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CLINICA MÉDICA - O PROBLEMA DO CÂNCER NO BRASIL

A medicina tem avançado e pode-se observar um aumento da taxa de expectativa de vida e, com isso,
houve um aumento do índice de doenças crônico-degenerativas em incidência e prevalência.

Segundo estimativa do INCA nós temos uma incidência de 600 mil novos casos de CA no país. No home o
CA de próstata é o mais prevalente (isso é bom, por ser um câncer indolente ao mesmo tempo que não
existe um rastreio adequado). A quantidade de pessoas fora da faixa etária esperada de incidência (60-65
ano) tem aumentado e tem sido diagnosticado em pessoas na faixa etária de 40-45 anos, por vezes já me
fase metastática.

Nas mulheres temos o CA de colo de útero que já deveria ter sido erradicado, mas as faixa etárias entre
25-40 anos tem se sobressaído nos diagnósticos. Mama, próstata, colo retal e pulmão são os canceres
mais prevalentes e, ultimamente temos visto muitos casos em anus, orofaringe, em população de melhor
nível sócio econômico, já nas de menor nível socioeconômico temos cabeça e pescoço, o que está muito
ligado ao tabagismo e alcoolismo. Existem também comorbidades associadas, como sífilis e TB. Na região
nordeste os carcinomas epidermoides de pênis são os mais prevalentes.

A desospitalizaçao vem sendo cada vez mais preconizada pelos gestores de politica pública de saúde.
Muitos dos pacientes veem no hospital a chance de ter uma vida de maior qualidade, muitos doentes não
querem sair do hospital. Além disso, o processo de industrialização tecnologia da informação influenciam
os diversos sistemas orgânicos.

A grande maioria dos pacientes já chega pra gente numa fase de doença local mente avançada ou
metastática, com disseminação sistêmica. Apesar das pessoas terem acesso a informação, o diagnostico
é demorado.

A anamnese e exame físico são importantes em qualquer tipo de diagnóstico. Os exames devem ser
complementares ao que foi pensado como hipótese diagnóstica, e não a prioridade no diagnóstico do
paciente. Os exames laboratoriais e de imagem são grandes auxiliares. O histopatológico tem ganhado
uma representação muito grande dentro da semiologia clinica, pois toda terapia na Oncologia têm focado n
o perfil molecular das doenças. O câncer de mama, por exemplo, tem uma assinatura molecular em cada
mulher com isso cada uma terá um protocolo terapêutico segundo seu perfil molecular.

Tipos de tratamento:

Existem as propostas coadjuvantes para pessoas que se encontram com doença localmente avançada, o
que impossibilita uma abordagem cirúrgica ou outra proposta terapêutica.

As adjuvantes são aquelas feitas após uma primeira abordagem, seja cirúrgica ou radioterápica.

As paliativas são os conjuntos de atitudes e condutas multiprofissionais pra pessoas portadoras de


doenças politratadas almejando melhor qualidade de vida.

Os tipos de tratamento devem partir do esclacerimento ao paciente da sua situação, tendo a cirurgia como
primeira opção, seguido do histopatológico da peça que descreverá o estádio, extensão da doença. O
TNM (tamanho, linfonodo acometido, metástase) é o índice utilizado para tal classificação.

A quimioterapia são medicações que tem sido direcionados para alvos moleculares relacionando0os com
a patogenia da doença. Isso tem trazido uma eficácia terapêutica maior, com menores efeitos colaterais e
maior sobrevida.

A hormonioterapia não é utilizada para qualquer tipo de neoplasia. Geralmente são usados em ovário,
bexiga e os protocolos incluem a oportunidade desse tratamento. É muito utilizado em pós cistectomia
(BCG intravesical).
Performance Status:

Se baseia da condição clinica e capacidade do doente se locomover, alimentar e fazer atividades por si só.
PS0 e PS1 é a pessoa hígida, capaz de desenvolver suas atividades. PS3 e PS4 são as que possuem
limitação física importante de pendendo de seus cuidadores.

Programas de Rastreamento

Cada estado e município desenvolvem seus próprios programas e isso não tem funcionado
adequadamente. No caso das doenças de mama o ministério da saúde, INCA e SBM preconizam que
todas as mulheres devem fazer autoexame de mama a partir da menarca, MMG a partir dos 40 anos e, se
tiver história familiar positiva a linha de corte baixa para 35 anos. Existe também e USG mamaria que
auxilia na detecção precoce, aumentando a chance de cura.

As lesões suspeitas podem ser identificadas por história clinica, MMG e exames complementares, Bpx e
estudo histopatológico. Às vezes, é necessário complementar com imunohistoquímica diagnóstica, pois o
grau da agressividade das doenças as torna pouco diferenciadas, impossibilitando o diagnostico apenas
histopatológico (câncer de origem indeterminada).

Próstata: homens com mais de 50 anos ou aqueles com parente de primeiro grau portador da doenças
acima de 40 devem ir ao urologista uma vez ao ano para exame de toque retal, USG prostática e PSA.
Com relação ao PSA, é preciso lembrar que um exame normal é <4ng/mL, mas no caso de um aumento
acima de 0,75 de um ano para outro já é uma oscilação sugestiva de investigação de doença prostática. É
importante se atentar nessa oscilação pois normalmente os homens não fazem o toque prostático.

Cada vez tem aumento o numero de casos de colon retal, que se inicia com uma alteração de hábitos
intestinal (CE: diarreia / CD: constipação e sangue nas fezes), perda ponderal, náuseas e vômitos, cólicas
abdominais. Hoje não existe mais uma idade de prevalência e inclusive tem acometido pessoas sem
hábitos de risco, o que nos leva a pensar que as gerações têm nascido com predisposições genéticas
diferentes das gerações anteriores, tanto em relação a agentes patogênicos, quanto à nossa imunidade e
aos componentes genéticos.

Exames: Marcadores tumorais não servem para rastreamento, servem apenas co-fator de investigação
diagnostica ou prognóstico.

Retossigmoidoscopia tem uma desvantagem de não ver todo o cólon e não identifica um tumor sincrônico.
Uma colonoscopia permite ver todo o cólon. Às vezes uma lesão pode ser totalmente estenosante e
impede a passagem do aparelho, necessitante de uma colostomia. Um detalhe interessante é que os
tumores de reto, por possuírem uma drenagem venosa diferenciada, metastatizam precocemente para os
pulmões, enquanto TU colônicos dão mtx para fígado.

Pulmão: paciente tabagista com CT >30 maços-ano, que não tenha tosse perda ponderal, com tracica,
infecções, caquexia, baqueteamento e etc, é prudente pedir um Rx de tórax anualmente. Caso tenha toda
essa clinica, deve ser uma síndrome infecciosa ou neoplásica. Se tiver uma lesão supeita, deve-se pedir
TC de tórax que, se apresentar lesão espiculada, aderida, sangrante deve ser biopsiada.

Colo de Útero: tem relação com início de vida sexual precoce, múltiplos parceiros, não uso de
presenvativos, VPH 16,18,31,33, idade maior de 35 anos. O Papanicolau deve ser feito a cada 3 anos.

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