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LARISSA DUARTE TEIXEIRA

DIREITO 2022/2

Resenha crítica do filme “O Mercador de Veneza”


A história do filme se passa em Veneza, durante o século XVI e tem como elenco principal
Bassanio, Pórcia, Shylock e Antonio. Ao decorrer da trama são retratado muitos tipos de
preconceito, mas os principais são contra os Judeus e as mulheres. Quanto aos judeus, os
mesmos além de não serem considerados cidadãos eram também constantemente humilhados
por cristão. Um exemplo é quando Antônio humilha e cospe em Shylock apenas pela sua escolha
religiosa, o que mostra que esse preconceito era sofrido por todos os judeus, ate mesmo aqueles
com mais alto poder aquisitivo. Quanto as mulheres, durante toda a trama é mostrado tal
preconceito, mas principalmente ao retratar a história de Pórcia que, mesmo sendo
extremamente rica e herdeira, não poderia escolher para si um parceiro, sendo este escolhido
pelo seu pai, julgado pelos seus bens e sua sorte, ao abrir um baú.

Voltando a história de Antônio e Shylock, Antônio pediu a Shylock um empréstimo de 3 mil


ducados (a pedido de Bassanio, pois ele queria viajar 3 noites para encontrar Pórcia e tentar
ganhar sua mão em casamento), o que lhe foi concedido, e ainda sem juros, o que foi dito como
generosidade, apenas com a condição de que caso não conseguisse devolver o valor no prazo
estipulado, deveria entregar a Shylock uma quantia de 1 libra de sua própria carne (carne de
Antônio). Como Antônio não consegui cumprir o trato, foram a julgamento, onde Shylock atrás
de vingança diz não aceita nenhuma quantia de dinheiro como perdão pelo não cumprimento
do trato e ainda diz: “que julgamento devo temer se nada fiz de errado”. Dessa forma, entra
Pórcia com vestimentas masculinas e se passando por um juiz para julgar o caso, na esperança
de conseguir inocentar o caro amigo de seu marido, e ela consegue, a partir de uma estratégia
muito usada atualmente inclusive, a procura de brechas na lei, pois o acordo fechado entre eles
permitia que Shylock pegasse 1 libra de carne de Antônio, mas não permitia que tirasse nem
uma gota do cristão ou que ele cortasse para mais ou para menos, nem q fosse um fio de cabelo
que passasse de exatamente uma libra de carne, o que fez com que Shylock desistisse de sua
vingança e aceitasse o pagamento, mas além disso ainda perdeu 50% de seus bens para Antônio
e a outra metade ficaria com o Estado, pois era previsto em lei. O julgamento de Pórcia foi
correto, visto que seguiu a lei e a aplicou, porém, não se deixa de julgar injustas as leis, pois o
judeu, que aparentemente no começo era o certo da história, foi o que mais saiu perdendo com
todo o caso, pois não foi cuidadoso ao redigir o trato, o deixando falho, sujeito a brechas que no
fim arruinaram sua vida.

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