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Fisiologia Renal - introdução


2 ureteres
PRINCIPAIS FUNÇÕES DO RIM 1 bexiga
Regulação da osmolaridade e do volume dos fluidos 1 uretra
corporais A urina é produzida pelos rins, drenada pelos
Regulação do balanço eletrolítico (Na+, Cl-, H+, HCO3 ureteres até a bexiga urinária, onde é armazenada.
-, Ca++, K+, Mg++, HPO4 -- etc) A urina é eliminada do corpo pela uretra.
Regulação do balanço ácido-base

Rins
Excreção dos produtos metabólicos e substâncias
exógenas (exemplos: ureia, ácido úrico, creatinina)
Regulação pressão arterial
Secreção de hormônios:
Calcitriol [1,25 (OH)2-Vit. D3] Os rins são órgãos pares localizados na parede
Renina posterior do abdome atrás do peritônio em ambos os
Eritropoetina lados da coluna vertebral.
Produção de substâncias bioativas (ex. O lado medial de ambos os rins contém uma incisura
prostaglandinas, adenosina, endotelina, NO, através da qual passam a artéria e a veia renal, os
bradicinina, fator de crescimento epidérmico, nervos e a pelve. No humano adulto, cada um dos
fator de crescimento tipo insulina) rins pesa entre 115 e 170 g
Excreção de catabólicos e xenobióticos (drogas)
Gliconeogênese (em jejum prolongado)
ESTRUTURAS EXTERNAS
PARÂMETROS DA FUNÇÃO RENAL A superfície externa de cada rim é envolta por uma
cápsula de tecido adiposo.
Homem adulto normal A glândula adrenal, que faz parte do sistema
endócrino, está no topo de cada rim.
Muitas estruturas entram ou saem da superfície
concava do rim, chamada região do hilo, incluindo o
Fluxo plasmático renal = 600 ml/min (900L/dia) ureter e a veia renal, que se direciona à veia cava
Passagem pelo rim várias vezes por dia
Filtração glomerular = 120mL/min (180L/dia)
Volume urinário = 1500 – 2000mL/dia (1% da FG)
o Volume urinário = ultrafiltração glomerular -
reabsorção tubular + secreção tubular
o Há grande gasto de energia
ULTRAFILTRAÇÃO OU FILTRAÇÃO
GLOMERULAR → filtrado do sangue que sai do
glomérulo para a cápsula de Bowmann para ser
excretado.
REABSORÇÃO TUBULAR → parte do que foi
filtrado pode ser reabsorvido e ir para os
capilares peritubulares
SECREÇÃO TUBULAR → o que não foi filtrado
pode ser secretado no túbulo para ser
posteriormente excretado
ESTRUTURAS INTERNAS
URINA = FG – RT + ST Composto por 3 regiões distintas → o córtex, a
medula e a pelve renal
ANATOMORFOFISIOLOGIA

Córtex Renal
COMPOSIÇÃO DO SISTEMA EXCRETOR: É a camada mais externa do rim, contém
2 rins (com glândulas suprarrenais – produtoras aproximadamente 1 milhão de néfrons (a unidade de
de hormônios) filtração renal).
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Tipos de néfrons ESTRUTURA RENAL


NÉFRONS CORTICAIS → completamente no córtex, Macroscópico:
possuem alça de Henle CURTA; grande maioria dos Córtex
néfrons; glomérulo localizado no córtex médio ou Medula externa
externo Medula interna
NÉFRONS JUSTAMEDULARES → estão no córtex e na Papila
medula; alça de Henle LONGA (ramos descendentes UNIDADE FUNCIONAL DO RIM → néfron (~1 milhão
e ascendente fino); em menor número, mas por rim)
importantes no mecanismo de concentração
urinária; glomérulo localizado no córtex interno Néfron
ARTERÍOLA AFERENTE → chegada do sangue;
diâmetro maior que a eferente; presença de células
justaglomerulares (produção de renina)
GLOMÉRULO → formado por um emaranhado de
capilares; presença de podócitos ao redor dos
capilares (abraça com seus prolongamentos
primários, secundários e finais – pedicelos formam a
barreira de filtração e uma membrana visceral)

Medula Renal CÁPSULA DE BOWMANN → deposição do


ultrafiltrado; tem um espaço (delimitado pelas
Camada interna do rim membranas parietal e visceral – pedicelos)
Localização das pirâmides triangulares renais, que TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL → tem 3
aparecem estriadas pelo arranjo paralelo dos ductos compartimentos: S1, S2 E S3 (parte reta e final);
urinários que se originam dos néfrons influência no mecanismo de absorção; a partir dele
A área entre as pirâmides é chamada de colunas chama-se líquido tubular
renais → extensão do córtex que provêm da rota de ALÇA DE HENLE → dividido em 3 segmentos: ramo
passagem dos vasos e nervos do córtex descendente, ramo ascendente fino e ramo
ascendente espesso
TÚBULO CONTORCIDO (CONVOLUTO) DISTAL →
Pelve renal presença da macula densa (segmento inicial do
túbulo distal; relação com as arteríolas aferentes e
É a região de afunilamento da superfície dos cálices eferentes; detecta a presença de NaCl no fluído)
renais TUBO COLETOR → possui região cortical, medular
Coleta a urina das pirâmides e confluem para o interna e medular externa
ureter
CAMINHO DO FILTRADO
Sangue chega pela arteríola aferente, formando o
ultrafiltrado na cápsula de Bowmann (espaço);
encaminhado para o túbulo contorcido (convoluto)
proximal
O que não foi filtrado sai pela arteríola eferente
O diâmetro da arteríola AFERENTE é MAIOR que o da
arteríola EFERENTE
O ultrafiltrado tem a mesma constituição do plasma
sem proteínas de grande peso molecular (da
albumina para cima; tem na urina, mas em pequena
quantidade)

OBS: se a albumina (regulação da pressão oncótica) for


muito filtrada, há alguma patologia no rim
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Pressão hidrostática se mantem no capilar
SUPRIMENTO SANGUÍNEO RENAL glomerular
Quando as veias renais são removidas e os rins A diferença entre os diâmetros das arteríolas
recebem um corte frontal, podemos ver a artéria aferentes e eferentes que possibilitam as diferentes
renal e suas conexões com a aorta abdominal. pressões oncóticas
Após a artéria renal estão as artérias lobares e
segmentares. Variação da pressão hidrostática nos
Juntos, estes vasos promovem um rico suprimento
sanguíneo sobre alta pressão que são vasos sanguíneos renais
continuamente filtrados.

INERVAÇÃO RENAL
Porção do Sistema Autônomo que age no rim é o
Sangue segue da medula até o córtex → glomérulo simpático toracolombar → atinge artérias, arteríolas
está no córtex; e túbulo proximal; ramos do simpático toracolombar
Não há inervação parassimpática
As FIBRAS SIMPÁTICAS se distribuem pelas artérias,
arteríolas aferentes e eferentes e túbulos proximais,
liberando norepinefrina e dopamina junto a essas
estruturas
A inervação simpática renal tem três principais
efeitos:
As catecolaminas causam vasoconstrição
as catecolaminas provocam grande aumento da
reabsorção tubular proximal de Na+
Devido à pronunciada inervação simpática
junto às células justaglomerulares do aparelho
justaglomerular, o aumento da atividade
simpática causa intensa estimulação da
secreção de renina

ARTÉRIA RENAL ➔ ARTÉRIAS SEGMENTARES ➔ Estrutura dos Néfrons


ARTÉRIAS LOBARES ➔ ARTÉRIAS INTERLOBARES
➔ ARTÉRIAS ARQUEADAS ➔ ARTÉRIAS
Segmentos tubulares
INTERLOBURARES ➔ ARTERÍOLA AFERENTE ➔ O corpúsculo renal é formado pelos capilares
CAPILARES GLOMERULARES ➔ ARTERÍOLA glomerulares e pela CÁPSULA DE BOWMAN.
EFERENTE ➔ VASOS RETOS A água e os solutos passam do sangue para a
cápsula de Bowmann e fluem para o TÚBULO
Artérias arqueadas → ficam na base da pirâmide CONTORCIDO PROXIMAL (TCP).
Arteríola aferente → capilares glomerulares, onde Após várias curvas, o túbulo proximal em sua parte
ocorre a filtração; estão no córtex final é reto, que desce em direção á medula.
Ultrafiltrado se deposita na cápsula de Bowmann O próximo segmento é ALÇA DE HENLE, que é
Vasos retos → são os capilares que seguem a alça de formada pelo RAMO FINO DESCENDENTE, pelo
Henle (longa) dos néfrons justamedulares; são ramos RAMO FINO ASCENDENTE (em longas alças) e RAMO
da arteríola aferente junto com os capilares ESPESSO ASCENDENTE.
peritubulares No final do ramo espesso ascendente, o néfron passa
entre as arteríolas aferentes e eferentes, este
CAPILARES PERITUBULARES ➔ VEIAS pequeno segmento é chamado MÁCULA DENSA.
INTERLOBULARES ➔ VEIAS ARQUEADAS → VEIAS O TÚBULO CONTORCIDO DISTAL (TCD) se inicia
INTERLOBARES → VEIAS LOBARES → VEIAS após a mácula densa e se estende para o córtex
SEGMENTARES → VEIA RENAL onde dois ou mais néfrons se unem para formar o
DUCTO COLETOR CORTICAL (DCC)
Filtração glomerular não gasta energia, mas O DCC entra na medula e torna-se DUCTO COLETOR
depende de duas pressões hidrostática e oncótica MEDULAR EXTERNO, e em seguida DUCTO COLETOR
ou coloidosmótica; ocorre pela diferença de pressão INTERNO.
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Esses túbulos originam as pirâmides para formar os
cálices e a pelve renal
PRINCÍCIPOS
FILTRADO → o que foi absorvido no glomérulo

REABSORÇÃO TUBULAR → é o movimento de água e


solutos do lúmen tubular para o sangue; o que foi
absorvido no glomérulo, foi para o túbulo proximal e
de lá passou para os capilares peritubulares; não
aparece na urina, volta para o sangue; independente
do mecanismo)
É um processo altamente seletivo e fundamental
para algumas substâncias como o Na +, Cl-, HCO3-
, PO42--, Ca2+, Mg2+, glicose, a.a., água
Túbulo proximal é o principal local de
reabsorção (soluto e água) → grande absorção
de água reduz drasticamente o volume do
filtrado

Formação da urina
SECREÇÃO → movimentação de solutos do sangue
para o lúmen tubular ou, de substâncias produzidas
nas células tubulares, do interior destas para o
lúmen tubular; o que não foi absorvido no glomérulo,
Depende de 3 processos → filtração, reabsorção e passou para a arteríola eferente e capilares
excreção peritubulares, de lá voltou para o túbulo proximal; vai
para o tubo coletor e vai para a urina
EXCREÇÃO URINÁRIA = FILTRAÇÃO – REABSORÇÃO + É um processo importante para algumas
SECREÇÃO substâncias  H+, K+, NH4+

A formação da urina começa com a filtração, dos O que está no lúmen é o que foi filtrado mais o que
capilares glomerulares para a cápsula de Bowmann, foi secretado
de grande quantidade de um líquido virtualmente Os outros locais absorvem mais solutos, volume do
isento de proteínas de grande peso molecular filtrado tem menores mudanças
É um movimento relativamente não seletivo, pois
depois ocorre reabsorção de alguns elementos Exemplo: glicose é filtrada no glomérulo, mas no túbulo
(depende do peso e carga) proximal é reabsorvida e vai para o sangue

FILTRAÇÃO = TFG X [PLASMÁTICA] OBS: diabéticos tem glicose na urina porque o


glomérulo absorve mais glicose que o túbulo contorcido
A ação coordenada dos vários segmentos do nefro proximal consegue reabsorver
determina a quantidade de substâncias que
aparecem na urina OBS: REABSORÇÃO E SECREÇÃO GASTAM ENERGIA

~ 20% do débito cardíaco (0,125L/min) é recebido


pelos rins
~ 180L de ultrafiltrado glomerular são formados
diariamente.
Apenas 1% do volume filtrado (1,5L) é excretado na
forma de urina por dia
99% do filtrado glomerular retorna ao sangue devido
à reabsorção pelos capilares peritubulares
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MECANISMO DE TRANSPORTE Depuração renal de substâncias hipotéticas


Os mecanismos envolvidos na REABSORÇÃO e
SECREÇÃO renais são os mecanismos gerais de
transporte de solutos através de membranas
celulares e incluem:
DIFUSÃO SIMPLES (ureia, CO2)
DIFUSÃO FACILITADA (glicose e ureia)
TRANSPORTE ATIVO PRIMÁRIO (Na+, K+, H+, Ca²+)
TRANSPORTE ATIVO SECUNDÁRIO (Cl-, K+,
glicose, H+, HCO³-, a.a)
PINOCITOSE (proteínas)
OSMOSE (água)

Tipo celular de cada região


Características das células e presenças de organelas
se relacionam com o tipo de transporte realizado
SUBSTÂNCIA A → apenas filtração, nada é reabsorvido
nem secretado; o resto retorna para o sangue

Excretada por filtração glomerular


Marcadores de filtração glomerular
Modo para analisar o funcionamento do rim

Exemplo: creatinina; inulina

SUBSTÂNCIA B → parte é filtrada, parte é reabsorvida e


parte é excretada

Exemplos: Na+, bicarbonato, água (maioria das


substâncias)

ULTRAESTRUTURA DO NÉFRON
Células do túbulo proximal têm muitas mitocôndrias
e têm microvilosidades
Células da alça de Henle descendente tem poucas
mitocôndrias, não precisam de microvilosidades,
absorção de água
Células da alça de Henle ascendente tem mais
mitocôndrias
Células do túbulo distal
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SUBSTÂNCIA C → livremente filtrada e é totalmente
reabsorvida, nada é excretado

Exemplo: glicose (condições normais)


Micção
SUBSTÂNCIA D → livremente filtrada, não é reabsorvida Esvaziamento da bexiga quando cheia
(nada segue no sangue) e é totalmente excretada Envolve DUAS ETAPAS PRINCIPAIS:
Enchimento progressivo da bexiga até a tensão
Usada para analisar quanto de sangue chegou
atingir um limiar
no rim
Reflexo da micção (reflexo autônomo; esvazia a
Exemplo: PAH (para-amino-hipurato)
bexiga)

CLEARANCE (DEPURAÇÃO) BEXIGA


Método de avaliação da função renal
A bexiga é câmara de músculo liso, composta por
É um fluxo por minuto
duas partes principais:
Substância filtrada (creatinina – creat.); ml/min
CORPO → parte principal da bexiga e onde a
[𝒄𝒓𝒆𝒂𝒕. 𝑼] 𝒙 𝑽 𝒖𝒓𝒊𝒏𝒂 𝒅𝒆 𝟐𝟒𝒉 urina é armazenada
𝒄𝒍𝒆𝒂𝒓𝒂𝒏𝒄𝒆 𝒅𝒆 𝒄𝒓𝒆𝒂𝒕𝒊𝒏𝒊𝒏𝒂 = COLO → extensão afunilada do corpo, passa
[𝒄𝒓𝒆𝒂𝒕. 𝑺]𝒙 𝟐𝟒𝒉 pelo triângulo urogenital e conecta-se com a
U = urina uretra
S = sérico O músculo liso vesical é chamado músculo detrusor
→ sua contração é a etapa principal no
↓ função renal = ↑ creatinina no sangue = ↓ clearance esvaziamento da bexiga

Inervação da Bexiga Os nervos pélvicos contêm fibras sensoriais e


motoras
As fibras sensoriais detectam o grau de
distensão da parede vesical
As fibras motoras do nervo pélvico são fibras
parassimpáticas
o Fibras motoras do nervo pudendo → são
fibras somáticas; inervam e controlam o
músculo esquelético voluntário do esfíncter
externo da bexiga

REFLEXO DA MICÇÃO
No enchimento da bexiga, os reflexos de micção
ficam mais frequentes e causam maiores contrações
do músculo detrusor
REFLEXO AUTORREGENERATIVO → a contração
inicial da bexiga ativa a geração de mais estímulos
O principal suprimento nervoso da bexiga é feito
sensoriais pelos receptores de estiramento da
pelos nervos pélvicos que se conectam à medula
espinal pelo plexo sacro, principalmente, ligando-se parede da bexiga e da uretra posterior
a S2 e S3
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Conforme a bexiga fique cada vez mais cheia, o
reflexo da micção fica mais frequente e eficaz
Produz outro reflexo para relaxar o esfíncter externo
através dos nervos pudendos
Quando o reflexo de relaxamento do esfíncter
externo é mais potente que a inibição voluntária, a
micção ocorre.

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