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conteúdo: • SRAA

anato/histo • autorregulação da TFG


• regulação da osmolaridade (vasopressina)
• rins
pato
• ureteres
• bexiga • síndrome nefrótica
• uretra • síndrome nefrítica
• circulação renal
fármaco
fisio
• tiazídicos
• filtração glomerular e barreiras de filtração • antagonistas de aldosterona
• transporte de membrana, processos de • inibidores dos canais de sódio
absorção e rabsorçã0 • diu de alça

introdução: o sistema urinário é um dos sistemas reguladores da homeostase, atuando intimamente com o
sistema cardiovascular e endócrino.
funções fisiológicas principais:

• filtração, reabsorção e secreção


• produção de urina: no processo de eliminação das escórias metabólicas, o sistema também:
• regula a perfusão tecidual (líquido extracelular) e consequentemente a PA através do SRAA;
• osmololidade (hidratação + sede)
• o equilíbrio hidroeletrolítico (eliminação/reabsorção de Na+, K+ e Ca²+)
• o pH (liberação de H+ e HCO3 conforme necessidade);
• secreção de eritropoietina (eritropoiese), renina (SRAA) e calcitriol (metabolismo de vit. D3);
• gliconeogênese: durante o jejum prolongado, os rins sintetizam glicose a partir de aminoácidos e
outros precursores (ácidos pirúvicos, aminoácidos, etc

composto por:

• dois rins
• dois ureteres
• uma bexiga
• uma uretra, que tem diferença morfofisiológica a depender do sexo

rins
morfologia e posição anatômica: órgãos retroperitoniais, localizados
entre os níveis das últimas vértebras torácicas e a terceira vértebra
lombar (L III), sendo parcialmente protegidos pelas costelas
flutuantes (se estas costelas inferiores forem fraturadas, podem
perfurar os rins). Tem formato de feijão marrom-avermelhado.
Se movimentam levemente devido a respiração, há cerca de
800.000 a 1 milhão néfrons por rim

• morfologia:
• hilo: região na margem medial onde adentram os vasos sanguíneos e os ureteres;
• faces: anterior e posterior;
• margens: medial (côncava) e lateral (convexa);
• polos: superior e inferior.
• diferenças morfológicas e posicionais:
• rim direito (mais próximo da veia cava inferior): mais baixo do que o esquerdo devido ao lóbulo
direito do fígado ser volumoso (recesso hepático), artéria renal mais longa e veia renal mais
curta.
• rim esquerdo (mais próximo: aorta abdominal ): mais alto que o direito, artéria renal mais curta
e veia renal mais cumprida
• relacionados as glândulas suprarrenais: localizadas acima dos rins (polo superior), mas há pessoas com
as glândulas nos polos inferiores; são separadas dos rins por tecido conjuntivo frouxo; em transplantes,
retira-se o rim e deixa a glândula; ficam repousadas no polo superior dos rins e atuam de maneira
independente;
• parênquima: córtex -> néfrons
• estroma:
• proteção: cápsula
• preenchimento e condução da urina: medula, pirâmide renal, coluna renal, papila renal, cálice
menor, cálice maior, pelve renal e seio
renal

inerveção renal: Os rins são inervados pelo plexo


renal, que fornece informações:

• do sistema nervoso simpático, através dos


nervos esplâncnicos torácicos menores, para
a regulação do tônus vascular.
• do sistema nervoso parassimpático, através
do nervo vago.
• nervos sensitivos do rim entram na medula
espinal nos níveis T10 e T11, razão pela qual a
dor na região do flanco deve levantar
suspeitas de que algo está errado com o rim
correspondente.

histologia: 03 camadas histológicas

cápsula

Camada de tecido conjuntivo denso não


modelado que recobre o rim . Consiste em duas
camadas distintas:

• externa composta de fibroblastos e fibras


colágenas;
• interna que contém miofibroblastos (sua
contratilidade pode ajudar na resistência
do órgão às variações de volume e de
pressão que podem ocorrer durante as
variações da função renal.)

fáscia renal: camada superficial, é outra camada


fina de tecido conjuntivo denso não modelado
que ancora o rim às estruturas vizinhas e à parede
abdominal. Não faz parte direta do rim.
córtex renal

parênquima: camada mais externa, mais escura,


mais acidófila, onde estão cerca de 80% dos
néfrons;

• O córtex consiste em corpúsculos renais,


juntamente com os túbulos contorcidos e
túbulos retos do néfron, túbulos conectores,
ductos coletores e um extenso suprimento
vascular.
• lóbos = pirâmides renais, número de lobos
em um rim é igual ao número de pirâmides
medulares;
• lóbulos: um lóbulo consiste em um ducto
coletor e no conjunto de néfrons drenados
por ele; ou em um raio medular central e a
córtex circundante.
• raios medulares: constitui a unidade
secretora renal, contém o ducto
coletor para um grupo de néfrons
que drenam nesse ducto,
• lóbulos adjacentes não são
nitidamente demarcados por septos
de tecido conjuntivo.
• labirintos cortical: tecido interno do
raio medular.

medula

Parte mais interna e clara, menos acidófila.


Caracteriza-se por túbulos retos, ductos coletores
e uma rede especial de capilares, os vasos retos

• pirâmide renal: estruturas piramidais com


ápice voltado para a medula, formadas
por néfrons intercaladas com colunas
renais. cada pirâmide forma um lobo renal;
quantidade: 08 a 10 por rim.
• colunas renais: espaços entre as pirâmides
renais
• papilas renais: porção apical de cada
pirâmide que projeta-se dentro de um
cálice menor.

circulação renal: inicia-se da artéria renal (proveniente da aorta abdominal) e termina na veia renal (que
segue para a veia cava inferior;

• no parênquima, a circulação atua nos processos de filtração e reabsorção de água e solutos;


• as arteríolas aferentes se emaranham e mudam seu epitélio para fenestrado, fazendo parte do
corpúsculo glomerular, onde corre o processo de filtração;
• os capilares peritubulares e/ou vasos retos se relacionam fisiologicamente com os túbulos
urinários, onde reabsorvem água e soluto.

1. artéria renal entra pelo hilo, chega na pelve renal se ramifica em 04 artérias segmentares;
2. artérias segmentares se ramificam em artérias interlobares (ou interpiramidais), em direção às colunas
renais (entre as pirâmides renais);
3. artérias interlobares circundam a base da pirâmide, sendo chamadas de artérias arqueadas ( mais
finas do que as interlobares),
4. artérias arqueadas se ramificam em inúmeras artérias pequenas na base da pirâmide, na região do
córtex, sendo chamadas de artérias interlobulares
5. arteríolas interlobulares irrigam as arteríolas aferentes, porta de entrada nos néfrons/glomérulos
6. após a filtração nos glomérulos, o sangue sai do néfron pelas arteríolas eferentes
• eferente é mais delgada devido a receber um volume menor de sangue depois da filtração
7. o sangue, após a filtração e reabsorção, torna-se venoso, sendo drenado pela vênula, e em seguida
pelas vênulas interlobulares -> veias arqueadas -> veias interlobares -> veias segmentares -> veias
renais -> veia cava inferior

néfron: unidade funcional do rim, por onde ocorre o processo de filtração (transferência de fluido da porção
vascular para a porção tubular dos néfrons).

• formado pela parte circulatória e pela parte urinária.


• dependendo da localização, são classificados em:
• cortical: glomérulo mais próximo do córtex, alças curtas, apenas um lado da alça de Henle é
delgado;
• justamedular: glomérulo mais próximo da medula, os dois lados da alça de Henla são delgados
e bem mais comprimidos do que dos corticais -> os capilares peritubulares são mais compridos
e retos do que dos corticais, também chamados de vasos retos;
• possui duas porções:
• vascular: forma um sistema-porta-renal
• glomérulo;
• capilares peritubulares;
• urinária:
• cápsula de bowman;
• túbulo contorcido proximal;
• alça de Henle;
• túbulo contorcido distal;
• ducto coletor;

filtração reabsorção secreção

transferência do líquido
extracelular (meio interno da
transferência do lúmen do néfron transferência de íons do líquido
porção vascular) para a
(meio externo) para a líquido extracelular para o lúmen do
porção tubular dos néfrons
extracelular (meio interno) néfron
(meio externo)
*apenas corpúsculo renal

filtração: é a transferência de fluido da porção vascular para a porção tubular dos néfrons: isto é, dos
capilares glomerulares para a cápsula de Bowman -> volume é chamado de filtrado.

• composição é igual à do plasma menos a maioria das proteínas plasmáticas, células sanguíneas
permanecem no capilar, de modo que o filtrado é composto apenas de água e de solutos dissolvidos.
• O restante que não é reabsorvido – em torno de 1,5 litro – vai formar a urina, e será excretado,
logo, a urina excretada ao final do processo é formada pelas substâncias que são filtradas e
secretadas menos as substâncias que são reabsorvidas;
• excreção = filtração + secreção - reabsorção
• rins filtram todo o volume plasmático 60 vezes por dia, ou 2,5 vezes a cada hora;

corpúsculo renal e as barreiras de filtração

• todas as substâncias presentes no sangue são filtradas, com exceção dos elementos celulares e
das proteínas, que não conseguem atravessar essas duas barreiras (além da barreira formada pala
lâmina basal que existe entre o glomérulo e a cápsula)
• solutos são filtrados com base em tamanho e carga elétrica, como por exemplo a proteína albumina
(a presença de albumina na urina, albuminúria, indica alteração em uma dessas barreiras de
filtração).
• corpúsculo renal = glomérulo + cápsula de Bowman, é onde o sistema cardiovascular e o urinário se
encontram.

camadas e achados histológicos

cápsula de bowman:

glomérulo: endotélio
• lâmina basal das células parietais da cápsula de Bowman/ camada parietal
fenestrado (tecido
/ células epiteliais parietais: mais externa, recobre a cápsula, tecido epitelial
epitelial simples
simples pavimentoso
pavimentoso)
• camada visceral: mais interna, em contato com o capilar glomerular,
impedem a
formado por podócitos (ou células epiteliais viscerais) que emitem
passagem de
prolongamentos ao redor dos capilares glomerulares chamados de
hemácias e
pedicelos.
proteínas grandes,
como a albumina
achados histológicos

• lâmina basal dos glomérulos: fica entre o endotélio e os podócitos. Feita de material acelular,
consiste em fibras colágenas minúsculas e proteoglicanos em uma matriz glicoproteica; as cargas
negativas na matriz impedem a filtração de proteínas plasmáticas maiores carregadas
negativamente.
• fendas de filtração: espaços entre os pedicelos por onde ocorre a filtração.
• diafragma da fenda de filtração: formado por uma camada ultrafina de nefrina situada na camada
visceral, entre os pedicelos;
• células mesengiais: localizadas entre os capilares glomerulares e na fenda entre as arteríolas
glomerulares aferentes e eferentes. Regulam a quantidade de área de superfície disponível.
Quando as células mesangiais estão relaxadas, a área de superfície é máxima, e a filtração
glomerular é muito alta. A contração das células mesangiais reduz a área de superfície disponível, e
a filtração glomerular diminui.
• aparelho justaglomerular -> células justaglomerulares | mácula densa: fazem parte do SRAA
(hipotensão), onde secretam renina (enzima), e atuam na resposta tubular (autorregulação da
hipertensão), onde sinaliza para potencializar a vasoconstrição da resposta miogênica;
• espaço urinário/de Bowman: espaço entre o glomérulo e a camada parietal da cápsula de
bowman por onde escoa o filtrado durante a filtração, exerce pressão de fluido capsular;
1. Endotélio dos capilares glomerulares, com numerosas fenestrações permite a passagem de tudo,
menos hemácias;
2. Membrana basal glomerular (MBG ou lâmina basal) é uma lâmina basal espessa, que resulta da fusão
das membranas basais do endotélio e dos podócitos. É constituída por glicoproteínas carregadas
negativamente (favorece a passagem de moléculas pequenas e positivas), colágeno e outras
proteínas. Atua como uma peneira grossa, impede a filtração das proteínas maiores.

3. Camada visceral da cápsula de Bowman contém células especializadas, denominadas podócitos ou


células epiteliais viscerais.

três pressões determinam a filtração glomerular:

pressão do filtrado resultante

pressão pressão coloidosmótica


pressão hidrostática do fluido
hidrostática no interior dos capilares glomerulares é mais alta
capsular (Pfluido)
(PH) do sangue do que a no fluido da cápsula de Bowman. Esse
A cápsula de Bowman é um
que flui através dos gradiente de pressão é devido à presença de
espaço fechado (diferentemente
capilares proteínas (albumina) no plasma
do líquido intersticial), de forma
glomerulares força
que a presença de fluido no
a passagem de • proteínas são retidas nos capilares, logo
interior dessa cápsula cria uma
fluido através do os capilares são mais concentrados do
pressão que se opõe ao fluxo de
seu endotélio que a o espaço de bowman -> os
fluido para o interior da cápsula.
fenestrado. capilares tentam puxar a água de volta
Pfluido é contra a filtração:
PH é a favor da
15mmHg
filtração: 55mmHg P coloidosmótica é contra a filtração: 30mmHg

pressão de filtrado resultante: pressão hidrostática - pressão coloidosmótica - Pfluido


pressão do filtrado = ( 55 - 15 - 30 ) = 10mmHg -> favorável a filtração

A força motriz resultante é de 10 mmHg na direção que favorece a filtração.


taxa de filtração glomerular (TGF): volume de filtrado produzido por unidade de tempo, esse grande fluxo do
glomérulo para a cápsula de Bowman é possível graças à permeabilidade dos capilares glomerulares, que
são fenestrados.
TFG é influenciada por:

• pressão de filtrado resultante: o sangue chega até o glomérulo com uma pressão hidrostática de
aproximadamente 55 mmHg. A pressão hidrostática do filtrado dentro da cápsula é de cerca de 15
mmHg. Já a pressão coloidosmótica criada pelas proteínas plasmáticas é de 30 mm Hg. A pressão
resultante dessas três pressões é de 10 mmHg, na direção da formação de filtrado.
• coeficiente de filtração: (semelhante a troca de gases) possui dois componentes: a área de superfície
dos capilares glomerulares, disponível para a filtração e a permeabilidade da interface entre capilar e
cápsula de Bowman.

fisiologia:é controlada primariamente pela autorregulação do fluxo sanguíneo através das arteríolas renais.

• TFG é notavelmente constante em uma ampla faixa de pressões arteriais. Contanto que a pressão
arterial média do sangue fique entre 80 e 180 mmHg, a TFG é, em média, de 180 L/dia.
• Uma função importante da autorregulação da TFG é proteger as barreiras de filtração da pressão
arterial alta que pode danificá-las.
• Se a resistência global das arteríolas renais aumenta (vasoconstrição), o fluxo sanguíneo renal diminui,
e o sangue é desviado para outros órgãos -> diminui a pressão e o volume sanguíneo nesses capilares
glomerulares.

vasoconstrição efeito TFG

arteríola aferente
a pressão hidrostática diminui no lado glomerular da
*resposta miogênica e diminui
constrição
retroalimentação tubular

o sangue acumula antes da constrição, e a pressão


arteríola eferente aumenta
hidrostática nos capilares glomerulares aumenta

redução do fluxo sanguíneo diminui a pressão de filtração no glomérulo, mantendo o valor constante de
10mmHg

quando a pressão arterial média diminui para menos de 80 mmHg, a TFG diminui -> caso de hipotensão,
vasoconstrição da eferente para tentar manter a pressão de filtrado constante, não é tão eficiente pois
reduz a volemia, contribuindo para a hipotensão -> sistema eficiente SRAA

um decréscimo na TFG ajuda o corpo a conservar o volume sanguíneo.

cenários que alteram:

pressão
pressão de fluido capsular pressão coloidosmótica
hosmótica

fígado com problema (cirrose hepática), falta


de proteína albumina -> diminui a pressão
coloidosmótica, aumentando a TFG
litíase pélvica: urina retida no túbulos,
elevação
causa hidronefrose -> aumenta a pressão
da PA • o aumento da TFG não é benéfico, pois
de fluido, pode lesionar os capilares;
a taxa de reabsorção e secreção
podem não dar conta

fração de filtrado: porcentagem do volume total do plasma que é filtrada para dentro do túbulo, 16 a 20% é o
usual.
mecanismos de homeostase: pressão sanguínea: autorregulação e SRAA

hipertensão hipotensão

autorregulação:

• resposta miogênica • SRAA


• resposta tubular • mácula densa secreta renina
• mácula densa potencializa • vasoconstrição da arteríola eferente -> ineficaz
vasoconstrição da arteríola
aferente
autorregulação: processo de controle local, no qual o rim mantém uma TFG relativamente constante frente às
flutuações normais da pressão arterial (entre 80 a 180mmHg)

• resposta miogênica -> abertura de canais iônicos -> influxo de Ca2+ -> vasoconstrição: está
relacionada à habilidade intrínseca do músculo liso vascular de responder a mudanças na pressão.
• a dilatação mecânica do músculo liso devido a aumento da pressão arterial ativa canais
iônicos que despolarizam as fibras musculares, levando à abertura de canais de Ca2+
dependentes de voltagem e consequentemente a vasoconstrição, aumentando a resistência
periférica;
• resultado: não diminui o fluxo sanguíneo, mas sim retorna ao valor constante de 10mmHg
• a vasodilatação não é tão eficaz em manter a TFG como a vasoconstrição, devido ao fato de
que normalmente a arteríola aferente está bastante relaxada.
• responde antes da resposta tubular, mas atuam quase que ao mesmo tempo;
• reposta tubular( ou retroalimentação | ou feedback tubuloglomerular) -> inibição de NO (óxido
nítrico) -> inibição da vasodilatação: é um mecanismo de sinalização parácrina pelo qual mudanças
no fluxo de líquido na alça de Henle alteram a TFG. ("ajuda a resposta miogênica ao estado de
hipertensão")
• A retroalimentação tubuloglomerular é uma via de controle local, na qual o fluxo de líquido
através dos túbulos renais altera a TFG.
• mácula densa detectem o aumento do aporte de Na+, Cl– e água e inibem a liberação de
óxido nítrico (NO) das células do aparelho justaglomerular (AJG). Como o NO provoca
vasodilatação, as arteríolas glomerulares aferentes se contraem quando o nível de NO diminui.
SRAA: sistema renina-angiotensina-aldosterona -> hipotensão: vasoconstrição da arteríola eferente não é um
mecanismo eficiente para a autorregulação da pressão de filtrado, sendo então acionado a SRAA

1. células da mácula densa (aparelho justaglomerular, localizado na porção do túbulo distal entre as
arteríolas aferente e eferente) possuem receptores mecânicos e químcos que detecção a queda da
PA e a baixa de Na+; também há o aumento da atividade simpática;
2. mácula densa sinaliza para as células justaglomerulares (células granulares da arteríola aferente)
secretarem renina (enzima)
3. renina, na presença de angiotensinogênio secretado pelo fígado, o converte em angiotensina I (ang I)
4. ang I, no plasma, é convertido em angiotensina II pelo ECA (enzima conversora de angiotensina)

efeitos da ang II: aumenta a pressão arterial tanto direta quanto indiretamente através de cinco mecanismos
adicionais

1. aumenta a secreção de vasopressina. Receptores de ANG II no hipotálamo iniciam este reflexo. A


retenção de líquido nos rins sob a influência da vasopressina ajuda a conservar o volume sanguíneo,
mantendo, assim, a pressão arterial.

2. sinaliza para as suprarrenais secretarem aldosterona, que atua na retenção de Na+ no túbulo distal e
consequentemente de água; o aumento da volemia também aumenta a PA;

3. estimula a sede. A ingestão de líquido é uma resposta comportamental que aumenta o volume
sanguíneo e eleva a pressão arterial.

4. vasoconstrição faz a pressão arterial aumentar sem que ocorra mudança no volume sanguíneo.
5. aumenta a estimulação simpática do coração e dos vasos sanguíneos. A estimulação simpática
aumenta o débito cardíaco e a vasoconstrição, os quais aumentam a pressão arterial.
reabsorção e secreção | equilíbrio hidroeletrolítico: o processo do equilíbrio hidroeletrolítico é realmente
integrado, uma vez que envolve os sistemas respiratório e circulatório, além das respostas renais e
comportamentais.

• ocorre na porção tubular dos néfrons, inicia no túbulo contorcido proximal e termina no ducto coletor.
• regulação: os rins controlam a concentração da urina variando a quantidade de água e de Na+
reabsorvidos no néfron distal (túbulo distal e ducto coletor). Para produzir urina diluída, o rim precisa
reabsorver solutos sem permitir que a água os siga por osmose. Isso significa que a membrana apical
das células tubulares e as junções celulares não podem ser permeáveis à água. Por outro lado, para
concentrar a urina, o néfron precisa ser capaz de reabsorver a água, mas deixar os solutos no lúmen
tubular.
• Para manter um volume constante de água no corpo, devemos ingerir a mesma quantidade de água
que excretamos: a ingestão precisa ser igual à excreção.
• Mais de 99% do líquido que entra nos túbulos é reabsorvido para o sangue à medida que o filtrado
percorre os néfrons.
• A perda patológica de água rompe a homeostasia de duas maneiras. A depleção do volume do
compartimento extracelular diminui a pressão arterial. Se a pressão arterial não pode ser mantida
pelas compensações homeostáticas, os tecidos não recebem oxigênio adequadamente.
túbulo proximal alças de Henle túbulo distal | ducto coletor

regula íons e água separadamente:


reabsorção iso-osmótica -> reabsorção no néfron distal/ducto coletor é
segue o gradiente de finamente regulada, possibilitando aos rins
apenas reabsorção de
concentração entre o filtrado e reabsorverem seletivamente íons e água de
água
o líquido extracelulas, com base acordo com as necessidades do organismo
no Na+; atuantes: aldosterona, vasopressina,
simporte aquaporina 02

segmentos tubulares:

•túbulo contorcido proximal: origina-se do polo


urinário da cápsula de Bowman. Segue um
percurso muito tortuoso ou contorcido e, em
seguida, entra no raio medular para continuar
como túbulo reto proximal;
• túbulo reto proximal: comumente denominado
ramo descendente espesso da alça de Henle,
desce até a medula;
• ramo descendente delgado: é a con5nuação do
túbulo reto proximal na medula. Faz uma volta semelhante a
• um grampo de cabelo e retorna em direção ao córtex;
• ramo ascendente delgado: é a connuação do ramo descendente delgado após a sua volta em
direção ao
• córtex;
• túbulo reto distal: também denominado ramo ascendente espesso da alça de Henle, é a continuação
do ramo ascendente delgado;
• túbulo contorcido distal é menos tortuoso que o túbulo contorcido proximal;
• ductos coletores: coletam urina de 08 néfrons e conduzem pela medula até as papilas renais, ocorre a
regulação de água regulada pelos hormônios ADH e aldosterona;

histologia da porção tubular:

túbulo função histologia

túbulo principal As células cuboides do


contorcido local túbulo contorcido proximal
proximal reabsorção exibem especializações
NaCl- e de elaboradas de superfície
água celular que caracterizam
as células envolvidas na
reabsorção e no
transporte de líquidos.
1. Uma borda (orla) em
escova, composta de
microvilosidades retas,
relativamente longas e
densamente
compactadas
2. lúmen irregular, muitas
vezes estrelado.
Eosinofílico (comparado
aos túbulos distais e
ductos).
1. células mais baixas,
lúmen mais amplo e não
possuem borda em
escova evidente
mácula densa: túbulo
contorcido distal encosta-
se no corpúsculo renal do
mesmo néfron, e, nesse
local, sua parede se
túbulo modifica. Suas células
secreção
contorcido tornam-se cilíndricas, altas,
tubular
distal com núcleos alongados e
próximos uns dos outros.
Esse segmento modificado
da parede do túbulo
distal, que aparece escuro
nos cortes corados
(devido à proximidade dos
núcleos de suas células),
chama-se mácula densa.

Alça de Henle espessa:


tecido epitelial cúbico
simples
Alça de Henle delgada:
alça:
Alça de tecido epitelial simples
reabsorção
Henle e pavimentoso
ducto:
Ducto Ducto coletores: tecido
reabsorção
coletor epitelial variando de
e secreção
cúbico a cilíndrico simples.
*observar a altura (alças
de Henle) e espessura (TC)

(adem não passou) transportes membranais: as substâncias reabsorvidas podem seguir basicamente dois
caminhos dependendo da permeabilidade das junções epiteliais e do seu gradiente eletroquímico.

• via paracelular: substâncias atravessam as junções entre as células do epitélio dos túbulos renais,
• via transepitelial ou transcelular: substâncias atravessam as membranas – apical e basolateral – das
células epiteliais;
• podem ocorrer através de:
• ocorre através de: difusão simples, difusão facilitada, transporte ativo e osmose. A maior parte
da reabsorção de substâncias ao longo do néfron é mediada pelo sódio, que é inicialmente
transportado de maneira ativa para fora dos túbulos pela Na+/K+ ATPase.
reabsorção: transferência do filtrado tubular (meio externo) para o líquido extracelular dos capilares
peritubulares (meio interno). Na parte final dos túbulos contorcidos distais e nos ductos coletores, a
reabsorção de água e solutos e a secreção de soluto variam de acordo com as necessidades do organismo.

• reabsorção pode ser ativa ou passiva: reabsorção de água e solutos do lúmen tubular para o líquido
extracelular depende de transporte ativo. Portanto, para transportar soluto para fora do lúmen, as
células tubulares precisam usar transporte ativo para criar gradientes de concentração ou
eletroquímicos. A água segue osmoticamente os solutos, à medida que eles são reabsorvidos.
• O transporte ativo de Na+ do lúmen tubular para o líquido extracelular cria um gradiente elétrico
transepitelial, no qual o lúmen é mais negativo do que o líquido extracelular.
• A redução do volume do lúmen tubular aumenta a concentração de solutos (incluindo K, Ca2
e ureia) que permaneceram no filtrado: a mesma quantidade de soluto em um volume menor
equivale a uma concentração mais alta de soluto.

reabsorção | túbulo proximal (70% da água, Na+, Cl- e K+) -> ISO-OSMÓTICA

transporte passivo: a composição osmótica do plasma das


1. túbulo -> líquido
células dos túbulos urinários é semelhante ao filtrado, tendo
intersticial da célula
como diferença a concentração de Na+
epitelial tubular
o Na+ então é transportado passivamente para o interior
das células dos túbulos urinários,

1. epitélio tubular -> transporte ativo de Na+ (bomba de Na+/Ka+ (-ATPase)


líquido extracelular Na+ então expelidos para fora da célula epitelial tubular
por transporte ativo

a diferença na concentração de soluto causada pelo


2. transporte de água |
transporte de Na+ cria um gradiente de concentração que
difusão
favorece a osmose (reabsorção de água do filtrado para a
corrente sanguínea)

3. transporte ativo Na+, ao ser transportado ativamente,


secundário (glicose, "carrega" outro íon com o auxílio de
aminoácidos, uma proteína simportadora (alguns
vitaminas usam H+)
hidrossolúveis)
• taxa de transporte máximo |
simportes | transportadores saturação: número de
simportes: SGLT, GLUT, simportes é limitado, quando
saturados não ocorre a
reabsorção, sendo eliminado
na urina -> melhor exemplo é a glicose (glicosúria)
• tx de saturação da glicose | limiar renal: aprox
• diabetes: limiar renal
300mg/100ml,
atingido, causa
• a concentração de glicose na urina cria um
glicosúria
gradiente de concentração, retendo água na urina,
aumentando a micção (poliúria) e a sede
(dislipidemia)

4. outros solutos
A saída de água aumenta a concentração de substâncias
permeáveis (K+, Ca+,
no interior dos túbulos, criando um gradiente que favorece
ureia)
a passagem de soluto de dentro para fora.

reabsorção | túbulo distal e (principalmente) ducto coletor

1. hipotensão sinaliza a secreção de aldosterona pelas


suprarrenais
2. sítio primário da ação da aldosterona é o último
terço do túbulo distal e a porção do ducto coletor
que percorre o córtex do rimaldosterona atua nas
células principais ; (células P) (entra por difusão
aldosterona simples)
3. aumenta a reabsorção de Na+ (e aumenta a
secreção de K+)
4. As células principais reabsorvem Na+ e secretam K+;
as células intercaladas reabsorvem K+ e HCO3– e
secretam H+.
vasopressina / ADH

devido a impermeabilidade do epitélio tubular, é


impossível a passagem de água por difusão simples,
portanto:

1. hipotálamo tem osmorreceptores que detectam a


alta osmolaridade e secreta vasopressina/ADH, que
é armazenada na neuro-hipófise;
2. ADH estimula as células tubulares abrirem canais de

Nas porções distais, ocorre


uma regulação fina das
quantidades de água e sais
água chamados aquaporina 02 (AQP2);
3. aquaporina 02 então carreia as moléculas de água
do filtrado para o LEC;

que serão excretados na


urina, produzindo uma urina
mais concentrada
(hiperosmótica) ou menos
(hiposmótica).

• pressão hidrostática nos capilares tubulares favorece a reabsorção: fica 10mmHg, enquanto a pressão
coloidosmótica continua em 30mmHg, atraindo o retorno da água para os capilares peritubulares
com uma pressão resultante de 20mmHg a favor dos capilares

• com a reabsorção do Na+ e o retorno


da água acompanhando, há a
potencialização da reabsorção de
água;
• por que filtrar tanto se haverá uma
grande reabsorção (99% reabsorvido)?
Devido a necessidade de repetição do
processo para a eliminação de
metabólicos e manutenção do
equilíbrio hídrico
cenário 01: aumento de Na+ (comer algo salgado) causa sede: o
hipotálamo tem osmorreceptores que detectam o aumento da
osmolaridade, (sinalizando a sede) -> libera vasopressina, retendo
líquido, causando urina concentrada;

• aumento da volemia causa hipertensão -> alta de Na+


eleva a PA

cenário 02: perda de líquido e íons através do suor (deveria tomar isotônico), bebe água pura ->
osmolaridade baixa pela falta de íons, urina não atinge equilíbrio osmótico.

• Nenhuma mudança no volume, osmolalidade diminuída.


• A diminuição de volume resultante da desidratação é corrigida, porém a reposição de líquido não
possui solutos para repor os solutos perdidos. Como resultado, um novo desequilíbrio é criado.
• risco de diluir as concentrações de K+ e Na+ para níveis perigosamente baixos (hipocalemia e
hiponatremia dilucionais, respectivamente).

álcool inibe a vasopressina -> a inibição aumenta a micção,


diurese noturna (crianças): há deficiência na secreção de vasopressina;

• secreção: é a transferência de moléculas do líquido extracelular para o lúmen do néfron.


• além da filtração, algumas substâncias podem ser ativamente secretadas do plasma
sanguíneo ou das células tubulares para o lúmen dos néfrons;
• permite a excreção de substâncias que não são filtradas, além de aumentar a
excreção de substâncias que já são filtradas. Ele permite também maior regulação dos
níveis de diversos íons no organismo, como o H+, K+ e Na+, além de alguns cátions e
ânions orgânicos. com a secreção de soluto, a água segue o gradiente de
concentração e não é reabsorvida;
• entre outras funções, o processo de secreção ajuda na manutenção do pH plasmático
e na eliminação de diversas substâncias estranhas ao organismo.

condução da urina: Ao deixar os ductos coletores na área cribriforme, a urina entra em várias estruturas que
não modificam a sua composição, mas que são especializadas em armazená-la e transportá-la para o
exterior do corpo.
histologia:ao deixar os ductos coletores na área cribriforme, a urina entra em várias estruturas que não
modificam a sua composição, mas que são especializadas em armazená-la e transportá-la para o exterior do
corpo.

• epitélio inicia-se nos cálices menores como duas camadas celulares e aumenta para quatro a cinco
camadas no ureter, e ainda para seis ou mais camadas na bexiga vazia.

1. Urotélio: epitélio de transição reveste as vias excretoras que saem do rim e forma a interface entre o
espaço urinário e os vasos sanguíneos, nervos, tecido conjuntivo e células musculares lisas subjacentes.
é Essencialmente impermeável aos sais e à água pela presença de placas uroteliais rígidas contendo
proteínas cristalinas, as uroplaquinas, que desempenham importante papel na barreira de
permeabilidade. Composto de pelo menos 3 camadas celulares;
1. camada superficial do epitélio: células em formato de cúpula ou de guarda-chuva, em virtude
da curvatura de sua superfície apical. Função: manter a osmolaridade da urina. Formato
dessas células epiteliais depende do estado de enchimento da via excretora
• bexiga vazia: células em formato de cúpula apresentam-se com formato
aproximadamente cuboide/globoso;
• bexiga cheia: células em formato de cúpula apresentam-se com formato pavimentoso;
2. camada celular intermediária: quando
ocorre perda da célula em formato de
cúpula sobrejacente, a população de
células intermediárias diferencia-se
rapidamente e substitui as células de
superfície perdidas
3. camada celular basal: consiste em
pequenas células contendo um único
núcleo, que repousa sobre a membrana basal. Essa camada contém células-tronco para o
urotélio.

papilas renais: ápice da pirâmide renal, possui poros (área cribiforme) por onde escola a urina dos ductos
coletores para o cálice menor;
• cálice menor: ramo do cálice renal maior, carreia urina para o mesm;.
• cálice maior: formado por três cálices menores, leva a urina até a pelve renal;
• pelve renal: grande cavidade única que recebe toda a urina para ser levada para o ureter;
• seio renal: hilo se expande em uma cavidade no interior do rim;

ureteres: estruturas tubulares em forma de S que transportam urina dos rins para a bexiga; cada um possui 25
cm de comprimento, sendo mais largos na pelve renal, e se estreitam progressivamente conforme entram na
bexiga urinária e na concavidade da pelve verdadeira.

• ureter direito é menor, pois o rim direito é mais baixo do que o esquerdo.
• ureteres deixam os rins posteriormente aos vasos renais.
• ambos os ureteres passam inferiormente sobre a superfície abdominal do psoas maior, com o nervo
genitofemoral posteriormente e os vasos gonadais anteriormente.

partes anatômicas: pelve é considerada a primeira parte do ureter.

• abdominal: cruza por cima do músculo psoas maior


• pélvica: passa pelas artérias ilíacas comuns -> faz uma "dobrinha", onde o lúmen se estreita ->
local comum onde o cálculo renal fica preso
• intramural: menor parte, transpassa a parede da bexiga -> lúmen diminui, local comum onde o
cálculo renal fica preso);
trajeto do ureter

• ao nível do hilo do rim: vasos renais, músculo psoas maior e retroperitoneal


• ao nível da pelve: artéria ilíaca (comum ou primeira porção da externa), parede lateral da
pelve e bexiga

relações do ureter

• Direito: segunda porção do duodeno, raiz do mesentério e vasos gonadais.


• Esquerdo: vasos gonadais e cólon sigmóide

histologia: do lúmen para fora

1. urotélio: epitélio de transição


2. lâmina própria: tecido conjuntivo denso não modelado
3. camada muscular: músculo liso está disposto em três camadas:
1. uma camada longitudinal interna,
2. uma camada circular média
3. uma camada longitudinal externa, presente na extremidade distal do urete
4. camada adventícia: tecido adiposo, vasos sanguíneos e nervos

• Conforme a bexiga se distende com a urina, as aberturas dos


ureteres são comprimidas, reduzindo a possibilidade de refluxo de
urina para dentro dos ureteres.

constrições uretais: os ureteres normalmente possuem constrições (fisiológicas) de graus variáveis em três
pontos ao longo de seu trajeto dos rins até a bexiga :

• 1ª constrição (pieloureteral): Na junção dos ureteres e das pelves renais.


• 2ª constrição (pélvica): No ponto onde os ureteres atravessam
a abertura da cavidade pélvica (artérias ilíacas comuns)
• 3ª constrição (intramural): Na sua passagem através da
parede da bexiga urinária (intramural).

bexiga: órgão muscular oco e distensível situado na cavidade


pélvica posteriormente à sínfise púbica. não é glândula - não produz
nada, só armazena urina com limitação -> é uma vesícula;

• ''máx'' 480ml - 500ml - importante quanto às patologias da


bexiga;
• força a eliminação da urina (músculo detrusor);

posição anatômica:

• homens: é diretamente anterior ao reto;


• mulheres: é anterior à vagina e inferior ao útero;
• Pregas do peritônio mantêm a bexiga em sua posição.
• desempenha dois papéis principais:
• armazenamento temporário de urina – a bexiga é um órgão oco com paredes distensíveis.
• auxilia na expulsão da urina – a musculatura da bexiga se contrai durante a micção, com
concomitante relaxamento dos esfíncteres;
• micção pode ocorrer, no entanto, já quando o enchimento da bexiga urinária for de
150 a 200 ml; em mulheres grávidas, devido à pressão do útero, pode ocorrer; com um
volume ainda menor de urina.

morfologia: varia em tamanho, formato, posição e relações de acordo com seu conteúdo e com o estado
das vísceras adjacentes; menor na mulher por estar abaixo do útero;

• quatro superfícies anatômicas:


1. superior
2. inferior
3. inferolateral direita
4. inferolateral esquerda.
• pode ainda ser dividida em quatro partes:
1. corpo: delimitado anteriormente pelo ápice e posteriormente pelo fundo
2. colo: localizado inferiormente na região do orifício interno da uretra, emerge da união das
superfícies inferolaterais direita e esquerda.
3. ápice:
4. fundo da bexiga: contém três aberturas que formam o
• trígono da bexiga: estrutura triangular composta por três óstios, dois ureterais e o óstio
interno da uretra;

masculino x feminino:

• homens: próstata está inferior à bexiga e anterior ao reto, hiperplasia prostática (HPP) pode causa
obstrução do canal uretral e também ITU's
• mulher: abaixo do útero (durante a gravidez a bexiga fica comprimida devido ao tamanho
aumentado do útero), ligeiramente menor do que a do homem, mais propensa a ITU's
• útero anterovertido: acima da bexiga;
• utero retrovertido: colado no reto, causa dificuldade de engravidar;

histologia:

• existem pregas de mucosa que


possibilitam a expansão da bexiga
urinária.
• túnica mucosa interna de epitélio de
transição: epitélio de transição +
lâmina própria.
• revestimento intermediário de músculo liso (músculo detrusor da bexiga ou túnica muscular):
1. uma camada longitudinal interna.
2. uma camada circular média.
3. uma camada longitudinal externa.
• sexo masculino: túnica adventícia ou túnica serosa externa sobre a face superior:
• A maior parte da bexiga é coberta externamente pela camada adventícia com partes de sua
superfície superior cobertas por camada serosa do peritônio.
1. adventícia: Tecido conjuntivo frouxo com vasos sanguíneos, nervos e células adiposas.
2. serosa: Composta por uma camada superficial de mesotélio suportada por tecido
conjuntivo irregular e solto.

mecanismo de micção: A micção ocorre por meio de uma combinação de contrações musculares
involuntárias e voluntárias.

• quando a pressão intravesical aumenta consideravelmente, e receptores de estiramento em suas


paredes transmitem os impulsos nervosos para a medula espinal. Esses impulsos se propagam até o
centro da micção, que desencadeia o reflexo de micção
• reflexo de micção: sinalização para o parassimpático e inibição do simpático, levando a contração
do músculo detrusor e ao relaxamento dos esfíncters interno e externo da uretra;

esfíncters/óstios:

• esfíncter interno: músculo liso, involuntário, acetilcolina;


• esfíncter externo: músculo esquelético, voluntário; proveniente do músculo transverso profundo do
períneo, nervo somático;
uretra

masculina feminina

• via comum para micção e ejaculação


• somente via para excreção;
• apresenta 3 partes: uretra prostática,
• não há parte prostática;
membranosa e esponjosa;
• mede aproximadamente 4 cm;
• mede aproximadamente 16 cm;

masculina
histologia:

1. Parte prostática da uretra (revestida por epitélio de transição).


2. Parte membranácea curta da uretra, que perfura o esfíncter externo da uretra (revestida por epitélio
estratificado ou pseudoestratificado colunar).
3. Parte esponjosa longa da uretra (revestida por epitélio pseudoestratificado colunar) com a porção
final (glande) com epitélio estratificado pavimentoso.

feminina
histologia: epitélio de transição na porção inicial, com áreas de epitélio pseudoestratificado colunar e
estratificado pavimentoso na porção terminal;

• Próximo à sua abertura no exterior, a uretra feminina contém um esfíncter de músculo estriado
• Porção inicial: epitélio de transição
• Porção terminal: epitélio estratificado pavimentoso

patologias: nefropatias manifestam-se clinicamente por meio de síndromes ou categorias com características
próprias (bem definidas, mistas, complexas, simples, por vezes monossintomáticas), as quais podem se
transformar ou sobrepor-se durante a progressão da doença

síndrome nefrítica As lesões que causam a síndrome nefrítica têm em comum a proliferação
aguda das células dentro dos glomérulos, frequentemente acompanhada de
infiltrado leucocitário inflamatório. Essa reação inflamatória causa lesão
grave das paredes dos capilares, possibilitando a passagem de sangue para
a urina e induzindo alterações hemodinâmicas que levam à redução da
TFG.
A TFG reduzida manifesta-se clinicamente por oligúria, retenção hídrica e
azotemia. A hipertensão provavelmente é um resultado da retenção de
líquido e da liberação de renina pelos rins isquêmicos.

• Hematúria (presença de eritrócitos e cilindros hemáticos na urina |


turva e cor de coca-cola) -> lesão nos capilares glomerulares
• Proteinúria (geralmente na faixa subnefrótica), com ou sem edema -
> 150mg até 3,5g/24h
• Oligúria (DU < 400ml/24hrs)
• Azotemia (uma alteração bioquímica que se refere a uma elevação
plasmática/sanguínea dos níveis de compostos de nitrogênio (como
ureia, ácido úrico, creatinina, proteínas)
• Hipertensão e edema (anasarca) -> resultando da retenção de
líquido

etiologias: As causas mais comuns consistem em lesão glomerular


imunologicamente mediada; as lesões caracterizam-se por alterações
quadro clínico
proliferativas e infiltração de leucócitos
Infecções (Streptococcos pyogenes)

• Glomerulonefrite Pós-estreptocócica (GNPE)


• Glomerulonefrite Não pós-estreptocócica (Caxumba,
Sarampo, Malária, Sepse...)

Doenças sistêmicas

• Síndrome de Goodpasture

Doenças primárias do glomérulo

• Doença de Berger

• HPP: histórico de infecção de impetigo (3/6 sem) ou


dx diferencial
faringoamigdalite (1/2 sem);
GNPE (Glomerulonefrite Pós-
• mais frequência em crianças de 6 a 10 anos, porém outras crianças e
estreptocócica | pós-
adultos de qualquer idade também podem ser afetados.
infecciosa): Complicação
• é causada pela deposição de imunocomplexos, principalmente nos
tardia e não supurativa de
espaços subepiteliais, com neutrófilos em quantidade abundante e
infecção estreptocócica a
proliferação de células glomerulares. A maioria das crianças
distância -> mais comum
afetadas recupera-se; o prognóstico é mais sombrio nos adultos
em criança;

GNRP (Glomerulonefrite • Forma grave -> Sd. Nefrítica


crescêntica (rapidamente uma entidade clínica com características da síndrome nefrítica e
progressiva): associada à rápida e irreversível perda da função renal
lesão glomerular grave, mas • perda relativamente rápida e progressiva da função renal associada
que não denota uma à oligúria grave e a sinais de síndrome nefrítica. Se não for tratada,
etiologia específica. pode ocorrer morte por insuficiência renal em semanas a meses.
também denominada GN • Crescentes glomerulares ->:agressão inflamatória intensa leva a
crescêntica lesão capilar
• 3 tipos por Imunofluorecência:
• Depósito de anticorpo Anti-MBG (10%)
• Depósito de imunocomplexos (45%)
• Sem depósito ou Pauci-imunes (45%)

• HAS / Edema: Restrição hídrica + Dieta hipossódica + Furosemida +


Anti-hipertensivo
abordagem | exames • Retenção Azotêmica: Diálise (S/N)
• Antibióticos: Evitar que familiares peguem

A síndrome nefrótica é causada por uma alteração nas paredes capilares


glomerulares, resultando em aumento da permeabilidade às proteínas
plasmáticas.
Pacientes são particularmente vulneráveis à infecção, em particular às
infecções estafilocócicas e pneumocócicas, provavelmente devido à perda
de imunoglobulinas na urina. As complicações trombóticas e
tromboembólicas também são comuns na síndrome nefrótica, devido, em
síndrome nefrótica
parte, à perda de anticoagulantes endógenos

• crianças: quase sempre causas sistêmicas mais frequentes da


síndrome nefrótica são o diabetes melito, a amiloidose e o LES.
• adultos: causas sistêmicas mais frequentes da síndrome nefrótica são
o diabetes melito, a amiloidose e o LES.

• Proteinúria nefrótica > 3,5g/1,73m2/24h (>50 mg/kg/24h)


• seletiva: comprometimento da MBG (barreira carga) -> perde
ALBUMINA (barreira carga)
• Não seletiva (MAIORIA) -> comprometimento dos podócitos
(fendas de filtração) (barreira tamanho) -> perde ALBUMINA,
GLOBULINA, etc
• Hipoalbuminemia
• Edema generalizado
• Hiperlipidemia e Lipidúria (Aumento LDL e VLDL por compensação
hepática | Urina -> Lipidúria | Corpos graxos ovalados e cilindros
quadro clínico
graxos)

complicações:

• Fenômenos tromboembólicos -> Trombose veia renal


• Infecções: Ascite -> germes encapsulados ->PBE (S. pneumoniae, E.
coli)
• Aterosclerose acelerada
• Perda progressiva da função renal

abordagem | tratamento não se dá diurético nem antibiótico

hidronefrose causada por litíase:


hidronefrose: acúmulo de urina na pelve renal causada por litíase (obstrução de um ureter por um cálculo
renal);

• os ureteres se tornam distendidos e o paciente irá apresentar dor ao redor da ponta da nona
cartilagem costal até o final da artéria ilíaca comum (na superfície abdominal anterior). Dilatação
pode ocorrer após um curto período de tempo e, se deixado sem tratamento, pode resultar em
disfunção e possível falência renal aguda. A obstrução também pode resultar em atrofia renal.
• a obstrução renal pode ser causada pela formação de cálculos renais, ou ainda por uma convolução
extensa resultante de rins ectópicos. Cistos surgindo na junção ureteropélvica também podem resultar
em obstrução renal.

diuréticos:diuréticos são fármacos que aumentam a taxa de fluxo da urina; entretanto, os diuréticos usados
na clínica também aumentam a taxa de excreção de Na+ (natriurese) e de um ânion que o acompanha, em
geral Cl–.

• O NaCl no corpo é o principal determinante do volume de fluido extracelular e a maioria das


aplicações clínicas dos diuréticos é direcionada para reduzir o volume de fluido extracelular ao reduzir
o teor total de NaCl no corpo.
• Um equilíbrio positivo global de Na+ resultaria em uma sobrecarga de volume com edema pulmonar e
um equilíbrio negativo global de Na+ resultaria na depleção de volume e colapso cardiovascular.
• mecanismos compensatórios renais equilibram a excreção de Na+ com a sua captação, um
fenômeno conhecido como freio diurético.
• ativação do sistema nervoso simpático,
• ativação do eixo renina-angiotensina-aldosterona,
• redução da pressão sanguínea arterial (que reduz a natriurese da pressão),
• hipertrofia da célula epitelial renal,
• aumento da expressão do transportador do epitélio renal
• alterações nos hormônios natriuréticos, como o peptídeo natriurético atria (PNA)
• Os diuréticos não alteram apenas a excreção de Na+, mas também podem modifi car o controle
renal de outros cátions (p. ex., K+, H+, Ca2+, Mg2+), ânions (p. ex., Cl–, HCO3– e H2PO4–) e ácido úrico.

tiazídicos -> inibidores do simporte Na+-Cl–

• única classe de diuréticos que promove retenção de Ca²+,

indicação:

• Tratamento da hipertensão (diurético de 1 escolha)


• Osteoporose
• Tratamento de edema associados a doenças cardíacas* (ICC)
• Síndrome nefrótica*, insuficiência renal*

fármacos:

1. Hidrocloritiazida (SUS)
2. Indapamida
3. Clortalidona

efeitos adversos: O efeito anti-hipertensivo não está diretamente com a dose, MAS os efeitos colaterais tem
relação com a dose -> relacionado ao tempo de meia-vida -> quanto maior o tempo de meia-vida, maior os
efeitos adversos

• hipopotassemia: baixa de K+, necessário para a secreção de insulina (*diabéticos)


• fraqueza
• dores musculares
• arritmias ventriculares
• hipercalcemia: baixa de Ca+, mecanismo a longo prazo, resposta compensatória
• hipovolemia: diminuição do volume sanguíneo
• hiponatremia: redução da concentração plasmática de Na+ para por excesso de água em relação
ao soluto.
• hipomagnessemia: níveis baixos de Mg + magnésio no sangue
• hipofunsão sexual
fisiologia:
principais efeitos clínicos:

• Inibe o simporte de sódio e cloro (TCD)


• Natriurese e redução do volume circulante
• Canais de cálcio voltagem sensível (TRPV5)

mecanismo de ação

1. bloquear (inibir, antagonizar) a proteína transportadora de Na+ e Cl- (ENaC) no TCD, impedindo a
reabsorção e aumentando a eliminação de íons de Na+ e Cl-, causando aumentod a micção e
redução da volemia;

2.
redução da anidrase carbônica -> quebra o bicarbonato em H2o e CO2, equilíbrio do pH -> as perdas
dos íons de ácido fosfórico e bicarbonato está associada a anidrase carbônica (mais predominante
no TCP) -> tiazídico bloqueia a anidrase, causando uma LEVE eliminação de bicarbonato e ácido
fosfórico;
3.
aumento da eliminação do K+ ->
consequência da retenção do
Na+ no TCD, causando um
aumento de Na+ no lúmen. No
ducto coletor: o Na+ saí do lúmen
para a célula principal
(passivamente) e sai da célula pra
corrente sanguínea por uma
bomba sódiopotássio. Dentro da
célula, K+ é transportado para o
lúmen através de uma proteína
transportadora;
◦ quanto mais Na+ no lúmen,
mais há a troca com K+, causando o aumento da eliminação de K+;
◦ essa troca não é muito grande, cerca de 5-10% (conferir), então ainda há mais eliminação de Na+
do que reabsorção;
◦ por si só não consegue diminuir a PA, tem que ser usado em associação a outros medicamentos;

interação medicamentosa
antagonistas de aldosterona

• uso clínico
• Auxilia no tratamento de hipertensão;
• Hipopotassemia/hipomagnesemia induzido por DIU;
• Tratamento de ICC; Cirrose hepática/edema;
• Síndrome nefrótica;
• Hiperaldosteronismo;

fármaco: espirolactona
mecanismo de ação: inibição dos receptores
mineralocorticoides, regulando a expressão de
proteínas e íons induzidas por aldosterona (Na+ e
K+)

farmacocinética

• Antagonista da aldosterona
• Completa absorção
• Dose ADM pela manhã
• Ligação as proteínas de 90%
• Metabolismo hepático

efeitos adversos:

• Hiperpotassemia
• Hiponatremia
• Ginecomastia
• Irregularidade do ciclo menstrual

inibidores dos canais de Na+


fármaco: amilorida
mecanismo de ação:

• Inibidores dos canais de sódio


• Inibe os canais de NA no lúmen
• ~2-5% do Na é reabsorvido no ducto coletor
• Reduz a excreção de potássio na urina

efeito adverso grave: Risco hiperpotassemia

inibidores de anidrase carbônica


• anidrase carbônica é a enzima catalisadora
→ passo 02, na formação de CO2 por H+ e
HCO3-
• Fármacos: Acetazolamida (diamox 250mg);
Dorzolamida* (trusopt 20mg);
• Efeitos adversos: acidose
• sanguínea; litíase renal (sais de
• fosfato de cálcio); hipopotassemia
• Indicação: Edema medicamentoso,
glaucoma (apenas Dorzolamida)*, doença
da montanha (causa queda de O2 no
sangue e eleva o nível de CO2, como o
fármaco inibe a síntese de CO2, contribui
para a suavização do quadro clínico).
diuréticos de alça

atuam no Ramo Ascendente Espesso da alça de Henle inibindo o NKCC2, resultando em aumento
significativo da excreção renal de sódio. A ruptura do potencial transepitelial positivo por diuréticos de alça
também aumenta a excreção de Ca2+ e Mg2+.

• além da água, aumenta a excreção de Na+, Ca2+ e Mg2+

fisiologia:

• O ramo ascendente espesso medular da


alça de Henle absorve Na+ através de um
transportador de Na+/K+/2Cl-(NKCC2) na
membrana apical.
• A Na+/K+-ATPase bombeia sódio do
citoplasma para o interstício, e um canal
de Cl- basolateral (CLC-K2) transporta o Cl-
no interstício.
• O K+ é primariamente reciclado no espaço
urinário através de um canal de K+ luminal
(ROMK) (entra pelo transportador NKCC2 e
volta pro filtrado através da ROMK).As
atividades combinadas do ROMK apical e
do CLC-K2 basolateral resultam em uma
diferença de potencial transepitelial
positiva na luz (de aproximadamente 10
mV), que impulsiona a absorção
paracelular de cátions, incluindo Ca2+ e Mg2+.
• uma vez dentro da célula, o K+ acaba voltando pro filtrado enquanto o Cl- é reabsorvido para
o interstício;

fármaco: : furosemida

• Uso clínico
• Pacientes com doença renal crônica em estagio 4 e 5
• Insuficiência cardíaca com retenção de volume (ICC, congestão)
• Edema cerebral
• Tratamento de edema associados a doenças pulmonar
• Crise hipertensiva associado a outros anti-hipertensivos

mecanismos:

• inibição reversível e competitiva do co-transportador de Na+-K+-2Cl–, NKCC2, na membrana apical


(luminal) das células epiteliais do RAE, levando a também excretar Ca2+ e Mg2+;
• inibição fraca da anidrase carbônica no Túbulo Proximal, promovendo aumento da excreção de
bicarbonato e fosfato**

recomendação

• Não usar durante a lactação


• Oriente o paciente: fazer ingestão de água
• Deve ser evitado no pós-menopausa

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