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PRINCÍPIOS DA CIRURGIA UROLÓGICA NEFRECTOMIA

-ANATOMIA: • Sem necessidade de ressecção de estruturas adjacentes

 Órgãos pares • INDICAÇÃO: Pionefrose (pielonefrite


 Localização retroperitoneal xantogranulomatosa) Rim Policístico. Trauma renal.
 Parede póstero-lateral do abdome (lombar) Exclusão renal e complicações.
 Rim esquerdo é normalmente maior que o
• VIA DE ACESSO: Laparotomia: mediana, subcostal
direito
Lombotomia (extraperitoneal). Laparoscopia (extra e
 Rim esquerdo é um pouco mais alto em
intra)
relação ao direito (por conta do fígado)
 Revestimento de massa de tecido adiposo: - Posicionamneto: fixa o paciente em decúbito lateral ou
gordura perirrenal canivete. Normalmente tira a ultima costela flutuante
 Envolvimento de uma fáscia: para facilitar a via de acesso.
fáscia renal de Gerota
 Posteriormente, tecido adiposo denominado NEFRECTOMIA RADICAL
de gordura pararrenal (importante para
• Nefrectomia radical: caráter oncológico
proteger os rins nos traumas)
Rim, adrenal, parte proximal do ureter e gordura
RIM: 3 regiões: pelve renal, medula e córtex renal perirrenal em monobloco (envolvidos pela fáscia renal de
Gerota)
• Seio renal: cavidade no interior do rim
pelve renal, tecido adiposo perirrenal, os vasos e • Indicação: neoplasias renais
os nervos
• Via de acesso: Laparotomia: mediana, subcostal -
- urina é produzido no nefros, onde tem as pirâmides e cai melhor acesso ao pedículo vascular Lombotomia
no sistema coletor, na pelve. (extraperitoneal) - tumores menores de 6 cm
Laparoscopia
Medula renal: porção média
Pirâmides renais (em formato de cone) - veia gonadal esquerda irriga para o veia renal. Veia gonal
direita dentra para cava.
A base de cada pirâmide direciona-se para o córtex renal
NEFRECTOMIA PARCIAL
O ápice de cada pirâmide termina numa papila renal
• Nefrectomia parcial: Preservação de néfrons. Menor
Artéria renal: ramos anterior e posterior risco de desenvolver insuficiência renal
Ramo posterior: artéria segmentar posterior Ramo
anterior: 3-4 artérias segmentares • Indicação: nas lesões polares (polos superior ou inferior
do rim) lesões exofíticas (volume para fora do parênquima
• Antes de entrar no parênquima renal, as artérias renal)
segmentares dividem-se em artérias interlobares ou
infundibulares • Manobras: Isquemia quente: clampeamento do
pedículo vascular por até 30 minutos
• Próximo da base das pirâmides, dão origem às artérias Isquemia fria: resfriamento renal com gelo
arqueadas, que originam as interlobulares, que se dirigem
à periferia, dando origem as arteríolas aferentes dos • Via de acesso: Laparotomia, lombotomia ou
glomérulos laparoscopia

• Variações da artéria renal são bastante frequentes


NEFROLITOTOMIA URETER

• Nefrolitíases ANATOMIA:

• Indicação: cálculos maiores que 2 cm. • Estrutura tubular que atinge de 22 a 30 centímetros
cálculos coraliformes • Liga a pelve renal à bexiga: transporte da urina
• Ação peristáltica do músculo ureteral
• Manobras: Abertura na linha de Brödel "Sem atrofia" • Junção uretero-vesical: o ureter percorre dois
centímetros através da submucosa da bexiga mecanismo
• Via de acesso: Lombotomia
antirrefluxo
- Não se tanto mais, prefere a percutânea. • O ureter é recoberto por uma bainha de tecido
conjuntivo que garante seu amplo peristaltismo e
Era uma técnica que abria o rim no meio e tirava a pedra. suprimento sanguíneo.
Mas sangrava demais.
• Porção proximal: pelve até limite da borda dor rim
NEFROLITOTRIPSIA (PERCUTANEA) • Porção média: da borda inferior do rim até cruzamento
dos vasos ilíacos
• Nefrolitíases. Entra a laser. • Porção distal: a partir do cruzamento dos vasos ilíacos
• Indicação: procedimento minimamente invasivo Junção uretero-vesical e Cruzamento da ilíaca são locais
cálculos maiores que 2 cm: percutânea mais comum das pedras ficarem, devido se estreitar.
cálculos menores que 2 cm: endourológica
PIELOLITOTOMIA
• Uso de drenos: nefrostomia cateter duplo J
- • Ureterolitíases proximais/pélvicas. Abre a pelve renal e
- Punciona o rim guiado por exame de imagem, raio X com
tira a pedra.
contraste. Depois introduz o aparelho dentro do rins e vai
fragmentando a pedra e depois retira. • Indicação: cálculos maiores tratamento conjunto do
fator obstrutivo
NEFROSTOMIA
• Uso de fio absorvível previnir formação de cálculos
• Comunicação entre o sistema urinário e o meio externo
• Via de acesso: Lombotomia Laparoscopia
- quando não consegue passar o tubo J para desobstruir o
paciente PIELOPLASTIA

• INDICAÇÃO: após cirurgias com abertura do trato - estenose de JUP. Tudo acima da estenose dilata. Plástica
urinário. Obstrução urinaria de causa sem resolução da pelve renal. Normalmente é congênito.
imediata.
• Anormalidade é chamada de estenose da junção
TRANSPLANTE RENAL uretero-piélica (JUP)
• Processo de restrição ao fluxo urinário da pelve renal
• No doador: nefrectomia simples para o ureter • Perda progressiva da função renal
• O rim pode permanecer em isquemia por ate 36h • Retirar o segmento estenosado e fazer uma anastomose
armazenado em gelo (isquemia fria). Mais duradouro que do ureter com a pelve (ureteropélvica)
outros órgãos. • Colocação de duplo J após procedimento ou realização
• Implante do enxerto no paciente em fossa ilíaca por de nefrostomia
acesso retroperitoneal (transplante propriamente dito)
• Anastomose vascular em vasos ilíacos e implante uretral
diretamente na bexiga.
• Não há necessidade de retirar o rim não funcionante.

- fica com um rim mais na região pélvica.??


ANASTOMOSES URETERAIS CISTOSTOMIA

• Recanalização do ureter após sua secção • É a colocação de uma sonda vesical por acesso
• Parte proximal ou média: anastomose término-terminal suprapúbico
cirurgia transureter anastomose
• Indicações: Após cirurgia com abertura de bexiga
• O ureter inferior: reimplante ureteral (vascularização Retenção urinaria com impossibilidade de passagem de
mais pobre, com chance de gerar uma fistula) sonsa por via uretral (prova)

• Indicações: ressecções parciais do ureter secção RESSECÇÃO TRANSURETRAL DA BEXIGA


inadvertida do ureter – iatrogênica ou traumática
• Tumor de bexiga: Tumores superficiais. Tumores
- as vezes não da para anastomosar no mesmo ureter, infiltrativos. Formatos de caixos de uvas
pode se liga ao outro
• Ressecção da mucosa superficial, retirando a lesão.
URETEROLITOTOMIA Raspa a bexiga

• Abertura do ureter para retirada de cálculo • Pouco • Indicações: Massas vesicais


utilizada atualmente
CISTECTOMIA
• VIAS DE ACESSO: Lombotomia: ureter superior ou
médio; Gibson: ureter médio ou inferior; Laparoscopia: - Quando invadiu os músculos ou é impossível de resseca
em qualquer posição.
• Retirada da bexiga.
• Mandatório colocação de cateter duplo J após
No homem, bexiga + próstata (prostatectomia) Na
procedimento.
mulher, bexiga + útero (histerectomia)
URETEROLITOTRIPSIA: vai quebrando a pedra através
• Reconstrução do trânsito urinário utilizando as
do laser. Procedimento demorado, devido ter que ir
derivações urinárias: Ureterostomia.
fragmentando.
Ureteroenterostomia. Neobexiga

URETERECTOMIA • Indicações: Tumor vesical com infiltração de camada


Tumor uretelial. Tem que tirar o ureter, devido a muscular
histologia ser a mesma do ureter e bexiga.
Ureteroileostomia cutânea (Bricker) é uma técnica
• Ressecção total: A ressecção total geralmente é cirúrgica realizada em pacientes que realizaram
acompanhada de nefrectomia (nefroureterectomia) cistectomia radical e que precisam de uma neobexiga.
Ocorre a implantação dos ureteres no segmento do íleo,
• Indicações: tumores ureterais uma extremidade é suturada e a outra é exposta à pele do
paciente para a saída de urina
BEXIGA
PRÓSTATA
Anatomia
Anatomia
• Finalidade: armazenar e de eliminar a urina • Aspecto
tetraédrico: teto, duas paredes laterais e base/assoalho • Próstata: base, ápice, face anterior e duas faces ínfero-
• Recoberta por peritônio na parte superior • Em sua laterais
base: dois óstios ureterais + orifício interno da uretra =
trígono vesical • Camada muscular lisa: longitudinal • Na parte superior, sua base é contínua como colo vesical
interna, circular média e longitudinal externa • Na inferior, o ápice repousa sobre o diafragma pélvico •
• Inervação simpática e parassimpática do sistema Na anterior, sua superfície relaciona-se com a sínfise
nervoso autônomo púbica • Posteriormente, relaciona-se com a superfície
anterior do reto

-
RESSECÇÃO TRANSURETRAL DA PRÓSTATA VARICOCELE

• A depender da solução, e do tempo de • A varicocele está relacionada a dilatação das


ressecção, há risco de intoxicação hídrica veias testiculares
"Síndrome pós-RTU"
•  Deve se realizada a ligadura das veias do plexo
• Não realiza a retira da próstata e sim diminui o pampiniforme
seu volume
• Principal indicação é a infertilidade masculina
• Indicações:
Tratamento da Hiperplasia prostática benigna. Qual é o problema da varicocele: a dilatação esquenta a
Próstata < 80g região, sendo que 1 grau a mais causa infertilidade e
diminui testosterona.
PROSTATECTOMIA TRANSVESICAL
CRIPTORQUIDIA E ORQUIDOPEXIA
• Indicação:
Hiperplasia prostática benigna. Próstata > 80g • A orquidopexia visa corrigir uma má formação
(cirurgia aberta) testicular

- IMPORTANTE SABER DIFERENCIAR AS DUAS ACIMA. • O testículo é desenvolvido na porção


intrabdominal e ainda durante a gestação ocorre
PROSTATECTOMIA RADICAL uma migração desses testículos para a porção
escrotal
• Retirada total da próstata associada à retirada
das vesículas seminais Em alguns casos pode haver falha dessa migração. A
cirurgia tem por finalidade a fixação dos testículos no
• Pode-se ter como complicação a impotência ou escroto
incontinência
POSTECTOMIA
• Reconstrução do trânsito urinário com
anastomose uretrovesical • Cirurgia realizada para ressecção do excesso de
prepúcio
• Indicação:
Tratamento de Câncer de próstata

URETROTOMIA: estenose de uretra - corta e passa a


sonda.

URETROPLASTIA - quando a estenose é maior que 1cm


de extensão, resseca a área da uretra e anostomosa.

HIDROCELE

• Acúmulo de liquido entre a túnica albugínea e


vaginal do testículo

• O tratamento visa a retirada do liquido e eversão


da túnica vaginal para evitar recidivas

• O procedimento não causa esterilidade nem


disfunção erétil

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