do contratante
privado.

Alteração unilateral

Art. 65:§ 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os limites estabelecidos


no parágrafo anterior, salvo: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)

II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre os contratantes

4. Mesmo nos contratos administrativos, ao poder de alteração unilateral do Poder


Público contrapõe-se o direito que tem o particular de ver mantido o equilíbrio
econômico-financeiro do contrato, considerando-se o encargo assumido e a
contraprestação pecuniária garantida pela administração. (STJ - REsp 666.878/RJ de
12-06-07)

Cláusulas exorbitantes
(d) Aplicação de penalidades em razão da inexecução total ou parcial do ajuste (art. 87
e 86)

(e) Exigência de garantia para os contratos (art. 56)

(f) Ocupação provisória (art. 58, V, e 80)

Penas art. 87

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá, garantida
a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:

I - advertência;

II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;

III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar com


a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;

Penas art. 87

IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública


enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida
a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será
concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos
resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.

Suspensão temporária e declaração de inidoneidade – abrangência dos efeitos:

1ª Corrente – efeito restritivo: as duas sanções têm efeitos limitados ao ente que
aplicou a punição (Carlos Ari Sundfeld). Fundamentos:

I-silêncio da lei leva à interpretação restritiva em matéria sancionatória;

II-autonomia dos entes federativos;

III-ofensa princípio da competitividade.

2ª Corrente – efeito restritivo (suspensão) e extensivo (declaração inidoneidade): MSZP


fundamenta nas definições do art. 6º, incisos XI e XII, da Lei n. 8.666/93 (Administração
Pública tem conceito mais amplo do que Administração).

3ª Corrente – extensivo: tanto para a suspensão, como para a declaração de


inidoneidade, o contratado penalizado não poderá contratar com nehum ente da
federação (JSCF).

Fundamentos:
I-não há diferença entre Administração e Administração Pública (atecnicismo
legislador);

II-objetivo dessa interpretação é evitar que demais entidades contratem com empresas
inadimplentes.

É irrelevante a distinção entre os termos Administração Pública e Administração, por


isso que ambas as figuras (suspensão temporária de participar em licitação (inc. III) e
declaração de inidoneidade (inc. IV) acarretam ao licitante a não-participação em
licitações e contratações futuras.

- A Administração Pública é una, sendo descentralizadas as suas funções, para melhor


atender ao bem comum. A limitação dos efeitos da “suspensão de participação de
licitação” não pode ficar restrita a um órgão do poder público, pois os efeitos do desvio
de conduta que inabilita o sujeito para contratar com a Administração se estendem a
qualquer órgão da Administração Pública. (Nesse sentido REsp 174.247)

ADMINISTRATIVO - LICITAÇÃO - INIDONEIDADE DECRETADA PELA


CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO - ATO IMPUGNADO VIA MANDADO DE
SEGURANÇA.

4. Inidoneidade que, como sanção, só produz efeito para o futuro (efeito ex nunc), sem
interferir nos contratos já existentes e em andamento. (STJ MS 13.101)

Cláusulas exorbitantes

(g) Restrições à possibilidade de alegar a exceção do contrato não cumprido (exceptio


non adimpleti contractus):

-exceção à regra: a possibilidade de o particular contratado optar pela rescisão do


contrato ou pela suspensão do cumprimento de suas obrigações no caso de atraso
superior a 90 dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de obras,
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em
caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra (art. 78,
XV)

Prazo contrato administrativo

- adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamentários (art. 57, caput), com
exceções:

* projetos ligados ao Plano Plurianual (art. 57, I)

* prestação de serviços a serem executados de forma contínua (cuja duração pode ser
prorrogada por iguais e sucessivos períodos, limitada a 60 meses + 12 meses §4º)
Prazo contrato administrativo

• aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática (cuja


duração pode se estender por até 48 meses após o início da vigência do
contrato)

• V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos
contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja
interesse da administração. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)

É vedada a contratação prazo indeterminado (art. 57, §3º )

-são da responsabilidade do contratado os encargos trabalhistas, previdenciários,


fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato (art. 71)

-a inadimplência do contratado com referência aos encargos trabalhistas, fiscais e


comerciais não transfere à Administração Pública a responsabilidade por seu
pagamento (art. 71, § 1.º)

-nas obrigações previdenciárias resultantes da execução do contrato a Administração


Pública responderá solidariamente com o contratado, nos termos do artigo 31 da Lei
8.212/91 (art. 71, § 2.º)

Enunciado/Súmula 331 do TST (redação original):

-o inadimplemento das obrigações trabalhistas, pelo empregador, implica a


responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações,
inclusive quanto aos órgãos da Administração Pública, desde que hajam participado da
relação processual e constem também do título executivo judicial

STF na ADC nº 16 entendeu pela Constitucionalidade do art. 71 da Lei 8666, ou seja, o


inadimplemento do contratado não transfere para a Administração a responsabilidade
das dívidas trabalhistas, salvo se esta falhar na fiscalização.

Enunciado/Súmula 331 do TST (redação atual, após decisão STF ADC 16):

V - Os entes integrantes da Administração Pública direta e indireta respondem


subsidiariamente, nas mesmas condições do item IV, caso evidenciada a sua conduta
culposa no cumprimento das obrigações da Lei n.º 8.666, de 21.06.1993,
especialmente na fiscalização do cumprimento das obrigações contratuais e legais da
prestadora de serviço como empregadora. A aludida responsabilidade não decorre de
mero inadimplemento das obrigações trabalhistas assumidas pela empresa
regularmente contratada.

Equilíbrio econômico- financeiro


-É a relação de igualdade formada entre as obrigações do contratante e a
compensação econômica correspondente

Se a Administração tem a prerrogativa de alterar unilateralmente, nos termos da lei, o


contrato administrativo, o contratado tem o direito à manutenção do equilíbrio
econômico-financeiro.

“Art. 65, II, “d”: para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre
os encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração
da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou
previsíveis porém de conseqüências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da
execução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do
príncipe, configurando área econômica extraordinária e extracontratual”.

Art. 65:

§ 5o Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a


superveniência de disposições legais, quando ocorridas após a data da apresentação
da proposta, de comprovada repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão
destes para mais ou para menos, conforme o caso.

*Fato do príncipe:

- medida de ordem geral do Poder Público, não relacionada com o contrato, mas
que nele reflete, alterando a sua equação econômico-financeira

- *Fato da Administração:

- conduta ou comportamento da Administração que, como parte contratual, torne


impossível a execução do contrato ou provoque seu desequilíbrio econômico-
financeiro.

* Teoria da imprevisão (ou álea econômica extraordinária):

-acontecimento externo ao contrato, alheio à vontade das partes, imprevisível e


inevitável, que provoca grande desequilíbrio no ajuste, onerando excessivamente a sua
execução para o contratado

Requisitos (MSZP):

a) fato imprevisível, ou previsível, porém de conseqüências incalculáveis;

b) estranho à vontade das partes;

c) inevitáveis;
d) causadores de desequilíbrio muito grande no contrato.

*Fatos imprevistos (ou "interferências imprevistas"):

-ocorrências materiais que não tinham sido cogitadas pelas partes quando da
celebração do contrato, mas que surpreendentemente surgem em sua execução,
dificultando ou onerando extraordinariamente o prosseguimento e a conclusão dos
trabalhos

* Força maior e caso fortuito

Revisão

Na revisão a equação econômico-financeira é afetada por eventos posteriores e


imprevisíveis que alteram substancialmente o conteúdo ou a extensão das prestações
impostas ao contratante. Não tem relação com questões inflacionárias.

Revisão

“1 - É assente nos contratos administrativos a possibilidade de sua revisão à luz da


cláusula rebus sic stantibus hoje consagrada na Lei das Licitações, verbis: "art. 65.(...)”
(REsp 612.123)

Reajuste

No reajuste existe a recomposição preestabelecida do poder aquisitivo da moeda por


meio da aplicação de índice de preços fixado contratualmente. Exige o decurso mínimo
de 12 meses. Tem relação com questões inflacionárias.

Reajuste

“2. A Lei 8.666/93 (art. 65, § 6º) serve de base legal para o reajuste do contrato, a fim
de manter seu equilíbrio financeiro. 3. Reajuste que deve observar, prioritariamente, os
parâmetros estabelecidos em tabelas fornecidas pela Administração.” (STJ MS 11.539)

Repatuação

Consiste na recomposição do valor contratado aplicável aos contratos de serviços


contínuos e se vincula à variação de custos do contrato.

O contratado deverá demonstrar de forma analítica a proporção do desequilíbrio


econômico-financeiro de acordo com a planilha de custos e a formação dos preços.

Exige-se previsão contratual e o decurso do interregno de 12 meses.

Repatuação
46. Assim, a partir da data em que passou a viger as majorações salariais da categoria
profissional que deu ensejo à revisão, a contratada passou a deter o direito à
repactuação de preços. (TCU Acórdão 1.827)

Extinção do contrato

1) pela conclusão de seu objeto

2) pelo término de seu prazo

3) em razão de força maior ou de caso fortuito (art. 78, XVII)

4) pela rescisão (unilateral, amigável ou judicial)

Extinção do contrato

5) pela anulação (art. 59):

-descoberta alguma ilegalidade, a Adm. deve declarar a nulidade do contrato, que


opera retroativamente, impedindo os efeitos jurídicos que o ajuste, ordinariamente,
deveria produzir, além de desconstituir os já produzidos

Extinção do contrato

5) pela anulação (art. 59):

-a nulidade não exonera a Administração do dever de indenizar o contratado pelo que


este houver executado até a data em que ela for declarada e por outros prejuízos
regularmente comprovados, contanto que não lhe seja imputável, promovendo-se a
responsabilidade de quem lhe deu causa

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

LEI Nº 12.462, DE 4 DE AGOSTO DE 2011.

Art. 1o É instituído o Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), aplicável


exclusivamente às licitações e contratos necessários à realização:

I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Carteira de Projetos


Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica (APO); e

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

II - da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol Associação -


Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo Executivo - Gecopa
2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar e supervisionar as ações
previstas no Plano Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da
Copa do Mundo Fifa 2014 - CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras públicas,
às constantes da matriz de responsabilidades celebrada entre a União, Estados,
Distrito Federal e Municípios;

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

III - de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aeroportos das


capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (trezentos e cinquenta
quilômetros) das cidades sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.

IV - das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)


(Incluído pela Lei nº 12.688, de 2012)

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

V - das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.


(Incluído pela Lei nº 12.745, de 2012)

VI - das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e reforma de


estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioeducativo. (Incluído pela
Medida Provisória nº 630, de 2013)

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

O RDC tem por objetivos:

I - ampliar a eficiência nas contratações públicas e a competitividade entre os licitantes;

II - promover a troca de experiências e tecnologias em busca da melhor relação entre


custos e benefícios para o setor público;

III - incentivar a inovação tecnológica; e

IV - assegurar tratamento isonômico entre os licitantes e a seleção da proposta mais


vantajosa para a administração pública.

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

Art. 3o As licitações e contratações realizadas em conformidade com o RDC deverão


observar os princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade,
da publicidade, da eficiência, da probidade administrativa, da economicidade, do
desenvolvimento nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocatório e do
julgamento objetivo.

Regime Diferenciado de Contratação - RDC


Art. 4o Nas licitações e contratos de que trata esta Lei serão observadas as seguintes
diretrizes:

I - padronização do objeto da contratação relativamente às especificações técnicas e


de desempenho e, quando for o caso, às condições de manutenção, assistência
técnica e de garantia oferecidas;

II - padronização de instrumentos convocatórios e minutas de contratos, previamente


aprovados pelo órgão jurídico competente;

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

Art. 4º III - busca da maior vantagem para a administração pública, considerando custos
e benefícios, diretos e indiretos, de natureza econômica, social ou ambiental, inclusive
os relativos à manutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice de
depreciação econômica e a outros fatores de igual relevância;

IV - condições de aquisição, de seguros, de garantias e de pagamento compatíveis


com as condições do setor privado, inclusive mediante pagamento de remuneração
variável conforme desempenho, na forma do art. 10; (Redação dada pela Medida
Provisória nº 630, de 2013)

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

Art. 4º V - utilização, sempre que possível, nas planilhas de custos constantes das
propostas oferecidas pelos licitantes, de mão de obra, materiais, tecnologias e
matérias-primas existentes no local da execução, conservação e operação do bem,
serviço ou obra, desde que não se produzam prejuízos à eficiência na execução do
respectivo objeto e que seja respeitado o limite do orçamento estimado para a
contratação; e

VI - parcelamento do objeto, visando à ampla participação de licitantes, sem perda de


economia de escala.

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

Art. 12. O procedimento de licitação de que trata esta Lei observará as seguintes fases,
nesta ordem:

I - preparatória;

II - publicação do instrumento convocatório;

III - apresentação de propostas ou lances;

IV - julgamento;
V - habilitação;

VI - recursal; e

VII - encerramento.

Regime Diferenciado de Contratação - RDC

Art. 35. As hipóteses de dispensa e inexigibilidade de licitação estabelecidas nos arts.


24 e 25 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, aplicam-se, no que couber, às
contratações realizadas com base no RDC.

Parágrafo único. O processo de contratação por dispensa ou inexigibilidade de licitação


deverá seguir o procedimento previsto no art. 26 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de
1993.

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