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MEDICINA LEGAL

Asfixiologia
Parte 1

Profª. Leilane Verga


Asfixiologia

• Asfixia
• Fases das asfixias mecânicas
• Características gerais das asfixias
• Classificações das asfixias
Asfixiologia

RESPIRAÇÃO NORMAL
• 21% oxigênio
• 78% nitrogênio
• 0,03% gás carbônico
Hematose = transformação do sangue venoso, vindo do coração direito, em
arterial, pela perda de gás carbônico e conquista de oxigênio.
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ASFIXIA
Ausência ou baixíssima concentração de oxigênio no ar respirável, ou a
perturbação oriunda da privação do oxigênio.
• Eupneia = respiração normal
• Bradipneia = diminuição dos movimentos respiratórios
• Taquipneia = aumento da frequência respiratória
• Dispneia = respiração forçada e difícil
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ASFIXIA MECÂNICA
Tipo de asfixia causada por agentes mecânicos:
• Maior parte dos casos de asfixias violentas
• Asfixias também podem ser causadas por outros mecanismos!
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FASES DAS ASFIXIAS MECÂNICAS

1. Fase cerebral
2. Fase de excitação cortical e medular
3. Fase respiratória
4. Fase cardíaca
Tempo total de um processo asfíxico = cerca de 7 minutos.
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CARACTERÍSTICAS DAS ASFIXIAS EM GERAL

Atenção: nenhum sinal é patognomônico!

• Sinais externos
• Sinais internos
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SINAIS EXTERNOS
Manchas de hipóstase
• Precoces
• Abundantes
• Tonalidade escura
• Asfixia por monóxido de carbono: tonalidade rósea
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SINAIS EXTERNOS
Congestão da face
• Máscara equimótica de Morestin
• Pele e mucosas azuladas (carboxiemoglobina)
• Principalmente na compressão torácica

Fonte: Medicina Legal Texto e Atlas 2ª ed


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SINAIS EXTERNOS
Equimoses da pele e das mucosas
• Principalmente na face, tórax e pescoço
• Se desenvolvem algumas horas após a morte.
• Extravasamento e infiltração de sangue que se coagula nas malhas dos
tecidos, por ruptura dos capilares

Fonte: Medicina Legal Texto e Atlas 2ª ed


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SINAIS EXTERNOS
Fenômenos cadavéricos
• Livores de decúbito são mais extensos, mais escuros e mais precoces;
• Rosado na submersão (afogamento)
• Vermelho na asfixia por monóxido de carbono
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SINAIS EXTERNOS
Fenômenos cadavéricos
• Esfriamento do cadáver mais lento;
• Rigidez cadavérica mais lenta, mais intensa e prolongada;
• Putrefação muito mais precoce e mais acelerada.
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SINAIS EXTERNOS
Cogumelo de espuma
• Nas bocas e narinas, continuando pelas vias respiratórias inferiores;
• Mais comum nos afogados
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SINAIS EXTERNOS
Projeção da língua

Exoftalmia
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SINAIS INTERNOS
Equimoses viscerais
• Manchas de Tardieu = equimoses puntiformes dos pulmões e do coração
• Explicadas pela fluidez do sangue nos vitimados por asfixia e
especialmente pela ruptura dos capilares produzida pelo aumento da
tensão arterial
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SINAIS INTERNOS
Aspectos do sangue
• Em geral escuro e líquido
• Asfixia por monóxido de carbono: sangue vermelho vivo
• Afogados que ingeriram muita água: sangue rosado
• Viscosidade diminuída (alta [CO2])
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SINAIS INTERNOS
Congestão polivisceral
• Fígado e mesentério são os que mais se apresentam congestos
• Exceção: baço – não acumula sangue = sinal de Étienne Martin
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CLASSIFICAÇÃO DAS ASFIXIAS


Afrânio Peixoto:

ASFIXIAS PURAS

ASFIXIAS COMPLEXAS

ASFIXIAS MISTAS
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ASFIXIAS PURAS

• Asfixias em ambientes por gases irrespiráveis


• Obstáculo à penetração do ar nas vias respiratórias
• Transformação do meio gasoso em meio líquido
• Transformação do meio gasoso em meio sólido ou pulvurulento
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ASFIXIAS PURAS

• Asfixias em ambientes por gases irrespiráveis


• Confinamento
• Asfixia por monóxido de carbono
• Asfixia por outros vícios de ambientes
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ASFIXIAS PURAS

• Obstáculo à penetração do ar nas vias respiratórias


• Sufocação direta
• Sufocação indireta
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ASFIXIAS PURAS

• Transformação do meio gasoso em meio líquido


• Afogamento
• Transformação do meio gasoso em meio sólido ou pulvurulento
• Soterramento
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ASFIXIAS COMPLEXAS

Constrição das vias respiratórias com anoxemia e excesso de gás carbônico,


interrupção da circulação cerebral e inibição por compressão dos elementos
nervosos do pescoço
• Enforcamento
• Estrangulamento
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ASFIXIAS MISTAS

São as que se confundem e se superpõem, em graus variados, aos fenômenos


circulatórios, respiratórios e nervosos
• Esganadura
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CLASSIFICAÇÃO DAS ASFIXIAS


Delton Croce
Asfixiologia

Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 -
PC-ES - Médico Legista
Considerando a fisiopatologia das asfixias, é possível determinar um cronograma
estabelecendo suas diversas fases com o aparecimento das manifestações clínicas.
Referente ao exposto, assinale a alternativa correta.

A) A 1ª fase é conhecida como fase de excitação cortical e medular.


B) Na 2ª fase, aparecem enjôos, lipotimias e vertigens.
C) A 3ª fase se caracteriza pela lentidão e superficialidade dos movimentos respiratórios.
D) A 4ª fase é conhecida como fase respiratória.
E) Na 3ª fase, os batimentos do coração são lentos e arrítmicos.
Asfixiologia

Ano: 2019 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PC-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2019 -
PC-ES - Médico Legista
Considerando a fisiopatologia das asfixias, é possível determinar um cronograma
estabelecendo suas diversas fases com o aparecimento das manifestações clínicas.
Referente ao exposto, assinale a alternativa correta.

A) A 1ª fase é conhecida como fase de excitação cortical e medular.


B) Na 2ª fase, aparecem enjôos, lipotimias e vertigens.
C) A 3ª fase se caracteriza pela lentidão e superficialidade dos movimentos respiratórios.
D) A 4ª fase é conhecida como fase respiratória.
E) Na 3ª fase, os batimentos do coração são lentos e arrítmicos.
Asfixiologia

Ano: 2017 Banca: FUNDATEC Órgão: IGP-RS Prova: FUNDATEC - 2017 -


IGP-RS - Técnico em Perícias

São exemplos de morte por asfixia:


A) Soterramento e hanseníase.
B) Afogamento e enforcamento.
C) Eletroplessão e esganadura.
D) Choque hipovolêmico e sufocamento.
E) Estrangulamento e litíase de vias biliares.
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Ano: 2017 Banca: FUNDATEC Órgão: IGP-RS Prova: FUNDATEC - 2017 -


IGP-RS - Técnico em Perícias

São exemplos de morte por asfixia:


A) Soterramento e hanseníase.
B) Afogamento e enforcamento.
C) Eletroplessão e esganadura.
D) Choque hipovolêmico e sufocamento.
E) Estrangulamento e litíase de vias biliares.

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