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Violência contra a mulher

O que é violência contra a mulher?

Na definição da Convenção de Belém do Pará (Convenção Interamericana


para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra a Mulher, adotada pela OEA
em 1994), a violência contra a mulher é “qualquer ato ou conduta baseada no
gênero, que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à
mulher, tanto na esfera pública como na esfera privada”.

“A violência contra as mulheres é uma manifestação de relações de poder


historicamente desiguais entre homens e mulheres que conduziram à
dominação e à discriminação contra as mulheres pelos homens e impedem o
pleno avanço das mulheres...”

Declaração sobre a Eliminação da Violência contra as Mulheres, Resolução da


Assembléia Geral das Nações Unidas, dezembro de 1993.

De onde vem a violência contra a mulher?

Ela acontece porque em nossa sociedade muita gente ainda acha que o melhor
jeito de resolver um conflito é a violência e que os homens são mais fortes e
superiores às mulheres. É assim que, muitas vezes, os maridos, namorados,
pais, irmãos, chefes e outros homens acham que têm o direito de impor suas
vontades às mulheres.

Embora muitas vezes o álcool, drogas ilegais e ciúmes sejam apontados como
fatores que desencadeiam a violência contra a mulher, na raiz de tudo está a
maneira como a sociedade dá mais valor ao papel masculino, o que por sua
vez se reflete na forma de educar os meninos e as meninas. Enquanto os
meninos são incentivados a valorizar a agressividade, a força física, a ação, a
dominação e a satisfazer seus desejos, inclusive os sexuais, as meninas são
valorizadas pela beleza, delicadeza, sedução, submissão, dependência,
sentimentalismo, passividade e o cuidado com os outros.

Por que muitas mulheres sofrem caladas?

Estima-se que mais da metade das mulheres agredidas sofram caladas e não
peçam ajuda. Para elas é difícil dar um basta naquela situação. Muitas sentem
vergonha ou dependem emocionalmente ou financeiramente do agressor;
outras acham que “foi só daquela vez” ou que, no fundo, são elas as culpadas
pela violência; outras não falam nada por causa dos filhos, porque têm medo
de apanhar ainda mais ou porque não querem prejudicar o agressor, que pode
ser preso ou condenado socialmente. E ainda tem também aquela idéia do
“ruim com ele, pior sem ele”.

Muitas se sentem sozinhas, com medo e vergonha. Quando pedem ajuda, em


geral, é para outra mulher da família, como a mãe ou irmã, ou então alguma
amiga próxima, vizinha ou colega de trabalho. Já o número de mulheres que
recorrem à polícia é ainda menor. Isso acontece principalmente no caso de
ameaça com arma de fogo, depois de espancamentos com fraturas ou cortes e
ameaças aos filhos.

O que pode ser feito?

As mulheres que sofrem violência podem procurar qualquer delegacia, mas é


preferível que elas vão às Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher
(DEAM), também chamadas de Delegacias da Mulher (DDM). Há também os
serviços que funcionam em hospitais e universidades e que oferecem
atendimento médico, assistência psicossocial e orientação jurídica.

A mulher que sofreu violência pode ainda procurar ajuda nas Defensorias
Públicas e Juizados Especiais, nos Conselhos Estaduais dos Direitos das
Mulheres e em organizações de mulheres.

Como funciona a denúncia

Se for registrar a ocorrência na delegacia, é importante contar tudo em


detalhes e levar testemunhas, se houver, ou indicar o nome e endereço delas.
Se a mulher achar que a sua vida ou a de seus familiares (filhos, pais etc.) está
em risco, ela pode também procurar ajuda em serviços que mantêm casas-
abrigo, que são moradias em local secreto onde a mulher e os filhos podem
ficar afastados do agressor.

Dependendo do tipo de crime, a mulher pode precisar ou não de um advogado


para entrar com uma ação na Justiça. Se ela não tiver dinheiro, o Estado pode
nomear um advogado ou advogada para defendê-la.

Muitas vezes a mulher se arrepende e desiste de levar a ação adiante.

Em alguns casos, a mulher pode ainda pedir indenização pelos prejuízos


sofridos. Para isso, ela deve procurar a Promotoria de Direitos Constitucionais
e Reparação de Danos.

Lei Maria da Penha

Conhecida como Lei Maria da Penha a lei número 11.340 decretada pelo
Congresso Nacional e sancionada pelo presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da
Silva em 7 de agosto de 2006; dentre as várias mudanças promovidas pela lei
está o aumento no rigor das punições das agressões contra a mulher quando
ocorridas no âmbito doméstico ou familiar. A lei entrou em vigor no dia 22 de
setembro de 2006, e já no dia seguinte o primeiro agressor foi preso, no Rio de
Janeiro, após tentar estrangular a ex-esposa.

A lei alterou o Código Penal Brasileiro e possibilitou que agressores de


mulheres no âmbito doméstico ou familiar sejam presos em flagrante ou
tenham sua prisão preventiva decretada, estes agressores também não
poderão mais ser punidos com penas alternativas, a legislação também
aumenta o tempo máximo de detenção previsto de um para três anos, a nova
lei ainda prevê medidas que vão desde a saída do agressor do domicílio e a
proibição de sua aproximação da mulher agredida e filhos,e por isso foi criada
essa Lei.

DENGUE

O que é a Dengue

A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada


por um vírus da família Flaviridae e é transmitida através
do mosquito Aedes aegypti, também infectado pelo vírus.
Atualmente, a dengue é considerada um dos principais
problemas de saúde pública de todo o mundo.

Tipos de Dengue

Em todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da


doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2 e 3. A dengue de tipo 4


foi identificada apenas na Costa Rica.

Formas de apresentação

A dengue pode se apresentar – clinicamente - de quatro formas diferentes


formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue
e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue
Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue.

- Infecção Inaparente
A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma. A
grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se
que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

- Dengue Clássica
A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe.
Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa
infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular
e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele,
dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas.

Os sintomas da Dengue Clássica duram até uma semana. Após este período, a
pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição.

- Dengue Hemorrágica
A Dengue Hemorrágica é uma doença grave e se caracteriza por alterações da
coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a
Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença
surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e
nos órgãos internos. A Dengue Hemorrágica pode provocar hemorragias
nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Na Dengue Hemorrágica, assim que os sintomas de febre acabam a pressão
arterial do doente cai, o que pode gerar tontura, queda e choque. Se a doença
não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

- Síndrome de Choque da Dengue


Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande
queda ou ausência de pressão arterial. A pessoa acometida pela doença
apresenta um pulso quase imperceptível, inquietação, palidez e perda de
consciência. Neste tipo de apresentação da doença, há registros de várias
complicações, como alterações neurológicas, problemas cardiorrespiratórios,
insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural.

Entre as principais manifestações neurológicas, destacam-se: delírio,


sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência,
amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com
rapidez, pode levar à morte.

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