Você está na página 1de 4

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA _ VARA

CIVIL DA COMARCA DE _

Processo n° _

PEDRO, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado,


inconformado com a sentença proferida às fls. _, nos autos da ação que move em face
das empresas MaxTV S.A. e Lojas de Eletrodomésticos Ltda, ambas também já
qualificadas nos autos, vem interpor RECURSO DE APELAÇÃO com fulcro no art.
1.009 do Código de Processo Civil, tempestivamente e após o devido preparo,
pugnando que o recurso seja conhecido e recebido em seu duplo efeito, na forma do
artigo 1.013 do CPC, remetidos os autos ao exame do Egrégio Tribunal de Justiça do
Estado de _, a fim de que seja reformada a supracitada sentença do juízo a quo.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local _ e data _

Advogado(a) _

OAB N°_
RAZÕES DO RECURSO DE APELAÇÃO

Apelante: Pedro

Apelados: MaxTV S.A. e Lojas de Eletrodomésticos Ltda

Origem: _ Vara Cível da Comarca de _

Processo n°: _

EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

COLENDA CÂMARA

ILUSTRES DESEMBARGADORES

Não merece prosperar a sentença proferida pelo juízo a quo pelas razões de fato
e de direito a seguir expostas:

I – DA ADMISSIBILIDADE DO RECURSO

A – Da Tempestividade

A sentença recorrida foi publicada no dia _, sendo o presente recurso protocolado


em _, dentro do prazo legal de 15 dias, desta forma, tempestivo na forma do art. 1.003,
§ 5º do Código de Processo Civil.

B – Do Preparo

Segue anexa guia de recolhimento das custas recursais, devidamente pagas,


comprovando-se assim, o correto preparo do recurso.

II – DAS RAZÕES DE FATO

O apelante, ao se mudar para seu apartamento recém-comprado, adquiriu no dia


20/10/2019 diversos eletrodomésticos de última geração dentre os quais uma TV de
LED de 60 polegadas, acesso à internet e outras facilidades, pelo preço de R$ 4.000,00
(quatro mil reais). Depois de funcionar perfeitamente por 30 dias, a TV apresentou
superaquecimento.

Diante do problema supracitado, ocorreu a explosão da fonte de energia do


equipamento, provocando danos irreparáveis, a todos os aparelhos eletrônicos que
estavam conectados ao televisor.
A reclamação foi apresentada no dia 25/11/2019, tanto ao fabricante MaxTV S.A,
quanto a comerciante de quem o produto foi adquirido Lojas de Eletrodomésticos Ltda,
ficando estes inertes, deixando de oferecer qualquer solução ao caso.

O apelante ajuizou ação na Vara Cível no dia 10/03/2020 em face tanto do


fabricante do aparelho quanto da loja em que o adquiriu, requerendo, em síntese:

 Substituição do televisor por outro do mesmo modelo ou superior, em perfeito estado;


 Indenização de aproximadamente R$ 35.000,00 correspondente ao valor dos demais
aparelhos danificados; e
 Indenização por danos morais, em virtude da situação não ter sido solucionada em tempo
razoável, motivo pelo qual a família ficou durante algum tempo sem usar a TV.

O magistrado, porém, acolheu a preliminar de ilegitimidade passiva arguida, em


contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao apelante, excluindo-a do polo
passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor.
Além disso, reconheceu a decadência do direito apelante, alegada em contestação pela
fabricante do produto, com fundamento no art. 26, II do CDC, considerando que
decorreram mais de 90 dias entre a data do surgimento do defeito e a do ajuizamento da
ação.

III – DOS FUNDAMENTOS

Depreende-se do caso em tela que, há solidariedade entre a loja e o fabricante,


diante disso, devem ambos apelados figurarem como litisconsortes passivos. A
responsabilidade solidária entre os apelados encontra fundamento nos artigos 7º,
parágrafo único, art. 25, § 1º e art. 18, todos do CDC.
Desta forma, não há que se falar em decadência, pois ficou demonstrada a
existência de reclamação oportuna do apelante, de modo a obstar a decadência, na
forma do art. 26, § 2º, inciso I, do CDC.
Além do que, trata-se o caso de responsabilidade civil por fato do produto,
considerando os danos sofridos pelo apelante e a forma pela qual o produto veio a
deteriorar-se, com fundamento no art. 27 do CDC a pretensão não se submete à
decadência, mas ao prazo prescricional de 5 anos.
Destarte, a sentença merece ser reformada, haja vista o erro no julgamento da
preliminar de ilegitimidade passiva, bem como, em relação ao instituto da decadência.

IV – DOS PEDIDOS

Por todo exposto, requer a esse Egrégio Tribunal de Justiça, seja o recurso
conhecido e provido, a fim de que a sentença seja reformada por ocorrência de erro in
judicando praticado pelo juízo a quo, mediante o reconhecimento da legitimidade
passiva da loja e o afastamento da decadência, na medida em que o feito se encontra
maduro para julgamento.
Requer ainda, a intimação dos apelados para apresentar contrarrazões.

Nestes termos,
Pede deferimento.

Local_ e data_
Advogado(a)_
OAB Nº_

Você também pode gostar