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Instituto Missionário Palavra da Vida - Norte

Aluno: Raidno Cavalcante de França Júnior Ano do Curso: 2º


Disciplina: Teologia Bíblica da Família Professores: Alex e Beth Nascimento
Data: 15/10/2019

ARTIGO SOBRE A FAMÍLIA


TEMA:
“Os Ataques aos Valores Bíblicos da Família”
Vivemos em uma época, que as atuais estatísticas apontam para um desgaste
dos alicerces da família, tanto dentro do âmbito cristão, como dentre a sociedade em
geral. E levando em conta os ataques da cultura sobre o casamento, existe uma imensa
necessidade de voltarmos ao claro ensino bíblico nessa área nas igrejas. Mas não
podemos esquecer que essas questões são complexas e não devem ser tratadas com
timidez.
O casamento e a família não estão sendo mais vistos como dadivas de Deus.
Infelizmente isso se dá porque a Palavra dEle não está sendo mais priorizada como
deveria. Muito pelo contrário, as famílias estão sendo influenciadas mais por conceitos
e ideais que nascem em desejos carnais. Homossexualismo, feminismo, ausência de
referencial, aborto, construtivismo, pedagogia crítica, educação estatal e várias outras
ideias que distorcem e lutam contra valores bíblicos.
A inversão de papeis também é um grande contribuinte para essa degradação
de valores. Os homens das famílias não têm cumprido devidamente suas posições
como líderes, isso acaba motivando as mulheres a tomarem a frente dos aspectos de
líder. Os filhos crescem tendo uma visão de que o homem só deve trazer sustento
financeiro para dentro de casa, e todo resto da criação é dever da mãe. O que isso
causa? Uma imagem errada do que é ser “homem”, filhos que não respeitam o pai,
uma grande porta para o homossexualismo por parte dos filhos e vários outros fatores
problemáticos.

Um Relembrar dos Conceitos Bíblicos

A partir disso, precisamos retornar à definição do que é casamento, e o


conceito verídico de família. Dentro da história da igreja católica, houve vários
concílios que tinham como objetivo determinar as várias instituições dentro da igreja e
como elas deveriam ser baseadas na Bíblia. Na instituição familiar, dois concílios se
destacaram; o primeiro foi o concílio de Trento, realizado em 1545 a 1563, convocado
pelo Papa Paulo III. Esse concilio nos deu uma definição teológica bem objetiva do que
é o casamento dentro da família:

“Casamento é a união conjugal de um homem com uma mulher que os


obriga a viverem juntos até o fim de suas vidas [...] Porque o ato sexual é
ordenado para gerar filhos, a procriação é o objetivo principal do
casamento”.

No concílio Vaticano II, acontecido entre 1962 e 1965 pelo Papa João XXIII,
também houve uma outra definição, mas essa bem subjetiva no entanto psicológica:

“Casamento é uma comunhão íntima de vida e amor”

Todas essas definições condizem ou buscam ter uma ideia com o que a Palavra
nos ensina a respeito do que Deus espera e determina para a família. Agora, saindo um
pouco do cenário eclesiástico, partindo diretamente da Palavra, uma análise feita
minuciosamente desde Gênesis, podemos ver como Deus criou a família, e para qual
proposito. Em Genesis 1.28, Deus cria o homem e a mulher, abençoa e dá uma ordem:
“Sede fecundos e multiplicai a terra”, com essa imperatividade e levando em conta as
pessoas que receberem essa ordem, é claro que Deus determinou especificamente o
homem e a mulher para execução de tal tarefa. Só essa verdade, já acaba com todas as
ideias a respeito da liberdade de gênero, como por exemplo, o homossexualismo.

Em Marcos 10, dos versos 6 a 9, o próprio Jesus faz uma menção do capítulo 2
de Genesis, e ainda acrescenta uma exortação a seriedade do casamento. Ele diz:
“porém, desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso, deixará o
homem a seu pai e a sua mãe e unir-se-á a sua mulher. E serão os dois uma só carne e,
assim, não serão dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou, não o separe
o homem”. Essa declaração vai contra a ideia do divórcio. Infelizmente, é muito
comum as pessoas se casarem hoje em dia sem pensar bem, levados por motivos
banais, e após isso tudo, nasce no coração o desejo do divórcio, vendo esse ato como
única saída, tudo isso por conta da falta do cuidado inicial.
A criação de filhos também é um papel fundamental cabível aos pais. Esse
papel deve ser feito da forma que Paulo nos ensina em Efésios 6.4, quando ele diz: “E
vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação
do SENHOR”. Essa exortação, em muitos casos negligenciada, direciona a
responsabilidade de criação dos filhos aos pais, e não a escolas ou até a igreja. São
instituições realmente importantes e que irão colaborar para o crescimento das
crianças, mas isso não tira o fato de que os pais têm esta responsabilidade primeiro.
Outra verdade que isso implica é a forma como deve ser criado, não por aquilo que a
sociedade atual impõe para nós, não aquilo que achamos melhor, o texto é claro, na
doutrina e nos conselhos do Senhor Deus. Que dificuldade é vista nesta área
atualmente!
E é claro, que se houver um zelar por parte dos pais em manter o cuidado
acima citado na criação dos filhos, o resultado é que teremos uma sociedade composta
por pessoas que levarão esses valores aonde forem. A obediência dos filhos é
resultado de um empenho dos pais em orienta-los da forma que Deus determinou.

Enfim, os textos bíblicos que ensinam o que é família, o papel de cada membro
e como devem se comportar são inúmeros. A grande dificuldade que enfrentamos no
mundo de hoje, é que as famílias buscam caminhos mais fáceis ao ver delas,
orientações e conselhos que engradecem mais a humanidade do que Deus. Isso tem
sido tão forte, a ponto de invadir o âmbito cristão, que acabam deixando de lado a
Palavra, e seguindo a “moda” que é posta para dar sentido a família.

Vivendo a Família em sua Essência

Tendo em vista a confusão atual que abrange o casamento e a família, deve ser
clara a necessidade de um retorno aos ensinamentos bíblicos. A sexualidade e os
relacionamentos humanos precisam estar arraigados na vontade eterna do Criador,
expressada na maneira como ele formou o homem e a mulher. O homem e a mulher
são criados à imagem de Deus (Gn 1.27) e chamados a exercer governo representativo
(v. 28) que inclui a procriação, por meio da qual o homem, criado primeiro, tem
responsabilidade final diante de Deus, e é acompanhado da mulher, colocada ao seu
lado como “ajudadora adequada” (2.18.20), no contexto de um casamento
monógamo.
Isso tudo, criado com um único objetivo, que é honrar e glorificar o nome do
nosso Deus. Obedecer esses decretos e mandamentos, é essencial para que a família
cresça pela graça em Cristo.

BÍBLIOGRAFIA
KOSTENBERGER, Andreas. Deus Casamento e Família. Vida Nova. SP, 2010
MOURA, Adriel. As Crises e O Resgate dos Valores da Família na Sociedade Brasileira.
2017

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