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No concílio Vaticano II, acontecido entre 1962 e 1965 pelo Papa João XXIII,
também houve uma outra definição, mas essa bem subjetiva no entanto psicológica:
Todas essas definições condizem ou buscam ter uma ideia com o que a Palavra
nos ensina a respeito do que Deus espera e determina para a família. Agora, saindo um
pouco do cenário eclesiástico, partindo diretamente da Palavra, uma análise feita
minuciosamente desde Gênesis, podemos ver como Deus criou a família, e para qual
proposito. Em Genesis 1.28, Deus cria o homem e a mulher, abençoa e dá uma ordem:
“Sede fecundos e multiplicai a terra”, com essa imperatividade e levando em conta as
pessoas que receberem essa ordem, é claro que Deus determinou especificamente o
homem e a mulher para execução de tal tarefa. Só essa verdade, já acaba com todas as
ideias a respeito da liberdade de gênero, como por exemplo, o homossexualismo.
Em Marcos 10, dos versos 6 a 9, o próprio Jesus faz uma menção do capítulo 2
de Genesis, e ainda acrescenta uma exortação a seriedade do casamento. Ele diz:
“porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso, deixará o
homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne e,
assim, não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe
o homem”. Essa declaração vai contra a ideia do divórcio. Infelizmente, é muito
comum as pessoas se casarem hoje em dia sem pensar bem, levados por motivos
banais, e após isso tudo, nasce no coração o desejo do divórcio, vendo esse ato como
única saída, tudo isso por conta da falta do cuidado inicial.
A criação de filhos também é um papel fundamental cabível aos pais. Esse
papel deve ser feito da forma que Paulo nos ensina em Efésios 6.4, quando ele diz: “E
vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação
do SENHOR”. Essa exortação, em muitos casos negligenciada, direciona a
responsabilidade de criação dos filhos aos pais, e não a escolas ou até a igreja. São
instituições realmente importantes e que irão colaborar para o crescimento das
crianças, mas isso não tira o fato de que os pais têm esta responsabilidade primeiro.
Outra verdade que isso implica é a forma como deve ser criado, não por aquilo que a
sociedade atual impõe para nós, não aquilo que achamos melhor, o texto é claro, na
doutrina e nos conselhos do Senhor Deus. Que dificuldade é vista nesta área
atualmente!
E é claro, que se houver um zelar por parte dos pais em manter o cuidado
acima citado na criação dos filhos, o resultado é que teremos uma sociedade composta
por pessoas que levarão esses valores aonde forem. A obediência dos filhos é
resultado de um empenho dos pais em orienta-los da forma que Deus determinou.
Enfim, os textos bíblicos que ensinam o que é família, o papel de cada membro
e como devem se comportar são inúmeros. A grande dificuldade que enfrentamos no
mundo de hoje, é que as famílias buscam caminhos mais fáceis ao ver delas,
orientações e conselhos que engradecem mais a humanidade do que Deus. Isso tem
sido tão forte, a ponto de invadir o âmbito cristão, que acabam deixando de lado a
Palavra, e seguindo a “moda” que é posta para dar sentido a família.
Tendo em vista a confusão atual que abrange o casamento e a família, deve ser
clara a necessidade de um retorno aos ensinamentos bíblicos. A sexualidade e os
relacionamentos humanos precisam estar arraigados na vontade eterna do Criador,
expressada na maneira como ele formou o homem e a mulher. O homem e a mulher
são criados à imagem de Deus (Gn 1.27) e chamados a exercer governo representativo
(v. 28) que inclui a procriação, por meio da qual o homem, criado primeiro, tem
responsabilidade final diante de Deus, e é acompanhado da mulher, colocada ao seu
lado como “ajudadora adequada” (2.18.20), no contexto de um casamento
monógamo.
Isso tudo, criado com um único objetivo, que é honrar e glorificar o nome do
nosso Deus. Obedecer esses decretos e mandamentos, é essencial para que a família
cresça pela graça em Cristo.
BÍBLIOGRAFIA
KOSTENBERGER, Andreas. Deus Casamento e Família. Vida Nova. SP, 2010
MOURA, Adriel. As Crises e O Resgate dos Valores da Família na Sociedade Brasileira.
2017