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Forças principais de
Separador Superfícies de separação
separação
Separador ciclônico Centrífuga Cilíndrica
Filtro eletrostático Eletrostática Plana e cilíndrica
Cilíndrica composta de material têxtil
Filtro de mangas Interceptação direta
e a “torta” de partículas.
Inercial Esférica ou irregular.
Lavador de gás
Difusional
(scrubber)
Intercepção direta
Vazão de gás Qo
Emissão de paticulados ε
Particulados removidos Y
Qo .co – Y = ε
c o −c Q o ⋅c o − ε ε
E= = = 1− (5.1)
co Qo ⋅ co Q o ⋅c o
n
E =∑ E f i ⋅∆ f i (5.2)
i =1
Sendo:
Efi - Eficiência por frações: eficiência de separação das partículas com diâmetro dpi;
∆fi - Fração em massa de particulados de diâmetro dpi.
A Figura 5.3 ilutra estas duas formas de cálculo da eficiência de separadores de
particulados.
Outros conceitos importantes são:
• Penetração: Fração em massa dos particulados de diâmetro dpi que não são
separados pelo separador, ou seja que passam através do mesmo.
Pi = 1 − E f i
(5.3)
ε c
P= = =1− E (5.4)
Qo ⋅ co co
• Diâmetro de corte (dpc): Diâmetro das partículas que são separadas com 50 % de
eficiência, ou seja Efi = 0,5.
(
E f i =1 − exp −α ⋅d mpi ) (5.5)
ln (2 ) 0,693
α= = m (5.6)
d mpc d pc
Silva E., Controle da Poluição do Ar na Indústria Açucareira 78
⎡ ⎛ d pi ⎞ ⎤
m
Seção de entrada
SEPARADOR
Seção de saída
C 0 − C 850,0 − 126,6
E= = = 0,851
Co 850,0
Seção de entrada
SEPARADOR
Seção de saída
Eficiência total, %
Tipo de separador
Pó grosso Pó fino Pó superfino
Ciclones de média eficiência. 84,6 65,3 22,4
Ciclones de alta eficiência. 93,9 84,2 52,3
Lavador tipo Venturi de médio consumo de
99,94 99,8 99,3
energia.
Lavador tipo Venturi de alto consumo de
99,97 99,9 99,6
energia.
Filtro de mangas com limpeza por
99,97 99,92 99,6
sacudimento mecânico.
Filtro de mangas com limpeza por pulso-jet
99,98 99,95 99,8
inverso.
Precipitador eletrostático. 99,5 98,5 94,8
As Tabelas 5.4 e 5.5 apresentam alguns dados úteis para a seleção do
equipamento de separação de particulados. OGAWA (1983), apresenta outros
parâmetros e características de separadores de particulados (Tabela 5.6).
Tabela 5.4 - Comparação qualitativa de separadores de particulados.
Tipo de separador
Avaliação Filtros de Precipitadores
Ciclones Lavadores de gás
mangas eletrostáticos
• Baixo custo; • Pode tratar • Alta eficiência; • Alta eficiência;
• Operação a particulados • Pode separar • Pode tratar
altas inflamáveis e uma grande grandes volumes
temperaturas; explosivos; variedade de de gases com
• Baixo custo de • Absorção e particulados; uma pequena
manutenção remoção de • Projeto modular; queda de
(não tem partes particulados no • Baixa queda de pressão;
móveis). mesmo pressão. • Separação seca e
Vantagens
equipamento; úmida;
• Variada eficiência • Ampla faixa de
de remoção; temperaturas de
• Neutralização de operação;
gases e particulados • Baixos custos de
corrosivos; operação.
• Resfriamento dos
gases.
• Baixa • Corrosão; • Ocupa uma área • Alto custo de
eficiência • Poluição secundária considerável; investimento;
(dc < 5-10 µm); (um efluente líquido • Dano às mangas • Não controla
• Alto custo de a tratar); por altas emissões
operação • Contaminação das temperaturas e gasosas;
(queda de partículas (não gases • Pouca
Desvanta-
pressão). recicláveis). corrosivos; flexibilidade;
gens
• As mangas não • Ocupa um
operam em grande espaço;
condições • É afetado pela
úmidas; resistividade das
• Perigo de fogo e cinzas.
explosão.
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Grau de
φ (a)
∆p (b)
limpeza η (c) T (d)
Equipamento IC (e) CO (f) ∆P (g)
esperado
µm mmH2O % % °C
80 (φ<20)
Ciclones >10 25-75 85 500 1 1 1
80 (φ>50)
Torres de 98 (φ>5)
>3 50-175 95 200-250 2 2-3 0,3
nebulização 50 (φ<3)
Lavadores tipo 90-95
>3-1,0 375-750 99 200-250 2-3 3-4 3-4
Venturi (φ<5)
95-99
Filtros de manga >0,5-1,0 25-250 99 200-250 8-10 2-3 0,8
(φ<5)
Separadores 80-99,9
>0,001 6-12 99 500 10-15 1-2 0,3
Eletrostáticos (φ<5)
a) Dimensões das partículas;
b) Queda de pressão;
c) Eficiência global para um pó típico;
d) Temperatura máxima do gás;
e) Investimento de capital relativo ao ciclone;
f) Custo de operação relativo ao ciclone;
g) Consumo médio de potência relativo ao ciclone.
L p ⋅b p ⋅h p
d pi = (5.8)
3
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d pi =3 L p ⋅b p ⋅h p
(5.9)
Forma
Outra característica importante que pode afetar o fluxo gás-sólido é a forma das
partículas, caracterizada pela esfericidade das mesmas φs:
Fs
φs = (5.10)
Fp
Densidade
A força de resistência (FD) é a força líquida exercida pelo fluido sobre a partícula
na direção do movimento. Pode-se calculá-la utilizando a lei de Stokes:
u 2r
FD =3 ⋅π ⋅ µ ⋅ d p ⋅ u r = CD ⋅ A p ⋅ρp ⋅ (5.11)
2
Sendo:
CD- Coeficiente empírico de resistência;
Ap- Área projetada da partícula (secção transversal) na direção normal ao fluxo, m2;
ur- Velocidade relativa entre o fluido e a partícula, m/s;
µ-- Viscosidade do fluido, kg/(m.s);
ρp- Densidade da partícula, kg/m3;
dp– Diâmetro da partícula, m;
π u2
FD = ⋅ CD ⋅ρp ⋅ d 2p ⋅ r (5.12)
4 2
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Quando as dimensões das partículas são comparáveis com o percurso livre das
moléculas de um gás é necessário levar em conta o efeito de “discontinuidade” do meio
gasoso. Isto se realiza por meio do fator de correção de Cunningham ou fator de
deslizamento Cc, que entra na equação de Stokes:
3⋅ π ⋅µ ⋅ u r ⋅ d p
FD = (5.13)
Cc
⎡ ⎛ 1,10 ⎞⎤
Cc =1+ K n ⋅⎢1,257 + 0,40⋅ exp⎜⎜ − ⎟⎟⎥ (5.14)
⎣⎢ ⎝ K n ⎠⎦⎥
λg
K n =2 (5.15)
dp
0,1145 ⋅µ
λg = , (5.16)
M
P g⋅
Tg
Sendo:
tangencial do gás e a rotação do mesmo dentro do ciclone, do que quando é criada por
meio de pás direcionadoras, como no caso dos ciclones do tipo axial. A disposição de
vários ciclones em paralelo, chamados de multiciclones, permite empregar células de
alta eficiência com menor diâmetro e maior velocidade de entrada do gás.
a) b) c)
a) Com entrada tangencial e fluxo em retorno;
b) De fluxo axial;
c) Com entrada axial e fluxo em retorno.
5.2.2- Dimensionamento
adimensionais tipo ka = la/D, kb = b/D. Na Tabela 5.7 são apresentados os valores destas
relações adimensionais para ciclones de alta eficiência e de propósito geral
(convencionais), obtidos por diferentes autores para configurações que têm demonstrado
serem práticas e efetivas (Koch e Licht, 1977).
a
D= (5.18)
ka
Silva E., Controle da Poluição do Ar na Indústria Açucareira 86
[Q ]2
1
⎡ 0, 4 ⎤
1/ 3 ⎢ ⎛⎜ b ⎞⎟ ⎥
⎡ g⋅ µ⋅ ρp ⎤ ⎢ D ⎥
⋅ ⎢ ⎝ ⎠ 1 ⎥ ⋅ D0,067 ⋅(u t )3
2
u s = 5,3078⋅ ⎢ ⎥ m/s (5.20)
⎢⎣ ρg ⎥⎦
2
⎢⎛ b ⎞3 ⎥
⎢ ⎜1 − ⎟ ⎥
⎣⎝ D ⎠ ⎦
5.2.3- Cálculo da eficiência
Este modelo é válido para ciclones com D > 0,203 m e não é aplicável a
equipamentos que trabalham com altas pressões. Considera a influência de 3 fatores: a
forma do ciclone, a natureza do fluxo gás/sólido e a distribuição da velocidade
tangencial do gás. A equação principal do modelo é:
(
E f i =1−exp − M ⋅ d pN ) (5.21)
Sendo:
N
⎡ K ⋅ Q ρ ⋅ (n +1) ⎤ 2
M =2 ⋅ ⎢ 3 ⋅ p ⎥ (5.22)
⎢⎣ D 18⋅ µ g ⎥⎦
1
N= (5.23)
n +1
[ ]
0,3
⎛ T ⎞
n =1− 1− 0,67 ⋅ (D ) ⋅⎜ ⎟
0 ,14
(5.24)
⎝ 283 ⎠
u T ⋅ R n ≈ constante (5.25)
( n +1)
⎛ 0,6931 ⎞
d pc = ⎜ ⎟ (5.26)
⎝ M ⎠
π⋅D 2 ⎧⎪ ⎡ ⎛ D e ⎞ ⎤ ⎛ s a ⎞ 1 ⎛ s + L − h ⎞ ⎛ d c d c2 ⎞ h ⎛ D e ⎞ L s ⎫⎪
2 2
K= ⎨2 ⋅ ⎢1 − ⎜ ⎟ ⎥⋅⎜ − ⎟+ ⋅ ⎜ ⎜ ⎟
⎟ ⋅⎜1 + + 2 ⎟+ −⎜ ⎟ ⋅ − ⎬ (5.27)
a ⋅ b ⎪⎩ ⎢⎣ ⎝ D ⎠ ⎥⎦ ⎝ D 2 ⋅ D ⎠ 3 ⎝ D ⎠⎝ D D ⎠ D ⎝ D ⎠ D D ⎪⎭
Sendo:
L- comprimento natural do ciclone. É a maior distância na qual o vórtex de gás
estendesse por baixo do duto de saída do gás.
1
⎛ D2 ⎞ 3
L = 2,3 ⋅De ⋅ ⎜⎜ ⎟⎟ (5.28)
⎝ a ⋅ b ⎠
d c =D−
(D − B) ⋅(s+ L−h ) (5.29)
(H − h )
Se o comprimento natural do ciclone excede (H-s) na equação para o cálculo de
K, L deve ser substituído por (H-s) e dc por B.
Equações de Lapple
Sendo:
NT- Número efetivo de voltas que o fluxo de gás realiza no ciclone.
Silva E., Controle da Poluição do Ar na Indústria Açucareira 89
Vciclon
( ) ⋅ u T1
Q
Nt = (5.31)
π⋅D
π ⎧⎡ (H − h ) ⎤ ⎡ D3 − B3 ⎤ 2 ⎫
Vciclon = ⋅ ⎨⎢ ⋅ ⎢ ⎥ + ⋅ − ⋅ 2
⋅ ⎬
4 ⎩⎣ (D − B) ⎥⎦ ⎣ 3 ⎦
D h 2 D e a (5.32)
⎭
Sendo:
ρg- Densidade da corrente gás-partícula, g/cm3;
NH- Carga de velocidade na entrada.
• Torres de nebulização
• Instalacões de leito empacotado;
• Lavadores Venturi.
• Lavadores de bandejas;
• Lavadores com empacotamento maciço;
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Relação água/ar [QL/QG]- É a relação entre o fluxo de água utilizado para a limpeza do
gás e o fluxo de ar que está sendo limpo, geralmente se expressa em L/m3. É o
parâmetro mais importante do lavador de gás, conjuntamente com a queda de pressão no
equipamento.
• Lavadores de bandejas: São construídos na forma de torre vertical com uma ou mais
bandejas perfuradas em seu interior (Figura 5.10). A lavagem do gás acontece
durante o contato do mesmo com as gotas de água no volume do lavador e durante o
burbulhamento na camada de água que cobre as bandejas. A eficiência de separação
aumenta com a diminuição do diâmetro dos orifícios das bandejas. Para orifícios de
3,2 mm o diâmetro de corte é de dpc = 1,0 µm (Calvert, 1984);
• Sprays pré-formados: Neste tipo de lavador de gás o líquido entra na garganta do
Venturi já atomizado por um sistema de bocais (Figura 5.11). A eficiência de
separação de particulados é função do tamanho e trajetória das gotas, da velocidade
do gás e da relação líquido/gás. O diâmetro das gotas de água é de 100-500 µm, o
diâmetro de corte dpc = 0.7-2.0 µm, e a relação líquido/gás 4-13 l/m3 (Calvert,
1984);
• Sprays atomizados por gás: É o mais comum dos lavadores tipo Venturi. A
nebulização do líquido é causada pelo próprio gás, que alcança uma velocidade na
garganta do Venturi de 60-120 m/s (Figura 5.12). O diâmetro de corte nestes
equipamentos é dpc = 0,1-0,4 µm.
Silva E., Controle da Poluição do Ar na Indústria Açucareira 92
a) b)
a) Bandeja com bubblecaps
b)Bandeja perfurada.
Água
Ar Ar
Garganta
do Venturi
Vo
Bocal
Vg nebulizador
Figura 5.11- Lavador Venturi com spray pré-formado por bocais pneumáticos.
Figura 5.12- Esquema dos processos que acontecem num lavador tipo Venturi
(spray nebulizado pelo gás). Cortesia da empresa Lodge Sturtevant.
⎛ 3⋅ Ql ⋅ Vtd ⋅ Z ⋅ηi ⎞ ⎛ ⎞
Pti =exp⎜ − ⎟=exp⎜ −0,25⋅ A d ⋅ Vtd ⋅ ηi ⎟
⎜ 4 ⋅Qg ⋅ rd ⋅ (Vtd − Vg ) ⎟
(5.35)
⎜ Qg ⎟
⎝ ⎠ ⎝ ⎠
Onde:
2
⎛ Kp ⎞
η i =⎜ ⎟ (5.36)
⎜ K +0,7 ⎟
⎝ p ⎠
C ⋅ρp ⋅ d 2p ⋅ ν p
Kp = (5.37)
9 ⋅µ G ⋅ Dd
Dd ⋅ (ρd −ρg )⋅ g
2
ν td = (5.38)
18000000 ⋅ µg
Como resultados dos cálculos pode-se determinar o diâmetro médio ótimo das
gotas de água no lavador de gás (Figura 5.13) e a dependência do diâmetro de corte do
cumprimento da zona de contato gás/liquido Z para diferentes diâmetros médios das
gotas de água (Figura 5.14).
Silva E., Controle da Poluição do Ar na Indústria Açucareira 95
Figura 5.13- Determinação do diâmetro médio ótimo das gotas de água num
lavador de gás.
⎡ 1.932
⎤
9 ⎛ QL ⎞
⎢42,19 + 3,6 ⋅10 ⋅ ⎜⎜ ⎟ ⎥
⎟
⎢⎣ ⎝ Q G ⎠ ⎥⎦
Dd = (5.39)
Vg1.602
Sendo:
Dd - Diâmetro das gotas de água logo após a nebulização, µm;
vg- Velocidade média da mescla gás/água no Venturi, m/s (valor entre 30,4 e 91,4);
QL
- Relação fluxo de líquido / fluxo de gás, m3L/ m3G (valor entre 0,0006012 e
QG
0,0024048).
vg – 0,752 vgarg
Onde
vgarg- Velocidade do gás na garganta do Venturi;
0 , 45
⎡ µD ⎤
1, 5
585000 σ ⎛Q ⎞
Dd = ⋅ + 53207681 ⋅⎢ ⎥ ⋅⎜⎜ L ⎟⎟ (5.40)
Vrel ρD ⎣⎢ σ ⋅ρ D ⎦⎥ ⎝ QG ⎠
Sendo:
• Calvert recomenda f = 0,25 para partículas hidrófobas; f = 0,4 – 0,5 para partículas
hidrofílicas; f = 0,5 para lavadores Venturi de grande escala.
• Calvert em seu livro “Scrubber Handbook” realiza todos os cálculos para f = 0,25.
• Um estudo de Rudnick et al. (1986) mostrou que com o valor f = 0,31 obtém-se um
ajuste muito melhor que com 0,25.
⎡ 2 Q ρ ⋅D ⎤
Pt i =exp⎢ ⋅ L ⋅ d d ⋅ Vg arg ⋅ F(K pti ⋅ f )⎥ (5.44)
⎢⎣ 55 Q G µ g ⎥⎦
Unidades:
QL
- m3/m3;
QG
ρd- kg/m3;
Dd
- m;
µg- kg/m.s;
Vgarg- m/s.
E f i =1−Pt i (5.45)
8- A eficiência total.
m
E t = ∑ E fi ⋅ ∆f i (5.46)
i =1
Método de Johnstone
⎡ 0,5 ⎤
E f i =1−exp⎢− 0,1337 ⋅ k⋅ L ⋅(ϕ i ) ⎥
Q
(5.47)
⎣ QG ⎦
d 2p ⋅ ρ p ⋅ Vg arg
ϕ i = 0,03387 ⋅ (5.48)
µg ⋅ Dd
Sendo:
ϕ1 - Parâmetro de impacto inercial (adimensional);
k - Coeficiente de correlação (valores entre 7,48 e 14,96 m3/m3).
Unidades:
ρp- kg/m3;
Vgarg- m/s;
µg- kg/m.s;
Dd - µm.
Licht (1988) propõe um método geral para o projeto de lavadores tipo Venturi
que consta dos seguintes passos:
1. Selecione, na faixa de valores usualmente utilizados, um par de valores para QL/QG e
Vgarg;
2. Com base nestes valores calcule o diâmetro Sauter das gotas de água D d através das
equações vistas anteriormente no texto;
3. Para o valor selecionado de Vgarg e o calculado de D d calcule Red e Cd.
24 3,60
C D1 = + 0,313 (5.50)
Re D1 Re D1
Q L ⋅ ρd
4. Utilizando os valores determinados no ponto 3, calcular B = , (5.51)
QG ⋅ ρ g ⋅ Cd
5. Selecione uma dimensão de partícula dpi e calcule o valor do fator de Cunningham
Cci;
C ci ⋅ ρ g ⋅ d 2pi ⋅ (Vg arg − Vd )
6. Para esta partícula, calcular K pti = ; (5.52)
9 ⋅ µ g ⋅ Dd
Silva E., Controle da Poluição do Ar na Indústria Açucareira 99
3⋅ C D ⋅ ρ g
L= ⋅ l g arg (5.53)
2⋅ D d ⋅ ρ D
u g arg =
Vd
Vt
(
= 2 ⋅ 1− X2 + X ⋅ X2 −1 ) (5.54)
3⋅ x ⋅ C d ⋅ ρ g
Onde o valor de X calcula-se como X = + 1 e x = l g arg (5.55)
16 ⋅ D d ⋅ ρ d
lnPi
=
1
B K il (1 − u t ) + 0,7
[
4 K il (1 − u t ) + 4,2 (1 − u t )
1, 5 0,5
]
⎡ 0,5 ⎛ 0,7 ⎞ −1 ⎛ (1 − u t ) K il ⎞ ⎤
0,5
1
− ⎜
⎢5,02 K il ⎜1 − u t + ⎟ tan ⎜ ⎟ ⎥ (5.56)
K il (1 − u t ) + 0,7 ⎣⎢ ⎝ K il ⎟⎠ ⎝ 0,7 ⎠ ⎦⎥
1 ⎡ 0,5 ⎛ 0,7 ⎞ −1 ⎛ K il ⎞ ⎤
0,5
− ⎢ il
4 K + 4,2 − 5,02 K il ⎜⎜ 1 + ⎟
⎟ tan ⎜ ⎟ ⎥
K il + 0,7 ⎣⎢ ⎝ K il ⎠ ⎝ 0,7 ⎠ ⎦⎥
• Dá-se uma descarga elétrica nas partículas, forçando-as a passar através de uma
coroa (região de ionização do gás). O efeito coroa é produzido pelos eletrodos de
descarga, mantidos com alta voltagem no centro do fluxo de gás;
• Deposição das partículas nos eletrodos coletores e remoção dos mesmos por
sacudimento dos eletrodos ou lavagem com água.
Nos precipitadores de placa e arame o fluxo de gás passa entre placas metálicas
paralelas. Os arames suspensos entre as placas constituem os eletrodos de descarga de
Silva E., Controle da Poluição do Ar na Indústria Açucareira 102
alta voltagem. Os eletrodos geralmente recebem uma polaridade negativa, já que uma
coroa negativa suporta uma voltagem maior que uma positiva antes que ocorra a
descarga. Os íons gerados na coroa seguem as linhas do campo elétrico desde os arames
até as placas coletoras. Assim cada arame estabelece uma zona de carga através da qual
passam as partículas, absorvendo parte dos íons. A Figura 5.20 mostra detalhes
construtivos dos eletrodos de descarga e coletores.
Figura 5.22- Disposição das agulhas nas bordas da placa coletora de alta voltagem
e fotografia do efeito coroa criado ao aplicar corrente à placa
(Cortesia da United McGill).
A resistividade das partículas é um dos fatores que mais afeta a eficiência dos
precipitadores eletrostáticos. As partículas depositadas sobre as superfícies coletoras
devem possuir ao menos uma condutividade elétrica pequena, afim de conduzir as
correntes de íons da coroa à terra. Caso contrário aparece um campo elétrico no material
depositado nos eletrodos coletores, por causa da passagem dos íons através da camada
de material para alcançar o eletrodo. Este fenômeno pode chegar a provocar uma coroa
inversa ou re-ionização das partículas (Figura 5.25) que afeta o processo de carga das
partículas e em consequência a eficiência do precipitador.
Para resistividades maiores de 2.1011 ohm.cm começa aparecer o efeito de coroa
inversa (Turner, 1988), fazendo-se necessário reduzir a voltagem e a corrente para
diminuir o excessivo cintilar. Evidentemente que a redução da voltagem e da corrente
provoca a diminuição da eficiência de separação. Segundo Keifer o projeto da placa
coletora da United McGill permite a operação eficiente com particulados de
resistividade 8.104 – 5.1011 ohm.cm.
⎡ A c ⋅ U ti ⎤
η(d pi )=1 − exp⎢− ⎥ (5.57)
⎣ Q ⎦
Sendo:
Uti- Velocidade terminal da partícula no campo elétrico;
dpi- Diâmetro da partícula;
Ac- Área total de eletrodos coletores;
Q- Fluxo volumétrico de gás.
A c ln(1 −ηt )
SCA= =− (5.58)
Q We
Fonte de Eficiência %
particulados (a) 95 99 99,5 99,9
sem CI com CI sem CI com CI sem CI com CI sem CI com CI
Carvão
0,126 0,031 0,101 0,025 0,093 0,024 0,082 0,021
betuminoso
Outros tipos de
0,097 0,029 0,079 0,022 0,079 0,021 0,072 0,019
carvão
Incineradores 0,153 0,114 0,106 0,094
a) Cinza volátil com uma temperatura de 420 K para carvão e de 530 K em incineradores;
CI, Coroa Inversa.
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Eficiência %
Fonte de particulados
95 99 99,5 99,9
Cinza volátil de carvâo betuminoso 0,314 0,330 0,338 0,249
Cinza volátil de outros tipos de carvão 0,400 0,427 0,441 0,314
Eficiência %
Fonte de particulados
95 99 99,5 99,9
Cinza volátil de carvão betuminosoa 0,132 0,151 0,186 0,160
Cinza volátil de outros tipos de carvãoa 0,155 0,112 0,151 0,135
Cinza volátil de incineradoresb 0,252 0,169 0,211 0,183
a) A uma temperatura de 420 K e sem coroa inversa;
b) A uma temperatura de 395 K e sem coroa inversa.
⎛ Indice Pr e sen te ⎞
Custo Pr e sen te = Custo Antigo ⋅ ⎜ ⎟ (5.59)
⎜ Indice ⎟
⎝ Antigo ⎠
b
⎛ Capacidade B ⎞
Custo B =Custo A ⋅⎜⎜ ⎟⎟ (5.60)
⎝ Capacidade A ⎠
Equipamento b
Ciclones 0,65
Multiciclones 0,65
Torres de atomização 0,62
Venturi de baixo consumo de energia 0,76
Venturi de alto consumo de energia 0,72
Precipitadores 0,62
Filtros de mangas 0,60
EC=57800 ⋅[a⋅ b]
0 , 903
,$ (5.61)
Sendo:
a- Altura da seção de entrada do ciclone;
b- Largura da seção de entrada do ciclone.
Silva E., Controle da Poluição do Ar na Indústria Açucareira 111
Sendo:
Nc - Número de ciclones.
0,7
0,6
Milhões de US$
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0,0
0 20 40 60 80
Vazão de gás, Nm3/s
EC=a ep ⋅A c ep
b
(5.63)
Tabela 5.20- Valores dos coeficientes aep e bep para a determinação do custo de
investimento em precipitadores eletrostáticos (Turner et al., 1988).
REFERÊNCIAS
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ε
o3SEPARADO
Emissão
c]-[g/m
limpo
Gás
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QcCdede
Particulados
removidos
Q
gás
Vazão
YQ=
particulados
R
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