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ESCOLA DE QUÍMICA
2010
ii
Aprovada por:
FEVEREIRO DE 2010
iii
AGRADECIMENTOS
- Prof. Ofelia de Queiroz Fernandes Araujo, pelo importante apoio na minha formação
acadêmica.
Além disso, agradeço sobretudo à minha esposa Fabyana Ventin por me apoiar nas
difíceis decisões, por confiar na minha capacidade, por ter sempre paciência e compreensão e
por ser extremamente carinhosa e amável, à minha mãe Vera Lucia por ministrar as infinitas
lições essenciais para a fundação do meu caráter e, principalmente, por me mostrar como se
deve lutar para realização de sonhos e à minha avó Maria Neiva por ser um exemplo de
energia, força, dedicação e vontade em toda sua trajetória de vida.
Agredeço também àqueles que trago na memória por toda a vida como referências
pessoais, meu avô Raimundo Nonato Trindade e meu pai Jorge Manuel Miranda de Souza.
vi
RESUMO
ABSTRACT
Souza, Jaime Neiva Miranda de. Modeling and Simulation of Multiphase Flow in Pipes
for Oil and Natural Gas Production. Advisors: José Luiz de Medeiros; André Luiz
Hemerly Costa; Giovani Cavalcanti Nunes; Rio de Janeiro: UFRJ/EQ, 2010. Thesis
(Doctor em Science).
The literature describes dynamic models for two-phase flow in a single pipe and valids
only for certain flow regimes. It is verified a lack of works in the open literature that
possibilitate the simulation of gas and liquid flow along a pipe network for the connection of
source and sink points, dopted of pressure modification devices, like valves and pumps. Thus,
this thesis proposes dynamic models for one or more phases in pipe netwoks for gas and oil
prodution.
Several case studies describe the application of the methodology in typical problems
of the petroleum production industry.
viii
SUMÁRIO
1 Introdução..................................................................................................................... 1
1.1 Produção de Petróleo................................................................................................ 1
1.2 Tecnologias de Elevação do Petróleo........................................................................ 2
1.3 Ferramentas Comerciais ........................................................................................... 3
1.4 Motivação ................................................................................................................ 3
2 Objetivo........................................................................................................................ 4
2.1 Inovações e Contribuições........................................................................................ 4
2.2 Organização da Tese ................................................................................................ 5
3 Revisão Bibliográfica.................................................................................................... 8
3.1 Introdução ................................................................................................................ 8
3.2 Classificação das Abordagens para Escoamento Multifásico .................................. 10
3.3 Evolução dos Modelos Bifásicos Estacionários ...................................................... 10
3.3.1 Modelos Empíricos................................................................................. 11
3.3.2 Modelos Fenomenológicos ..................................................................... 12
3.4 Identificação de Padrão de Escoamento.................................................................. 15
3.5 EvoluçÃo dos Modelos Bifásicos Dinâmicos ......................................................... 15
3.6 Avaliação dos Modelos Dinâmicos......................................................................... 17
3.7 Métodos Numéricos ............................................................................................... 18
3.8 Abordagem Segundo Redes de Escoamento ........................................................... 19
3.9 Softwares Comerciais ............................................................................................. 20
3.9.1 OLGA .................................................................................................... 20
3.9.2 TACITE ................................................................................................. 21
3.10 Produção de Petróleo e Gás Natural........................................................................ 22
3.11 Visão Geral ............................................................................................................ 23
4 Modelagem de Escoamento Monofásico ..................................................................... 25
4.1 Introdução .............................................................................................................. 25
4.2 Notações Básicas.................................................................................................... 26
4.3 Equações de Balanço de Massa .............................................................................. 26
4.4 Equações de Balanço de Momento ......................................................................... 27
4.5 Sistema de Equações .............................................................................................. 28
5 Modelagem de Escoamento Bifásico: Abordagem Via 4 Equações ............................. 30
5.1 Introdução .............................................................................................................. 30
ix
13.3 Caso 3 - Rede Tipo Árvore com Múltiplos Poços Offshore................................... 209
13.3.1 Simulação............................................................................................. 211
13.3.2 Máxima produção para diferentes pressões de reservatório ................... 212
13.3.3 Máxima produção com restrições na disponibilidade de gás.................. 213
13.3.4 Projeto ótimo........................................................................................ 214
13.4 Caso 4 - Rede Cíclica com Múltiplos Poços Offshore ........................................... 216
13.4.1 Valores e perfis..................................................................................... 219
13.4.2 Curvas de pressão................................................................................. 222
14 Conclusões ............................................................................................................... 224
Referências Bibliográficas ................................................................................................. 229
Apêndice I – Notação Matemática ..................................................................................... 240
Vetores e Matrizes......................................................................................................... 240
Transformações e Operações especiais .......................................................................... 241
Apêndice II – Determinação dos Centros de Massa para Escoamento Estratificado ............ 242
Apêndice III – Integração das Matrizes do Método de Galerkin ......................................... 244
Introdução 244
Para Método de Galerkin............................................................................................... 245
Para Método de Petrov-Galerkin ................................................................................... 245
Apêndice IV – Propriedades das Funções Base e Peso para Método de Galerkin................ 247
Apêndice V – Modelo Estacionário Estratificado de Taitel e Dukler (1976) ....................... 249
Introdução 249
Relações Geométricas ................................................................................................... 249
Balanços de Momento em Cada Fase............................................................................. 252
Equação Taitel-Dukler................................................................................................... 255
Apêndice VI – Modelo Estacionário Anular de Pots (1985) ............................................... 258
Apêndice VII – Modelo Beggs e Brill (1973) ..................................................................... 260
Introdução 260
Cálculos Iniciais ............................................................................................................ 261
Determinação do Padrão de Escoamento Horizontal...................................................... 262
Hold-up de Líquido para Linha Horizontal .................................................................... 262
Fator de Correção de Inclinação .................................................................................... 263
Hold-up de Líquido ....................................................................................................... 263
Densidade da Mistura e Tensão de Cisalhamento Bifásico............................................. 264
xiii
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 10.1. Indicação do padrão estratificado para a condição inicial da simulação........... 143
Figura 10.2. Condições iniciais para simulação de escoamento horizontal estratificado...... 143
Figura 10.3. Resultados para simulação escoamento horizontal em regime estratificado..... 144
Figura 10.4. Análise de sensibilidade de malha (caso estratificado) via método de Galerkin
.................................................................................................................................... 145
Figura 10.5. Análise de sensibilidade de malha (caso estratificado) via método de diferenças
finitas .......................................................................................................................... 146
Figura 10.6. Comparação entre métodos de Galerkin e de diferenças finitas....................... 146
Figura 10.7. Análise para 3 condições de contorno Dirichlet e 1 condição de contorno von
Neumann ..................................................................................................................... 148
Figura 10.8. Análise para 3 condições de contorno Dirichlet e nenhuma condição de contorno
von Neumann............................................................................................................... 148
Figura 10.9. Indicação do padrão anular para a condição inicial da simulação .................... 149
Figura 10.10. Condições iniciais para simulação de escoamento horizontal anular ............. 150
Figura 10.11. Resultados para simulação de escoamento horizontal em regime anular........ 150
Figura 10.12. Análise de sensibilidade de malha (caso anular) ........................................... 151
Figura 10.13. Análise de sensibilidade de malha (caso anular) ........................................... 152
Figura 10.14. Indicação do padrão bolhas para a condição inicial da simulação.................. 152
Figura 10.15. Condições iniciais para simulação de escoamento horizontal regime bolhas . 153
Figura 10.16. Resultados para simulação de escoamento horizontal em regime bolhas ....... 154
Figura 10.17. Resultados para simulação através do modelo a 3 equações.......................... 155
Figura 10.18. Representação de rede simples para formulação A........................................ 156
Figura 10.19. Representação de rede simples para formulação B........................................ 156
Figura 10.20. Resultados para dois trechos em série: fração de área de gás......................... 157
Figura 10.21. Resultados para dois trechos em série: pressão ............................................. 157
Figura 10.22. Resultados para dois trechos em série: vazão de líquido ............................... 157
Figura 10.23. Resultados para dois trechos em série: vazão de gás ..................................... 158
Figura 10.24. Diferença entre vazão de entrada e vazão de saída no vértice de acoplamento
.................................................................................................................................... 159
Figura 10.25. Representação de rede com ciclo .................................................................. 160
Figura 10.26. Resultados para rede de dutos: tubulação 1................................................... 161
Figura 10.27. Resultados para rede de dutos: tubulação 2................................................... 161
Figura 10.28. Resultados para rede de dutos: tubulação 3................................................... 162
Figura 10.29. Resultados para rede de dutos: tubulação 4................................................... 162
xvi
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SIGLAS
EM PORTUGUÊS
EM INGLÊS
NOMENCLATURA
LETRAS LATINAS
LETRAS GREGAS
SUBSCRITOS
max Máximo
n Não-escorregamento
OUT Saída
P Padrão de escoamento
P Tubulação
R Indica valor de referência
R À direita (modelo de Burgers e modelo de águas rasas)
res Reservatório
s Slug
S Superficial
t Translacional
T Indica que a variável de estado é adimensional
T Turbina
TCC Capital total
val Válvula
well Poço
NÚMEROS ADIMENSIONAIS
Eo Número de Eötvös
Fr Número de Froude
Re Número de Reynolds
Introdução 1
1 INTRODUÇÃO
A quantidade de gás injetado é uma variável operacional crítica, pois um baixo valor
pode reduzir significativamente a produção de óleo e um valor alto pode elevar os custos
operacionais de compressão. Em muitos casos, é possível verificar que a produção de óleo
atinge um valor máximo para uma determinada vazão de gás injetado.
O controle do padrão de escoamento tem por objetivo evitar que o óleo viscoso entre
em contato direto com a parede do duto. Isto pode der obtido induzindo-se um padrão de
escoamento tendo a água como fase contínua, via escoamento assistido com água, ou
utilização de surfactantes para criar uma emulsão de óleo em água, com consequências que
irão se manifestar na separação óleo-água.
1.4 MOTIVAÇÃO
2 OBJETIVO
Em suma, pode-se dividir o desenvolvimento dessa tese em duas partes com objetivos
distintos. A primeira parte, composta pelos Capítulos 4 a 10, compreende o estudo dinâmico
do escoamento monofásico e bifásico em redes de dutos. A segunda parte, composta pelos
Capítulos 11, 12 e 13, está focada na simulação estacionária de redes de escoamento e a
utilização desses modelos simplificados na otimização de sistemas de elevação de petróleo.
3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3.1 INTRODUÇÃO
Estratificado suave
Estratificado ondulado
Disperso-Bolhas
Anular
Intermitente (slug)
Figura 3.1. Padrões de escoamento bifásico em dutos horizontais
Revisão Bibliográfica 9
d) anular: para vazões elevadas de gás, o balanço de forças faz com que o gás escoe
no centro da tubulação formando um anel de líquido. Devido à gravidade, a
espessura do filme de líquido é maior na parte inferior.
Por outro lado, muitos dos fenômenos transientes que ocorrem na indústria de óleo e
gás são comparativamente mais lentos. O conhecimento do comportamento dinâmico das
Revisão Bibliográfica 10
A seguir são listados os principais trabalhos acerca dos modelos empíricos para
escoamento:
a) horizontal: Taitel e Dukler (1976), Oliemans (1987), Taitel e Barnea (1990), Drew
e Wallis (1994), Biberg (2002) e Biberg (2007);
b) vertical: Aziz et al. (1972), Pots (1985), Taitel e Barnea (1990) e Ullmann et al.
(2003).
Pots (1985) aplicou o modelo estacionário de Taitel e Dukler (1976) para uma
geometria anular.
Biberg (2002) apresentou uma solução analítica para o escoamento bifásico laminar
estratificado em uma tubulação que possibilita a determinação do hold-up e da perda de carga
a partir do campo de velocidades.
Revisão Bibliográfica 13
Escoamento estratificado
Escoamento disperso
Escoamento anular
analisaram os efeitos das gotas de líquidos dispersos na fase gás sobre a estabilidade do
escoamento anular. Azzopardi (1999) estudou os efeitos da presença de gotas dispersas de
líquido no escoamento anular sobre o aumento da intensidade da turbulência.
Escoamento intermitente
Gomez et al. (2000) apresentaram uma correlação empírica para a fração de área de
líquido no slug.
Gallouet et al. (2004) utilizaram um modelo dinâmico de escoamento bifásico que não
considera equilíbrio local entre as fases, ou seja, trabalha com duas pressões (uma para cada
fase).
Issa e Kempf (2003) demonstraram por meio de um modelo a dois fluidos transiente
unidimensional que é possível simular corretamente as instabilidades do escoamento
estratificado e capturar automaticamente a transição para um padrão de escoamento
intermitente.
As equações diferenciais parciais que regem o escoamento bifásico não podem ser
resolvidas analiticamente, exceto em casos muito simples como escoamento incompressível,
invíscido e estacionário.
O desenvolvimento dos métodos numéricos para escoamento de uma única fase teve
velocidade muito superior ao das técnicas para escoamento bifásico (Omgba-Essama, 2004).
Os algoritmos para escoamento multifásico com modelo a dois fluidos podem ser
divididos em dois grupos (Omgba-Essama, 2004):
A grande maioria dos autores foca seus estudos em cenários contendo um único duto,
ocasionando um vazio na literatura acerca de estudos envolvendo o problema de redes de
Revisão Bibliográfica 20
escoamento multifásicas. Uma exceção é o trabalho de Floquet et al. (2009) que apresentou
um modelo de rede para simulação desde o poço de petróleo até a plataforma com cada trecho
de tubulação sendo calculado através de um software comercial e um algoritmo de
interconexão para garantir o fechamento dos balanços de massa e momento em cada
extremidade.
3.9.1 OLGA
O software comercial mais difundido entre as empresas de petróleo é o OLGA.
Inicialmente concebido e desenvolvido por Dag Malnes e Kjell Bendiksen no IFE (Institute
for Energy Technology) em 1979 e 1980 (Bendiksen et al., 1986, 1991), com financiamento
até 1983 pela Statoil. Em 1993, a Scandpower (atualmente chamada SPT Group) recebeu o
direito de comercialização do OLGA.
Em meados de 2000, foi lançado o chamado OLGA 2000 com uma série de
facilidades e interfaces para configuração. Atualmente a versão comercializada é 6.0, porém
prevê-se que em 2010 será lançado o HORIZON, que terá uma reformulação completa do
Revisão Bibliográfica 21
A versão OLGA 2000 possui um modelo a dois fluidos contendo oito equações
diferenciais parciais: cinco equações de balanço de massa (fase contínua de gás, fase contínua
de líquido, fase contínua de água, fase dispersa de água e fase dispersa de óleo), duas
equações de balanço de momento (fase contínua de gás contendo gotas de líquido e água e
fase contínua de líquido) e uma equação de balanço de energia para a mistura. As equações de
balanço de massa são acopladas através de termos de transferência de massa. As equações de
fechamento (massa, momento e calor) são fenomenológicas com correções empíricas
(Scandpower, 2005).
3.9.2 TACITE
Desenvolvido a partir de 1990, TACITE possui um modelo do tipo drift-flux para a
simulação de escoamento bifásico em redes de dutos resolvido através do método numérico
Revisão Bibliográfica 22
VFRoe. Foi concebido através de um projeto de pesquisa com parceria entre o IFP (Instituto
Francês de Petróleo) e a TotalFinaElf.
O modelo é composto por uma equação de balanço de massa para cada fase, uma
equação de balanço de momento para a mistura e uma equação de balanço de energia para a
mistura. Informações sobre o escorregamento entre as fases são obtidas através de uma
relação estacionária dependente do padrão de escoamento. São utilizadas duas classes de
padrão de escoamento: escoamento separado (estratificado ou anular) e escoamento disperso
(bolhas ou gotas). O escoamento intermitente é considerado como uma combinação entre
essas duas classes. Um conjunto de equações de fechamento foi validado por um número
significativo de dados experimentais. As propriedades físicas das fases são determinadas
através de um pacote termodinâmico (Omgba-Essama, 2004).
“Na elevação artificial de petróleo utilizando a técnica de gas lift, a quantidade de gás
injetado é uma variável operacional crítica, pois um baixo valor pode reduzir
significantemente a produção de óleo e um valor alto pode elevar os custos operacionais de
compressão.” Muitos autores exploraram esse problema de otimização determinando as
condições ótimas para a extração da máxima quantidade de óleo considerando ou não
restrições na disponibilidade de gás e usando diferentes formulações: programação linear
(Fang e Lo, 1996), programação linear inteira mista (Kosmidis et al., 2005), programação
não-linear (Alarcon et al., 2002), programação dinâmica (Camponogara e Nakashima, 2006) e
algoritmos genéticos (Ray e Sarker, 2007).
Revisão Bibliográfica 23
4.1 INTRODUÇÃO
∂ρ ( t , x )
∆V ( x ) q (t , x) q (t , x + ∆x)
∂t
↓ = ↓ − ↓ (4.1)
Entrada Saída
Acúmulo
que corresponde a:
∂ρ ( t , x ) q (t , x) − q (t , x + ∆x)
A( x ) = (4.2)
∂t ∆x
Modelagem de Escoamento Monofásico 27
∂ρ ( t , x ) ∂q (t , x)
A( x) =− (4.3)
∂t ∂x
∂ρ 1 ∂q
=− (4.4)
∂t A ∂x
(
ρ v2 A
) ρ v2 A ( )
t,x
t , x +∆x
↓ − ↓ + ...
Entrada de Saída de
Momento
Momento
∂ ( ρ (t, x ) v (t, x ))
∆V ( x ) ( AP ) t , x ( AP ) t , x +∆x
∂t
= +
↓
↓ − ↓ + ... (4.5)
Acúmulo de Força de Força de
de Momento Contato na Contato na
Entrada Saída
( Γ ∆x ) ( A ρ sen (θ ) g ∆x )
t ,x
t,x
− ↓ − ↓
Forças Forças de
Viscosas Campo
∂ ( ρ (t, x ) v (t, x )) ∂P ( t , x ) (
∂ ρ (t, x ) v2 (t, x ) ) − Γ (t, x ) − ρ
=− − ( t , x ) sen (θ ( x ) ) g (4.6)
∂t ∂x ∂x A( x)
Modelagem de Escoamento Monofásico 28
Γ ( t , x ) = K ( x )τ ( t , x ) (4.7)
ρvv (4.8)
τ= f
2
ρ = ρ ( P)
d ρ ( P) (4.9)
c=
dP
∂P ∂ ( ρ v ) − Γ − ρ sen θ
2
∂ ( ρv)
=− − ( )g (4.10)
∂t ∂x ∂x A
∂ρ 1 ∂q
∂t = − A ∂x
(4.11)
∂ ( ρ v) ∂P ∂ ρ v
2
(
Γ )
∂t = − ∂x − ∂x − A − ρ sen (θ ) g
∂P 1 ∂q
∂t = − Ac ∂x
(4.12)
∂q = − A 1 − c v 2 ∂P − 2 v ∂q − Γ − ρ g A sen (θ )
∂t
( ∂x
) ∂x
Visando ter todas as variáveis de estado com a mesma ordem de grandeza, é feito um
escalonamento utilizando a pressão de referência PR, obtendo-se as equações em termos da
pressão adimensional PT:
∂PT 1 ∂q
∂t = − Ac P ∂x
R
(4.13)
= − AP 1 − c v 2 ∂PT − 2 v ∂q − Γ − ρ g A sen (θ )
∂q
∂t
R ( ∂x
)
∂x
∂ y ∂ y
+MA +MB =0 (4.14)
∂t ∂x
1
0
MA = PR Ac (4.15)
(
A PR 1 − c v 2
) 2v
T
M B = 0 ( Γ + ρ g A sen (θ ) ) (4.16)
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 30
5.1 INTRODUÇÃO
Nessa tese será desenvolvido um modelo a dois fluidos utilizando uma formulação
segundo médias temporais em um referencial Euleriano para ambas as fases para a
modelagem de escoamentos disperso e/ou separado através de equações de fechamento
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 31
1 ⇔ ρ ( t , x ) = ρ L
M L (t, x ) = (5.1)
0 ⇔ ρ ( t , x ) ≠ ρ L
1 ↔ ρ ( t , x ) = ρG
M G (t, x) = (5.2)
0 ↔ ρ ( t , x ) ≠ ρG
1 ↔ ρ ( t , x ) ∉ { ρ L , ρG }
M I (t, x ) = (5.3)
0 ↔ ρ ( t , x ) ∈ { ρ L , ρG }
Pode-se então definir a função média temporal de densidade de fase αk, para uma
interface com espessura δ como sendo:
1 t + ∆t 2
α k ( t , x ) = lim M k ( t , x ) dt
δ → 0 ∆t ∫t − ∆t 2
(5.4)
Ω = Ω L ∪ ΩG
(5.5)
∆V ( x) = ( AL ( t , x ) + AG ( t , x ) ) ∆x
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 34
AG ( t , x ) = α G ( t , x ) A ( x )
AL ( t , x ) = α L ( t , x ) A ( x ) (5.6)
αG ( t, x ) + α L (t , x ) = 1
∂ ( ρ N ( t , x ) ∆VN ( x ) )
∂t qN (t , x) qN (t , x + ∆x)
=
↓ ↓ − ↓ (5.7)
Entrada Saída
Acúmulo
∂ ( ρ N ( t, x )α N ( t, x ) ) ∂qN (t , x)
A( x) =− (5.9)
∂t ∂x
∂ ( ρN αN ) 1 ∂qN
=− (5.10)
∂t A ∂x
PN ( t , x ) = P ( t , x ) + ∆PN ( t , x ) (5.11)
( 2
ρ N vN AN t , x ) ( 2
)
ρ N vN AN t , x +∆x
↓ − ↓ + ...
Entrada de Saída de
Momento da Momento da
Fase N Fase N
PN t , x AN t , x PN t , x +∆x AN t , x
+ ↓ − ↓ + ...
Força de Contato
Força de Contato
( ( ) ( ) N ( ) ) na Entrada da
∂ ρ t , x v t , x ∆ V x
na Saída da
∂t
Fase N Fase N
↓ = . (5.12)
Acúmulo de
Momento da
AN t , x ∆PN t , x AN t , x +∆x ∆PN t , x
Fase N
+
↓ − ↓ + ...
Força de Contato Força de Contato
na Entrada da
na Saída da
Interface
Interface
( Γ N ∆x ) ( AN ρ N sen (θ ) g ∆x )
t,x
t ,x
− ↓ − ↓
Forças Forças de
Viscosas Campo
Γ N ( t , x ) = K N ( t , x )τ N ( t , x ) + K IN τ IN ( t , x ) (5.13)
∂PN ∂α N
−α N ∂x − ∆PN ∂x +
∂ ( ρ N α N vN )
= −
(
∂ ρ N α N vN2
+
)
(5.14)
∂t ∂x
ΓN
− − ρ N g α N sen (θ )
A
∂α N ∂ ( ρ N α N vN ) Γ N
2
∂ ( ρ N α N vN ) ∂PN
= −α N − ∆PN − − − ρ N g α N sen (θ ) (5.15)
∂t ∂x ∂x ∂x A
∂ ( ρ N α N ) 1 ∂qN
=−
∂t A ∂x
(5.16)
∂ ( ρ N α N vN )
= −α N
∂PN
− ∆PN −
2
∂α N ∂ ρ N α N vN Γ ( )
− N − ρ N g α N sen (θ )
∂t ∂x ∂x ∂x A
A forma primitiva requer o isolamento das derivadas temporais das variáveis de estado
do modelo. As variáveis de estado a serem adotadas nesta tese serão: (i) fração de área de
seção transversal ocupada pelo gás α G , (ii) pressão média da seção transversal P , (iii) vazão
∂α N ∂ρ N 1 ∂q N
ρ N ∂t + α N ∂t = − A ∂x
(5.17)
∂q N = − A ∂P − ∆P A ∂α N − A ∂∆PN − ∂ ( qN vN ) − Γ − ρ gA sen (θ )
∂t N
∂x
N
∂x
N
∂x ∂x
N N N
∂ρ N d ρ N ∂P ∂P
= = cN
∂ξ dP ∂ξ ∂ξ
(5.18)
∂∆PN ∂∆PN ∂P ∂∆PN ∂α G
= +
∂ξ ∂P ∂ξ ∂α G ∂ξ
∂ ( q N vN ) ∂q N ∂P ∂α N
= 2 vN − AN vN2 cN − A ρ N vN2 (5.19)
∂x ∂x ∂x ∂x
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 38
∂α G −1 ∂qL −1 ∂qG
= rG ( A ρ L ) − rL ( A ρG )
∂t ∂x ∂x
∂P −1 ∂qL −1 ∂qG
= − rL ( A α L cL ) − rG ( Aα G cG )
∂t ∂x ∂x
∂∆PL ∂α
A ∆PL − α L − ρ L vL2 G +
∂α G ∂x
∂qL
= ∂∆PL ∂P ∂qL
∂t − AL 1 − cL vL2 + − 2 v +
∂P ∂x
L
∂x (5.20)
−Γ L − ρ L gAα L sen (θ )
∂∆PG ∂α
− A ∆PG + α G − ρG vG2 G +
∂α G ∂x
∂qG
= ∂∆PG ∂P ∂qG
∂t − AG 1 − cG vG2 + − 2 v +
∂P ∂x
G
∂x
−ΓG − ρG g Aα G sen (θ )
α L cL
ρL
rL = (5.21)
α G cG α L cL
+
ρG ρL
α G cG
ρG
rG = (5.22)
α G cG α L cL
+
ρG ρL
P ( t , x ) = PR PT ( t , x ) (5.23)
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 39
∂α G rG ∂qL rL ∂qG
∂t = A ρ ∂x − A ρ ∂x
L G
∂ y ∂ y
+MA +MB =0 (5.25)
∂t ∂x
Para relacionar a massa específica das fases com as variáveis de estado do sistema de
equações é necessário utilizar uma relação termodinâmica. A premissa de escoamento
politrópico adotada para o modelo permite a formulação de equações de estado dependentes
apenas da pressão. Uma relação simplificada baseada no coeficiente politrópico pode ser
descrita como:
PN ( t1 , x1 ) PN ( t2 , x2 )
γ
= γ (5.27)
ρ N ( t1 , x1 ) ρ N ( t2 , x2 )
ρN 0 1
ρN (t, x ) =
γ
1 ( P (t, x ))
N
γN
(5.28)
PN 0 N
d ρ N ( t, x )
1 ρN 0 ( P ( t , x ) ) γ N −1 = ρ N ( t , x )
1
= (5.29)
γ N P γN N γ N PN ( t , x )
1
d PN
N0
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 41
ΓG ). Esses termos são funções das variáveis de estado, da geometria do duto, das
propriedades dos fluidos e do padrão de escoamento.
ϑ = ∑ flPϑP (5.30)
P
As ponderações flES, flAN, flBO e flIN, são funções indicadoras de padrão de escoamento
e podem ser compreendidas como frações de comprimento onde o escoamento pode ser
modelado segundo padrão estratificado, anular, bolhas e intermitente, respectivamente, que
serão apresentadas detalhadamente na Subseção 5.13.4.
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 42
Filme de gás
vG αG
β
vL
hL
Filme de líquido
Corte longitudinal Corte transversal
hL 1 β
= 1 − cos (5.31)
D 2 2
β = sen ( β ) + 2π (1 − α G ) (5.32)
βD
KL =
2
K G = ( 2π − β ) D (5.33)
β
K I = Dsen
2
Figura 5.3. Ângulo de contato, altura máxima da camada de líquido e frações de área de gás e líquido
A derivada da área de seção preenchida pelo líquido (AL) em relação à altura máxima
da camada de líquido (hL), utilizada na análise de estabilidade do escoamento estratificado,
corresponde a (Taitel e Barnea, 1976):
dAL β
= D sen = K I (5.34)
dhL 2
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 44
ΓN = τ N KN + τ I ,N KI (5.35)
Esse modelo será adotado para todos os padrões de escoamento considerados nessa tese.
Interação fase-parede
As tensões de cisalhamento das fases N (líquida e gás) são definidas segundo fatores
de atrito de Fanning através das relações a seguir:
ρ vN vN
τ N = fN N
(5.36)
2
O fator de atrito da fase pela interação com a parede pode ser obtido através de
correlação para escoamento de uma fase como, por exemplo, a equação de Colebrook-White,
Colebrook (1939), para Re > 4000 :
1 ε 2.51
= −4log + (5.37)
fN 3.715D Re fN
N
f N = C ReN − n
onde:
0.046 , se regime turbulento
C= (5.38)
16 , se regime laminar
0.2 , se regime turbulento
n=
1 , se regime laminar
como as proposta por Churchill (1977) e por Haaland (1983). A correlação de Churchill é
mostrada a seguir:
8 12 1 2
f N = 2 + 3
Re N ( aN + bN ) 2
16
1 (5.39)
aN = 2.457 ⋅ ln 0.9
7 + 0.27 ε
Re
D
N
16
37530
bN =
Re N
1 6.9 ε 1.11
= −3.6 log10 + (5.40)
fN Re 3.7 D
N
Dh , L vL ρ L
Re L =
µL
(5.41)
Dh ,G vG ρG
ReG =
µG
onde os diâmetros hidráulicos das fases são definidos como (Taitel e Barnea, 1976):
4 AL
Dh, L =
KL
(5.42)
4 AG
Dh,G =
KG + K L
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 46
ρG vG − vL ( vG − vL )
τ I ,L = − f I
2 (5.43)
τ I ,G = −τ I , L
f I = fG (5.44)
Nesta tese será utilizada a correlação desenvolvida por Andritsos et al (1987) que
conforme descrito por Omgba-Essama (2004) gera resultados adequados tanto para
escoamentos estratificados suaves como estratificado com ondas.
f I = fG , para vS ,G ≤ 5m/s
vS , G h
0.5
(5.45)
f I = fG 1 + 15 − 1 L , para vS ,G > 5 m/s
5 D
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 48
Figura 5.7. Razão entre fatores de atrito de interface e da fase gás para escoamento estratificado
sendo:
∆PL ( t , x ) = PL ( t , x ) − P ( t , x )
(5.47)
∆PG ( t , x ) = PG ( t , x ) − P ( t , x )
z
PG
PI zCMG
PL zCML
y
onde a expressão para a diferença de pressão na interface é dada por (Masella et al., 1998):
α L ( t , x ) ρ L ( zCML (t , x) − hL ( t , x ) ) +
∆PI ( t , x ) = PI ( t , x ) − P ( t , x ) = g cos (θ ) (5.49)
+α G ( t , x ) ρG ( zCMG (t , x) − hL ( t , x ) )
As cotas dos centros de massa, zCML e zCMG, são obtidas pelas seguintes formas
integrais:
D
∫∫
AL ( t )
z dy dz
zCML = +
2 ∫∫ 1 dy dz
AL ( t )
(5.50)
D
∫∫
AG ( t )
z dy dz
zCMG = +
2 ∫∫ 1 dy dz
AG ( t )
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 50
1 1 β
z CML = D − sen 3
2 3πα L 2
(5.51)
1 1 β
zCMG = D + sen3
2 3πα G 2
A Figura 5.9 descreve as razões entre os centros de massa de cada fase pelo diâmetro
do duto, zCML/D e zCMG/D, em função da fração de área de gás (αG) e em função da espessura
máxima da camada de líquido (hL).
Figura 5.9. Cota do centro de massa das fases em relação ao ponto inferior da seção transversal do tubo
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 51
∂∆PL ∂∆PLG
= (1 − α L )
∂P ∂P
∂∆PG ∂∆PLG
= − (1 − α G )
∂P ∂P (5.52)
∂PL ∂∆PLG
= (1 − α L ) + ∆PLG
∂α G ∂α G
(5.53)
∂PG ∂∆PLG
= − (1 − α G ) + ∆PLG
∂α G ∂α G
onde:
∂∆PLG dh ∂z ∂z
= ( ρ L − ρG ) L − ρ L CML + ρG CMG g cos (θ )
∂α G dα G ∂α G ∂α G
dhL 1 β dβ
= − sen
dα L 2 2 dα G
dhL 1 β dβ
= sen
dα G 2 2 dα G
∂zCML D β 2 β β dβ (5.54)
=− sen 2 sen + cos
∂α G 2πα L 2 3α L 2 2 dα G
∂zCMG D β 2 β β dβ
=− sen 2 sen − cos
∂α G 2πα G 2 3α G 2 2 dαG
dβ 2π
=
d α G cos ( β ) − 1
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 53
1 β 1 β
∆PL = ρ L gD cos θ − cos + sen3
2 2 3πα L 2
(5.55)
1 β 1 β
∆PG = − ρG gD cos θ cos + sen3
2 2 3πα G 2
Filme de gás
vL
vG
αG
vL
hL
Filme de líquido
Corte longitudinal Corte transversal
hL 1
(
= 1 − αG
D 2
) (5.56)
K L = πD
KG = 0 (5.57)
K I = πD α G
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 54
A Figura 5.13 descreve a relação entre fração de área de gás (αG) e de líquido (αL) e a
altura da camada anular de líquido (hL):
h
f I = 0.005 1 + 300 L (5.58)
D
Nessa tese será utilizado o fator de atrito de interface para padrão anular obtido por
Fore et al. (2000) através da combinação de dados experimentais de diferentes trabalhos como
Fore e Dukler (1995) e Asali (1984):
17500 hL
f I = fG 1 + 300 1 + − 0.0015 (5.59)
ReG D
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 55
Figura 5.14. Razão entre fatores de atrito de interface e da fase gás para escoamento anular
K L = πD
KG = 0
(5.60)
πD 2α G
KI =
db
16 σ
0.5
onde o diâmetro máximo das bolhas (dmax) é descrito por Dukler e Taitel (1986) como:
vS ,G σ f M vM3
0.5 3/ 5 −2 / 5
onde a velocidade da mistura (vM) é definida como a soma das velocidades supeficiais vS,L e
vS,G.
ρ L vM vM
τ L = fM
2 (5.63)
τG = 0
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 57
A interação entre a fase contínua e a fase dispersa é definida através das seguintes
tensões interfaciais:
ρ L vb vb
τ I ,L = − fI
2 (5.64)
τ I ,G = −τ I , L
onde o fator de atrito é definido em termos do coeficiente de arraste conforme apresentado por
Masella (1997):
3 α G ρ L CD
fI =
2 db
(5.65)
4 ( ρ − ρG ) d b
CD = g L
3 ρL vb 2
A velocidade das bolhas pode ser calculada considerando regime turbulento através do
seguinte modelo simplificado (Masella, 1997):
( )
0.5
vb = 0.51db + 2.14d b−1 (5.66)
∆PL = ξρ L ( vG − vL ) vG − vL
∆PG = 0
(5.67)
1
ξ=
4
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 58
∂∆PL
=0
∂P
∂∆PL
=0
∂α G
∂∆PL 2∆PL
= (5.68)
∂qL qL
∂∆PL 2∆PL
=−
∂qG qG
∂∆PG ∂∆PG ∂∆PG ∂∆PG
= = = =0
∂α G ∂P ∂qL ∂qG
Corte longitudinal
Filme Líquido Slug
uf
uG ub
uL
uf
lf lS Bolha de Taylor
lu
Uma unidade de slug possui comprimento lu e é formada por duas regiões distintas:
K L,s = π D
K G ,s = 0
(5.69)
π D 2α s
K I ,s =
db
b) região de filme: consiste de uma grande bolha alongada (bolha de Taylor) e por um
filme de líquido escoando de forma estratificada. Essa região possui fração de área
de gás αf , ângulo de molhamento βf e velocidade do líquido e do gás são dadas por
uf e uG. A determinação da geometria na região de filme não é trivial devido à
variação da altura de líquido ao longo do comprimento. Essa complicação gera a
necessidade de resolver um balanço de massa e momento através de equações
diferenciais dentro da zona de filme. A título de simplificação, nessa tese será
considerada uma altura média de filme (hf) ao longo de toda essa região e um
ângulo de molhamento médio (βf) descrito na Equação (5.70). Os perímetros
dentro da região de filme podem ser obtidos pelas relações descritas na Equação
(5.71) (semelhantes às apresentadas para o padrão estratificado, ver Subseção
5.9.1):
β f = sen ( β f ) + 2π (1 − α f ) (5.70)
βf D
K L, f =
2
KG , f = ( 2π − β f ) D (5.71)
βf
K I , f = D sen
2
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 60
ut = C vM + ud (5.72)
vM = vS , L + vS ,G (5.73)
A velocidade de propagação das bolhas em um líquido estagnado, ud, foi modelada por
Bendiksen (1984) por meio da seguinte equação:
0.5
D
ln ( lS ) = −3.287 + 4.589 ln (5.75)
0.0254
Nessa tese, será utilizada uma combinação entre as relações obtidas por Dukler et al.
(1985) e Norris (1982):
D
0.5
2
σ
0.5 2/5
f s 3 ρ L 3 / 5
α s = 0.058 2 0.4 2 vM − 0.725 (5.77)
( ρ L − ρG ) g D σ
onde o fator de atrito de Fanning para o slug (fs) é obtido via (5.39) a partir do número de
Reynolds do slug definido como:
ρ L uS D
ReS = (5.78)
µL
A fração de área de gás na bolha de Taylor média ( α f ) é obtida pelo balanço de massa
na unidade de slug:
lu l
αf = αG − s α s (5.80)
lf lf
vS , L + ut (α G − α s )
uL =
1 − αs
(5.81)
vS ,G − ut (α G − α s )
ub =
αs
Do balanço de massa das fases dentro da região da bolha de Taylor é possível obter as
velocidades do gás na bolha de Taylor (uG) e do líquido no filme (uf):
1 − αs
u f = ut + ( uL − ut )
1−α f
(5.82)
α
uG = ut + s ( ub − ut )
αf
n
vS , G vS , L ρL f S , L −0.5
ws = 0.0323
D vS ,G ρ L − ρG 2 EO0.2 (5.83)
260µ L
n = 0.85+ 1.5
D ρ L ∆ρ g
g ( ρ L − ρG )
onde o número de Eötvös é definido como EO = D .
σ
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 63
ut
lu = (5.84)
ws
lf ls
ϑIN (α G , PT , qL , qG ) = ϑES (α f , PT , qL , f , qG , f ) + ϑBO (α s , PT , qL , s , qG , s ) (5.85)
lu lu
onde as vazões mássicas dentro das regiões de slug são dadas por:
qL , f = ρ L u f A (1 − α f )
qG , f = ρG uG Aα f
(5.86)
qL , s = ρ L u L A (1 − α s )
qG ,s = ρG ub Aα s
O procedimento de IPE utiliza uma lógica baseada em uma árvore de decisões com a
seguinte sequência de busca: Estratificado, Anular, Bolhas e Intermitente. Os passos do
procedimento estão descritos a seguir de maneira simplificada:
e) Passo 5: Calcula-se a fração de área de gás para padrão anular, αG,Pots, utilizando-se
o modelo descrito no Apêndice VI – Modelo Estacionário Anular de Pots (1985);
g) Passo 7: Calcula-se a fração de área de gás para padrão bolhas, αG,Zuber, utilizando
a correlação descrita por Zuber e Findlay (1965);
i) Passo 9: Caso regime de bolhas não seja possível, assume-se regime intermitente.
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 65
onde FrG corresponde ao número de Froude da fase gás calculado para velocidade superficial
da fase gás (vG,S):
0.5
ρG
FrG = vG , S (5.88)
( ρ L − ρG ) gD
e o número de Froude crítico FrG,C como uma função apenas da fração de área de gás
calculada considerando regime estratificado estacionário utilizando o modelo de Taitel e
Barnea (1990):
0.5
hL ,Taitel 3 πD
FrGC = 1 − α G ,Taitel (5.89)
D 4 K I ,Taitel
onde KI,Taitel e hL,Taitel podem ser obtidos pelas equações (5.31) e (5.33) a partir da fração de
área de gás αG,Taitel calculada através do modelo detalhado no Apêndice V – Modelo
Estacionário Estratificado de Taitel e Dukler (1976).
0.5
f S ,L
N L = FrL (5.91)
cos (θ )
e FrL corresponde ao número de Froude da fase líquida calculado para velocidade superficial
da fase líquida (vS,L):
0.5
ρL
FrL = vS , L (5.92)
( ρ L − ρG ) gD
0.5
hL,Taitel
1 −
D
N L ,C = 0.5
α L ,Taitel (5.93)
fL
f S ,L
onde:
K = FG Re S , L 0.5
0.5
α L,Taitel cos (θ ) (5.95)
K C = 2α G ,Taitel
0.01
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 67
onde FrL,C corresponde ao número de Froude crítico da fase líquida calculado segundo:
0.5
hL,Taitel
FrL,C = 1.5α L ,Taitel (5.97)
D
Para escoamentos onde a fração de área de líquido é inferior a 0.35 em dutos verticais
pode-se analisar a estabilidade do filme através do número de Froude crítico do gás conforme:
onde FrG é determinada através de (5.88). O FrG,C foi determinado por Richter (1981) e é
definido como:
75 Eo2
0.5
FrG ,C = 1 + 2 D − 1
EoD2 75 f L , Pots
(5.101)
∆ρ g
EoD2 = D 2
σ
estabilidade das bolhas através do teste das flutuações turbulentas em relação ao empuxo
conforme apresentado por Taitel e Dukler (1976):
T ≥ TC ⇒ Escoamento Bolhas
(5.103)
T < TC ⇒ Escoamento Intermitente
onde:
2 fS ,L
T=
cos (θ )
0.5 (5.104)
α L2, Zuber α G , Zuber D f S , L
TC = 2π
K I , Zuber f L ,Zuber
onde as frações de área de gás e líquido são calculadas segundo as correlações de Zuber e
Findlay (1965).
limites. Para frações de área de gás superiores a 0.52, o escoamento é intermitente. Para
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 69
frações de área de gás inferiores a 0.25, tem-se escoamento bolhas. Para a faixa intermediária
de fração de área é necessário avaliar o diâmetro médio, o diâmetro de migração e o diâmetro
crítico de deformação das bolhas através das expressões desenvolvidas por Dukler e Taitel
(1986) e Barnea (1987):
vS ,G σ f M vM3
0.5 3/ 5 −2 / 5
T < TC ⇒ Intermitente
θ < 10º
T ≥ TC ⇒ Bolhas
α G , Zuber < 0.25 ⇒ Bolhas
d max < d migr ⇒ Bolhas (5.107)
d max < d def
θ ≥ 10º 0.25 ≤ α G , Zuber ≤ 0.52 d max ≥ d migr ⇒ Intermitente
d max ≥ d def ⇒ Intermitente
α
G , Zuber > 0.52 ⇒ Intermitente
INÍCIO
flESS = 0, flESO = 0, flES = 0, fl AN = 0, flBO = 0, flIN = 0
flES = 1 ⇒ FIM
SE
flES = 0 ⇒ CONTINUA EM TESTE 2
FIM
1
σ (k , x) = (5.108)
1 + e − kx
σ (k , 0) = 0.5
lim (σ (k , x) ) = 1
x →+∞
lim (σ (k , x) ) = 0
x →−∞ (5.109)
1, se x > 0
lim (σ (k , x) ) = 0.5, se x = 0
k →+∞
0, se x < 0
σ (k ,θ ) ⋅ σ (k , K − KC ) +
flESO = σ (k , FG ,C cos (θ ) − FG ) ⋅
+ σ ( k , − θ ) ⋅ σ ( k , N L ,C − N L ) ⋅ σ ( k , F L − F )
L ,C
σ ( k , θ ) ⋅ σ (k , KC − K ) +
flESS = σ (k , FG ,C cos (θ ) − FG ) ⋅
+σ ( k , −θ ) ⋅ σ ( k , N L ,C − N L ) ⋅ σ ( k , FL ,C − F )
L
σ (k ,10 − θ ) ⋅ σ (k , T − TC ) +
σ (k , 0.25 − α G , Zuber ) +
flBO = (1 − flES − fl AN )
+σ ( k , θ − 10) ⋅ +σ (k , α G , Zuber − 0.25) ⋅ σ (k , 0.52 − α G , Zuber ) ⋅
⋅σ (k , d − d ) ⋅ σ (k , d
def max m migr − d max )
flIN = 1 − flES − fl AN − flBO
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 72
coeficientes M B do modelo final descrito por (5.25) e (5.26). As Figuras 5.18, 5.19 e 5.20
5.14.2 Hiperbolicidade
Um sistema de equações diferenciais parciais conforme descrito em (5.25) em sua
forma primitiva é dito hiperbólico se todos os autovalores da matriz de coeficientes MA forem
reais e distintos. Um modelo não-hiperbólico pode caracterizar uma modelagem inadequada,
pois pequenas perturbações em condições de contorno podem gerar oscilações de amplitudes
crescentes, caracterizando um modelo mal-posto.
a) para frações de área de gás próximas aos valores extremos, o modelo tende a ser
não-hiperbólico;
b) para fração de área igual a 0.5, verifica-se um maior domínio onde o modelo é
hiperbólico;
Para frações de área de gás iguais a zero tem-se o escoamento unicamente de líquido,
sendo-se assim pode-se então verificar que:
lim rG = 0
αG → 0
α L →1
(5.111)
lim rL = 1
αG → 0
α L →1
logo:
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 78
0 0 0 ( Aρ G )
−1
−1
0 0 ( APR cL ) 0
limαG →0 M A = (5.112)
qG → 0 Aρ L vL2 (
APR 1 − v c
2
L L ) 2vL 0
0 0 0 0
Por esse limite, pode-se observar que a matriz de coeficientes MA possui termos que
atuam sobre os gradientes de vazão mássica de gás apenas para a EDP de fração de área de
gás. Isso indica que esse modelo é capaz de representar o comportamento monofásico sem
perder sua representação bifásica mesmo para frações de área de gás tendendo a zero.
A mesma análise pode ser feita para frações de área de gás tendendo a 1:
lim rG = 1
αG →1
α L →0
(5.113)
lim rL = 0
αG →1
α L →0
logo:
0 0 ( − A ρL )
−1
0
−1
0 0 0 ( A PR cG )
limαG →1 M A = (5.114)
qL → 0 0 0 0 0
2
2
(
− AρG vG APR 1 − vG cG ) 0 2vG
T
limαG →0 M B = 0 0 (Γ L + ρ L g AL sen (θ ) ) 0
T
(5.115)
limαG →1 M B = 0 0 0 (Γ G + ρG g AG sen (θ ) )
Quando uma fase está próxima ao desaparecimento a sua dissipação de energia torna-
se praticamente nula, o que pode levar ao surgimento de velocidades elevadas. Esse
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 4 equações 79
comportamento faz com que o modelo dinâmico bifásico, quando aplicado em situações
limites de fração de área próxima a um ou zero, torne-se extremamente rígido e de difícil
solução numérica. Storkaas et al. (2001) identificaram essa dificuldade e propuseram uma
alteração na forma do termo difusivo de modo a aumentar a dissipação da fase nas
proximidades de seu desaparecimento.
Durante as simulações realizadas ao longo dessa tese, não foi observada a necessidade
de utilizar termos dissipativos extras para valores extremos de fração de área de gás.
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 3 equações 80
6.1 INTRODUÇÃO
∂ ( ρ L α L ) 1 ∂qL
=−
∂t A ∂x
∂ ( ρG α G ) 1 ∂qG
=− (6.1)
∂t A ∂x
∂ (ρ v )
M M
=− −
( 2
∂P ∂ ρ M vM )
Γ
− M − ρ M g sen (θ )
∂t ∂x ∂x A
∂α L d ρ L ∂P 1 ∂qL
ρ L ∂t + α L dP ∂t = − A ∂x
∂α G d ρG ∂P 1 ∂qG
ρG + αG =− (6.2)
∂t dP ∂t A ∂x
∂ρ M vM ∂P ∂ρ M vM 2
Γ
=− − − M − ρ M g sen (θ )
∂t ∂x ∂x A
∂α L ∂α
=− G
∂ξ ∂ξ
∂α G ∂α G ∂P ∂α G ∂qL ∂α G ∂qG
= + +
∂ξ ∂P ∂ξ ∂qL ∂ξ ∂qG ∂ξ
∂ρ L d ρ L ∂P
=
∂ξ dP ∂ξ
∂ρG d ρG ∂P (6.3)
=
∂ξ dP ∂ξ
∂ρ M vM ∂ρ M vM ∂P ∂ρ M vM ∂qL ∂ρ M vM ∂qG
= + +
∂ξ ∂P ∂ξ ∂qL ∂ξ ∂qG ∂ξ
(
∂ ρ M vM 2 ) = ∂(ρ ) ( ) (
vM 2 ∂P ∂ ρ M vM 2 ∂qL ∂ ρ M vM 2 ∂qG
M
+ +
)
∂ξ ∂P ∂ξ ∂qL ∂ξ ∂qG ∂ξ
Os termos vM, ρM, αL e αG são obtidos através da correlação de Beggs e Brill (1973)
∂α G ∂α G ∂α G
descrito no Apêndice VII – Modelo Beggs e Brill (1973) e os termos , , ,
∂P ∂qL ∂qG
∂ρ M vM ∂ρ M vM ∂ρ M vM ∂ρ M vM 2 ∂ρ M vM 2 ∂ρ M vM 2
, , , , e são obtidos através de derivadas
∂P ∂qL ∂qG ∂P ∂qL ∂qG
numéricas.
∂P ∂t ∂qL ∂t ∂qG ∂t ∂P ∂x
( )
∂ ρ M vM 2 ∂q ∂ ρ M vM 2 ∂q
− L −
( ) Γ
G − M − ρ M g sen (θ )
∂qL ∂x
∂qG ∂x
A
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 3 equações 83
∂ ( ρ M vM )
PR
∂PT ∂ ( ρ M vM ) ∂qL ∂ ( ρ M vM ) ∂qG
+ +
∂ ρ M vM 2
= − 1 +
( ) P ∂PT
+
(6.5)
R
∂P ∂t ∂qL ∂t ∂qG ∂t ∂P ∂x
−
(
∂ ρ M vM 2 ) ∂q
− L
(
∂ ρ M vM 2 ) ∂q
G
−
ΓM
− ρ M g sen (θ )
∂qL ∂x ∂qG ∂x A
∂ y ∂ y
+MA +MB =0 (6.6)
∂t ∂x
T
onde o vetor de variáveis de estado do modelo é definido como y = [ PT qL qG ] , a matriz
−1
MA = A B (6.7)
−1
MB = A C (6.8)
∂α G ∂ρ ∂α G ∂α G
− ρ L + α L L PR −ρL −ρL
∂P ∂P ∂qL ∂qG
∂α G ∂ρ ∂α G ∂α G
A = ρG + α G G PR ρ
G G ρ (6.9)
∂P ∂P ∂qL ∂qG
∂ ( ρ M vM ) ∂ ( ρ M vM ) ∂ ( ρ M vM )
PR
∂P ∂qL ∂qG
Modelagem de Escoamento Bifásico: abordagem via 3 equações 84
0 A−1 0
B= 0 0 A−1 (6.10)
(
∂ ρ M vM
2
) P (
∂ ρ M vM 2
) (
∂ ρ M vM 2
)
1+ R
∂P
∂qL
∂qG
0
C= 0 (6.11)
Γ M + ρ g sen (θ )
A M
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 85
7.1 INTRODUÇÃO
Neste capítulo serão apresentados os métodos numéricos utilizados nessa tese para a
resolução no espaço das equações diferenciais parciais que modelam os trechos de tubulação
com escoamento monofásico ou bifásico.
ζ ( y (t, x )) = 0 (7.1)
onde:
t ∈ ℝ+ (7.2)
x∈ℝ/0 ≤ x ≤ L
y ( t , x ) : ℝ 2 → ℝ ne
yi ∈ H , ∀i
Para solução desse sistema de equações diferenciais parciais são utilizados métodos de
aproximação do tipo resíduos ponderados (Finlayson, 1980) adaptados para múltiplas
variáveis. Esses métodos permitem a representação das equações diferenciais parciais do
modelo a um sistema de equações diferenciais ordinárias no tempo.
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 86
n n (7.4)
yɶ ( t , x ) = ∑ yɶ ( ) = ∑ c j ( t ) φ j ( x )
j
j =1 j =1
( )
ℜ = ζ yɶ ≠ 0 (7.5)
b (7.6)
f ( x ) , g ( x ) = ∫ f ( x ) g ( x ) dx
a
b b (7.7)
ζ ( y ( t , x ) ) ,ψ i ( x ) = ∫ ℜψ i ( x ) dx = ∫ ζ ( yɶ ( t , x ) )ψ i ( x ) dx = 0
a a
{1 x x2 x 3 ⋯} ;
base {ζ (φi )} ;
hi
∫ψ
*
i dΩ = ± , Ω é o domínio e hi é o comprimento do i-ésimo elemento;
Ωi
2
conjunto de nós j = 0, 1, ... , N k , sendo o elemento j delimitado pelos nós j-1 e j. Define-se,
então, um vetor de estados nodais yj empilhados de dimensão nek· Nk x 1 como sendo:
T
Y k (t ) = y0 ⋯ yN
T T T
y1 (7.8)
k
onde cada vetor de estado nodal yj possui nek variáveis, que correspondem ao número de
variáveis de estado do modelo do duto k (2 se modelo monofásico, 3 se modelo bifásico a 3
equações e 4 se modelo bifásico a 4 equações).
yɶ ( x, t ) = ∑ yɶ ( ) ( x, t ) = ∑ y j (t )φ j (θ ( x))
j
(7.9)
j j
onde y j (t ) representa os coeficientes de Fourier que nesse caso coincidem com o vetor de
( j)
estados para o nó j da malha de discretização e yɶ ( x, t ) representa a função que aproxima o
0, θ j ( x) < −1,
1 + θ ( x), −1 ≤ θ ( x) < 0,
j j
φ j (θ ( x)) = (7.10)
1 − θ j ( x), 0 ≤ θ j ( x ) < 1,
0, θ j ( x) ≥ 1.
j j
( x − ∑i =1
h i ) / h j , x ≥ ∑
i =1
hi
θ j ( x) = j −1 j
(7.11)
( x − h ) / h , x < h
∑i =1
i j −1 ∑i =1
i
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 90
( j)
Pela definição da função base, (7.10) e (7.11), pode-se observar que yɶ (t , x) possui
um comportamento restrito ao elemento sob influência dos estados dos nós que limitam o
elemento (nós j-1 e j):
yɶ ( ) ( t , x ) = y j −1 (t )φ j −1 (θ j −1 ( x )) + y j (t )φ j (θ j ( x))
j
(7.12)
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 91
Esse mesmo comportamento pode ser observado nas derivadas temporal e espacial:
∂ yɶ
( j)
(t, x )
= yɺ j −1 ( t ) φ j −1 ( x ) + yɺ j ( t ) φ j ( x )
∂t
(7.13)
∂ yɶ
( j)
(t, x )
= y j −1 ( t ) φɺj −1 ( x ) + y j ( t ) φɺj ( x )
∂x
( j) ( j)
∂ yɶ (t , x) ∂ yɶ (t , x)
ℜ
( j)
=
∂t
+MA ( ( j)
yɶ (t , x) ) ∂x
(( j)
+ M B yɶ (t , x) ) (7.14)
Tem-se então:
∂
(
∂t y j −1 (t )φ j −1 (θ j −1 ( x ) ) + y j (t )φ j (θ j ( x) ) + ... )
ℜ
( j)
(
= M A y j −1 (t )φ j −1 (θ j −1 ( x ) ) + y j (t )φ j (θ j ( x) )
∂
) ( )
y (t )φ j −1 (θ j −1 ( x) ) + y j (t )φ j (θ j ( x ) ) + ...
∂x j −1
(7.15)
(
M y (t )φ (θ ( x ) ) + y (t )φ (θ ( x) )
B j −1 j −1 j −1 j j j )
ℜ
( j)
= yɺ j −1φ j −1 + yɺ jφ j + M A yɶ
( j)
( )
y j −1φɺj −1 + M A yɶ
( j)
( )
y jφɺj + M B yɶ
( j)
( ) (7.16)
Nk
∑ ∫ ℜ
(i )
ψ j dx = 0, 0 ≤ j ≤ N k
(7.17)
i =1 {i}
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 92
Nk
∑ (
∫ i −1 i −1
i =1 {i }
y
ɺ φ + y
ɺ )
φ
i i
ψ j dx +
Nk
( ( )
i =1 {i }
( )
(i )
)
+ ∑ ∫ M A yɶ y i −1φɺi −1 + M A yɶ y iφɺi ψ j dx +
(i )
(7.18)
Nk
i =1 {i }
( )
+ ∑ ∫ M B yɶ ψ j dx = 0, 0 ≤ j ≤ N k
(i )
que corresponde a:
Nk Nk
∑
i =1
y
ɺ i −1 ∫ φ ψ
i −1 j dx + ∑ yɺ i ∫ φψ
i j dx +
{i } i =1 {i}
Nk Nk
i =1
( ) (i )
( )
+ ∑ y i −1 ∫ M A yɶ φɺi −1ψ j dx + ∑ y i ∫ M A yɶ φψ
(i ) ɺ
i j dx +
(7.19)
{i } i =1 {i}
Nk
i =1 {i }
( )
+ ∑ ∫ M B yɶ ψ j dx = 0, 0 ≤ j ≤ N k
(i )
Nk Nk
∑
i =1
y
ɺ h
i −1 {i}
i ∫ φi −1 ψ j d θ + ∑ y
ɺ h
i =1 i {i}
i ∫ φi ψ j d θ +
Nk Nk
i =1
( ) ( )
−∑ y i −1 ∫ M A yɶ ψ j dθ + ∑ y i ∫ M A yɶ ψ j dθ +
(i ) (i )
(7.20)
{i} i =1 {i}
Nk
i =1 {i }
( )
+ ∑ hi ∫ M B yɶ ψ j dθ = 0, 0 ≤ j ≤ N k
(i )
Θk Yɺ k + Λ k Y k + Ξ k = 0 (7.21)
(7.8), é composto pelos vetores de variáveis de estado nodais empilhados com dimensão
nek·(Nk+1) x 1.
h1 φ0ψ 0 dθ I 0
{1} ∫ h2 ∫ φ1ψ 0 dθ I
{2}
⋯ hNk ∫
{ Nk }
φNk −1ψ 0 dθ I
h1 ∫ φ0ψ 1 dθ I h2 ∫ φ ψ dθ I
1 1 ⋯ hNk ∫ φNk −1ψ 1 dθ I 0
{1} {2} { Nk }
Θk ,1 = h φ ψ dθ I (7.22)
1 ∫ 0 2 h2 ∫ φψ 1 2 dθ I ⋯ hNk ∫ φNk −1ψ 2 dθ I 0
{1} {2} { Nk }
⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮
h1 φ0ψ Nk dθ I 0
∫
{1}
h2 ∫ φψ
{2}
1 Nk dθ I ⋯ hNk ∫
{ Nk }
φNk −1ψ Nk dθ I
0 h1 φψ φNkψ 0 dθ I
∫{1} 1 0 dθ I h2 ∫φψ
{2}
2 0 dθ I ⋯ hNk ∫
{ Nk }
0 h1 ∫ φ1ψ 1 dθ I h2 ∫ φ2ψ 1 dθ I ⋯ hNk ∫ φNkψ 1 dθ I
{1} {2} { Nk }
Θk ,2 = 0 h φ ψ dθ I (7.23)
1 ∫ 1 2 h2 ∫ φ2ψ 2 dθ I ⋯ hNk ∫ φNkψ 2 dθ I
{1} {2} { Nk }
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0 h1 φ1ψ Nk dθ I hNk ∫ φNkψ Nk dθ I
∫
{1}
h2 ∫ φ2ψ Nk dθ I ⋯
{2} { Nk }
onde 0 e I são matrizes de zeros e identidade, respectivamente, com dimensão nek x nek.
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 94
− M
∫ A
{1}
( yɶ )ψ dθ
(1)
0
(2)
( )
− ∫ M A yɶ ψ 0 dθ ⋯ − ∫ (
M A yɶ
( Nk )
)ψ 0 dθ 0
{2} { Nk }
−∫ M
{1} A
( yɶ )ψ dθ
(1)
1 − ∫ M A yɶ ( )ψ dθ
(2)
1 ⋯ − ∫ (
M A yɶ
( Nk )
)ψ 1 dθ 0
{2} { Nk }
Λ k ,1 =− M
∫ A
{1}
( yɶ )ψ dθ
(1)
2
(2)
( )
− ∫ M A yɶ ψ 2 dθ ⋯ − ∫ (
M A yɶ
( Nk )
)ψ 2 dθ 0
(7.24)
{2} { Nk }
⋮ ⋮ ⋱ ⋮ ⋮
− M
∫ A ( yɶ )ψ (1)
Nk dθ
(2)
( )
− ∫ M A yɶ ψ Nk dθ ⋯ − ∫ M A yɶ (
( Nk )
)
ψ Nk dθ 0
{1} {2} { Nk }
0
∫ M ( yɶ )ψ ∫ M ( yɶ )ψ ( )
ψ 0 dθ
(1) (2) ( Nk )
{1}
A 0 dθ
{2}
A 0 dθ ⋯ ∫
{ Nk }
M A yɶ
∫ M ( yɶ )ψ dθ ∫ M ( yɶ )ψ dθ ( )
(1) (2) ( Nk )
0
{1}
A 1
{2}
A 1 ⋯ ∫ A
{ Nk }
M y
ɶ ψ 1 d θ
Λ k ,2 = 0
∫ M ( yɶ )ψ ∫ M ( yɶ )ψ ( ) (7.25)
(1) (2) ( Nk )
{1}
A 2 dθ
{2}
A 2 dθ ⋯ ∫ A
{ Nk }
M yɶ ψ 2 d θ
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ⋮
0
∫ M ( yɶ )ψ ∫ M ( yɶ )ψ ( )
ψ Nk dθ
(1) (2) ( Nk )
A Nk dθ A Nk dθ ⋯ ∫ M A yɶ
{1} {2} { Nk }
Nk
∑ hi ∫ M B
i =1 {i}
( yɶ )ψ dθ
(i )
0
Nk
∑ hi ∫ M B ( ) (i )
yɶ ψ 1 dθ
i =1 {i}
Ξ = Nk (7.26)
h M
∑ i∫ B ( ) (i )
yɶ ψ 2 dθ
{i}
i =1
Nk
∑ hi ∫ M B ( ) (i )
yɶ ψ Nk dθ
i =1 {i}
um estado nodal igual ao valor nodal de um nó vizinho e/ou (ii) Dirichlet, ou seja, valor da
variável de estado é especificado:
Yk ,i ( t ) = Ck , j (t ) (7.27)
Além das condições iniciais definidas segundo o vetor de estados nodais iniciais Zk:
Y k (0) = Z k (7.28)
Y k (t ) = SW W k (t ) + C k (t )
k
T
Wɺ k ( t ) = SW Θk −Λ k Y ( t ) − Ξ k
−1
k (7.29)
T
W (0) = SW Z k
k
funções base {φ j } , após aplicação das propriedades das funções base, as matrizes Θ1,k, Θ2,k,
h1 φ0φ0 dθ I 0
{1}∫ 0 ⋯ 0
h1 ∫ φ0φ1 dθ I h2 ∫ φ φ dθ I
1 1 ⋯ 0 0
{1} {2}
Θ1,k = 0 h2 ∫ φ1φ2 dθ I ⋱ ⋮ 0 (7.30)
{2}
⋮ ⋮ ⋱ hNk ∫ φNk −1φNk −1 dθ I ⋮
{ Nk }
0
0 0 hNk ∫ φNk −1φNk dθ I
{ Nk }
0 h1 φ1φ0 dθ I
∫
{1}
0 ⋯ 0
0 h1 ∫ φ1φ1 dθ I h2 ∫ φ2φ1 dθ I ⋯ 0
{1} {2}
Θ2,k = 0 0 h2 ∫ φ2φ2 dθ I ⋱ 0 (7.31)
{2}
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ hNk ∫ φNk φNk −1 dθ I
{ Nk }
0 0 0 hNk ∫ φNk φNk dθ I
{ Nk }
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 97
− M
∫ A
{1}
( yɶ )φ dθ
(1)
0 0 ⋯ 0 0
− ∫ M
{1} A
( yɶ )φ dθ
(1)
1
(2)
( )
− ∫ M A yɶ φ1 dθ ⋯ 0 0
{2}
Λ1,k =
0
(2)
( )
− ∫ M A yɶ φ2 dθ ⋱ ⋮ 0
(7.32)
{2}
⋮ ⋮ ⋱ − ∫ M A yɶ (
( Nk )
)
φNk −1 dθ ⋮
{ Nk }
0 0 − ∫ M A yɶ(( Nk )
φNk dθ) 0
{ Nk }
0
∫ M ( yɶ )φ dθ
(1)
0 0 ⋯ 0
{1}
A
∫ M ( yɶ )φ dθ ∫ M ( yɶ )φ dθ
(1) (2)
0 1 1 ⋯ 0
A A
{1} {2}
∫ M ( yɶ )φ dθ
(2)
Λ 2, k = 0 0 A 2 ⋱ ⋮ (7.33)
{2}
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ ∫ MA ( yɶ
( Nk )
) φNk −1 dθ
{ Nk }
0 0 0 ⋯ ∫ MA ( yɶ )
( Nk )
φNk dθ
{ Nk }
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 98
hi M B
∫ ( yɶ )φ dθ
(1)
0
{1}
h2 ∫ M B
( yɶ )
(2)
φ1 dθ
{2}
Ξ1, k = (7.34)
⋮
hNk ∫ M B( yɶ ) ( Nk )
φNk −1 dθ
{ Nk }
0
0
h1 ∫ M B ( ) (1)
yɶ φ1 dθ
{1}
Ξ 2, k = h1 ∫ M B ( ) (2)
yɶ φ2 dθ (7.35)
{2}
⋮
hNk ∫ M B
{ Nk }
( yɶ
( Nk )
)
φN k d θ
onde 0 e I são matrizes de zeros e identidade, respectivamente, com dimensão nek x nek.
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 99
h1
3 I 0 ⋯ 0 0
h1 I h2
I ⋯ 0 0
6 3
h2
Θ1,k = 0 I ⋱ ⋮ 0 (7.36)
6
hNk
⋮ ⋮ ⋱ I ⋮
3
hNk
0 0 I 0
6
h1
0 6
I 0 0 ⋯
0 h1 h2
I I ⋯ 0
3 6
h2
Θ2,k = 0 0 I ⋱ 0 (7.37)
3
h
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ Nk I
6
hNk
0 0 0 I
3
− M A,0,1 0 ⋯ 0 0
− M A,1,1 − M A,1,2 ⋯ 0 0
Λ1,k = 0 − M A,2,2 ⋱ ⋮ 0 (7.38)
⋮ ⋮ ⋱ − M A, Nk −1, Nk ⋮
0 0 − M A, Nk , Nk 0
0 M A,0,1 0 ⋯ 0
0 M A,1,1 M A,1,2 ⋯ 0
Λ 2, k = 0 0 M A,2,2 ⋱ ⋮ (7.39)
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ M A, Nk −1, Nk
0 0 0 ⋯ M A, Nk , Nk
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 100
h1 M B ,0,1
h M
2 B ,1,2
Ξ1,k = ⋮ (7.40)
hNk −1 M B , Nk −1, Nk
0
0
hM
1 B ,1,1
Ξ 2, k = h2 M B ,2,2 (7.41)
⋮
hNk M B , Nk , Nk
M A,i ,i +1 = ∫ (
M A yɶ
( i +1)
)
φi dθ
{i +1}
∫ M ( yɶ )φ dθ
(i )
M A , i ,i = A i
{i }
(7.42)
M B ,i ,i +1 = ∫ (
M B yɶ
( i +1)
)
φi dθ
{i +1}
∫ M ( yɶ )φ dθ
(i )
M B , i ,i = B i
{i }
hj
diferente de zero e ψ *j é definido tal que ∫ψ *j d Ω = ± .
Ω
2
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 101
h j d φi
− sign ( vM , j ) , 0 ≤ θ j ( x ) < 1
2 dx
h j −1 d φi
ψ *j (θ ( x ) ) = + sign ( vM , j ) , − 1 ≤ θ j −1 ( x ) < 0 (7.43)
2 dx
0, caso contrário
onde vM é a velocidade da mistura, que para uma função base triangular corresponde a:
sign ( vM , j )
1 − θ j − α , 0 ≤ θ j ( x) < 1
2
sign ( vM , j )
ψ j (θ ( x ) ) = 1 + θ j −1 + α , − 1 ≤ θ j −1 ( x ) < 0 (7.44)
2
0, caso contrário
A Figura 7.3 descreve a função base φ j (x) e a função peso ψ j ( x ) para α igual a
Λ k = Λ k ,1 + Λ k ,2 + Λ k ,3 (7.46)
Ξ k = Ξ k ,1 + Ξ k ,2 + Ξ k ,3 (7.47)
sendo Θ1,k, Θ2,k, Λ1,k, Λ2,k, Ξ1,k e Ξ2,k idênticas às obtidas para o método de Galerkin e Θ3,k,
Λ3,k, e Ξ3,k definidas como:
− h1 I 0 ⋯ 0 0
+ h1 I −h2 I ⋯ 0 0
0 + h2 I ⋱ ⋮ 0 +
⋮ ⋮ ⋱ − hNk I ⋮
0 0 + hNk I 0
αk
Θ k ,3 =
4
( ( ))
diag sign vM k
0 −h1 I 0 ⋯ 0
(7.48)
0 + h1 I −h2 I ⋯ 0
+ 0 0 + h2 I ⋱ ⋮
⋮ ⋮ ⋮ ⋱ − hNk I
0 0 0 + hNk I
( ( )) ⋅
Λ 3 = α k diag sign vM k
−M * 0 ⋯ 0 0 0 − M A,1
*
0 ⋯ 0
A,1
+ M * *
− M A,2 ⋯ 0 0 0 + M A,1
*
− M A,2
*
⋯ 0
A,1
(7.49)
⋅ 0
*
+ M A,2 ⋱ ⋮ 0 + 0 0 + M A,2
*
⋱ ⋮
⋮ ⋮
*
⋱ − M A, Nk ⋮ ⋮ ⋮ ⋮ ⋱ − M A, Nk
*
0 0
*
+ M A, Nk 0 0 0 0 + M A, Nk
*
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 103
*
− h1 M B ,1
( * *
h1 M B ,1 − h2 M B ,2 )
( ( ))
Ξ 3 = α k diag sign vM k
⋮
(7.50)
( * *
hNk −1 M B , Nk −1 − hNk M B , Nk )
*
hNk M B , Nk
* *
A matriz M A,i e o vetor M B ,i , cujas integrações numéricas são feitas através do
∫ M ( yɶ )dθ
* (i )
M A, i = A
{i}
(7.51)
*
M B ,i =
(i )
∫ M B yɶ dθ ( )
{i}
O operador de diferenças finitas para derivada pode ser obtido a partir da série de
Taylor para o vetor de funções y(t,x) possui a seguinte forma:
∂ y ( t, x j )
y (t, x j − hj ) = y (t, x j ) + hj + o (hj ) (7.52)
∂x
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 104
∂ y (t, x j ) y ( t, x j ) − y ( t, x j − hj )
≅ (7.53)
∂x hj
∂ y (t, x j ) y ( t , x j + h j +1 ) − y ( t , x j )
≅ (7.54)
∂x h j +1
Por último, pode-se ainda fazer uma aproximação onde tanto os valores a montante
quanto a jusante são utilizados constituindo um método de diferenças centrais:
∂ y (t, x j ) y ( t , x j + h j +1 ) − y ( t , x j − h j )
≅ (7.55)
∂x h j +1 + h j
∂ y (t, x j )
≅ yɺ j ( t )
∂t
(7.56)
∂ y (t, x j ) y j +1 ( t ) − y j −1 ( t )
=
∂x h j +1 + h j
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 105
y j +1 ( t ) − y j −1 ( t )
yɺ j ( t ) + M A ( t , x j ) + M B (t, x j ) = 0 (7.57)
h j +1 + h j
h1 yɺ 0 ( t ) + M A ( t , x0 ) y1 ( t ) − M A ( t , x0 ) y 0 ( t ) + h1 M B ( t , x0 ) = 0
( h2 + h1 ) yɺ 1 ( t ) + M A ( t , x1 ) y 2 ( t ) − M A ( t , x1 ) y 0 ( t ) + ( h2 + h1 ) M B ( t , x1 ) = 0
( h3 + h2 ) yɺ 2 ( t ) + M A ( t , x2 ) y 3 ( t ) − M A ( t , x2 ) y1 ( t ) + ( h3 + h2 ) M B ( t , x2 ) = 0
(7.58)
( h4 + h3 ) yɺ 3 ( t ) + M A ( t , x3 ) y 4 ( t ) − M A ( t , x3 ) y 2 ( t ) + ( h4 + h3 ) M B ( t , x3 ) = 0
⋮
hNk yɺ Nk ( t ) + M A ( t , xNk ) y Nk ( t ) − M A ( t , xNk ) y Nk −1 ( t ) + hNk M B ( t , xNk ) = 0
que assumindo a mesma forma matricial descrita em (7.21), corresponde a uma matriz Θk
dada por (7.65), uma matriz Λk dada por (7.66) e um vetor Ξk dado por (7.67):
Θ k = Θk ,1 + Θk ,2
h1 I 0
0 h I
2
⋱
Θ k ,1 =
h Nk −1 I 0 0
0 hNk I 0
0 0 0 (7.59)
0 0 0
0 h I 0
1
0 0 h2 I
Θ k ,2 =
⋱
hNk −1 I 0
0 hNk I
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 106
Λ k = Λ k ,1 + Λ k ,2
0 M A ( t , x0 ) 0
0 0 M A ( t , x1 )
⋱
Λ k ,1 =
M A ( t , xNk − 2 ) 0
0 M A ( t , xNk −1 )
0 M A ( t , xNk ) (7.60)
M A ( t , x0 ) 0
M A ( t , x1 ) 0
0 M A ( t , x2 )
Λ k ,2 = −
⋱
M A ( t , xNk −1 ) 0 0
0 M A ( t , xNk ) 0
h1 M B ( t , x0 )
( h1 + h2 ) M B ( t , x1 )
Ξ= ⋮ (7.61)
( hNk −1 + hNk ) M B ( t , xNk −1 )
hNk M B ( t , xNk )
∂ y (t, x j )
≅ yɺ j ( t )
∂t
(7.62)
∂ y (t, x j ) y j ( t ) − y j −1 ( t )
=
∂x hj
y j ( t ) − y j −1 ( t )
yɺ j ( t ) + M A ( t , x j ) + M B (t, x j ) = 0 (7.63)
hj
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 107
h1 yɺ 0 + M A ( t , x0 ) y1 ( t ) − M A ( t , x0 ) y0 ( t ) + h1 M B ( t , x0 ) = 0
h1 yɺ1 + M A ( t , x1 ) y1 ( t ) − M A ( t , x1 ) y0 ( t ) + h1 M B ( t , x1 ) = 0
h2 yɺ 2 + M A ( t , x2 ) y2 ( t ) − M A ( t , x2 ) y1 ( t ) + h2 M B ( t , x2 ) = 0
(7.64)
h3 yɺ 3 + M A ( t , x3 ) y3 ( t ) − M A ( t , x3 ) y2 ( t ) + h3 M B ( t , x3 ) = 0
⋮
( hNk ) yɺ Nk ( t ) + M A ( t , xNk ) yNk ( t ) − M A ( t , xNk ) y Nk −1 ( t ) + ( hNk ) M B ( t , xNk ) = 0
que assumindo a mesma forma matricial descrita em (7.21), corresponde a uma matriz Θk
dada por (7.65), uma matriz Λk dada por (7.66) e um vetor Ξk dado por (7.67):
h1 I 0
0 h1 I
⋱
Θk = (7.65)
h Nk − 2 I 0 0
0 hNk −1 I 0
0 0 hNk 0
Λ k = Λ k ,1 + Λ k ,2
0 M A ( t , x0 )
0 M A ( t , x1 )
⋱
Λ k ,1 =
M A ( t , xNk − 2 ) 0 0
0 M A ( t , xNk −1 ) 0
0 0 M A ( t , xNk ) (7.66)
M A ( t , x0 ) 0
M A ( t , x1 ) 0
0 M A ( t , x2 )
Λ k ,2 = −
⋱
M A ( t , xNk −1 ) 0 0
0 M A ( t , xNk ) 0
Métodos Numéricos para Solução das EDP’s 108
h1 M B ( t , x0 )
h1 M B ( t , x1 )
Ξk = ⋮ (7.67)
hNk −1 M B ( t , xNk −1 )
h M B (t, x )
Nk Nk
Avaliações e Comparações 109
8 AVALIAÇÕES E COMPARAÇÕES
∂v ∂v
+v =0 (8.1)
∂t ∂x
Considerando uma condição inicial dada por uma velocidade constante e igual à vL à
esquerda da coordenada de descontinuidade xd e igual à vR à direita da descontinuidade:
vL , x < xd
v ( 0, x ) = (8.2)
vR , x ≥ xd
Avaliações e Comparações 110
Toro (1997) descreve a solução analítica para a equação de Burgers como sendo igual
a:
x < s ⋅ t ⇒ v ( t , x ) = vL
vL > vR , se
x ≥ s ⋅ t ⇒ v ( t , x ) = vR
se x ≤ vL ⋅ t ⇒ v ( t , x ) = vL
(8.3)
x
vL ≤ vR , se v L ⋅ t < v < vR ⋅ t ⇒ v ( t , x ) = t
x ≥ vR ⋅ t ⇒ v ( t , x ) = vR
O resultado obtido para o método de Petrov-Galerkin com α igual a 0,5 foi muito
semelhante aos resultados obtidos por Omgba-Essama (2004) utilizando métodos puramente
upwind como os do tipo Rusanov.
∂v ∂v ∂h
+v + g =0
∂t ∂x ∂x
(8.4)
∂h ∂v ∂h
+h +v =0
∂t ∂x ∂x
v ( 0, x ) = 0
hL , x < xd (8.5)
h ( 0, x ) =
hR , x ≥ xd
Avaliações e Comparações 113
x − xd
0, t
≤ − g hL
2 x − xd x − xd
3 g hL + t , −
g hL <
t
(
≤ vm − g hm )
v (t, x ) =
v , v − g h < x − xd
m ( m m) t
≤s
0, s < x − xd < ∞
t
(8.6)
x − xd
hL , t
≤ − g hL
2
1 x − xd x − xd
2 g hL −
9g t
, − g hL <
t
(
≤ vm − g hm )
h ( t , x ) =
x − xd
(
hm , um − g hm < t ) ≤s
h , s < x − xd < ∞
R t
1 8s 2
hm = 1 + − 1 hR
2 ghR
ghR 8s 2
mv = s − 1 + + 1 (8.7)
4s ghR
vm + 2 g hm − 2 g hL = 0
Figura 8.7. Solução numérica via Galerkin para o problema de quebra de comporta
Figura 8.8. Solução Numérica via diferenças finitas centrais para o problema de quebra de comporta
Para que seja possível a comparação entre os modelos, é necessário impor as seguintes
simplificações adicionais ao modelo utilizado na tese:
b) fluidos incompressíveis;
c) escoamento laminar para ambas as fases, tal que o fator de atrito é calculado pela
expressão fN = 16/ ReN.
As Figuras 8.9, 8.10 e 8.11 comparam os resultados obtidos pelos modelos escritos no
Capítulo 5 ao modelo simplificado de Taitel e Dukler (1976). Nota-se que na Figura 8.9 para
a velocidade superficial do gás igual a 10 m/s, há um descolamento entre um dos pontos
determinados pelo modelo estacionário e o modelo de Taitel e Dukler. Isso se deve a
problemas de convergência do método numérico para solução do sistema de equações
algébricas.
9.1 INTRODUÇÃO
A grande maioria dos estudos tem como foco a análise do comportamento bifásico em
um único duto. Raras contribuições se destacam em relação à simulação de redes de
escoamento bifásico, tema esse que foi apenas explorado pelas empresas de desenvolvimento
de softwares comerciais para escoamento bifásico, entretanto sem divulgação na literatura
aberta.
1 3
1
3 4 5 5
2
6
2 4
∂ ( ρ L ,k H L ,k )
Vk = QL , IN ,k − QL ,OUT ,k + WL ,k (9.1)
∂t
∂ ( ρG , k H G , k )
Vk = QG , IN ,k − QG ,OUT ,k + WG , k (9.2)
∂t
onde Vk é o volume do vértice k em m³, WN,k é a vazão mássica externa da fase N no vértice k
em kg/s, onde valores positivos significam entrada de massa no vértice e valores negativos
saída, QN,IN,k é o somatório das vazões mássicas da fase N das extremidades de saída das
arestas (linhas) que chegam ao vértice k (conforme orientação previamente definida para o
digrafo da rede de escoamento) em kg/s, QN,OUT,k é o somatório das vazões mássicas da fase N
das extremidades de entrada das arestas (linhas) que saem do vértice k (conforme orientação
previamente definida para o digrafo da rede de escoamento) em kg/s, HN,k é o hold-up de fase
N no vértice k e ρN,k é a densidade da fase N no vértice k em kg/m³.
τ
1 + G ,k
∂H G ,k 1 τ L,k
= 1 −
∂t τ G ,k 1 + pG ,k
pL ,k
(9.3)
τ
1 + G ,k
∂PT , k pG ,k τ L,k
= 1 −
∂t PRτ G , k 1 + pG ,k
pL , k
Modelagem Dinâmica de Rede Escoamento Bifásico 124
−1
QN , IN , k − QN ,OUT ,k + WN ,k
τ N ,k =
(9.4)
ρ L ,k Vk
−1
H N ,k ∂ρ N
pN , k = (9.5)
ρ
N ,k ∂P
As vazões internas que entram e saem dos vértices caracterizadas pelos vetores QL,IN,
QG,IN, QL,OUT e QG,OUT são determinadas a partir das vazões nas extremidades das arestas
utilizando matrizes de incidência conforme as seguintes identidades matriciais:
Q N , IN = MI IN q N ,OUT
(9.6)
Q N ,OUT = MI OUT q N , IN
onde qN,OUT é o vetor de vazões da fase N na extremidade de saída de cada aresta, qN,IN é o
vetor de vazões da fase N na extremidade de entrada de cada aresta e M,IN e MIOUT são
matrizes de incidência que representam a conectividade entre vértices do tipo A e arestas
(matrizes com número de linhas igual ao número de vértices do tipo A e número de colunas
igual ao número de arestas) com as seguintes regras de formação:
0 H G,k
0 P
Ek =
Vertice A
→ T ,k (9.7)
WL ,k 0
WG ,k 0
0 0 H G ,k
P 0 P
E k = T , EXT , k
Válvula
→
Vertice A
→ T ,k (9.8)
0 WL ,k 0
0 WG ,k 0
As vazões externas WL,k e WG,k são obtidas através da vazão externa da mistura WM,k
em kg/s através das seguintes equações:
WL ,k = (1 − H G ,k )WM ,k
(9.9)
WG ,k = H G ,k WM ,k
onde CV,k é o coeficiente da válvula expresso em galões por minuto (GPM) de água a 60 °F
com perda de carga de 1 lbf/in², ρM, k é a densidade da mistura calculada na pressão média em
kg/m³:
PR
∆pk =
106
( PT ,k − PT , EXT ,k ) (9.11)
ρ M ,k = (1 − H G ,k ) ρG ,k + H L ,k ρ L ,k (9.12)
T
E k = α G , B ,k PT , B ,k qL , B , k qG , B ,k (9.13)
PT = MI OUT PT , IN (9.16)
tal que, PT,IN é o vetor de pressões adimensionais na extremidade de entrada de cada aresta e
MIOUT é uma matriz de incidência definida na Subseção 9.2.
0 0
0 0
Ek = →
reservatório (9.17)
0 qres , L,k
0 qres ,G ,k
Modelagem Dinâmica de Rede Escoamento Bifásico 128
105
PT ,val ,k = PT ,k + ∆pk (9.18)
PR
qM , k qM , k
∆pk = (9.19)
ρ M ,k ( 0.0075 xk CV ,k )
2
onde xk é a abertura da válvula, CV,k é o coeficiente da válvula expresso em galões por minuto
(GPM) de água a 60 °F com perda de carga de 1 lbf/in², ρM, k é a densidade da mistura
calculada na pressão média em kg/m³ e qM,k é a vazão mássica de mistura em kg/s dada por:
qM ,k = QL, IN , k + QG , IN ,k (9.20)
Q L , IN = MI B , IN q L,OUT
(9.21)
QG , IN = MI B , IN q G ,OUT
onde qL,OUT e qG,OUT são os vetores de vazões na extremidade de saída de cada aresta e MIB,IN
é uma matriz de incidência que representa a conectividade entre vértices do tipo B e arestas
(matrizes com número de linhas igual ao número de vértices do tipo B e número de colunas
igual ao número de arestas) com as seguintes regras de formação: o elemento da linha i e
Modelagem Dinâmica de Rede Escoamento Bifásico 129
coluna j da matriz MIB,IN é igual 1 se o i-ésimo vértice do tipo B estiver conectado à saída da
j-ésima aresta, do contrário é igual a 0.
0 0
P P
Ek = T ,k
→ val ,k
válvula
(9.22)
0 0
0 0
Seja, por exemplo, um arranjo conforme mostrado na figura a seguir, onde o vértice a
e o vértice b são conectados através da especificação de conexão e:
... c a e b d ...
0 0
P P
E a = T ,a →
conexão T , IN ,d (9.23)
0 0
0 0
Modelagem Dinâmica de Rede Escoamento Bifásico 130
0 0
0 0
Eb = →
conexão (9.24)
q L ,b qL ,OUT ,c
q L ,b qG ,OUT ,c
9.5 ARESTA
Os valores das variáveis de estado na extremidade de entrada das arestas são descritos
através dos vetores αG,IN, PT,IN, qL,IN e qG,IN e na extremidade de saída das arestas são descritos
pelos vetores αG,OUT, PT,OUT, qL,OUT e qG,OUT.
seja, mais próxima. A atribuição de condição de contorno von Neumann é feita através do
vetor de estados reduzidos do duto (Wk).
O modelo da k-ésima aresta discretizada é dado pela Equação (7.29), onde a aplicação
das condição de contorno é resumida pelo vetor C k de condições de contorno que tem a
mesma dimensão do vetor de estados nodais da aresta k e valores não nulos apenas nas
posições correspondentes aos estados nodais a serem substituídos por valores especificações
segundo condição de contorno Dirichlet ou von Neumann. O vetor C k é então obtido através
do vetor de especificações E e do vetor de estados nodais reduzidos Wk através da seguinte
equação:
C k (t ) = S E E (t ) + S Neu W k (t ) (9.25)
k k
T
Q = W 1 PT ,1 ... PT , nA
T T
... W m H G ,1 ... H G ,nA (9.26)
Modelagem Dinâmica de Rede Escoamento Bifásico 132
m
nREDE = 2nA + ∑ ( nek ( N k + 1) − ( Ndirk + Nneuk ) ) (9.27)
k =1
T
Qɺ = Wɺ 1 PɺT ,1 ... PɺT ,nA
T T
... Wɺ m Hɺ G ,1 ... Hɺ G , nA
T
(9.28)
Q(0) = W (0) ... W (0) H G ,1 (0) ... H G ,nA (0) PT ,1 (0) ... PT ,nA (0)
T T
1 m
III) Rigidez ocorre quando alguns componentes da solução decaem muito mais
rapidamente que outros.
ondas de pressão é muito superior à velocidade de propagação da fração de área de gás o que
reforça a característica III. Por fim, observa-se a validade de IV em situações limites quando
há desaparecimento de uma das fases. Logo, o modelo bifásico implica em um sistema
discretizado na forma de EDO’s com propriedades rígidas.
Qɺ = 0 (9.29)
A tela inicial do SDMPFLOW está apresentada na Figura 9.3. As Figuras 9.4 a 9.11
corresponde às telas de configuração dos parâmetros do simulador. A Figura 9.12 é referente
à tela de visualização dos resultados da simulação.
a) analisador: função que permite analisar os autovalores da matriz Jacobiana das EDO’s;
ff) modelo_valvulaRet: função que determina as vazões de líquido e de gás para válvulas
de retenção;
jj) simulador: função que executa a simulação bifásica de escoamento em redes de dutos;
Modelagem Dinâmica de Rede Escoamento Bifásico 140
• Entre os instantes 150s e 180s, a vazão mássica de gás é elevada de 0.1 para
0.13 kg/s através de uma rampa;
Figura 10.4. Análise de sensibilidade de malha (caso estratificado) via método de Galerkin
Figura 10.5. Análise de sensibilidade de malha (caso estratificado) via método de diferenças finitas
Analisando-se as Figura 10.4 e Figura 10.5, nota-se que ambos os métodos tendem
assintoticamente a uma solução quanto maior o número de elementos utilizados.
Tempo
Método Número de
Computacional
Numérico Elementos (ou nós)
(s)
Galerkin 5 17.28
Galerkin 10 19.47
Galerkin 25 27.00
Galerkin 50 43.98
Galerkin 100 132.41
Dif. Finitas 5 15.65
Dif. Finitas 10 16.49
Dif. Finitas 25 20.25
Dif. Finitas 50 30.83
Dif. Finitas 100 88.52
Dessa tabela é possível verificar que o método de Diferenças Finitas requer um menor
tempo computacional que o método de Galerkin, fato esse esperado já que o método de
Galerkin requer o cálculo do modelo ao longo dos elementos para a determinação dos
coeficientes do modelo conforme descrito em detalhes na subseção 7.4 pela determinação de
integrais segundo quadraturas gaussianas. Também é possível nota a dependência entre o
tempo computacional e o número de elementos ou nós de discretização.
condição de contorno do tipo Dirichlet da formulação anterior porém não aplica a condição de
contorno do tipo von Neumann na fração de gás da entrada.
Figura 10.7. Análise para 3 condições de contorno Dirichlet e 1 condição de contorno von Neumann
Figura 10.8. Análise para 3 condições de contorno Dirichlet e nenhuma condição de contorno von Neumann
pressão na saída do duto é necessário forçar uma quarta condição de contorno que
corresponde à condição de contorno do tipo von Neumann para fração de área de gás na
entrada do duto.
b) Entre os instantes 150s e 180s, a vazão mássica de gás é elevada de 5.0 para 5.5
kg/s através de uma rampa;
Figura 10.15. Condições iniciais para simulação de escoamento horizontal regime bolhas
b) De maneira análoga ao caso anterior, verifica-se que a vazão mássica de gás sofre
uma elevação devido ao arraste promovido pelo líquido e em seguida retorna para
o valor de contorno após a passagem da onda de fração de área.
Formulação A
A Figura 10.18 ilustra a rede de escoamento, que é composta por quatro vértices e dois
trechos de dutos:
1 1 2 3 2 4
Figura 10.18. Representação de rede simples para formulação A
Formulação B
A Figura 10.19 ilustra a rede de escoamento, que é composta por três vértices e dois
trechos de dutos:
1 1 2 2 3
Resultados
Figura 10.20. Resultados para dois trechos em série: fração de área de gás
Número de Número de
Método Elementos (ou nós) Elementos (ou nós) Tempo
Numérico Computacional (s)
Aresta 1 Aresta 2
Galerkin 5 5 28.08
Galerkin 25 25 50.28
Galerkin 50 50 91.90
Dif. Finitas 5 5 24.82
Dif. Finitas 25 25 35.01
Dif. Finitas 50 50 58.69
Dessa tabela é possível verificar que a divisão em dois trechos de tubulação implicou
em uma redução computacional se comparado ao obtido na Tabela 10.1 referente ao caso com
um único trecho de tubulação mostrado na Subseção 10.1.1.
Figura 10.24. Diferença entre vazão de entrada e vazão de saída no vértice de acoplamento
Como pode-se notar na Tabela 10.3, há uma igualdade entre os valores de vazão
mássica nas extremidades de das arestas conectadas ao vértice 2, tanto para a fase líquida
quanto para a fase gás, o que indica o perfeito fechamento do balanço de massa no
acoplamento dos trachos de tubulação..
3
2 3
1 1 2 4
4 5
5
Densidade Densidade
Pressão de Coeficiente Tensão
do de Ref. do Viscosidade
Fluido Referência Politrópico Interfacial
Líquido Gás (Pa·s)
(bar) (-) (Pa· m)
(kg/m³) (kg/m³)
Óleo 850.0 - - +∞ 1.2 10-2
0.071
Gás - 80.0 100 1.25 8.0 10-5
Resultados de Simulações Dinâmicas 164
Reservatório
b) Entre os instantes 60s e 90s, a abertura da válvula é reduzida de 100% para 25%
através de uma rampa;
Resultados de Simulações Dinâmicas 165
d) Entre os instantes 500s e 530s, a abertura da válvula é elevada de 25% para 100%
através de uma rampa; e
4 7 6 3 5 Gás
4
2
3 8
2
1
1
Reservatório
a) No tempo inicial a válvula choke de gás (da aresta 3) é mantida com abertura de
100%;
Figura 10.36. Variáveis do reservatório para simulação do poço com gas lift
Resultados de Simulações Dinâmicas 170
Figura 10.37. Variáveis do poço para simulação do poço com gas lift
Figura 10.38. Variáveis da aresta de gás a montante da choke para simulação do poço com gas lift
Resultados de Simulações Dinâmicas 171
Figura 10.39. Variáveis da aresta de gás a jusante da choke para simulação do poço com gas lift
Figura 10.40. Variáveis da choke de gás para simulação do poço com gas lift
Figura 10.42. Variáveis do poço para simulação do poço com gas lift
Resultados de Simulações Dinâmicas 173
Figura 10.43. Variáveis da aresta de gás a montante da choke para simulação do poço com gas lift
Figura 10.44. Variáveis da aresta de gás a jusante da choke para simulação do poço com gas lift
Resultados de Simulações Dinâmicas 174
Figura 10.45. Variáveis da válvula choke de gás para simulação do poço com gas lift
Resultados de Simulações Dinâmicas 175
Figura 10.46. Variáveis da válvula de gas lift para simulação do poço com gas lift
Óleo + Gás
8 11 10 5 9 Gás
5 3 6 7
4 13 12 6
7
2
3 14
2
1
1
Reservatório ‘
Utilizou-se o método de diferenças finitas centrais. Além disso, nessa simulação foram
utilizados diferentes modelos em função das características de cada aresta pertencente à rede
de escoamento:
Figura 10.52. Variáveis da linha de gás a montante da choke para simulação do poço offshore
Figura 10.53. Variáveis da linha de gás a jusante da choke para simulação do poço offshore
Figura 10.56. Variáveis da válvula de gás lift para simulação do poço offshore
11.1 INTRODUÇÃO
Desse modo, esse capítulo tem como enfoque o desenvolvimento de um modelo que
possibilite a determinação do comportamento estacionário do escoamento bifásico a partir de
um sistema algébrico formulado a partir de equações em parâmetros concentrados. Sendo a
determinação de variáveis como densidade da mistura, hold-up de líquido e tensão de
cisalhamento feita através de correlações empíricas.
Esse modelo pode ser utilizado como estimativa inicial para os modelos dinâmicos
apresentados nos capítulos anteriores, porém seu uso é mais indicado na solução de problemas
que envolvem redes de escoamento complexas, com ciclos e diversos pontos de consumo e/ou
geração.
Além disso, por se tratar de um modelo que requer um baixo esforço computacional
para sua solução, pode ser utilizado junto a algoritmos de otimização com o intuito de
desenvolver projetos ótimos de redes de escoamento. Resultados da aplicação desse modelo
são descrios no Capítulo 12 onde são apresentados projetos ótimos de redes de escoamento
bifásico, mais especificamente para sistema de elevação artificial de petróleo.
11.2 DEFINIÇÕES
a) Variáveis de vértice
b) Variáveis de arestas
Para as variáveis de vazão mássica interna, um valor positivo indica que a direção de
escoamento é a mesma adotada como orientação para o digrafo e um valor negativo indica
Modelagem Estacionária Simplificada de Redes de Escoamento Bifásico 184
que o escoamento tem direção oposta à orientação do digrafo. Para as variáveis de vazão
mássica externa, um valor positivo indica que fluido está entrando na rede e um valor
negativo indica que fluido está deixando a rede.
• MI possui o elemento da i-ésima linha com j-ésima coluna igual a 0 se a j-ésima aresta
não está conectada ao i-ésimo vértice;
• MIIN possui elementos iguais a +1 nas posições onde os elementos de MI são iguais a
+1 e 0 para as outras posições;
• MIOUT possui elementos iguais a +1 nas posições onde os elementos de MI são iguais a
-1 e 0 para as outras posições.
T
y = qL WG
T T T T T T T T T T
qG PT , IN PT ,OUT H L, IN H L,OUT PT HL WL (11.1)
Modelagem Estacionária Simplificada de Redes de Escoamento Bifásico 185
MI qL + WL = 0 (11.2)
MI qG + WG = 0 (11.3)
( )
PT ,OUT − PT , IN − 0.5 ∆P1 + ∆P2 = 0 (11.4)
Modelagem Estacionária Simplificada de Redes de Escoamento Bifásico 186
com:
Li
dPi
∆P1,i = PR −1 ∫ dx (11.5)
0
dx
0
dPi
∆P2,i = PR −1 ∫ dx (11.6)
Li
dx
T
(
MI IN PT − PT , IN + h L , IN × qL + hG , IN × qG = 0 ) (11.7)
T
(
MI OUT PT − PT ,OUT + h L,OUT × qL + hG ,OUT × qG = 0 ) (11.8)
onde os vetores hL,IN e hG,IN estão relacionados à energia cinética do líquido e do gás na
entrada das arestas e os hL,OUT e hG,OUT estão relacionados à energia cinética do líquido e do
gás na saída das arestas, sendo calculados conforme (11.9):
hi, j
i∈{L ,G}
( )
= 10−5 diag −1 2 ρ i , j × ρ i , j × A j vi , j
(11.9)
j∈{IN ,OUT }
Os vetores AOUT e AIN correspondem às áreas das seções transversais nas extremidades
finais e iniciais das arestas, vL,OUT e vG,OUT correspondem às velocidades de líquido e de gás
nas extremidades finais das arestas e vL,IN e vG,IN correspondem às velocidades de líquido e de
gás nas extremidades iniciais das arestas.
Modelagem Estacionária Simplificada de Redes de Escoamento Bifásico 187
H L , IN − H L ( 0 ) =0 (11.10)
Correlação
H L ,OUT − H L ( L ) =0 (11.11)
Correlação
T
R H L − R IN H L , IN − R OUT H L,OUT = 0 (11.12)
onde R é uma matriz que identifica quais arestas retiram líquido de cada vértice (levando em
consideração a direção de escoamento da fase líquida, RIN é uma matriz diagonal que
identifica quais arestas possuem vazões positivas de líquido e ROUT é uma matriz diagonal que
identifica quais arestas possuem vazões negativas de líquido, descritas, respectivamente, em
(11.13), (11.14) e (11.15).
R IN
( ( ))
sign abs q + sign q
= diag
L L ( )
(11.14)
2
R OUT = diag
L ( ( ))
sign abs q − sign q
L ( )
(11.15)
2
Ey−e = 0 (11.16)
É importante reforçar que esse modelo pode ser aplicado na simulação de redes
bifásicas cíclicas e não-cíclicas com qualquer topologia inclusive em redes dotadas de vértices
divergentes (onde duas ou mais arestas deixam o mesmo vértice), não sendo encontrado na
literatura modelo bifásico de redes de escoamento que possua característica similar.
O objetivo desse modelo é gerar uma estimativa inicial para o método iterativo. Esse
modelo considera que: (i) uma fase escoa sem a interferência da outra fase, (ii) fases são
incompressíveis, (iii) escoamento laminar das fases líquida e gás, (iv) hold-up constante ao
longo de cada aresta e (v) hold-up’s em cada vértice são conhecidos e especificados. Com
essas simplificações, é possível calcular o gradiente de pressão da mistura como sendo uma
combinação linear de cada fase, gerando um sistema linear de equações.
Através das estimativas para o vetor de hold-up nos vértices HL,0, é possível
determinar as frações de áreas nas arestas H0, através de (11.17) com a matriz R0 definida em
(11.18).
T
H 0 = R 0 H L,0 (11.17)
(
R 0 = 0.5 abs ( MI ) − MI ) (11.18)
MI qL + WL = 0 (11.19)
MI qG + WG = 0 (11.20)
PT , IN − PT ,OUT − F L qL − F G qG − d = 0 (11.21)
1.28 ⋅ 10 −3 µ L
FL = diag ( H L ,0 ) diag ( L ) diag −1 ( D ) (11.22)
πρ L
1.28 ⋅ 10−3 µG
FG = diag (1 − H L ,0 ) diag ( L ) diag −1 ( D ) (11.23)
πρG
( ( )
d = 10−5 g ρ L diag ( H 0 ) + diag ρG diag (1 − H L ,0 ) MI z ) T
(11.24)
T
MI IN PT − PT , IN = 0 (11.25)
T
MI OUT PT − PT ,OUT = 0 (11.26)
H L , IN − H L ,OUT = 0 (11.27)
T
R 0 H L − H L, IN = 0 (11.28)
E0 y − e0 = 0 (11.29)
H L − H L,0 = 0 (11.30)
Modelagem Estacionária Simplificada de Redes de Escoamento Bifásico 190
O modelo simplificado pode ser expresso usando uma notação matricial conforme
apresentado em (11.31):
−1
y=A c (11.31)
MI 0 NS 0 NS 0 NS 0 NS 0 NS 0 NN 0 NN I NN 0 NN
0 NS MI 0 NS 0 NS 0 NS 0 NS 0 NN 0 NN 0 NN I NN
− F L −F G I SS − I SS 0 SS 0 SS 0 SN 0 SN 0 SN 0 SN
0 SN
T
0 SS 0 SS 0 SS − I SS 0 SS 0 SS MI OUT 0 SN 0 SN
0 SN
T
A = 0 SS 0 SS − I SS 0 SS 0 SS 0 SS MI IN 0 SN 0 SN
(11.32)
0 0 SS 0 SS 0 SS I SS − I SS 0 SN 0 SN 0 SN 0 SN
SS
0 0 SS 0 SS 0 SS − I SS 0 SS 0 SN R
T
0 SN 0 SN
SS
0 0 NS 0 NS 0 NS 0 NS 0 NS 0 NN I NN 0 SN 0 SN
NS
E0
T
c = 0N e0
T T T T T T T T T
0N d 0S 0S 0S 0S H L,0 (11.33)
Cabe ressaltar que o modelo linear requer 2N+S especificações enquanto o modelo
não-linear requer apenas 2N equações. A escolha das especificações fisicamente viáveis para
o modelo linear deve ser feita de modo a: (i) ter todos os hold-up’s nodais especificados, (ii)
ter pelo menos uma especificação de pressão nodal, e (iii) ter as vazões internas de uma das
fases amarradas em cada vértice divergente (que possui mais de uma aresta saindo do vértice).
Modelagem Estacionária Simplificada de Redes de Escoamento Bifásico 191
∂qL
∂x = 0
∂qG = 0
∂x
( )
∂ ρ M vM 2 ∂P ( )
∂ ρ M vM 2 ∂qL (11.34)
1 + sign ( M)
v + sign ( M)
v +
∂P ∂x ∂qL ∂x
( )
∂ ρ M vM 2 ∂qG Γ M
+ sign ( vM )
∂x
+ + ρ M g sen (θ ) = 0
∂ q A
G
Isso implica no gradiente nulo para a vazão mássica ao longo do trecho de tubulação,
como previsto pela equação da continuidade. Desse modo, o sistema de três equações
diferenciais parciais se reduz a uma única equação diferencial ordinária ao longo de cada
trecho de tubulação conforme mostrado em (11.35):
∂ ( qM vM ) ∂P
A + sign ( vM ) + Γ M + ρ M A g sen (θ ) = 0 (11.35)
∂P ∂x
Leq
Γ M = π D 1 + τ M (11.36)
L
Modelagem Estacionária Simplificada de Redes de Escoamento Bifásico 192
∂ ( q M vM )
DP = (11.37)
∂P
Leq
−π D 1 + τ M − ρ M A g sen (θ )
∂P L (11.38)
=
∂x ( A + sign ( vM ) DP )
Nesse trabalho utiliza-se o modelo de Beggs e Brill (1973) para determinação de τM,
ρM e DP, apresentado no Apêndice VII – Modelo Beggs e Brill (1973), onde o termo DP é
obtido via derivada numérica.
12.1 INTRODUÇÃO
A quantidade de gás injetado é uma variável operacional crítica, pois um baixo valor
pode reduzir significantemente a produção de óleo e um valor alto pode elevar os custos
operacionais de compressão. Em muitos casos, é possível verificar que a produção de óleo
atinge um valor máximo para uma determinada vazão de gás injetado.
Maximizar
m
Ωj
u∈ℝ
LB < u < UB
(12.1)
sujeito a: ( P well − P downhole ) = diag −1 ( IP L ) Q L
T
Q G 1 < qG ,mac
• Vazão mássica de gás injetado denotada pelo vetor QG (onde QGi corresponde à vazão
mássica de gás em kg/s injetada no i-ésimo poço).
• Vazão mássica de óleo produzido denotada pelo vetor QL (onde QLi corresponde à
vazão mássica de óleo em kg/s produzida no i-ésimo poço).
• Diâmetros das arestas de gás denotadas pelo vetor DG (onde DGi corresponde ao
diâmetro em polegadas das arestas que transportam gás da plataforma até o anular do
i-ésimo poço)
Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 195
A função objetivo Ωj pode ser formada por três termos em milhões de dólares por ano
correspondentes à receita (R, nesse caso relativo à produção de petróleo), custo anualizado de
utilidades (AGC, nesse caso apenas gás combustível é considerado) e custo total de capital
anualizado (ATCC).
Ω1 = R (12.2)
• Lucro máximo (função objetivo Ω2): determinação da vazão de gás injetado que
garante lucro máximo considerando o custo do gás combustível e o preço de óleo
para um determinado valor de índice de produção.
Ω2 = R − AGC (12.3)
• Projeto ótimo (função objetivo Ω3): determinação da vazão de gás injetado e dos
diâmetros de tubulação de gás que garantem um projeto ótimo do sistema de gas
lift contínuo, considerando o investimento com compressor, linhas de gás, custos
de instalação e manutenção, custos com gás combustível e preço do petróleo.
O custo ISBL (Inside Battery Limits) determinado pelos custos instalados com
compressor, turbina a gás e linhas de gás, é calculado de acordo com (12.5).
ISBL = CC + CT + CP (12.5)
onde CCF pode ser estimado como sendo 0.333 ano-1 (Douglas, 1988) considerando uma taxa
de mínima atratividade de 15% e uma amortização de 12 anos.
O custo OSBL (outside battery limits) pode ser estimado para processos químicos
conforme descrito por Douglas (1988) como sendo aproximadamente igual a três vezes o
ISBL.
γ −1
nγ RTIN max PG ( ) nγ
wC =
η ( γ − 1) MW PIN
(
− 1 Q T 1
G ) (12.8)
Considerando o acionamento através de uma turbina a gás, o custo pode ser estimado
de acordo com Couper et al. (2005) conforme descrito em (12.9):
LG ,i
0.901
1.59
1.29 ⋅ 10 DG ,i
−3
+
1000
0.820
0.940
LG ,i
CP = ∑ +18.7 ⋅ 10 DG ,i
−3
+ (12.10)
i
1000
L
0.783
+24.5 ⋅ 10−3 DG ,i 0.791 G ,i
1000
onde CP é o custo instalado em milhões de dólares, LG,i é o comprimento das linhas de gás
desde a plataforma até o i-ésimo poço em m e DG,i é o diâmetro das linhas de gás do i-ésimo
poço em polegadas.
O custo variável com gás combustível, considerando uma eficiência global (turbina a
gás e compressor), pode ser determinado como:
onde AGC é o custo com combustível em milhões de dólares por ano, wC é a potência do
compressor em kW e cGC é o custo do gás em dólares/Nm³.
R = 198.34
(Q 1) cL
T
(12.12)
L
ρ L0
onde R é o valor de receita em milhões de dólares por ano, ρL0 é a densidade de óleo nas
condições padrão em kg/m³, e cL é o preço do óleo em dólares/barril.
polegadas, (iii) vazão mínima de injeção de gás de 0 kg/s e (iv) vazão mínima de produção de
óleo de 0 kg/s.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 199
b) o segundo caso analisa um poço de produção offshore com sistema de gas lift,
como resultado é possível determinar o comportamento da produção de petróleo
em função da vazão de gás injetado para diferentes pressões na base do poço;
Considerando um poço que opera através de elevação artificial por gas lift contínuo, a
vazão de óleo depende das propriedades dos fluidos, da geometria da rede de escoamento, da
pressão do reservatório, e da pressão na cabeça do poço. A representação esquemática da
geometria do poço e o digrafo da rede estão apresentados na Figura 13.1. Os parâmetros
geométricos estão descritos na Tabela 13.1.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 200
Óleo + Gás
Óleo + Gás
Gás
1
1
Gás 4 2
3
2
3
Óleo
Óleo
O modelo possui as seguintes especificações: (i) pressão na cabeça do poço (PT1) igual
a 13.7 bar, (ii) vazão mássica de gás injetado (WG4), (iii) vazão mássica de óleo produzido
(WL3), (iv) vazão mássica de gás associado (WG3) é nula, (v) vazão mássica de líquido no
ponto de injeção de gás (WL4) é nulo, (vi) vazões mássicas externas no vértice 2 (WL2 e WG2)
são nulas.
13.1.1 Simulação
Variando-se a vazão mássica de gás injetado e a vazão mássica de óleo produzido é
possível mapear superfícies para as demais variáveis da rede de escoamento. São obtidas
informações importantes quanto ao comportamento do poço através das curvas de nível da
pressão de downhole (base do poço), conforme mostrado na Figura 13.2. Considerando um
valor fixo para pressão de downhole igual a 140 bar, para produzir 17.0 kg/s de óleo é
necessário injetar 1.01 kg/s ou um valor superior de gás igual a 3.43 kg/s. Outra variável de
interesse é a máxima produção de óleo, para uma dada pressão de downhole de 140 bar
verifica-se que a máxima produção é de 18.9 kg/s com uma injeção de gás de 1.9 kg/s.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 201
3
1 2
1 2 3
4
5
k
n Gás
Óleo / Gás
n+5
k+5 k
n+4 n
k+4 k+1
n+3 n+1
k+3
k+2
n+2
Óleo
As arestas da rede de escoamento são linha de produção (1 e 2), riser (3), do poço a
linha de produção (4) e as seguintes arestas (onde n é igual a 5): poço (n e n+1), anular de gás
(n+2) e linhas de fornecimento de gás (n+3 e n+4). Os parâmetros usados para descrever essas
arestas são mostrados nas Tabelas 13.2 a 13.4.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 203
A rede tem um ponto de entrada de líquido representado pelo vértice 7 na cota inferior
do poço e um ponto de entrada de gás na plataforma representado pelo vértice 10. O vértice 4
representa a chegada do riser de óleo na plataforma (antes da válvula choke) e está
especificado como um ponto de pressão fixa. Os outros vértices correspondem a pontos de
interconexão. A descrição desses vértices é apresentada na Tabela 13.5. As especificações
nodais da rede estão detalhadas na Tabela 13.6.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 204
13.2.1 Simulação
Variando-se a vazão mássica de gás injetado e a vazão de óleo produzido assim como
feito no exemplo anterior, obtém-se o gráfico de curvas de nível para pressão de downhole
mostrado na Figura 13.6. Verifica-se que para uma pressão no downhole de 220 bar, para
produzir 10.0 kg/s de óleo é necessário injetar uma vazão de gás de 2.7 kg/s e a produção
máxima é de 10.7 kg/s para uma injeção de 1.8 kg/s.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 205
Figura 13.6. Caso 2 - Curvas de nível para pressão na base do poço (downhole)
• Há uma vazão máxima de líquido que é obtida para uma determinada vazão crítica de
gás. Se a vazão de gás é elevada a valores superiores a esse valor crítico, uma redução
na vazão de líquido é observada.
Figura 13.7. Caso 2 - Curvas de nível da pressão na entrada da linha de gás (linha de 2 in)
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 206
Figura 13.8. Caso 2 - Curvas de nível da pressão na entrada da linha de gás (linha de 3 in)
Figura 13.10. Localização dos pontos de máximo para diferentes pressões de downhole
Cenário 1 2 3 Max
Razão de custo/preço
14.74 7.37 3.69 0
103((USD / Nm³)/(USD / barril))
Custo do gás (USD / Nm³) 0.1886 0.1886 0.1886 0
Preço do óleo (USD / barril) 12.79 25.58 51.15 51.15
Pressão do reservatório (bar) 220 220 220 220
Índice de produção ((kg/s)/bar) 1.0 1.0 1.0 1.0
Óleo produzido (kg/s) 9.571 9.591 9.596 9.598
Gás injetado (kg/s) 1.658 1.730 1.770 1.812
Pressão no downhole (bar) 210.43 210.41 210.40 210.40
Potência do compressor (kW) 1002.7 1051.8 1078.9 1108.1
Pressão de descarga (bar) 269.18 274.03 276.74 279.68
6
Lucro (10 USD/ano) 26.96 55.56 112.82 114.56
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 209
Nesse caso será feita a aplicação do modelo proposto em uma rede de dutos que
contém quatro poços de petróleo compartilhando uma linha de produção única em uma
topologia do tipo árvore conforme mostrado na Figura 13.13. Essa rede é composta por 28
vértices e 27 tubulações de acordo com o digrafo mostrado na Figura 13.14 (onde os vértices
5, 11, 17 e 23 correspondem a poços e têm estrutura conforme representado na Figura 13.5).
3
1 2
1 2 3
4 10 16 22
5 11 17 23
As arestas da rede de escoamento são: linhas de produção (1 e 2), riser (3), do poço à
linha de produção (n-1), poço (n e n+1), anular de gás (n+2) e linhas de gás (n+3 e n+4), onde
n é igual a 5, 11, 17 ou 23 (ver Figura 13.5). Os parâmetros usados para descrever essas
arestas estão mostrados nas Tabelas 13.8 a 13.11.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 210
Essa rede possui quatro pontos de entrada de líquido representados pelos vértices 7,
13, 19 e 25 na base dos poços e quatro pontos de entrada de gás na plataforma representados
pelos vértices 10, 16, 22 e 28. O vértice 4 representa a saída do riser (antes da válvula de
choke) e é descrito como um ponto de pressão fixa. Os outros vértices são pontos de
interconexão das arestas. A descrição desses vértices está detalhada na Tabela 13.12. As
especificações nodais da rede de escoamento estão mostradas na Tabela 13.13.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 211
13.3.1 Simulação
Os resultados das simulações variando-se as vazões de gás injetado e de óleo
produzido para cada poço (para uma mesma vazão de óleo e gás em cada poço) estão
mostrados nas Figura 13.15 e Figura 13.16.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 212
Tabela 13.14. Caso 3 - Máxima produção para pressão de reservatório de 220 bar
Poço 1 2 3 4
Vértice 7 13 19 25
Índice de produção ((kg/s)/bar) 1.0 2.5 1.0 0.5
Pressão no downhole (bar) 215.80 218.03 214.85 211.61
Óleo produzido (kg/s) 4.204 4.933 5.152 4.197
Gás injetado (kg/s) 0.743 0.822 0.897 0.795
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 213
Tabela 13.15. Caso 3 - Máxima produção para pressão de reservatório de 240 bar
Poço 1 2 3 4
Vértice 7 13 19 25
Índice de Produção ((kg/s)/bar) 1.0 2.5 1.0 0.5
Pressão no downhole (bar) 234.58 237.43 233.44 229.45
Óleo produzido (kg/s) 5.417 6.423 6.561 5.276
Gás injetado (kg/s) 0.681 0.744 0.820 0.734
a) para poços com mesmo índice de produção e geometria similar (poços 1 e 3), mais
gás deve ser injetado para os poços mais próximos à plataforma e,
consequentemente, esses poços serão mais produtivos;
b) para poços que estão a uma distância similar (poços 3 e 4), mais gás deve ser
injetado em poços com maior índice de produção;
As variáveis de decisão são as vazões de óleo produzidas de cada poço (WL dos
vértices 7, 13, 19 e 25), a vazão de gás injetado em cada poço (WG dos vértices 10, 16, 22 e
28), o diâmetro das linhas de gás do poço 1 (arestas 8 e 9), do poço 2 (arestas 14 e 15), do
poço 3 (arestas 20 e 21) e do poço 4 (arestas 26 e 27).
Os resultados obtidos para o projeto ótimo estão apresentados nas Tabelas 13.17 a
13.19.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 215
Tabela 13.18. Caso 3 - Resultados para projeto compressor, linhas de gás e turbina
13
13
2 6
1 2
5
7 25 4
7 1 25 4 5
6 3
3
19
19
As arestas da rede de escoamento são: linhas de produção (1, 2, 3, 4 e 6), riser (5), do
poço à linha de produção (n), poço (n+1 e n+2), anular de gás (n+3) e linhas de gás (n+4 e
n+5), onde n é igual a 7, 13, 19 ou 25 (ver Figura 13.5). Os parâmetros usados para descrever
essas arestas estão mostrados nas Tabelas 13.20 a 13.22.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 218
Essa rede possui quatro pontos de entrada de líquido representados pelos vértices 9,
15, 21 e 27 na base dos poços e quatro pontos de entrada de gás na plataforma representados
pelos vértices 12, 18, 24 e 30. O vértice 6 representa a saída do riser (antes da válvula de
choke) e é descrito como um ponto de pressão fixa. Os outros vértices são pontos de
interconexão das arestas; A descrição desses vértices está detalhada na Tabela 13.23. As
especificações nodais da rede de escoamento estão mostradas na Tabela 13.24.
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 219
Figura 13.24. Caso 4 - Perfil de pressão no transporte de gás entre a plataforma e o poço
Figura 13.25. Caso 4 - Curvas de nível da pressão no downhole e na entrada de gás - poço 1
Resultados de Simulação e Otimização de Sistemas de Gas Lift Contínuo 223
Figura 13.26. Caso 4 - Curvas de nível da pressão no downhole e na entrada de gás - poço 2
Figura 13.27. Caso 4 - Curvas de nível da pressão no downhole e na entrada de gás - poço 3
Figura 13.28. Caso 4 - Curvas de nível da pressão no downhole e na entrada de gás - poço 4
Conclusões 224
14 CONCLUSÕES
Esse modelo dinâmico de redes de escoamento pode utilizar diferentes modelos para a
representação das tubulações, como: modelo bifásico a 4 equações, modelo bifásico a 3
Conclusões 226
equações ou modelo monofásico (nas arestas onde apenas uma das fases estiver presente).
Foram ainda descritas diferentes formas de especificações que permitem representar, dentro
da rede de escoamento, válvulas, separadores, válvulas de retenção, pontos de fornecimento,
pontos de consumo e poços de petróleo, permitindo descrever complexas redes de
escoamento.
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MATLAB ODE Suite. Computers and Mathematics with Applications, v. 40, p. 491-
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Apêndice I 240
VETORES E MATRIZES
Definições
Vetores são representados por letras sublinhadas (u, U) e são definidos como vetores
coluna. Matrizes são representadas por letras com sublinhado duplo (v, V). A operação de
transposição da matriz V é representada pelo sobrescrito T como em VT. A dimensão dos
vetores e matrizes é descritas utilizando letras e números em negrito, por exemplo, a
dimensão da matriz M é N x S se M possuir N linhas e S colunas.
Operações Matriciais
A concatenação entre vetores e/ou matrizes é representada através de colchetes tal que
a matriz E = A B corresponde à concatenação lado a lado das colunas das matrizes A e
B.
Um vetor e uma matriz que possuem todos os elementos representados pelo valor
unitário são representados respectivamente por 1 e 1. Um vetor e uma matriz que possuem
todos os elementos representados por valores nulos são representados respectivamente por 0
e 0.
Apêndice I 241
diag: A transformação chamada de diag ( D ) gera uma matriz E que possui diagonal
sign: A operação sign(u) retorna o valor -1 caso u seja negativo, retorna o valor 0 se u for nulo
e retorna +1 se u for positivo.
Apêndice II 242
∫∫
AL ( t )
z dy dz
zCML = R + (A2-1)
∫∫ 1 dy dz
AL ( t )
∫∫
AG ( t )
z dy dz
zCMG = R + (A2-2)
∫∫
AG ( t )
1 dy dz
∫∫ r
2
sen (θ ) dr dθ
AL ( t )
zCML = R + (A2-3)
∫∫
AL ( t )
1 dr dθ
∫∫ r
2
sen (θ ) dr dθ
AG ( t )
zCMG = R + (A2-4)
∫∫ 1 dr dθ
AG ( t )
3π β
+ R
∫ 2 2
3π β ∫ h− R r 2 sen (θ ) dr dθ
−
2 2 sen (θ )
zCML = R + 3π β (A2-5)
+ R
∫ 2 2
3π β
−
2 2
∫ h−R
sen (θ )
1 dr dθ
Apêndice II 243
3π β
− R
∫π β∫
2 2
h−R r 2 sen (θ ) dr dθ
− +
2 2 sen (θ )
zCMG = R + 3π β (A2-6)
− R
∫π β∫
− +
2 2
2 2
h−R
sen (θ )
1 dr dθ
3π β
+ R
∫ 2 2
3π β ∫ β
r 2 sen (θ ) dr dθ
− cos
2 2 2
−R
sen (θ )
zCML = R + 3π β (A2-7)
+ R
∫ 2 2
3π β
−
2 2
∫ β
cos
1 dr dθ
−R 2
sen(θ )
3π β
− R
∫π β∫2 2
β
r 2 sen (θ ) dr dθ
− + cos
2 2 2
−R
sen (θ )
zCMG = R + 3π β (A2-8)
− R
∫π β∫2 2
− +
2 2
β
cos
1 dr dθ
2
−R
sen (θ )
1 2 β
zCML = D + sen3 (A2-9)
2 3 ( − β + sen( β ) ) 2
1 2 β
zCMG = D + sen3 (A2-10)
2 3 ( 2π − β + sen( β ) ) 2
1 1 β
zCML = D − sen3 (A2-11)
2 3πα L 2
1 1 β
zCMG = D + sen3 (A2-12)
2 3πα G 2
Apêndice III 244
INTRODUÇÃO
b
II 1 = ∫ M A (θ )ψ (θ ) dθ
a
b
(A3.1)
II 2 = ∫ M B (θ )ψ (θ ) dθ
a
b−a n
II 1 = ∑ M (θl )ψ (θl ) Ψ l
2 l =1 A
b−a n
II 2 = ∑ M B (θ l )ψ (θ l )Ψ l (A3.2)
2 l =1
b+a b−a
θl = + ηl
2 2
η1 = − 3 5 Ψ1 = 5
9
η2 = 0 Ψ2 = 8 (A3.3)
9
η3 = 3 5 Ψ3 = 5
9
Apêndice III 245
0
( )
M A, j , j = ∫ M A y j + ( y j − y j −1 ) θ (1 + θ ) dθ , 1 ≤ j ≤ N K
−1
= ∫ M ( y + ( y − y )θ ) (1 − θ ) dθ , 0 ≤ j ≤ N
1
M A, j +1, j A j j +1 j K −1
0
(A3.4)
= ∫ M ( y + ( y − y ) θ ) (1 + θ ) dθ , 1 ≤ j ≤ N
0
M B, j, j B j j j −1 K
−1
= ∫ M ( y + ( y − y ) θ ) (1 − θ ) dθ , 0 ≤ j ≤ N
1
M B , j +1, j B j j +1 j K −1
0
1 n
( ( ) )
M A, j , j = ∑ (1 + ηl ) ψ l M A y j + y j − y j −1 θ l
4 l =1
1 n
( ( ) )
M A, j +1, j = ∑ (1 − ηl ) ψ l M A y j +1 + y j +1 − y j θ l
4 l =1
(A3.5)
= ∑ (1 + η ) ψ M ( y + ( y − y ) θ )
n
1
M B, j , j l l B l
4 l =1
j j j −1
= ∑ (1 − η ) ψ M ( y + ( y − y ) θ )
n
1
M B , j +1, j l l B l
4 l =1
j +1 j +1 j
1 1
onde θ l = − + ηl .
2 2
0
M * A, j , j = ∫ M A ( y j + ( y j − y j −1 )θ ) dθ , 1 ≤ j ≤ N K
−1
1
M * A, j +1, j = ∫ M A ( y j + ( y j +1 − y j )θ ) dθ , 0 ≤ j ≤ N K − 1
0
0
(A3.6)
M * B , j , j = ∫ M B ( y j + ( y j − y j −1 )θ ) dθ , 1 ≤ j ≤ N K
−1
1
M *
B , j +1, j = ∫ M B ( y j + ( y j +1 − y j )θ ) dθ , 0 ≤ j ≤ N K − 1
0
Apêndice III 246
1 n
( ( ) )
M * A, j , j = ∑ ψ l M A y j + y j − y j −1 θl
4 l =1
1 n
( ( ) )
M * A, j +1, j = ∑ ψ l M A y j +1 + y j +1 − y j θ l
4 l =1
(A3.7)
= ∑ ψ M ( y + ( y − y )θ )
n
1
M * B, j , j l B l
4l =1
j j j −1
= ∑ ψ M ( y + ( y − y )θ )
n
1
M * B , j +1, j l B l
4 l =1
j +1 j +1 j
1 1
onde θ l = − + ηl .
2 2
.
Apêndice IV 247
0, i− j<0
0, i − j >1
h
∫{i}φ j ( x ) dx = 2i , i − j =1 (A4.1)
hi
, i− j =0
2
0, i − k > 1, ∀j
0, i − k < 0, ∀j
0, i − j > 1, ∀k
0, i − j < 0, ∀k
hi
, k = i, j = i
∫ k ( ) j ( ) h3
φ x φ x dx = (A4.2)
{i} i
6 , k = i − 1, j = i
hi , k = i, j = i − 1
6
hi , k = i − 1, j = i − 1
3
Apêndice IV 248
0, i − k > 1, ∀j
0, i − k < 0, ∀j
0, i − j > 1, ∀k
0, i − j < 0, ∀k
d φk ( x )
( )
∫ M A yɶ φ j (θ ) dθ ,
(i )
k = i, j = i
{i}
∫ M ( yɶ ) φ j ( x ) dx =
(i )
(A4.3)
A
dx
{i}
( )
M yɶ ( i ) φ j (θ ) dθ ,
{∫i} A
k = i, j = i − 1
( )
− M yɶ ( i ) φ (θ ) dθ ,
{∫i} A j k = i − 1, j = i
( )
− ∫ M A yɶ φ j (θ ) dθ ,
(i )
k = i − 1, j = i − 1
{i}
0, i − k > 1, ∀j
0, i − k < 0, ∀j
0, i − j > 1, ∀k
0, i − j < 0, ∀k
d φk ( x )
( )
∫ M B yɶ φ j (θ ) dθ ,
(i )
k = i, j = i
{i}
∫ M ( yɶ ) φ j ( x) =
(i )
B (A4.4)
dx
{i}
{∫i}
( )
M B yɶ (i ) φ j (θ ) dθ , k = i, j = i − 1
{∫i} B( )
− M yɶ ( i ) φ (θ ) dθ ,
j k = i − 1, j = i
( )
− ∫ M B yɶ φ j (θ ) dθ ,
(i )
k = i − 1, j = i − 1
{i}
Apêndice V 249
INTRODUÇÃO
O modelo bifásico estacionário descrito por Taitel e Dukler (1976) é utilizado nessa
tese para a determinação da fração de área de gás em regime estratificado. Essa informação é
de grande importância na metodologia de identificação do padrão de escoamento por se tratar
de uma variável chave para determinação da transição entre o regime estratificado e os demais
regimes de escoamento. Nesse apêndice é feita uma breve descrição do equacionamento e do
algoritmo para determinação dessas variáveis.
RELAÇÕES GEOMÉTRICAS
4 AL
Dh, L = (A5.1)
KL
4 AG
Dh ,G = (A5.2)
KG + K I
hL 1 − cos ( β )
= (A5.3)
D 2
2hL
β = arcos 1 − (A5.4)
D
Apêndice V 250
2h
K L = D ⋅ β = D ⋅ arcos 1 − L (A5.5)
D
2h
K G = D ⋅ (π − β ) = D ⋅ π − arcos 1 − L (A5.6)
D
hL hL
KI = 2 D 1− (A5.7)
D D
D2 2h 2h h h
AL = arcos 1 − L − 2 1 − L L 1 − L (A5.8)
4 D D D D
D2 2h 2hL hL hL
AG = π − arcos 1 − L + 2 1 − D D 1 − D (A5.9)
4 D
dAL h h
= 2 D L 1 − L (A5.10)
dhL D D
h
hɶL = L (A5.11)
D
(
β = arcos 1 − 2hɶL ) (A5.12)
(
Kɶ L = arcos 1 − 2hɶL ) (A5.13)
(
Kɶ G = π − arcos 1 − 2hɶL ) (A5.14)
1
( ( ) (
Aɶ L = arcos 1 − 2hɶL − 2 1 − 2hɶL
4
) (
hɶL 1 − hɶL )) (A5.16)
1
( ( ) (
AɶG = π − arcos 1 − 2hɶL + 2 1 − 2hɶL
4
) (
hɶL 1 − hɶL )) (A5.17)
dAɶ L
dhɶ
(
= 2 hɶ L 1 − hɶL ) (A5.18)
4 Aɶ
Dɶ h, L = L (A5.19)
Kɶ L
4 AɶG
Dɶ h,G = (A5.20)
Kɶ G + Kɶ I
A fração da seção de escoamento ocupada pela fase gás αG, é dada, em termos de hɶL ,
pelas equações a seguir:
4 AɶG
αG = (A5.21)
π
( ) 1
( ( ) (
α G hɶL = π − arcos 1 − 2hɶL + 2 1 − 2hɶL
π
) (
hɶL 1 − hɶL )) (A5.22)
Nos casos em que a fração de gás αG é a variável independente, (A5.22) deve ser
invertida numericamente para hɶL de modo que as outras variáveis geométricas possam ser
Assim têm-se:
vL , S = α L vL (A5.23)
vG , S = α G vG (A5.24)
vL A π
vɶL = = = (A5.25)
vL , S AL 4 Aɶ L
vG A π
vɶG = = = (A5.26)
vG , S AG 4 AɶG
dP K K
= ρ L g sen (θ ) + I τ I − L τ L (A5.29)
dx AL AL
dP K K
= ρG g sen (θ ) − I τ I − G τ G (A5.30)
dx AG AG
Apêndice V 253
SI S S S
ρ L g sen (θ ) + τ I − L τ L = ρG g sen (θ ) − I τ I − G τ G (A5.31)
AL AL AG AG
SG S S S
τ G − L τ L + I + I τ I + ( ρ L − ρG ) g sen (θ ) = 0 (A5.32)
AG AL AL AG
vL2
τ L = fL ρL (A5.33)
2
vG2
τ G = f G ρG (A5.34)
2
(vG − vL ) 2
τ I = f I ρG (A5.35)
2
−n
Dh , L vL ρ L
f L = CL (A5.36)
µL
−m
Dh,G vG ρG
f G = CG (A5.37)
µG
f I ≅ fG (A5.38)
As constantes de (A5.36) e (A5.37) são dadas pelos valores na Tabela A5.1 de acordo
com as condições do escoamento.
Apêndice V 254
−m −n
KG Dh ,G vG ρG U G2 SL Dh , L vL ρ L vL2
CG ρG − C L ρL +
AG µG 2 AL µL 2
−m
(A5.39)
K K Dh,G vG ρG vG2
+ I + I CG ρ
G + ( ρ L − ρG ) g sen (θ ) = 0
AL AG µG 2
D vL , S ρ L ( vL , S ) 4
−n 2
dP
= CL ρL (A5.40)
dx L µL 2 D
( vG , S ) 4
−m 2
dP D vG , S ρG ρG
= CG (A5.41)
dx G µG 2 D
Apêndice V 255
−m
Dh ,G vG ρG vG2
CG Gρ
K G dP µG 2
. +
D vG , S ρG ( vG , S ) 4
AG dx G −m 2
CG ρG
µG 2 D
−n
Dh , L vL ρ L vL2
CL ρL
K L dP µL 2
− . + (A5.42)
D vL , S ρ L ( L , S ) 4
AL dx L −n 2
v
CL ρL
µ L 2 D
−m
Dh ,G vG ρG vG2
CG ρG
K I K I dP µG 2
+ + . + ( ρ L − ρG ).g .sen θ = 0
AL AG dx G −m
( G ,S ) 4
2
D v ρ
G ,S G
v
CG ρG
µG 2 D
EQUAÇÃO TAITEL-DUKLER
dP
D.KG ɶ D.K L ɶ dx L
( ) (Uɶ ) ( ) ( vɶ )
−m 2 −n 2
DG vɶG G − DL vɶL L +
4 AG 4 AL dP
dx G (A5.43)
D.K I D.K I ɶ ( ρ L − ρG ) g sen (θ )
( ) ( vɶ )
−m 2
+ + DG vɶG G + =0
4 AL 4 AG dP
dx G
Ou ainda,
Apêndice V 256
( ρ L − ρG ) g sen (θ ) ( ρ L − ρG ) g sen (θ )
Y= ⇒Y =
ρG ( vG , S ) 4
2
dP D vG , S
−m
(A5.45)
dx G CG
νG 2 D
4CL D vL , S ρ L ( vL , S )
−n 2
dP
dx L D νL 2
X2 = 2
⇒X = (A5.46)
4CG D vG , S ρG ( vG , S )
2
dP −m
dx G
D νG 2
(A5.44) torna-se:
Kɶ G Kɶ I Kɶ I Kɶ L ɶ
( ) ( vɶ ) ( ) ( vɶ )
−m 2 −n 2
ɶ + ɶ + ɶ . Dɶ G vɶG G + 4Y − . DL vɶL L .X 2 = 0 (A5.47)
AG AG AL Aɶ L
~
sendo Aɶ L , AɶG , Kɶ L , Kɶ G funções apenas de h conforme descrito anteriormente.
~ ~
Φ ( h ) + 4Y − Λ( h ).X 2 = 0 (A5.48)
sendo :
Kɶ Kɶ Kɶ
( ) ( vɶ )
−m 2
Φ (hɶ ) = G + I + I . Dɶ G vɶG G (A5.49)
ɶ ɶ ɶ
AG AG AL
Apêndice V 257
Kɶ
( ) ( vɶ )
−n 2
Λ (hɶ ) = L . Dɶ L vɶL L (A5.50)
Aɶ L
Y = KY . ( vG , S )
m−2
(A5.51)
D g sen (θ ) ν G
−m
ρ − ρG
KY = L (A5.52)
ρG 2CG D
( v )2− n
X = K X .
2 L ,S
(A5.53)
( v )2− m
G ,S
C ρ µn ρm
K X = L . L . mL Gn .D m − n (A5.54)
CG ρG µG ρ L
• Entrar com hɶ , vG , S ;
~ ~
• Calcular Φ ( h ), Λ( h ) com (A5.49) e (A5.50);
Os perímetros de contato dados pelas equações (A5.5), (A5.6) e (A5.7) devem ser
substituídos pelas equações (A6.1), (A6.2) e (A6.3).
KL = π D (A6.1)
KG = 0 (A6.2)
K I = π D − 2π hL (A6.3)
As áreas de ocupação das fases dadas pelas equações (A5.8), (A5.9) e (A5.10) devem
ser substituídas pelas equações (A6.4), (A6.5) e (A6.6).
AL = π hL D − π hL 2 (A6.4)
D2
AG = π − π hL D + π hL 2 (A6.5)
4
dAL
= π D − 2π hL (A6.6)
dh
h
hɶ = L (A6.7)
D
Kɶ L = hɶ (A6.8)
Apêndice VI 259
Kɶ G = 0 (A6.9)
(
Kɶ I = π 1 − 2hɶ ) (A6.10)
Aɶ L = π hɶ − π hɶ 2 (A6.11)
π
AɶG = − π hɶ + π hɶ 2 (A6.12)
4
dAɶ L
= π − 2π hɶ (A6.13)
dhɶ
As equações para cálculo da fração de área de gás (A5.21) e (A5.22) devem ser
substituídas por (A6.14) e (A6.15).
AG 4 AɶG
αG = = (A6.14)
π D2 / 4 π
( ) ( )
2
α G hɶ = 1 − 2hɶ (A6.15)
Apêndice VII 260
INTRODUÇÃO
Alguns autores apresentam modelos mecanísticos válidos para condições restritas, mas
que levam em consideração certos aspectos fenomenológicos, como por exemplo, Aziz et al.
(1972), Taitel e Dukler (1976), Oliemans (1987), Taitel e Barnea (1990) e Hasan e Kabir
(1992). Outro grupo de autores desenvolveram correlações bifásicas válidas para diferentes
condições baseadas em dados experimentais obtidos através de plantas piloto: Lockhart e
Martinelli (1949), Flanigan (1958), Hughmark (1962), Hagedorn e Brown (1965), Eaton et al.
(1967), Orkiszewski (1967), Beggs e Brill (1973), Oliemans (1976) e Mukherjee and Brill
(1985).
Nessa tese, o modelo Beggs e Brill (1973) é utilizado porque esta é uma das poucas
correlações da literatura aberta que é capaz de descrever com precisão apropriada o
comportamento do escoamento bifásico para todos os padrões de escoamento e inclinações de
tubulações.
As premissas admitidas quando se utiliza o modelo empírico de Beggs e Brill são: (i)
fluidos são newtonianos e com viscosidade constante, (ii) ausência de transferência de massa
e calor entre as fases e (iii) ausência de reações químicas.
Apêndice VII 261
CÁLCULOS INICIAIS
vS , L (A7.1)
λL =
vM
vS , G (A7.2)
λG =
vM
A densidade média da mistura, ρn, e a viscosidade média da mistura, µn, para não
escorregamento são calculadas via (A7.3) e (A7.4), respectivamente.
ρ n = ρ L λL + ρG λG (A7.3)
µn = µ L λL + µG λG (A7.4)
vM 2 (A7.5)
FrM =
gD
ρ
1/ 4 (A7.6)
N L = vS , L L
gσ
ρ n vM D (A7.7)
Re n =
µn
onde σ é a tensão interfacial (Pa·m) e vM é a soma das velocidades superficiais vS,L e vS,G.
Apêndice VII 262
O hold-up de líquido para linha horizontal, αL0, nos padrões de escoamento segregado,
intermitente e distribuído são determinados através de (A7.13) com coeficientes apresentados
na Tabela A7.1.
a λLb (A7.13)
α L0 = max λL ,
FrL c
Apêndice VII 263
Padrão de Escoamento a b c
O hold-up de líquido para o padrão de transição é obtido por uma interpolação entre os
padrões segregado e intermitente como mostrado em (A7.14):
(
onde C = max 0, (1 − λL ) ln ( d λL e N L f FrL g ) . )
Tabela A7.2. Coeficientes para a correção da inclinação
Padrão Direção d e f g
HOLD-UP DE LÍQUIDO
de um determinado regime de escoamento, onde zero indica que o i-ésimo regime não é
estável e um indica que o i-ésimo regime é estável, onde i é igual a 1 para segregado, 2 para
distribuído, 3 para intermitente e 4 para transição:
onde o hold-up de líquido para o padrão de transição é uma interpolação dos padrões
segregado e intermitente usando o fator de peso ϕ conforme anteriormente:
(α L 0 ψ ) 4 = φ (α L 0 ψ )1 + (1 − φ ) (α L 0 ψ )3 (A7.17)
vM vM (A7.18)
τ M = ftp ρ M
4
ftp = f n e S (A7.19)
ρ M = ρ Lα L + ρG (1 − α L ) (A7.20)
λ (A7.22)
k = ln L2
αL
onde fn é o fator de de atrito de Fanning para não escorregamento entre as fases calculado pela
correlação de Churchill (1977).
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