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Camadas Celulares
Células Granulosas
Camada das células de Purkinje – Contém também células da glia (células de Bergmann)
que contribui para a sua estruturação
Células de Purkinje
• Únicos neurónios cujos axónios abandonam o córtex cerebral;
• Árvore dendrítica muito abundante e perpendicular ao eixo longo da folia
• Apresentam espinhas dendríticas
• Dirigem-se para a substância cinzenta localizada mais medialmente (núcleos centrais
do cerebelo)
• Estabelecem grande número de sinapses inibitórias (GABA)
Interneurónios
• Células de Golgi
o Maior interneurónio na zona superficial da camada granular, imediatamente
inferior às células de Purkinje;
o Abrange território de algumas células de Purkinje. Os dendritos fazem sinapse
com fibras paralelas da camada molecular // dependentes da excitação das
células granulosas por parte das fibras musgosas;
o O axónio participa na formação dos glomérulos sinápticos do cerebelo.
• Células Estreladas
o Metade superficial da camada molecular;
o Terminam nas árvores dendríticas das células de Purkinje
• Células em Cesto
o Metade profunda da camada molecular
o Estabelece sinapses com 10 a 12 células de Purkinje no seu trajeto
o Forma rede pericelular, ou seja, envolve-se em torno das células de Purkinje
com as quais estabelece contacto
Aferências
• Fibras Trepadoras
o Origem predominantemente no núcleo olivar inferior, mas também no córtex
cerebral , espinal medula, cerebelo, núcleo rubro, em fibras contralaterais
(tratando-se de fibras ipsilaterais do núcleo rubro destino provável é fascículo
tegmentar central) -> fibras da medula espinhal poderão atingir o complexo
olivar inferior quer através das fibras espinho-olivares, quer indiretamente
através de conexões com a medula espinhal. Além da medula espinhal
também o nervo trigémio (V) vai ter aferentes importantes;
o Enviam colatearais para os núcleos cerebelosos centrais;
o Excitatórias “tudo ou nada” (neurotransmissor predominante sendo o
glutamato)
o Muito localizadas, sendo que cada fibra trepadora irá contactar com somente
1 (máximo dos máximos 10) célula de Purkinje;
o Terminam diretamente nas células de Purkinje, enrolando-se em torno das
partes proximais lisas das dendrites secundárias e primárias
o Entram no cerebelo através do pedúnculo cerebeloso inferior.
• Fibras Musgosas
o Todas as aferências não provenientes do núcleo olivar inferior;
o Terminam nas dendrites das células granulosas, que, por sua vez, estabelecem
contacto com as células de Purkinje -> excitação das células de Purkinje com
recurso a intermediário das células granulosas// via indireta para a
estimulação das células de Purkinje;
o Sinapses excitatórias com principal neurotransmissor sendo o glutamato;
As fibras paralelas vão, por sua vez, realizar sinapses excitatórias de glutamato com
centenas de células de Purkinje (valor de referência 500)
Logo, cada célula granulosa irá estabelecer sinapses com cerca de 500 células de
Purkinje (grande abrangência e pouco localizada quando comparadas às aferências
trepadeiras), e a informação segue a cadeia: fibras musgosas// células granulosas// fibras
paralelas// células de Purkinje
o Via Cortico-Pontico-Cerebelosa
o 12 milhões de neurónios nos núcleos pônticos
o Córtex motor// sinapse nos núcleos pônticos // passagem das fibras para o
lado oposto
o Pedúculo cerebeloso médio
Nota: as fibras de cada pedúnculo cerebelar, na sua maioria terminam ao nível dos núcleos
pônticos ipsilaterais. Os núcleos com os seus 12 milhões de neurónios de cada lado, projetam-
se através do pedúnculo médio até quae todas as regiões do córtex cerebelar. Quase todas as
fibras vão cruzar na linha média na ponte basal e atingem a metade contralateral do cerebelo.
o Via Cerebro-Olivo-Cerebelosa
o Proveniente do núcleo olivar inferior contralateral.
o Pedúnculo cerebeloso inferior
o Via Cerebro-Reticulo-Cerebelosa
o Provenientes do núcleo olivar inferior contralateral;
o Informação mais difusa;
o Envolve a formação reticular.
Eferências do cerebelo
Existem vários cruzamentos na linha média ao nível dos múltiplos circuitos que
interligam o cerebelo e outras partes do sistema nervoso central. Contudo, cada metade do
cerebelo influencia os movimentos ocorridos nos membros ipsilaterais. A título de exemplo, os
núcleos pônticos recebem inputs provenientes da região do córtex cerebral ipsilateral,
projectando para a região contralateral do cerebelo. Contudo, cada metade do cerebelo
projecta para a região contralateral no tálamo (como ocorrem dois cruzamentos, as fibras
terminam ipsilateralmente).
Núcleo Fastigial
Núcleo Interposto
Núcleo Denteado
Glomérulo Cerebeloso
Tonic Drive
Contralateral
o A: Sistema Basal
Fibras trepadoras e fibras musgosas (por intermédio das células granulosas) excitam
(glutamato) as células de Purkinje (CP)
CP excitadas libertam GABA, inibindo os núcleos cerebelosos, contrariando o tonic drive
excitatório
Tonic drive excitatório, uma vez que em nível basal estarão excitadas// quando há um estímulo
externo são inibidas por intermédio das células de Purkinje por aferências
o C: Inclusão dos eferentes colaterais das fibras aferentes para os núcleos cerebelosos
profundos
Ao ascender, as células trepadoras e musgosas emitem
colaterais excitatórias para os núcleos cerebelosos
Núcleos cerebelosos emitem colaterais excitatórios para as
células granulares (tal qual as musgosas, logo constitui uma
amplificação do seu estímulo) → promoção do tonic drive,
que é logo contrariado pela ação das células granulares nas
CP
Fibras trepadoras, musgosas e colaterais dos núcleos
cerebelosos vão excitar células de Purkinje, que, por sua vez,
vão libertar GABA, inibindo os núcleos cerebelosos (neste
caso estaríamos a tratar uma amplificação do sinal por
intermédio dos núcleos cerebelosos que serve, em última
análise, para os inibir → amplificação do sinal, com
excitação breve dos NCP)
No caso de o núcleo cerebeloso estar excitado, há ativação
do seu colateral inibitório que segue para o núcleo olivar
inferior contralateral, de onde provém as fibras trepadoras
(inibição das aferências das fibras trepadoras)
Assim, ao inibir as trepadoras, não vai haver no imediato estimulação do núcleo cerebeloso
inferior
Contudo, há estímulo excitatório indireto na medida em que não irá ocorrer a excitação das
CP, que, por sua vez, não irão inibir os NCP
A estimulação quer excitatória quer inibitória dos núcleos cerebelosos serve sobretudo
propósitos intermediários e de amplificação do sinal, pelo que poderá ser compreendido como
uma extensão da complexidade de A, sujeita a mais tensos métodos de regulamentação.
Homúnculo
o Porção medial relacionada com a zona axial do corpo (pescoço, cabeça, tronco,
cinturas pélvica e escapular);
o Porção lateral relacionada com membros e extremidades.
Funções do Cerebelo
Nota clínica:
Disfunção cerebelosa
-3 sinais: hipotonia
perda de equilíbrio
ataxia