Você está na página 1de 54

Higiene e Segurança no Trabalho

NORMAS REGULAMENTADORAS 15, 19 e 20

1
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres

• São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem:

- acima dos limites de tolerância para exposição a:


ruídos;
calor;
radiação ionizante;
agentes químicos.
- sob condições hiperbáricas.
- agentes químicos (manipulação).
- agentes biológicos.

2
NR 15 – Atividades e Operações Insalubres

- radiação não ionizante.


- vibração.
- frio.
Comprovadas
- umidade.

3
15.1.5 Definições

• Insalubridade é toda atividade realizada em condições prejudiciais à saúde do


trabalhador, tendo sua previsão legal no artigo 192 da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT).

• Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou


intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao
agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida laboral.

4
15.2 Adicional de Insalubridade

• O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os subitens do


item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o
salário mínimo da região, equivalente a:
40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.

5
15.1 Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente (115.000-6)

• Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem


ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de
nível de pressão sonora operando no circuito de
compensação "A" e circuito de resposta lenta
(SLOW).

6
15.2 Limites de Tolerância para Ruído de Impacto (115.004-9 / I4)

• Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de
duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.

• Os níveis de impacto deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de
pressão sonora operando no circuito linear e circuito de resposta para impacto.

• O limite de tolerância para ruído de impacto será de 130 dB (LINEAR) ou 120 dB (FAST).

7
15.3 Tolerância para Exposição ao Calor (115.006.5/ I4)

• A exposição ao calor deve ser avaliada através do "Índice de Bulbo Úmido Termômetro
de Globo" - IBUTG

Ambientes internos ou externos sem carga solar:


IBUTG = 0,7 tbn + 0,3 tg

Ambientes externos com carga solar:


IBUTG = 0,7 tbn + 0,1 tbs + 0,2 tg

8
15.3 Tolerância para Exposição ao Calor (115.006.5/ I4)

9
15.5 Tolerância para Exposição à Radiação Ionizante (115.009-0/ I4)

• Norma CNEN-NE-3.01: "Diretrizes Básicas de Radioproteção", de julho de 1988,


aprovada, em caráter experimental, pela Resolução CNEN nº 12/88, ou daquela que
venha a substituí-la.

10
15.11 Tolerância para Exposição à Agentes Químicos (115.015-4 / I4)

11
15.6 Trabalho Sob Condições Hiperbáricas (115.010-3/ I4)

• O trabalhador não poderá sofrer mais que uma compressão num período de 24 (vinte e
quatro) horas.

• Nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm²

• A duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior a:


8 horas/dia, em pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm²;
6 horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm²;
4 horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm².

12
15.6 Trabalho Sob Condições Hiperbáricas (115.010-3/ I4)

13
• Compressão
• 0,3 kgf/cm2 – 1º min. até que todos os presentes estejam bem;
• 0,7 kgf/cm2 por min. para não haver mal estar

• Descompressão
• 0,4 kgf/cm2 por min. – por estágio de descompressão.

14
15.7 Radiações Não-Ionizantes (115.011-1 / I3)

• Micro-onda;
• Ultravioleta;
• Laser;

• Luz negra – faixa 400 a 320 nm – não insalubre.

15
15.8 Vibrações (115.012-0 / I3)

• São as atividades e operações que expõem os trabalhadores, sem a proteção


adequada, às vibrações localizadas ou de corpo inteiro.

• A perícia, visando à comprovação ou não da exposição, deve tomar por base os limites
de tolerância definidos pela Organização Internacional para a Normalização - ISO, em
suas normas ISO 2631 e ISO/DIS 5349 ou suas substitutas.

• A insalubridade, quando constatada, será de grau médio.

16
15.8 Exposição ao Frio (115.013-8 / I2)

• As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais


que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio, sem a
proteção adequada, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de
inspeção realizada no local de trabalho.

17
15.8 Exposição à Ambiente Úmido (115.014-6 / I2)

• As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com


umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão
consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção realizada no local de
trabalho.

18
15.13 Manipulação de Agentes Químicos Insalubres (115.046-4 / I4)

• Relação das atividades e operações envolvendo agentes químicos, consideradas


insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. Excluindo
atividades ou operações com os agentes químicos constantes.

• Insalubridade de grau máximo:


Extração, manipulação e/ou produção de derivados do agente químico.

• Insalubridade de grau médio:


Aplicação tecnológica dos derivados do composto.

• Insalubridade de grau mínimo


Utilização do produto comercial/refinado, derivado do agente químico.

19
15.14 Manipulação de Agentes Biológicos (115.047-2 / I4)

• Insalubridade de grau máximo:

o pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas, bem como objetos de seu


uso, não previamente esterilizados;

o carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pelos e dejetos de animais


portadores de doenças infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose);

o esgotos (galerias e tanques); - lixo urbano (coleta e industrialização).

20
15.14 Manipulação de Agentes Biológicos (115.047-2 / I4)

• Insalubridade de grau médio:

o hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação e


outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde;

o laboratórios de análise clínica e histopatologia;

o gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia;

o cemitérios (exumação de corpos);

o estábulos e cavalariças; - resíduos de animais deteriorados.

21
NR19-Explosivos

• Explosivo → material ou substância que,


quando iniciada, sofre decomposição
muito rápida em produtos mais estáveis,
com grande liberação de calor e
desenvolvimento súbito de pressão.

22
• As seguintes atividades devem obedecer à legislação específica, resssaltando o que
é disposto na NR 19 e no R-105(Regulamento para Fiscalização de Produtos
Controlados – Exército Brasileiro):
- Fabricação
- Utilização
- Importação
- Exportação
- Tráfego
- Comércio

23
19.2-Fabricação
• Apenas em empresas portadoras de TR(Título de Registro) emitido
pelo Exército Brasileiro.
• Os locais de fabricação devem ser devidamente divididos e
separados fisicamente entre os setores de fabricação,
armazenagem e administração.
• Atividades que envolvem explosivos devem ser conduzidos em
locais isolados com, no máximo, quatro trabalhadores ao mesmo
tempo.
• É proibida a fabricação de explosivos no perímetro urbano de
cidades vilas ou povoados.

24
19.2.3 - Locais de fabricação
• Mantidos em perfeito estado de conservação;
• Adequadamente arejados;
• Construídos materiais incombustíveis e pisos antiestáticos;
• Equipamentos devidamente aterrados;
• Providos de sistemas de combate a incêndios de manejo simples, rápido
e eficiente;
• Livres de materiais combustíveis ou inflamáveis.

25
19.2.4 - Manuseio

• É proibido no manuseio de explosivos:


- Utilizar ferramentas ou praticar atos que possam gerar centelha ou
calor;
- Usar calçados cravejados com pregos ou peças metálicas externas;
- Manter objetos que não tenham relação direta com a atividade.

26
19.3 - Armazenamento
• Além dos já citados, devem obedecer os seguintes requisitos:
- Situados em terreno firme, seco, a salvo de inundações;
- Ocupação máxima de 60% área
- Altura máxima de empilhamento: mínimo 2 metros entre o
teto e o topo do empilhamento;
- Ser dotados de sinalização externa adequada.

27
19.3.2 - Armazenamento

• É proibida a armazenagem de produtos explosivos:


- Juntamente a acessórios iniciadores(isqueiros, palitos de fósforo, etc);
- Juntamente com pólvoras;
- Com fogos de artifício constituídos de pólvoras tanto em um mesmo
depósito quanto no balcão de estabelecimentos comerciais;
- Em habitações, estábulos, silos, galpões, oficinas, lojas ou outras
edificações não destinadas a esse uso específico.

28
19.4 - Transporte
• Acondicionado em embalagem regulamentar;
• Embarque e desembarque devem ser assistidos por um fiscal
habilitado;
• Equipamentos de carga, transporte e descarga vem ser
rigorosamente verificados quanto à segurança;
• O veículo deve apresentar sinalização adequada;
• A disposição no veículo deve facilitar a inspeção e a segurança;
• Munições, pólvoras, explosivos, acessórios iniciadores e artifícios
pirotécnicos devem ser transportados separadamente;

29
19.4 - Transporte
• Protegido de umidade e da incidência direta de luz solar;
• É proibido bater, arrastar, rolar ou jogar os recipientes de explosivos;
• Antes da descarga dos materiais, o local previsto para armazená-los deve
ser examinado;
• É proibida a utilização de luzes capazes de produzir chama ou centelha nos
locais de embarque, desembarque e no transporte;
• Os serviços de carga e descarga devem ser feitos durante o dia e com
tempo bom;
• Quando houver necessidade de carregar ou descarregar explosivos durante
a noite, somente será usada iluminação com lanternas e holofotes
elétricos.

30
ANEXO I – Segurança e Saúde na Indústria e Comércio
de Fogos de Artifício e outros Artefatos Pirotécnicos
• Dispõe as especificidades normativas no que trata da
segurança e saúde na Indústria e Comércio de Fogos de
Artifício.

• Fogos de Artifício → artigos pirotécnicos preparados para


transmitir inflamação com a finalidade de produzir luz, ruído,
fumaça ou outros efeitos visuais ou sonoros;

31
ANEXO II – Tabelas de Quantidades e Distâncias
• Trata das distâncias mínimas entre as instalações de fabricação ou
depósitos e:
- Edifícios Habitados
- Ferrovias
- Rodovias
- Outros depósitos ou Oficinas de mesma natureza

• Tais distâncias consideram os seguintes quesitos:


- Quantidade armazenada
- Natureza do produto

32
NR 20 - Líquidos Combustíveis Inflamáveis

• Estabelece requisitos mínimos para a gestão da segurança e saúde no trabalho contra os


fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de:

- extração
- produção
- armazenamento
- transferência
- manuseio
- manipulação

de inflamáveis e líquidos combustíveis.

33
20.3 Definições
• Líquidos inflamáveis → possuem ponto de fulgor ≤ 60º C.

• Gases inflamáveis → inflamam com o ar a 20º C e a uma pressão padrão de 101,3 kPa.

• Líquidos combustíveis → com ponto de fulgor > 60º C e ≤ 93º C

34
20.4 Classificação de Instalações

Classe I: Classe II:

a) Quanto à atividade:
a) Quanto à atividade:
a.1 – engarrafadoras de gases inflamáveis;
a.1 – postos de serviço com inflamáveis e/ou a.2 – atividades de transporte dutoviário de gases e
líquidos combustíveis. líquidos inflamáveis e ou combustíveis.
b) Quanto à capacidade de armazenamento, de b) Quanto à capacidade de armazenamento, de forma
forma permanente ou transitória: permanente ou transitória:
b.1 – gases inflamáveis: acima de 2 ton até 60 ton; b.1 – gases inflamáveis: acima de 60 ton até 600 ton;
b.2 – líquidos infamáveis e/ou combustíveis: acima b.2 – líquidos infamáveis e/ou combustíveis: acima
de 10 m3 até 5.000 m3. de 5.000 m3 até 50.000 m3.

35
20.4 Classificação de Instalações

Classe III:
a) Quanto à atividade:

a.1 – refinarias;
a.2 – unidades de processamento de gás natural;
a.3 – instalações petroquímicas;
a.4 – usinas de fabricação de etanol e/ou unidades
de fabricação de álcool.

b) Quanto à capacidade de armazenamento, de


forma permanente ou transitória:

b.1 – gases inflamáveis: acima de 600 ton;


b.2 – líquidos infamáveis e/ou combustíveis: acima
de 5.000 m3.

36
20.5 Projeto da Instalação
• As instalações devem ser projetadas considerando os aspectos de segurança, saúde e meio ambiente que
impactem sobre a integridade física dos trabalhadores previstas nas NR’s.

• No projeto das instalações deve constar, em língua portuguesa (classes):

a) Manual de operações contendo descrição das instalações e seus processos; (I, II, III)
b) Planta geral de locação das locações; (I, II, III)
c) Características e informações de segurança, saúde e meio ambiente relativas aos inflamáveis e líquidos
combustíveis; (I, II, III)
d) Fluxograma de processo; (II, III)
e) Especificação técnica dos equipamentos, máquinas e acessórios críticos; (II, III)
f) Plantas, desenhos e especificações técnicas dos sistemas de segurança da instalação; (I, II, III)
g) Identificação das áreas classificadas da instalação; (I, II, III)
h) Medidas intrínsecas de segurança identificadas na análise de riscos do projeto. (II, III)

37
20.6 Segurança na Construção e Montagem
• A construção e montagem das instalações
devem seguir as especificações descritas no
projeto, bem como nas NR’s;

• As inspeções e testes realizados na fase de


construção e montagem devem ser
documentadas de acordo com as NR’s;

• Os equipamentos e instalações devem ser


identificados e sinalizados conforme as
NR’s.

38
20.7 Segurança Operacional
• O empregador deve elaborar, documentar, implementar divulgar e manter atualizados os procedimentos
operacionais que contemplem aspectos de segurança no trabalho de acordo com as especificações das
instalações e com a análise de risco.

• Os procedimentos operacionais devem possuir instruções para o desenvolvimento das atividades em cada
uma das seguintes fases:
a) Pré-operação;
b) Operação normal;
c) Operação temporária;
d) Operação em emergência;
e) Parada normal;
f) Parada de emergência;
g) Operação pós-emergência.
• Tais procedimentos devem ser reisados e/ou atualizados no máximo trienalmente para as classes I e II e
quinquenalmente para a classe III.

39
20.7 Segurança Operacional

• Nas operações de transferência de inflamáveis e enchimento de recipientes ou tanques, devem ser


adotados procedimentos para eliminar ou minimizar a emissão de vapores e gases inflamáveis e controlar a
geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática.

• No processo de transferência de inflamáveis e líquidos combustíveis, deve-se implementar medidas de


controle operacional e/ou de engenharia das emissões fugitivas, emanadas durante a carga e descarga de
tanques fixos e de veículos transportadores, para a eliminação ou minimização dessas emissões.

• Na operação com inflamáveis e líquidos combustíveis, em instalações de processo contínuo de produção e


de classe III, o empregador deve dimensionar o efetivo de trabalhadores suficiente para a realização das
tarefas operacionais com segurança.

40
20.8 Manutenção e Inspeção das Instalações

• As instalações devem possuir um plano de inspeção e manutenção que deve abranger:

a) Equipamentos, máquinas, tubulações e acessórios, instrumentos;


b) Tipos de intervenção;
c) Procedimentos de inspeção e manutenção;
d) Cronograma anual;
e) Identificação dos responsáveis;
f) Especialidade e capacitação do pessoal de inspeção e manutenção;
g) Procedimentos específicos de segurança e saúde;
h) Sistemas e equipamentos de proteção coletiva e individual.

• Tais planos devem ser em língua portuguesa e periodicamente revisados e atualizados considerando o
previsto nas NR’s, nos manuais dos fabricantes, na análise de risco e na existência de condições ambientais
agressivas.

41
20.8 Manutenção e Inspeção das Instalações

• As atividades de inspeção e manutenção devem ser realizadas por trabalhadores capacitados e com
apropriada supervisão.

• Deve ser elaborada permissão de trabalho para atividades não rotineiras de intervenção nos equipamentos,
baseada em análise de risco, nos trabalhos:

a) Que possam gerar chamas, calor, centelhas ou ainda que envolvam seu uso;
b) Em espaços confinados, conforme a NR 33;
c) Envolvendo isolamento de equipamentos e bloqueio/etiquetagem;
d) Em locais elevados com risco de queda;
e) Com equipamentos elétricos, conforme NR 10;
f) Cujas boas práticas de segurança e saúde recomendem;

42
20.9 Inspeção em Segurança e Saúde no Ambiente de Trabalho

• As instalações devem se periodicamente inspecionadas com enfoque na segurança e saúde no ambiente de


trabalho.

• Deve ser elaborado um cronograma de inspeções de acordo com o risco das atividades e operações
envolvidas.

• As inspeções devem ser documentadas e as respectivas recomendações implementadas, com


estabelecimento de prazos e de responsáveis pela sua execução.

• A não implementação da recomendação no prazo definido deve ser justificada e documentada.

• Os relatórios de inspeção devem ficar disponíveis às autoridades competentes e aos trabalhadores.

43
20.10 Análise de Riscos

• O empregador deve elaborar e documentar as análises de riscos das operações.

• As análises de riscos da instalação devem ser estruturadas com base em metodologias apropriadas,
escolhidas em função dos propósitos da análise, das características e complexidade da instalação.

• As análises de riscos devem ser elaboradas por equipe multidisciplinar, com conhecimento na aplicação das
metodologias, dos riscos e da instalação, com participação de, no mínimo, um trabalhador com
experiência.

• Nas instalações classe I, deve ser elaborada Análise Preliminar de Perigos/Riscos (APP/APR).

• Nas instalações classes II e III, devem ser utilizadas metodologias de análise definidas pelo profissional
habilitado, devendo a escolha levar em consideração os riscos, as características e complexidade da
instalação.

44
20.10 Análise de Riscos

• As análises de risco devem ser revisadas periodicamente.

• O empregador deve implementar as recomendações resultantes das análises de riscos, com definição de
prazos e de responsáveis pela execução.

• A não implementação das recomendações nos prazos definidos deve ser justificada e documentada.

• As análises de riscos devem estar articuladas com o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) da
instalação.

45
20.11 Capacitação dos trabalhadores

• Toda capacitação prevista nesta NR deve ser realizada a cargo e custo do empregador e
durante o expediente normal da empresa.

• Somente deverá ser autorizado o acesso na área operacional contendo produtos


inflamáveis e combustíveis aquelas pessoas que tenham sido capacitados na NR 20.

46
20.11 Capacitação dos trabalhadores

47
20.12 Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos,
incêndios, explosões e emissões fugitivas
• O empregador deve elaborar plano que contemple a prevenção e controle de vazamentos,
derramamentos, incêndios e explosões e, nos locais sujeitos à atividade de trabalhadores, a
identificação das fontes de emissões fugitivas.

• O plano deve contemplar todos os meios e ações necessárias para minimizar os riscos de
ocorrência de vazamento, derramamento, incêndio e explosão, bem como para reduzir suas
consequências em caso de falha nos sistemas de prevenção e controle.

• Os sistemas de prevenção e controle devem ser adequados aos


perigos/riscos dos inflamáveis e líquidos combustíveis.

48
20.12 Prevenção e controle de vazamentos, derramamentos,
incêndios, explosões e emissões fugitivas

• O plano deve ser revisado:


a) por recomendações das inspeções de segurança e/ou da análise de riscos;
b) quando ocorrerem modificações significativas nas instalações;
c) quando da ocorrência de vazamentos, derramamentos, incêndios e/ou explosões.

• Os tanques que armazenam líquidos inflamáveis e combustíveis devem possuir sistemas de


contenção de vazamentos ou derramamentos, dimensionados e construídos de acordo com
as normas técnicas nacionais.

49
20.13 Controle de fontes de ignição
• As instalações elétricas e equipamentos elétricos fixos, móveis e portáteis, equipamentos de
comunicação, ferramentas e similares utilizados em áreas classificadas, assim como os equipamentos de
controle de descargas atmosféricas, devem estar em conformidade com a NR 10.

• O empregador deve implementar medidas específicas para controle da geração, acúmulo e descarga de
eletricidade estática em áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis.

• Os trabalhos envolvendo o uso de equipamentos que possam gerar chamas, calor ou centelhas, nas
áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis, devem ser precedidos de permissão de trabalho.

• O empregador deve sinalizar a proibição do uso de fontes de ignição nas áreas sujeitas à existência de
atmosferas inflamáveis.

• Os veículos que circulem nas áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis devem possuir
características apropriadas ao local e ser mantidos em perfeito estado de conservação.

50
20.15 Comunicação de Ocorrências

• O empregador deve comunicar ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego e ao


sindicato da categoria profissional predominante no estabelecimento a ocorrência de
vazamento, incêndio ou explosão envolvendo inflamáveis e líquidos combustíveis que tenha
como consequência qualquer das possibilidades a seguir:

• a) morte de trabalhador(es);
• b) ferimentos em decorrência de explosão e/ou queimaduras de 2º ou 3º grau, que
implicaram em necessidade de internação hospitalar;
• c) acionamento do plano de resposta a emergências que tenha requerido medidas de
intervenção e controle.

51
20.17 Tanque de líquidos inflamáveis no interior de edifícios
• Os tanques para armazenamento de líquidos inflamáveis somente poderão ser instalados no interior
dos edifícios sob a forma de tanque enterrado e destinados somente a óleo diesel.

• Excetuam-se da aplicação do item anterior os tanques de superfície que armazenem óleo diesel
destinados à alimentação de motores utilizados para a geração de energia elétrica em situações de
emergência ou para o funcionamento das bombas de pressurização da rede de água para combate a
incêndios, nos casos em que seja comprovada a impossibilidade de instalá-lo enterrado ou fora da
projeção horizontal do edifício.

• A instalação do tanque no interior do edifício deve ser precedida de Projeto e de Análise Preliminar
de Perigos/Riscos (APP/APR), ambos elaborados por profissional habilitado, contemplando os
aspectos de segurança, saúde e meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras.

52
20.20 Disposições finais
• Quando em uma atividade de extração, produção, armazenamento, manuseio e manipulação de
inflamáveis e líquidos combustíveis for caracterizada situação de risco grave e iminente aos
trabalhadores, o empregador deve adotar as medidas necessárias para a interrupção e a correção da
situação.

• Os trabalhadores devem interromper suas tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou de outras
pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas
cabíveis.

• Os tanques, vasos e tubulações que armazenem/transportam inflamáveis e líquidos combustíveis


devem ser identificados e sinalizados conforme a Norma Regulamentadora n.º 26.

• Nas operações de soldagem e corte a quente com utilizações de gases inflamáveis, as mangueiras
devem possuir mecanismos contra o retrocesso das chamas na saída do cilindro e chegada do
maçarico.

53
Referências Bibliográficas
• NR 20 - Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis. Portaria MTE n.º 1.079, de 16 de julho
de 2014.
• Ferreira N. B. (2015). Entendendo a nova versão da NR 20: Segurança e saúde no trabalho com
inflamáveis e combustíveis. Conselho Regional de Química IV Região- São Paulo.
• NR 19 – Explosivos, Portaria SIT n.º 228, de 24 de maio de 2011.
• NR 15 – Atividades e Operações Insalubres (115.000-6)
• CNEN-NE-3.01 – Diretrizes Básicas de Radioproteção, agosto de 1988.

54

Você também pode gostar