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Como resultado desta modificação, existem cada vez mais indivíduos idosos na
maioria dos países da civilização ocidental e, consequentemente, cada vez mais doenças
próprias desse envelhecimento populacional: doenças cardiovasculares, cancro,
hipertensão, diabetes e doenças reumáticas. Entre estas, algumas são muito mediáticas
por serem cada vez mais responsáveis por mortalidade, mas outras, como as doenças
reumáticas, deverão ser igualmente consideradas. Na verdade, se não condicionam a
morte, são responsáveis por grande sofrimento, incapacidade e consumo de recursos
financeiros a nível individual e social. “Doenças reumáticas” é uma designação
genérica que abrange o conjunto das doenças que afectam o aparelho locomotor. Entre
estas, a mais comum é a artrose, afectando cerca de 20 % da população (cerca de 2
milhões de pessoas em Portugal). De um ponto de vista muito simplificado, as doenças
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reumáticas podem dividir-se, de acordo com o tipo de expressão clínica principal que
apresentam, nos seguintes grupos:
1. Artrites
Doenças caracterizadas por uma inflamação das articulações. Têm causas muito
diversas (auto-imunes, infecção, microcristais como o ácido úrico) e são as que põem
maiores problemas pela urgência do diagnóstico correcto e pela possibilidade de
nalgumas destas doenças poder atingir outros órgãos do corpo além das articulações,
provocando nestas últimas situações de artroses.
2. Artroses
4. Tendinites
São causadas muitas vezes por esforços de sobrecarga (ex: desporto, actividade
profissional), mas podem também ocorrer em associação a outras doenças, quer
inflamatórias (ex: espondilite anquilosante, artrite reumatóide), e ainda a artroses.
5. Doenças do osso
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2 – ARTROSE
2.1– DEFINIÇÃO
Segundo, MANUILA [et al.] (2001, p.80) artrose define-se por: “Alteração
destrutiva das cartilagens ou das fibrocartilagens articulares, de natureza
degenerativa. As suas principais localizações são: a anca (coxartrose), o joelho
(gonartrose), a coluna vertebral (cervicartrose, dorsartrose, lombartrose), as mãos
(rizartrose do polegar).
Sinónimos: osteoartrite degenerativa (por influência anglo-saxónica), artrite
seca deformante, artrite crónica degenerativa, reumatismo crónico degenerativo”.
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Todavia, MOURAD (1994, p.97) acrescenta que artrose é uma afecção músculo-
esquelética degenerativa, que é caracterizada pelo aparecimento de alterações
degenerativas na cartilagem articular das principais articulações que suportam o peso do
indivíduo, contudo pode também afectar outras articulações.
2.2.– ETIOLOGIA
Artrose primária:
Idiopática (causa desconhecida)
Tem como base os fenómenos degenerativos articulares que se iniciam após a
segunda década (após os ± 50 anos) e que progridem com o avançar da idade.
Admite-se que 85 % das pessoas entre 55 e 64 anos têm certo grau de artrose de uma
ou outra articulação.
Após os 55 anos, há certa predilecção para o aparecimento de artroses na mulher nas
articulações interfalangianas proximal e distais e, no homem no quadril.
Incidência: em maior número nos indivíduos de raça branca.
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Artrose secundária
Em consequência de outras lesões musculoesqueléticas, como:
Malformações
Posições viciosas
Inflamações
Etc.
Incidência: mais comum em indivíduos que residem no Sul da China.
Nota:
As lesões degenerativas são as mesmas e, na prática, nem sempre é possível
separar a artrose primária da secundária.
A artrose observa-se em todo o mundo e em todos os ambientes climáticos.
A artrose é uma doença própria dos adultos.
2.3. – FISIOPATOLOGIA
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O simples aumento do peso corporal e a redução da área, sobre a qual actua a força
de pressão; O segundo, mais importante que o primeiro.
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Mesmo não se tendo determinado ainda a causa exacta da artrose esta pode dever-
se à existência de um gene mutado na cartilagem articular, que faria com que esta se auto-
repara-se de forma menos eficaz ou que se degastasse com maior facilidade. Este gene foi
descoberto em 1990.
2.4. – SINTOMATOLOGIA
Dor
A dor tem um ritmo, isto é, um modo de ser ao longo do dia, que se
convencionou chamar mecânico. O ritmo mecânico é caracterizado pelo facto das dores
se agravarem ao longo do dia, com os movimentos e com os esforços, e melhorarem
quando o doente repousa, em particular quando se deita. Regra geral, os doentes com
esta patologia não têm dores durante a noite e dormem bem, embora em alguns casos
muito avançados de artroses das ancas e dos joelhos as dores possam, também, surgir
durante a noite. (http://www.lpcdr.pt/html/osteoartrose.htm)
Rigidez articular
A rigidez surge, sobretudo, ao iniciar os movimentos como, por exemplo, no
doente que está sentado e se levanta, e surge, também, de manhã ao acordar. A rigidez
da osteoartrose é de curta duração, não ultrapassando os 30 minutos.
Deformações ósseas;
Nota: Regra geral, ocorrem num estado mais avançado da doença.
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2.5– COMPLICAÇÕES
2.7. – TRATAMENTO
Tratamento Médico:
A osteoartrose não tem, hoje em dia, cura, e o doente deve sabê-lo, mas tem
tratamento, que pode permitir ao indivíduo afectado por esta doença levar uma vida
completamente normal na imensa maioria dos casos.
Contudo, o tratamento médico visa:
Cuidados de apoio, através do aconselhamento do uso de meios auxiliares de
marcha (ex.: canadianas, andarilho...), afim de diminuir a pressão e a
sobrecarga sobre nas articulações.
Diminuição do peso corporal, iniciando uma dieta se necessário para diminuir
a sobrecarga articular.
Promover o repouso para aumentar a sensação de bem-estar da articulação
inflamada ou dolorida.
Uso de prótese para modificar e/ou manter a força da articulação.
Tratamento Nutricional:
Dieta para diminuir o peso corporal: pobre em calorias e gorduras, mas rica
em vitaminas A (e C ( para a formação de colagénio).
Tratamento Fisioterapêutico:
Aplicações de calor húmido para aliviar a dor e as parestesias (pode-se
alternar com aplicações de frio).
Execução de exercícios para ajudar a manter a funcionalidade das
articulações.
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Massagens ao redor das articulações para diminuir a rigidez e relaxar os
ligamentos dos músculos tensos.
Fixação do membro para conseguir o repouso de uma articulação dolorida ou
para prevenir uma deformação progressiva.
Uso de sapatos resistentes e bem apertados para ajudar a manter a postura a
deambular...
Tratamento Farmacológico:
Analgésicos e anti-inflamatórios (ex.: Fenilbutazona e Indometacina) para
aliviar a dor e as parestesias, assim como para diminuir os focos
inflamatórios, caso existam.
Administração dos analgésico em conjunto com antiácidos, afim de diminuir
a irritação gástrica.
Relaxantes musculares para aliviar os espasmos musculares e a dor.
Tratamento Cirúrgico:
O tratamento cirúrgico está justificado quando se trata de uma incapacidade
grave. Na artrose se efectuam com frequência intervenções de substituição total da
articulação (ex.: anca, rótula, ombro, etc..) por uma prótese, afim de aliviar a dor e
restaurar ou manter a mobilidade da articulação.
As intervenções a considerar são a Artroplastia (formação de uma nova
articulação) e artrodese (anulação da articulação por fusão das extremidades ósseas). A
Artroplastia só é aplicável a poucas articulações, como a da anca, a do cotovelo e as
articulações metatarsofalângicas. Para a maior parte das outras articulações o
tratamento escolhido é a artrodése.
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Planos de implementação do programa de exercícios prescritos pelo médico
ou fisioterapeuta;
Aplicação de compressas quentes e/ou frias;
Utilização correcta de andarilhos e outros equipamentos auxiliares;
Medidas de segurança para prevenir lesões;
Noções básicas de boa alimentação e importância de evitar o aumento de
peso;
Importância de um acompanhamento médico regular.
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3 – COXARTROSE
3.1 – ETIOLOGIA
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3.2 – SINTOMATOLOGIA
3.4 – TRATAMENTO
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Existem quatro métodos diferentes:
Repouso “relativo” – este termo significa que o doente deve mudar de hábitos de
vida, trocando de ocupação ou tentando diminuir a função exigida pela sua bacia.
Terapêutica – podem ser necessários analgésicos suaves, especialmente quando a
dor perturba o sono.
Fisioterapia – com frequência, a aplicação de calor local com exercícios para
fortalecer os músculos e preservar a mobilidade, consegue um alivio temporal.
Injecções intra-articulares – com injecções intra-articulares de anti-
inflamatórios não esteróides, com ou sem analgésico local, têm-se conseguido um
alívio temporal.
Libertação muscular
Sabe-se que o corte dos músculos que rodeiam a anca alivia a dor da artrose,
talvez pela eliminação da tensão muscular. Os músculos que geralmente se cortam são o
psoas, o tensor da fascia lata, o recto femoral e os adutores. Pode também fazer-se uma
incisão na porção anterior da cápsula. A deambulação é restabelecida uma a duas
semanas depois da operação. Sabe-se que às vezes obtém-se alívio da dor, embora em
geral é incompleta e temporal. Raras vezes se pratica esta operação.
Osteotomia
Fig. 4 – Osteotomia
Esta operação é actualmente pouco utilizada. Secciona-
se o fémur entre os trocânteres maior e menor, e o fragmento
inferior (diáfise) desloca-se em direcção à linha média do
corpo, aproximadamente uma quarta parte do seu diâmetro. A
fixação dos fragmentos é feita internamente através de uma
placa e parafusos. O alívio é satisfatório e conserva-se uma
certa mobilidade articular.
Fonte: Serviço de Ortopedia Homens – Manual de Enfermagem. 1999
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Não se encontrou ainda uma resposta satisfatória à pergunta pela qual a
osteotomia alivia as dores nas coxartrose. Sabe-se que como consequência da
deslocação, se remodelam as trabéculas ósseas e se estimulam processos de reparação
na cartilagem articular lesionada. Certamente, nos casos favoráveis, a cartilagem
engrossa-se de maneira apreciável nos primeiros dois ou três anos depois da operação,
como se pode comprovar radiológicamente.
Artrodése:
Fig. 5 – Artrodése
A articulação fusiona-se numa posição de quinze a vinte
graus de flexão, sem abdução, adução ou rotação. A dor desaparece
por completo, conservando-se uma boa função sempre e quando a
outra coxa, os joelhos e a coluna vertebral sejam normais.
Artroplastia
A Artroplastia é um termo que se aplica a qualquer tipo de cirurgia, da qual
resulta uma articulação artificial. É uma operação que tenta restaurar ao máximo a
integridade e a funcionalidade da articulação. As artroplastias podem ser de excisão ou
de implantação.
Pré-operatório:
Preparação psicológica para o tratamento cirúrgico;
No dia do internamento, registam-se os sinais vitais e faz-se uma análise à urina
para excluir possíveis focos de infecção;
Avaliação do peso corporal do doente;
Colheita de sangue para tipagem, hemograma, ureia e ionograma no dia do
internamento;
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Preparação o doente para execução de radiografias da articulação, do tórax e um
electrocardiograma;
Doentes com antecedentes de trombose venosa profunda ou embolia pulmonar
devem fazer anticoagulação profiláctica;
Deve iniciar antibioterapia profiláctica no início do internamento;
Apresentar o doente na melhor condição física e psicossocial possível para a sua
operação;
Iniciar todos os esforços que eliminarão ou reduzirão o desconforto e
complicações pós-operatórias;
Realização de tricotomia na região púbica e nas coxas na véspera da cirurgia;
Pessoas com doenças subjacentes (ex.: diabetes mellitus e insuficiência
respiratória), devem ser internadas vários dias antes para serem correctamente
avaliadas;
Pós-operatório:
Estabelecer uma relação de empatia e de confiança com o doente afim que este
consiga responder ás exigências que lhes são feitas em termos de exercícios de
recuperação;
Monitorização cuidada dos sinais vitais e manutenção da permeabilidade das vias
aéreas;
Administração terapêutica endovenosa e suplemento nutricional até que o doente
consiga ingerir alimentos e líquidos adequados;
Manutenção da antibioterapia durante cinco a sete dias;
Posicionamento do doente com as pernas em abdução com almofadas para
diminuir o risco de deslocamento da prótese;
Ensino ao doente para não cruzar as pernas, para diminuir o risco de deslocação
da prótese;
Preparação do doente para a realização de uma radiografia para confirmar que a
prótese ainda está no lugar, antes de começar a mobilizar o doente;
Realização de exercícios respiratórios e com os membros inferiores cada quatro
horas para evitar complicações habituais em doentes acamados e a perda dos
movimentos das outras articulações;
Extracção dos tubos e frascos de drenagem quando deixar de haver produto
drenado;
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Promoção da marcha entre o 2º e o 5º dia, começando com o andarilho e
progredindo lentamente para as canadianas;
Ensino ao doente a se sentar na cama, formando um ângulo de 45 graus para
evitar a deformação da prótese;
Consoante a opinião do cirurgião, retirar os pontos entre o 10º e o 14º dias;
Ensino ao doente sobre a importância de realizar algumas alterações em casa
afim de facilitar as suas actividades de vida diária (ex.: sanitas mais altas ou
bancos para a banheira;
Ensino ao doente sobre a importância de uma consulta pós-operatória, 4 a 6
semanas após a alta.
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4 – ARTROPLASTIA DA ANCA
Fonte: FRANCONE, Clarice [et al.] – Anatomia e Fisiologia Humana. 4ª ed., Interamericana, 1978.
ISBN-85-201-0072-4.
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4.2 – ARTROPLASTIA DA ANCA
A anca é afectada por uma doença, comum a partir dos 50 anos, mas que
também pode aparecer em pessoas mais novas. Essa doença é caracterizada por uma
destruição progressiva dos componentes da articulação que leva a uma diminuição das
funções, acompanhada de dor que pode ser mais ou menos intensa, consoante o desgaste
sofrido pela a articulação.
Em alguns casos pode ser necessária uma intervenção cirúrgica para remover
osso, ou cartilagem danificados da articulação, realinhar ou alterar as superfícies
articulares que fazem carga, ou ainda remodelar a articulação, com a substituição da
mesma, por meio de uma outra confeccionada com material sintético, cuja morfologia é
próxima à anatomia humana.
O objectivo principal da cirurgia ortopédica no tratamento das doenças
articulares degenerativas é o alívio da dor. Para além disso, também deve recuperar a
função e corrigir as deformidades.
Artroplastia é um termo que se aplica a qualquer tipo de cirurgia, da qual resulta
uma articulação artificial. É uma operação que tenta restaurar o máximo a integridade e
funcionalidade da articulação.
A Artroplastia foi criada, principalmente, para o doente idoso, cuja articulação
não poderia ser restaurada por outros processos, uma vez que, uma substituição total da
anca deve durar entre 10 e 20 anos até que seja necessária uma nova revisão, é por esta
razão que os cirurgiões evitam operar doentes “jovens”, isto é, com menos de 65 anos.
Um doente mais activo, ou seja mais jovem, tem maiores probabilidades de vir a
afrouxar a prótese e a carecer de uma segunda cirurgia, que é muito mais complicado
que a primeira, visto que se tem de remover todo o cimento utilizado na primeira
intervenção, o que é difícil e demora muito tempo.
Representa o maior progresso das cirurgias ortopédicas nos últimos vinte anos,
pela possibilidade de reconstrução de uma articulação através de implantação de uma
prótese.
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4.3 – INDICAÇÕES DA ARTROPLASTIA DA ANCA
Traumatológicas:
Fracturas: é a ruptura de um osso- no caso, colo do fémur -, podendo
ocorrer por meio de traumatismos directos, como os que ocorrem em acidentes, quedas,
ou em ossos com osteoporose, nos quais ocorrem com traumas mínimos. O doente
apresenta dor no quadril, com membro fracturado em rotação externa e encurtamento.
Ortopédicas:
Artroses
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acetabular. Se não for corrigida devidamente na infância, uma artrose coxafemoral
poderá instalar-se na fase adulta.
4.4. – PRÓTESES
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Existem vários tipos de próteses no mercado, sendo os mais correntes os
seguintes.
Tipos de prótese:
Fonte: PHIPPS e outros, Enfermagem Médico-Cirúrgica, vol. II, tomo II, pág.2097
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permitem a aderência da prótese pela formação óssea além do impactado que ocorre em
redor.
Esta prótese é normalmente utilizada em cirurgias de revisão da prótese totais do
quadril, isto é nas próteses que, por algum motivo, tenham sofrido processo de soltura.
Fonte: PHIPPS e outros, Enfermagem Médico-Cirúrgica, vol.II, tomo II, pág. 2141
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Devido a sua flexibilidade o tecido interposto permite um grau razoável de
movimento, mas a articulação frequentemente perde estabilidade.
O método é aplicável em todas as articulações excepto no caso do joelho, no
entanto, é utilizada na articulação metatarso-falangiana do polegar.
ARTROPLASTIA EM TAÇA:
Fig. 10 – Artroplastia em Taça
Este método emprega a interposição de uma prótese de
metal bem ajustada entre a cabeça do fémur e o acetábulo que
são trabalhos para acomodar a prótese (Fig. 10). O processo
cicatricial cobre as superfícies ósseas nuas com uma superfície
regenerada derivada da Artroplastia, semelhante à cartilagem
articular.
Fonte: Mourad, Leona A. – Ortopedia; s. Ed. Madrid, 1994. ISBN – 0-8016-3438-5.
Fonte: Fonte: Mourad, Leona A. – Ortopedia; s. Ed. Madrid, 1994. ISBN – 0-8016-3438-5.
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Trombose venosa profunda (TVP): forma-se um trombo na veia devido a alguns
factores, tais como: lesões do epitélio da veia, hipercoabilidade e estase. Ocorre dor
ao deambular, cianose de extremidade, edema, calor local.
Embolia pulmonar: é a obstrução de uma ou mais artérias pulmonares por um
trombo que se coloca em direcção do pulmão. Ocorre dor torácica, taquicardia,
dispneia, cianose, hiperventilação e síncope.
Embolia gorda: este síndroma é encontrado mais frequentemente nas fracturas da
diáfise do fémur.
Infecção: é a complicação mais temida pelo cirurgião, por implicar retirada da
prótese. Esta complicação pode ocorrer precocemente por um abcesso, hematoma
infectado ou por deiscência.
No Período Pré-operatório:
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Antes da cirurgia deve ensinar-se ao doente exercícios que lhe permitirão um
pós-operatório mais seguro.
1. Exercícios respiratórios
2. Exercícios com os membros inferiores
3. Mudanças de posição
No Período Intra-Operatório:
No Período Pós-Operatório:
Imediato
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Tardio
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Estimular a movimentação activa no leito e também a inspiração profunda,
tosse, expectoração, mobilizando assim as secreções pulmonares. A ingestão hídrica,
por outro lado, irá fluidificar as secreções pulmonares, facilitando a expectoração e
evitando a acumulação destas;
Verificar o pulso pedioso em intervalos regulares, perfusão periférica,
sensibilidade, coloração, temperatura, edema e dor no membro operado, certificando-se
de que não há lesão nervosa ou flebite;
Observar a incisão cirúrgica, que geralmente está exposta a partir do segundo
dia pós-operatório, excepto se houver presença de exsudado local. Estar atento ao
aumento de temperatura acompanhado de calor, rubor, edema ou formação de exsudado
incisional, pois poderá estar a instalar-se uma infecção;
Estimular a ingestão hídrica pois, devido à imobilidade no leito, a fixação do
calço no osso é deficiente, levando à formação de cristais de oxalato de cálcio, que
poderão facilitar a formação de cálculos renais ou até infecção urinária;
Providenciar junto à nutricionista a dieta adequada, já que a imobilidade no
leito diminui o peristaltismo, levando à obstipação intestinal.
Posicionamentos no pós-operatório
À medida que os dias vão passando, consoante a ordem do médico, o doente vai
progressivamente poder começar a executar algumas actividades tais como: levantar-se,
andar com apoio e sentar-se.
O doente deverá seguir algumas regras no primeiro mês depois da cirurgia.
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Posições de sono e repouso
Permitido:
Deitar-se de costas com uma almofada entre os joelhos
Deitar-se para o lado não operado com duas almofadas entre os joelhos
Proibido:
Deitar-se sobre o lado operado
O sentar
Permitido:
Sentar-se numa cadeira alta com apoio de braços, joelhos e pés ligeiramente
afastados, por um período não superior a 30m
Sentar-se, com os pês apoiados num banco mais baixo
Levantar-se periodicamente para dar alguns passos
Proibido:
Cruzar as pernas
Sentar-se em cadeiras baixas
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Entrar para o automóvel, sentando-se primeiro no banco e rodando
posteriormente as pernas
Sair do automóvel colocando primeiro as pernas para fora
Proibido:
Tomar banho de imersão
Cruzar as pernas
Apanhar objectos do chão
Carregar sacos pesados
Andar sem bengala
Passar a ferro durante muito tempo
Conduzir automóvel
Andar em transportes públicos em hora de ponta
Ir ao médico
Consultas de rotina
Dor mais intensa e persistente
Inchaço (edema) no membro operado
Alteração da temperatura corporal
Alteração do aspecto da cicatriz operatória
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5 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANUILA, L. [et al.] – Dicionário Médico. 2ª Ed. Lisboa: Climepsi Editores, 2001.
ISBN972-796-014-6.
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SEELEY, Rod [et al] – Anatomia e Fisiología. 1ª Ed. Lisboa: Lusodidacta, 1997.
ISBN – 972-96610-5-7.
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