Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
E OS DESCOBRIMENTOS
PROF. DR.ALBERTO VIEIRA
A VaIorizaçbda Madeirano coniexto
da expansão europeia tem sido muito
diversa. A b i s t m i ~ a n a c i o a acm-
l
sidera-a um simples episbdio de todo
este processo. E, em face da sua
posição geogrática, hesita no seu
enquadrarnento, sendo levada, por
vezes ao esquecimento. A histo-
riogmbeumpia, ao invés, 1150dúvida
em realçar a singularidade do seu
prccem nesse contexto. Desde F.
Braudel (i949), passando por Piem
Chawiu(1955), Fdderic M m (1 %O)
e Charles Ver1Xnden (19601, que se
firmou esta nova realidade, que s6
na actudidade começa a ter plena
aceitaçiro entre nos. Para isso
contribuíram a criação do C.E.H.A.
0985) e os t r ê s col6quios internacio-
nais de Histhria da Madeira, j i rea-
M o s (1936,1989,1992).
OPTIPLAS, C.A.
PRODUíXUS PIASTICOS
DE
PRTMERA CALJDAD
ATENDIDO
POR SU PROPIETARIO
MANUELUIURENÇOm Ç Ã 0
PLANTA
- -
Avenida Fronckco de Mimndu Edkio
BECO Chacaito Frente a la Esfaci6n de1
F i I A S DE MARICHE, KM, 9 3
TELF:(036) - 51.449
CARACAS
Metro Telefona: 95220.28 J
\
AUTOMERCADOS
LA SAGRADA FAMILIA
SOMOS LOS PRIMEROS
Es oporhino - b a r , a través de este medio, Ia gran Fé que Autoniemdos IA Sagrada
Famiiia C A tlenen ~ J Iel Powenir de dos Hernianas Naciones: Portugal y Venemela.
Todos Primem, en p m de un Bienestar General
DE PRIMEIRA PEDRA
A CENTRO DOS
DESCOBRIMENTOS
DOMINGO T o
m CARONI TOURS.V<>..
.-
, ,I.:;:
VT4-7 VT-427 W$yfl->.
Av. Urdanet;i. CadiMo a Urapal AV. -R Gsdkgos - MT -h,
Av. Onivwidad. Pasaje Ziugg. k a l I 8 ,
- -
CmW Caodaal Incal NO.4 -
ioCai 4 - Mdm T e 35.79.20 - 34.60.64
-NOS: 545.99.64 545.7&84 -
- -
T& 573-6933 574.76.11 - 34.66.39 - 35.S.N - 36MM,79
545.92M 545.68.28
: 16 PlTUR VC - C a r a s
~ e l e x 27.2
Te& 27341 Dolur V€
FAX- (02) 575.42.45 - C a r x a s - V d a
-
Tefeii 27.589 CATUR VC FAX:36.49.09
'
L .
Caracas - Venezuela
O público
escula akntmmnle
o Hino da M e i r a ,
interpretado pelo Orfeão Luliiada
Tasca-Bar-Restaurant
I4, -m--m
-LH*-pE%rnnms
PADOVA
vt-2l e
Centro Aloa -Planta Baja - -1 RANCHO CRIOLLO
Avda. Mmulo Gallegas- H Marqub
Telk 34 OS 12 aI 14- 239 45 76 - 239 47 I1 - ESPECIALIDADES EN;
239 43 43 Telex: 27439 GAMA VC
Fax: 239 13 74
Caracas - Venezuela
* PARIbltLAS
A - Crioh
- Argentinas
- Churrasco
T
PwíÓ Putana
Corredor de Seguros
h i m U n í
,
~
I
& ~
zmu
+
POHX) ASSADO A LA BRASq
R \
Ardiado a ANSA
k i a d ó n Nacional
de Supennerdos y Ahnies
OFICINAS Y DEPOSIIFOS
SAN
\ d
O Pmf.Dr. Alberlo Vbira
exam no Livro de Ouro
uma menmgem significativa
AS RIQUEZAS
A Madeira,mercê do pioneirismo das
formas de povoamento e valorização
sbci~conómica,firmou um lugar
de relevo no mundo atlântico e gal-
vanizou o empenho das gentes penin-
s u l m e rnediterrânicas.A novidade,
aliada ao elevado nível de rendimento
dos investimentos produtivos, eis a
principal razão do sucesso. -
VMIU 1 I ~ r n S k K )
I ( O
AUT0MERCAI)OS
üeâoma de M a m
(Final Arda. Fw. Miranda)
AGOSTO-SETEMBRO- 1993-SAUDADEIIS
coroa m o se pode comprovar pia
cartarégiade 27 de Abril de 1497. D.
Manueljustifica s p a g e m da situa
@o de senboriopma aposss da coroa
"porquanto a nossa ilha da Madeira
he hua das prineipaes e proveitezas
c o ~ q u e m se, resl moadenossas
Reynos temos para ajuda, e soporta-
mente do estado real, eencargos de
nossos Reytioa.."
O açúcar foi nos dados XV e
XVI,omotordetudoisso. Primeiroo
senhorio e, depois, o &reservavam
para si uma poirte significativa do
açúcar pmbido. A maior M a era
vendida aos mercdom e o -te
distribuído como esmolaaosconveri-
tos, misericórdias, príncipe p i a - Por muito tempo o açúcar foi &culo dezasseis esclamava " a ilha
cesns. Assim se toma compreensível a priucipai garantia da sobrevivência ...
de Madeira. que Deus põe no mar
a excessiva bondade de D.Manuel, do madeireuse,mas também a hesgo- - - oceano ocidental por escala, refúgio,
que gastou parte dos réditosdo açúcar tável fonte do fausto e opulência. Esta colheitaeremédio dos aavegantes".
nacomhuçkdeigrejasptdaailha ambiênciacontagioutdm. sem exce- Nada melhor para definir a real situa-
(caso mais significativo a Sé) ou em pção,umavez que t o b beneficiaram, ção da iIha
ofertas diversas (a c ~ c e s s i o n a l ainda que de forma indirecta.
oferecidahcatedral,6 exemplo disso). Gaspar Fnituoso em finais do
r
Fuente de Soda FABRICA DE MUEBLES DE MIMBRE
Restaurant
IA NOVA 74 LA CANASHUA
AMBIENTE FAMILàAR AHORA OON SU NUEVOMLUN DE m C i O N E S
Comida htemaciod "ORLEANS" ,
Reparto a domicilio mSUSEC;UNDOPISO
Se A d a a1 JI& de1 Dia de Madeira
h t r oC o -
d h W Tei: (05 1) 5338.43 - Avda. Pedro ixah Totres NP M-48
..
-
BarquiWmeto Edo.h a TeE (051) 45.4035 - Blmpwwb- E d0.
m
/
PORTUGAL
EN FIESTA
Aos Domingos: das 19H00 As 2 1H00
Por
RADIO BARQUISIMETO
IA INTERNACIONAL
690 EN SU DIAL
-
TELFS: (051) - 45 .Y7.76 45.83.75
O Prof. Dr.Albedo Viera na wmpmhii dos
Srs. Huripberh F m i m e João M a 4 Lino
Pereim durante a pidicipação
na Missa de Acção de Graças
na Catedral de Caracas
OS DESCOBRIMENTOS
DOS INSULARES:
AS TERRAS OCIDENTAIS
MODELO
DA EXPANSÃO
A par disso a Madeira surge,
nos dvores do século XV, como a
primeira experiênciade ocupação em
que se ensaiaram p d u t o s , técnicase
estruturas institucionais. Tudo isto foi
depois, utilizado, em larga escaia,
noutras ilhas e no litoral africano e
americano. O arquipélago foi, assim,
o centro de divergência dos suportes
da nova sociedade e economia do
mundo atrântico: primeiro os Açores,
depois os demais arquipélagos e
regibes costeiras onde os portugueses
apartaram. O sistema institucional ma- I
deirense apresentava uma estrutura
peculiar, definidapelas capitanias.Foi
a 8 de Maio de 1440 que o Infante D.
, , ,.
Henrique lançou a base da nova es-
trutura ao conceder a Tristãlo Vaz a
carta de capitão de Machico.Ele ficou 1
a representar o Infante na parte da
ilha que lhe fora atribuída, gover-
nand+a de acordo com as atribuições
exaradas na carta. A partir daqui fi-
cou definido o sistema institucional
que deu corpo ao governo português
no Atlântico insular e brasileiro.
Colombo, aquando da sua per- O navegador saiu do arquipélago Sem diivida o facto mais si-
m ê n c i a na Madeira e Porto Santo, com plano da sua viagem jl estabe- gnificativo desta estrutura institu-
ouviu hist6rias e relatos dos mari- Iecido e com a fume certeza de que cional deriva de a Madeirater servido
nheiros e aventureiros do mar, teve algo de novo -ria encontrar a Oci- de modelo referencial para o seu
acessoaprovas matenaisdaexistGncia dente, capaz de ajustificar.Por isso a delineameiito no espaço atiântico. O
das terras midentais legadas pelas Madeira está indissociavelmente, li- monarca insiste, nas cartas de doação
correntes marítimas. U m destes gada m projecto que Colombo apre- & capitanias posteriores,na fidelidade
vestígios foi a castanha do mar, mais sentou em 1485 aomonarca português ao sistema traçado para a Madeira.
popularmente conhecida como "fava e, depois, aos reis cat6licos. Assim o comprovam identicas cartas
de Colombo". concedidas aos novos capitães das
Licoreria Automercado
ElBurriGEto C.A. IA ENTRADA
LICORES NACIONALES E IMPORTADOS VIVERES EN GENERAL
MAYOR Y DET- VERDURAS SIEMPRE FRESCAS
IASMETORESCARNES
Felicita a Ia Comunidad Portugues;t por celebrar e1 Dia de
Madeira y de Ias Comunidades Madeirenses Con Ia atmdbn de sw duenos
Atendido por w M o s Caile 300 - Edf. Adriana Avenida Bofivar, Oatro Comercial Rierto Santo
Jose Gildo de Oliveira Local 2 -Quinta Crespo -
Lncal NP 5, Teif:032 61.242
y Jovita & Oliveira Telf: 482.40.13 Carrid - Las T q u - Edu. Muanda
J
ara BA MDEIRA
ilhas dos Awres e Cabo Verde. Freire que em 1952 não hesita em em termos do mundo atlântico
Estatranspwição institucional afumar o seguinte: português teve por matriz o sucedido
foi tamurn extensiva h estruturamu- - A irmã mais velha do Brasil é o na Madeira. A Madeira foi ao nivel
nicipal e da Fazenda Real: nos que foi verdadeiramenter Madeira. social, politico e económico, o pon-
Açores vingaramos regimentos muni- E irmã que se estremou em termos to de partida para o "mundo que o
cipais, do almoxarifado e da pmvecb de mãe para com a terra b8rbara portuguSs criou. . ."
nos trópicos.
ria da fazenda, enquanto no Brasil hh que as artes doa seus homens... con- Neste contexto é sumamente impor-
noticia da cópia do Úitimo. Aliás o correram para transformar rápida tante o conlieciinento do sucedido na
monarca, para além da recomenda& e solidamente em nova lusitania". Madeira quando pretendeinos estudar
do treslado de respectivo regimento, Na verdade tudo o concretizado e compren'der essas outras situações.
ordenara& autoridadesbrasileiras que,
nos casos omissos, se guiassem pelo
exemplomadeirense.Por issoaMadei-
ra firmou-se, nos séculos XV e XVI,
como o principal fundamento do
corpus legislativo da nova estrutura
institucionaique legitimouarealidade
atlântica.
TamMmos castelhanosvieram
allhabeber alguns ensinamentos para
a sua acção instituciod no Atiântico,
como se depreende do desejo mani-
festado em 15 18 pelas autoridades
antilhanas em resolver a dificil si-
tuação das ilhas de Curaçau, Aruba e
La Margarita com o recurso ao m d e -
10 madeirense de povoamento. Isto
prova, mais uma vez, a presença rn*
delar da ilha no contexto da expansão
ewopeia e demonstra o interesse que
ela assumiu para a Europa.
João de Me10 da Carnara, irmão
do capitão daulha de S. Miguel,
resumia em 1532 de uma f o m pers-
picaz esse protagonisrno madeirerise
no espaço atlântico. Segundoele a sua
família era portadora de uma longa e
vasta experiência "porque a ilha da
Madeira meu bisav8 a povoou, e
i meu av8 a de SHo Miguel, e meu tio
a de São Tomé, e com muito traba-
lho, e todas do feito que ve...". Isso
dava-lhe o alento necessário e abria-
ihe perspectivas para a sua iniciativa
no Brasil. Ele reclamava o seu ances-
Tinto
tral Rui Gonçaives da Câmara que
em 1474 comprara a ilha de S. Mi-
guel, dando inicio ao seu verdadeiro IMPORTADO
povoamento. A S. Tomt,refere-nos o
piloto anónimo em 1554 que &varo
Y DISTRIBUIDO
Caminha conduziugentes habilitadas
para o aproveitamento econdmicodo
espaço que acabara de recehr. A Av, Bermúdez, Edf. Colosal, Guatire. Edo. Miianda. Apto 22. Telex: 28769 DINAZ. Fax:
mesma percepção surge em Gilberto - - - -
(036) 41.971. Telfs.: (036) 41.239 41.992 42.960 43.19.40 43.19.50
Por tudo isto é legiti-
mo concluirque aMadeira
foi a mola propulsora da
nova realidade remanes-
cente da aventura marí-
tima quatrocentista dos
portugueses, que hoje se
recorda com a adequada
pompa e circunsiância. A
referência ao arquipélago
madeirense é assim indis
pensável nesta Última dé-
cada do s6cul0, marco im-
portante das comemora-
ções dos descobrimentos e
expansão europeia. Mas
não e isso que tem sido
feito quer pela historiogra-
fm,quer pelas entidadesna-
cionais que superintendem MISSA DE ACÇÃO DE GRAÇAS
ss comemorações dos des-
cobrimentos. As comemoraçÕes do Comunidades Madei- Nossa Senhora a sua
Dia da Madeira e das renses começaram pre- prima, Santa Isabel.
cisamente com a cele- O Coro esteve a cargo
bração &Eucaristia em do Orfeão Lusiada, di -
ORSWPO acção de graças por to- ' rigido pelo Prof. Ma-